quinta-feira, 12 de março de 2015

Menino do Rio & Bete Balanço


Menino do Rio (Brasil, 1982) – Nota 5,5
Direção – Antonio Calmon
Elenco – André de Biase, Cláudia Magno, Ricardo Graça Melo, Nina de Pádua, Sérgio Mallandro, Cissa Guimarães, Evandro Mesquita, Claudia Ohana, Adriano Reyss, Ricardo Zambelli.

Ricardo Valente (André de Biase) é um surfista que ganha a vida consertando pranchas e que passa boa parte do tempo com um grupo de amigos na praia. Quando Valente se apaixona por Patrícia (Cláudia Magno), uma jovem mimada de família rica que está noiva, ele faz de tudo para conquistar a garota, sem saber que além do noivo, ela também tem como amante o pai do próprio Valente, o veterano Braga (Adriano Reys). 

Quando decidiu comandar este drama adolescente, o diretor Antonio Calmon era conhecido por filmes policiais, com destaque para o competente “Eu Matei Lúcio Flávio”. Sua virada na carreira resultou num grande sucesso de bilheteria, ao mesmo tempo em que a qualidade do trabalho se mostrou bastante inferior. 

Hoje este longa se transformou quase em cult por mostrar até de forma ingênua a vida da juventude carioca dos anos oitenta. Os amores, o luau, as músicas e até os baseados são parte de um roteiro simplista recheado de diálogos ao estilo “Malhação”. Mesmo com estes defeitos, o filme tem seu charme, principalmente para quem viveu a época e por causa do curioso elenco repleto rostos conhecidos, hoje veteranos da tv. 

O sucesso do longa gerou uma continuação fraquíssima chamada “Garota Dourada” e serviu de inspiração para a série de tv “Armação Ilimitada” que tinha o mesmo André de Biase como um dos protagonistas. 

Como informação, o filme foi inspirado na canção “Menino do Rio” de Caetano Veloso. 

Finalizando, este longa foi produzido por Bruno Barreto, que está preparando um remake.

Bete Balanço (Brasil, 1984) – Nota 5,5
Direção – Lael Rodrigues
Elenco – Débora Bloch, Lauro Corona, Diogo Vilela, Hugo Carvana, Maria Zilda, Cazuza.

Bete (Débora Bloch) é uma jovem que deixa sua cidade natal, Governador Valadares em Minas Gerais e segue para o Rio de Janeiro com o objetivo de ser tornar cantora. Na nova cidade, ela vai morar de favor com seu amigo Paulinho (Diogo Vilela), enquanto não consegue um contrato com uma gravadora. Sua busca por oportunidade esbarra em portas fechadas, até que uma determinada situação a coloca no caminho do fotógrafo Rodrigo (Lauro Corona). Os dois iniciam um romance e Rodrigo tenta ajudá-la a realizar seu sonho. 

Com uma história fraquinha, o longa foi uma espécie de propaganda para várias bandas de rock/pop que estavam surgindo na época e que tiveram suas músicas incluídas na trilha sonora. A música tema do Barão Vermelho fez enorme sucesso, assim como o filme, além do próprio grupo aparecer na tela. 

A trilha sonora foi um dos pontos que ajudaram no sucesso do longa, assim como as cenas quentes entre Débora Bloch e o falecido Lauro Corona e os temas como drogas, sexo, nudez e ditadura que eram tabus para época. 

É mais um filme que envelheceu mal e um exemplo de que pouca coisa se salva no cinema brasileiro dos anos oitenta.

2 comentários:

Pedrita disse...

nossa, não lembrava que a direção era do antonio calmon. adoro esses filmes. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - São filmes que valem pela lembrança dos anos oitenta e somente isso.

Abraço