Menino do Rio (Brasil, 1982)
– Nota 5,5
Direção – Antonio Calmon
Elenco – André de Biase,
Cláudia Magno, Ricardo Graça Melo, Nina de Pádua, Sérgio Mallandro, Cissa
Guimarães, Evandro Mesquita, Claudia Ohana, Adriano Reyss, Ricardo Zambelli.
Ricardo Valente (André de
Biase) é um surfista que ganha a vida consertando pranchas e que passa boa
parte do tempo com um grupo de amigos na praia. Quando Valente se apaixona por
Patrícia (Cláudia Magno), uma jovem mimada de família rica que está noiva, ele
faz de tudo para conquistar a garota, sem saber que além do noivo, ela também
tem como amante o pai do próprio Valente, o veterano Braga (Adriano Reys).
Quando
decidiu comandar este drama adolescente, o diretor Antonio Calmon era conhecido
por filmes policiais, com destaque para o competente “Eu Matei Lúcio Flávio”.
Sua virada na carreira resultou num grande sucesso de bilheteria, ao mesmo
tempo em que a qualidade do trabalho se mostrou bastante inferior.
Hoje este
longa se transformou quase em cult por mostrar até de forma ingênua a vida da
juventude carioca dos anos oitenta. Os amores, o luau, as músicas e
até os baseados são parte de um roteiro simplista recheado de diálogos ao
estilo “Malhação”. Mesmo com estes defeitos, o filme tem seu charme,
principalmente para quem viveu a época e por causa do curioso elenco repleto
rostos conhecidos, hoje veteranos da tv.
O sucesso do longa gerou uma
continuação fraquíssima chamada “Garota Dourada” e serviu de inspiração para a
série de tv “Armação Ilimitada” que tinha o mesmo André de Biase como um dos
protagonistas.
Como informação, o filme foi inspirado na canção “Menino do Rio”
de Caetano Veloso.
Finalizando, este longa foi produzido por Bruno Barreto, que
está preparando um remake.
Bete Balanço (Brasil, 1984) – Nota 5,5
Direção – Lael Rodrigues
Elenco – Débora Bloch, Lauro Corona, Diogo Vilela, Hugo
Carvana, Maria Zilda, Cazuza.
Bete (Débora Bloch) é uma jovem que deixa sua cidade natal,
Governador Valadares em Minas Gerais e segue para o Rio de Janeiro com o
objetivo de ser tornar cantora. Na nova cidade, ela vai morar de favor com seu
amigo Paulinho (Diogo Vilela), enquanto não consegue um contrato com uma
gravadora. Sua busca por oportunidade esbarra em portas fechadas, até que uma
determinada situação a coloca no caminho do fotógrafo Rodrigo (Lauro Corona).
Os dois iniciam um romance e Rodrigo tenta ajudá-la a realizar seu sonho.
Com
uma história fraquinha, o longa foi uma espécie de propaganda para várias bandas
de rock/pop que estavam surgindo na época e que tiveram suas músicas incluídas
na trilha sonora. A música tema do Barão Vermelho fez enorme sucesso, assim
como o filme, além do próprio grupo aparecer na tela.
A trilha sonora foi um dos
pontos que ajudaram no sucesso do longa, assim como as cenas quentes entre
Débora Bloch e o falecido Lauro Corona e os temas como drogas, sexo, nudez e
ditadura que eram tabus para época.
É mais um filme que envelheceu mal e um exemplo de que pouca coisa se salva no cinema brasileiro dos anos oitenta.
2 comentários:
nossa, não lembrava que a direção era do antonio calmon. adoro esses filmes. beijos, pedrita
Pedrita - São filmes que valem pela lembrança dos anos oitenta e somente isso.
Abraço
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