sexta-feira, 31 de julho de 2020

Bait

Bait (Bait, Inglaterra, 2019) – Nota 7
Direção – Mark Jenkin
Elenco – Edward Rowe, Giles King, Simon Shepherd, Mary Woodvine, Isaac Woodvine, Wenna Kowalski.

Inglaterra, litoral da Cornualha. Martin (Edward Rowe) é um pescador que vive de jogar redes no mar, tudo porque se desentendeu com seu irmão Steven (Giles Ward) que prefere utilizar seu barco para transportar turistas. 

Martin também mantém uma relação conflituosa com um casal que comprou a antiga casa de sua família e a transformou em uma pousada. 

O diretor e roteirista Mark Jenkin tem em seu currículo diversos curtas e alguns longas de baixo orçamento praticamente desconhecidos. Este “Bait” mostra um estilo próprio e muita criatividade. Ele foi totalmente filmado em preto e branco com uma câmera de 16 mm, o que resulta em uma imagem granulada que parece envelhecida. 

Os diálogos também foram inseridos após as filmagens, sobrepondo a voz original dos atores, o que lembra produções europeias dos anos sessenta e setenta que eram dubladas em inglês. 

Jenkin também explora muitos closes com os rostos congelados, ângulos inusitados e em algumas sequências intercala dois diálogos diferentes ao mesmo tempo, o que obriga o espectador a ficar muito atento para entender tudo. 

Por mais que alguns tenham tentado comparar com o recente “O Farol”, esta produção é muito mais crua na questão técnica e nas atuações, resultando em uma obra curiosa e bastante interessante.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

The Kill Team

The Kill Team (The Kill Team, Espanha / EUA, 2019) – Nota 6,5
Direção – Dan Krauss
Elenco – Nat Wolff, Alexander Skarsgard, Adam Long, Jonathan Whitesell, Brian “Sene” Marc, Osy Ikhile, Rob Morrow.

Andrew Briggman (Nat Wolff) inicia sua carreira de soldado em uma missão no Afeganistão. 

Quando seu grupo passa a ser liderado pelo sargento Deeks (Alexander Skarsgard), Briggman é pressionado a não demonstrar emoções e tratar todos os locais como inimigos. 

O que a princípio parecia ser apenas a ordem de um sujeito insensível, aos poucos se mostra algo muito mais perigoso. 

Inspirado em uma história real, este longa tem como ponto principal a escalada da tensão enfrentada pelo protagonista que é jovem e inexperiente. 

O roteiro explora ainda a questão do corporativismo entre soldados e como isso muitas vezes é utilizado da pior forma possível. 

O filme perde pontos pelas poucas cenas de ação e pelo final apressado.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Histórias de Além-Túmulo

Histórias de Além-Túmulo (Ghost Stories, Inglaterra, 2017) – Nota 6,5
Direção – Jeremy Dyson & Andy Nyman
Elenco – Andy Nyman, Martin Freeman, Paul Whitehouse, Alex Lawther, Paul Warren, Kobna Holdrook Smith.

O professor Goodman (Andy Nyman) é especialista em desmascarar histórias sobrenaturais fajutas e videntes picaretas. 

Totalmente cético, Goodman fica surpreso quando é procurado por um antigo apresentador de tv que entrega para ele três casos inexplicáveis a serem investigados. Goodman aceita o desafio, sem imaginar as consequências. 

As três histórias analisadas pelo protagonista são detalhadas em flashbacks e não chegam a ser assustadoras. O grande acerto do filme é a reviravolta do roteiro nos vinte minutos finais. 

Os destaques do elenco ficam para o veterano Paul Whitehouse, do antigo seriado “The Fast Show” e o estranho jovem Alex Lawther, protagonista da série “The End of the F***ing World”.

terça-feira, 28 de julho de 2020

Adiós

Adiós (Adiós, Espanha, 2019) – Nota 7,5
Direção – Paco Cabezas
Elenco – Mario Casas, Natalia de Molina, Ruth Diaz, Carlos Bardem, Vicente Romero, Paulina Fenoy, Mauricio Morales, Mona Martinez.

Sevilla, Espanha. O condenado Juan (Mario Casas) consegue autorização para cumprir o resto de sua pena em um regime semiaberto. 

A alegria em reencontrar a esposa Triana (Natalia de Molina) e sua filha Estrella (Paulina Fenoy) dura pouco. Um acidente de automóvel termina em tragédia e coloca Juan em meio a uma disputa entre traficantes e policiais corruptos. 

Esta competente produção espanhola segue o estilo clássico dos filmes policiais em que todos os personagens são desonestos ou beiram a marginalidade. O roteiro amarra bem a trama incluindo algumas reviravoltas. 

As locações na periferia de Sevilla, com sequências em bairros decadentes e um condomínio popular são perfeitas para a proposta do filme, que é recheado de boas cenas de ação e violência, terminando de forma explosiva. 

É um longa que vai agradar quem curte o gênero.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

O Último Fim de Ano & South Is Nothing


O Último Fim de Ano (L’Ultimo Capodanno, Itália, 1998) – Nota 6
Direção – Marco Risi
Elenco – Monica Bellucci, Francesco D’Aloja, Marco Giallini, Alessandro Haber, Beppe Fiorello, Claudio Santamaria.

Na véspera do ano novo, em um condomínio em Roma, vários personagens enfrentam situações bizarras que podem terminar mal. Temos um advogado que curte sadomasoquismo prestes a ser assaltado por uma prostituta e seus parceiros, uma mulher casada que descobre a traição do parceiro, uma esposa que pretende cometer suicídio por causa do desaparecimento do marido e uma senhora rica que desejar curtir a noite com um gigolô. 

O filme baseado é um livro de histórias curtas que focam no lado obscuro do ser humano explorando os costumes italianos. A narrativa irregular e o exagero em algumas situações resultam em um longa diferente e apenas mediano. No elenco, destaque para a belíssima Monica Bellucci como a esposa traída.

South is Nothing (Il Sud é Niente, França / Itália, 2013) – Nota 5
Direção – Fabio Mollo
Elenco – Miriam Karlkvist, Vinicio Marchioni, Valentina Lodovini, Andrea Belisario, Alessandra Costanzo.

Em uma pequena cidade do sul da Itália, Grazia (Miriam Karlkvist) é uma jovem de dezessete anos que sofre pelo desaparecimento do irmão e pela falta de perspectivas na vida. Ela trabalha na peixaria do pai (Vinicio Marchioni), que também está indeciso entre vender tudo e mudar ou continuar na mesma vida. Solitária e amargurada, Grazi questiona o pai ao ver na rua um sujeito que ela acredita ser o irmão, que por seu lado não quer dar explicações. 

Escrito e dirigido por Fabio Mollo, este estranho drama foca em uma protagonista extremamente complicada vivendo em um mundo em que a vida passa sem as pessoas serem notadas. Sua inquietação em relação a saudade do irmão e o dificuldade em se relacionar são os pontos principais. Na história em si pouca coisa acontece em meio as sequências de silêncio e outras de diálogos desconfortáveis. É um filme que não consegui simpatizar com a história ou com os personagens.

domingo, 26 de julho de 2020

Vivarium

Vivarium (Vivarium, Irlanda / EUA / Bélgica / Dinamarca, 2019) – Nota 6,5
Direção – Lorcan Finnegan
Elenco – Imogen Poots, Jesse Eisenberg, Jonathan Aris, Senan Jennings, Eanna Hardwicke.

Na Irlanda, o casal de namorados Tom (Jesse Eisenberg) e Gemma (Imogen Poots) são convencidos por um estranho corretor imobiliário (Jonathan Aris) a visitarem um novo empreendimento. 

Eles seguem o carro do sujeito e chegam a um enorme condomínio com casas idênticas pintadas de verde. O casal entra para visitar uma casa e o corretor desaparece. Tom e Gemma decidem ir embora também, mas de forma anormal não conseguem encontrar a saída do condomínio. 

O roteiro escrito pelo diretor Lorcan Finnegan deixa claro ser uma alegoria bizarra sobre a “prisão” do casamento. O desespero de estarem presos no condomínio é desenvolvido com as típicas fases do casamento. A parceria inicial, a rotina que leva ao cansaço e o estranho “filho” que surge causando o distanciamento. É como se fosse o ciclo da vida em um mundo bizarro. 

A ideia é bastante interessante e o desenvolvimento apenas razoável. É um filme que marca muito mais por ser estranho do que pela qualidade.

sábado, 25 de julho de 2020

O Pacto dos Lobos

O Pacto dos Lobos (Le Pacte des Loups, França, 2001) – Nota 7,5
Direção – Christophe Gans
Elenco – Samuel Le Bihan, Mark Dacascos, Vincent Cassel, Monica Bellucci, Jeremie Renier, Emilie Dequenne, Jacques Perrin, Philippe Nahon, Hans Meyer, Jean Yanne, Johan Leysen, Bernard Fresson.

França, século XVIII. Na pequena vila de Gevaudan, uma série de terríveis assassinatos de mulheres assusta os moradores, que acreditam terem sido cometidos por uma criatura parecida com um lobo gigante. 

O governo francês envia o aventureiro e ambientalista Gregoire de Fronsac (Samuel Le Bihan) e seu irmão de amizade, o índio Mani (Mark Dacascos) para caçar e matar o animal. Além da caça, a dupla precisa lidar com a elite da cidade que esconde segredos. 

O roteiro utiliza como premissa a história real do “Lobo de Gevaudan” que matou mais de duzentas pessoas, para criar uma trama de ficção misturando aventura violenta, romance e drama. 

A narrativa é um pouco irregular por causa das duas horas e meia de duração, mas isso é compensado pela boa história e principalmente pelas violentas sequências de ação. 

Na época foi vista de forma curiosa a participação do astro de filmes B de lutas marciais Mark Dacascos em uma superprodução francesa. Por mais que Dacascos seja um canastrão, seu personagem é o que entrega as melhores cenas de ação. 

No elenco também se destacam Vincent Cassel como um afetado membro da elite e a belíssima Monica Bellucci interpretando uma prostituta. 

É um filme francês com cara de produção hollywoodiana.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

A Odisseia dos Tontos

A Odisseia dos Tontos (La Odisea de los Giles, Argentina / Espanha, 2019) – Nota 7,5
Direção – Sebastian Borensztein
Elenco – Ricardo Darin, Luis Brandoni, Chino Darin, Veronica Llinás, Andrés Parra, Daniel Araoz, German Rodriguez, Alejandro Gigena, Rita Cortese, Marco Antonio Caponi.

Argentina, 2001. Na pequena cidade de Alsina no interior do país, o casal Fermin (Ricardo Darin) e Lidia (Veronica Llinás) junto com o amigo Antonio (Luis Brandoni) planejam comprar um antigo moinho abandonado para criar uma cooperativa para os produtores rurais da região. 

Eles conseguem o dinheiro necessário oferecendo participação no negócio para outras pessoas da cidade. Ao depositarem o valor no banco, são surpreendidos no dia seguinte com a criação do chamado “Corralito”, em que o governo decretou que todo dinheiro em poupança seria retido, deixando que cada pessoa pudesse sacar apenas um valor mínimo semanal. É o início do desespero do grupo para tentar recuperar o dinheiro. 

O roteiro escrito pelo diretor Sebastian Borensztein é baseado em um livro de Eduardo Sacheri que utilizou o tema real do terrível confisco de dinheiro que ocorreu na Argentina para criar uma história de ficção que mistura drama, policial e toques de comédia. O roteiro também explora o tema da corrupção comum aos países latino-americanos, colocando ainda em discussão o tema do ladrão que rouba ladrão. 

Além da história bem amarrada e do bom desenvolvimento dos personagens, as sequências de suspense também são competentes e criativas. É mais um exemplo de como cinema argentino aprendeu a fazer filmes de ótima qualidade para o mercado internacional

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Assassino Contratado

Assassino Contratado (The Hunter’s Prayer, EUA / Espanha / Alemanha, 2017) – Nota 6
Direção – Jonathan Mostow
Elenco – Sam Worthington, Odeya Rush, Allen Leech, Amy Landecker, Martin Compston, Veronica Echegui.

Lucas (Sam Worthington) é um assassino profissional com a missão de eliminar Ella (Odeya Rush), uma adolescente filha de um empresário corrupto que foi morto após ter enganado um chefão do tráfico (Allen Leech). 

Algo desperta a consciência em Lucas, que decide ajudar a garota a fugir, transformando ele mesmo em alvo do antigo patrão. Eles atravessam a Europa da Suíça até a Inglaterra lutando para sobreviver. 

O roteiro explora a premissa batida do criminoso que tenta mudar sua vida quando isto parece impossível. O desenvolvimento da trama é bastante previsível e recheado de clichês. As cenas de ação são interessantes, ajudando a melhorar um pouco a qualidade do longa. 

O diretor Jonathan Mostow comandou filmes melhores como “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas” e “Breakwdown: Perseguição Implacável”. 

Este que comento é basicamente um filme de ação genérico totalmente esquecível.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

7500 & Turbulência


7500 (7500, Alemanha / Áustria / EUA, 2019) – Nota 7
Direção – Patrick Vollrath
Elenco – Joseph Gordon Levitt, Omid Memar, Aylin Tezel, Carlo Kitzlinger, Murathan Muslu.

Um voo que saiu de Berlim em direção a Paris é sequestrado por terroristas islâmicos. O co-piloto Tobias Ellis (Joseph Gordon Levitt) consegue trancar a cabine e manter o controle da aeronave, enquanto os extremistas tomam os passageiros e a tripulação como reféns e tentam de todas as formas abrir a porta. 

Apesar da trama não ter surpresas, o longa apresenta dois diferenciais bastante interessantes. Os vinte primeiros minutos são dedicados a preparação dos pilotos para a decolagem, indo de uma conversa casual até detalhar os comandos para iniciar a viagem. 

O segundo ponto positivo é fazer o espectador prender a atenção com praticamente todo o filme tendo como locação somente a cabine do avião. A tensão constante e o desespero são os combustíveis dos personagens, tanto dos terroristas como do protagonista vivido por Joseph Gordon Levitt. 

É um filme simples, sem grande orçamento e que cumpre o que promete.

Turbulência (Turbulence, EUA, 1997) – Nota 5,5
Direção – Robert Butler
Elenco – Ray Liotta, Lauren Holly, Hector Elizondo, Brendan Gleeson, Ben Cross, Rachel Ticotin, John Finn, Jeffrey DeMunn, Catherine Hicks.

Na noite de véspera do Natal, um voo comercial transporta os condenados Ryan Weaver (Ray Liotta) e Stubbs (Brenda Gleeson) escoltados por agentes federais. Na primeira chance eles conseguem tomar as armas dos agentes e dominar o avião. Enquanto tentam descobrir como escapar, os bandidos precisam enfrentar a esperteza e o medo de uma comissária de bordo (Lauren Holly). 

No mesmo ano foi lançado o semelhante na premissa, mas extremamente superior na qualidade “Con Air: A Rota da Fuga”. Este “Turbulência” tem uma narrativa agitada, cenas de ação absurdas e diálogos patéticos. A atriz Lauren Holly que era famosa na época por ter casado com Jim Carrey, afundou sua carreira neste grande fracasso. O destaque fica para a atuação de um insano Ray Liotta.

Horas de Angústia (Hostage Flight, EUA, 1985) – Nota 6,5
Direção – Steve Hilliard Stern
Elenco – Ned Beatty, Rene Enriquez, Barbara Bosson, Jack Gilford, Dee Wallace, Frank McRae, Mitchell Ryan, John Karlen, Ina Balin.

Quatro terroristas de origem árabe sequestram um avião que seguia de Nova York para Londres exigindo que o líder de seu grupo seja libertado da cadeia. Após matarem uma comissária de bordo, alguns passageiros decidem se unir para retomar o avião, iniciando um violento conflito. Produzido para tv, este longa ganha pontos pela crescente tensão, as cenas de suspense e o final marcante. O diretor consegue ir além das limitações de um telefilme.

Desastre no Rio Potomac ou Tragédia no Voo 90 (Flight 90: Disaster on the Potomac, EUA, 1984) – Nota 6
Direção – Robert Michael Lewis
Elenco – Richard Masur, Stephen MachtBarry Corbin, Jeannetta Arnette, Dinah Manoff, K Callan, Jane Kaczmarek, Ken Olin.

Em 13 de janeiro de 1982, um avião que saiu da Flórida sofreu um acidente batendo em uma ponte e caindo no Rio Potomac em Washington. Essa produção para tv foca em duas partes distintas. A primeira segue o estilo dos filmes catástrofe aos mostrar um pouco de cada passageiro antes de entrar no voo e a parte final se volta para o desespero das pessoas em encontrar amigos e parentes que estavam na aeronave. A narrativa é até competente, mantém o interesse do espectador, porém a falta de recursos faz com o que desastre não seja mostrado. É um filme muito mais voltado para o drama do que o suspense. 

Tensão no Aeroporto ou Decisão Amarga (The Terrorists ou Ransom, Inglaterra / EUA, 1974) – Nota 5
Direção – Caspar Wrede
Elenco – Sean Connery, Ian McShane, Jeffry Wickham, Isabel Dean.

Um grupo terrorista liderado por Petrie (Ian McShane) sequestra um avião britânico que é obrigado a pousar em um país não identificada da Escandinávia. Em paralelo, um segundo grupo mantém o embaixador inglês no país como refém em sua própria casa. A difícil negociação com os terroristas fica a cargo do coronel Tahlvik (Sean Connery). Este longa está mais para o drama do que o suspense comum ao gênero. A narrativa arrastada e um pouco confusa leva até um clímax morno. É um filme que envelheceu muito mal. 

Ameaça no Supersônico (SST: Death Flight, EUA, 1977) – Nota 4
Direção – David Lowell Rich
Elenco – Barbara Anderson, Bert Convy, Peter Graves, Susan Strasberg, Burgess Meredith, Lorne Greene, George Maharis, Doug McClure, Billy Crystal.

A viagem inicial do primeiro avião supersônico é sabotada por um engenheiro descontente (George Maharis), colocando em perigo a vida dos passageiros, em sua maioria celebridades que foram convidadas para este voo especial. Esta produção para a tv repleta de rostos conhecidos da época tentava copiar o estilo criado pela série de filmes “Aeroporto”, que por curiosidade teve o terceiro longa da franquia lançado no mesmo ano. Todas as limitações de uma produção para tv resultam em um longo fraco, onde nem mesmo o suspense funciona.

Rota do Perigo (Starflight: The Plane That Couldn't Land, EUA, 1983) – Nota 3
Direção – Jerry Jameson
Elenco – Lee Majors, Hal Linden, Lauren Hutton, Ray Milland, Gail Strickland, Tess Harper, Robert Webber, George DiCenzo, Terry Kiser.

O voo inaugural de um avião hipersônico fica a beira de um desastre quando a NASA lança ao mesmo tempo m foguete. O avião perde o controle e entra em órbita. Mesmo produzido em 1983 para tv, este longa tem toda a cara do cinema catástrofe dos anos setenta, porém com efeitos especiais toscos e uma trama totalmente absurda. O ator Lee Majors que interpreta o piloto, era um grande astro da tv na época por causa das séries “O Homem de Seis Milhões de Dólares” e “Duro na Queda”. Vale citar que o diretor Jerry Jameson comandou o superior “Aeroporto 77”, o terceiro filme da franquia de sucesso.

terça-feira, 21 de julho de 2020

Joe - Das Drogas à Morte

Joe – Das Drogas à Morte (Joe, EUA, 1970) – Nota 6,5
Direção – John G. Avildsen
Elenco – Peter Boyle, Dennis Patrick, Susan Sarandon, K Callan, Audrey Caire, Patrick McDermott.

A garota Melissa (Susan Sarandon ainda bem jovem) sofre uma overdose após usar as drogas do namorado que é traficante (Patrick McDermott). Seu pai Bill (Dennis Patrick) é um empresário conservador que termina fazendo algo radical por causa da situação. 

O destino o leva a cruzar o caminho do operário Joe (Peter Boyle), um sujeito rude e racista. A estranha amizade que surge entre os dois sujeitos aparentemente bem diferentes entre si, aos poucos revela pensamentos parecidos. 

Dirigido por John G. Avildsen antes de ficar famoso com “Rocky: Um Lutador", este longa foca na enorme mudança de costumes que abalou muitas relações entre pais e filhos nos anos sessenta. Bill e Joe mesmo vivendo em classes diferentes, sentem um desconforto semelhante com a geração que adotou o sexo, drogas e rock’n roll como estilo de vida. 

Por mais que Joe seja racista e Bill falso, o outro lado dos jovens irresponsáveis que desprezam os mais velhos terminam por igualar os defeitos. A escolha de Avildsen em levar a história a uma espiral de violência transforma a dupla de amigos em vilões, tirando deles toda e qualquer razão na parte final. 

O estilo da narrativa envelheceu bastante, assim como a trilha sonora e até as interpretações, com exceção do estranho vivido por Peter Boyle. Por outro lado, a questão do conflito de gerações e do ódio entre conservadores e progressistas transformam a história em algo bastante atual.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O Oficial e o Espião

O Oficial e o Espião (J’Accuse, França / Itália, 2019) – Nota 7,5
Direção – Roman Polanski
Elenco – Jean Dujardin, Louis Garrel, Emmanuelle Seigner, Grégory Gadebols, Hervé Pierre, Melvil Poupad, Matthieu Amarilc, Vincent Perez, Laurent Stocker, Wladimir Yordanoff, Didier Sandre.

Paris, 1894. O capitão Alfred Dreyfus (Louis Garrel) é acusado de traição e sentenciado a prisão perpétua a ser cumprida na isolada Ilha do Diabo. No ano seguinte, o coronel Georges Picquart (Jean Dujardin) é indicado para comandar o setor de inteligência do exército francês. 

Um bilhete entregue por uma informante sugere que existe outro espião entre os oficiais. O que deixa Picquart intrigado é que a letra deste bilhete é igual a letra de uma carta que foi fundamental para condenar Dreyfus. Ao tentar descobrir o que realmente ocorreu, Picquart termina batendo de frente com seus superiores. 

Baseado na história real conhecida como “O Caso Dreyfus”, que por sinal já rendeu o telefilme “Prisioneiros de Honra” em 1991, este longa dirigido por Roman Polanski detalha todos os absurdos que levaram o oficial Dreyfus para prisão. 

Os dois pontos principais são a questão da xenofobia que fez com os envolvidos na investigação escolhessem o pobre Dreyfus como culpado, sendo que ele era o único judeu no exército francês em Paris na época e posteriormente o orgulho que fez com que estes mesmos oficiais do exército lutassem para esconder a verdade, inclusive atacando o coronal Picquart. 

Polanski acerta na narrativa pelos dois primeiros terços do filme, descrevendo os pequenos detalhes do caso. A meia-hora final fica um pouco corrida, com algumas soluções fáceis e pulos no tempo. 

Vale citar que o protagonista Picquart deixa claro em um diálogo no início de que não gosta de judeus, mas que jamais utilizaria isso para prejudicar alguém. A fala mostra como Dreyfus era o bode expiatório perfeito para o exército.

domingo, 19 de julho de 2020

Dark

Dark (Dark, Alemanha, 2017 a 2019)
Direção – Baran Bo Odar
Elenco – Louis Hoffman, Lisa Vicari, Oliver Masucci, Karoline Eichhorn, Jordis Triebel, Maja Schone, Andreas Pietschmann, Stephan Kampwirth, Daan Lennard Liebrenz.

Depois de ver a primeira temporada da intrincada trama “Dark”, fiz o texto que você pode ler neste link

A segunda temporada seguiu no mesmo formato, explorando as viagens no tempo e as ligações entre os personagens das quatro famílias da pequena Winden na Alemanha que tem seus destinos modificados por situações incomuns que fogem de seu controle. 

Desde o inicio minha impressão foi de que o roteirista Jantje Friese e o diretor Baran Bo Odar sabiam exatamente como terminar a história, diferente dos seriados americanos que geralmente planejam uma ou duas temporadas e dependendo do sucesso criam a sequência da trama posteriormente, algo que nem sempre dá certo. 

A terceira e última temporada de “Dark” deixa claro que o final estava preparado desde o início, o problema a meu ver surgiu na falta de história para mais oito episódios. Esta temporada foi muita mais arrastada que as anteriores, mostrando acontecimentos em seis épocas diferentes, porém com situações e diálogos repetitivos que empurraram a história para um final coerente em relação a ideia da viagem no tempo, mas que deixou perguntas sem resposta e entregou ainda uma bizarra sequência pós-clímax. 

No geral é uma ótima série, mesmo com a pequena derrapada na temporada final.

sábado, 18 de julho de 2020

Apenas um Garoto em Nova York

Apenas um Garoto em Nova York (The Only Living Boy in New York, EUA, 2017) – Nota 6,5
Direção – Marc Webb
Elenco – Callum Turner, Jeff Bridges, Kate Beckinsale, Pierce Brosnan, Cynthia Nixon, Kiersey Clemmons, Bill Camp, Tate Donovan, Wallace Shawn, Anh Duong, Debi Mazar.

Thomas (Callum Turner) é um jovem que ainda não descobriu seu caminho na vida. Filho de uma família de classe média alta de Nova York, ele abandonou a universidade e sonha em se tornar escritor, porém foi desencorajado por seu pai (Pierce Brosnan) que é editor. 

Num certo dia, Thomas cruza o caminho de um estranho novo vizinho (Jeff Bridges), com quem faz amizade e recebe conselhos incomuns. Sua vida fica ainda mais complicada quando descobre que seu pai tem uma bela amante (Kate Beckinsale), fato que pode abalar ainda mais a saúde de sua depressiva mãe (Cynthia Nixon). 

Em alguns momentos este longa lembra as obras de Woody Allen, tanto pelas locações em Nova York, como pelas complicadas relações que são levadas à tela, além é claro do protagonista aspirante a escritor. Mas diferente de Allen, os diálogos aqui são quase todos voltados para o drama, sem espaço para personagens engraçadinhos. 

A narrativa flui bem, as mentiras e traições vem à tona e um grande segredo ajuda a tirar um pouco da previsibilidade da trama. 

O resultado é drama um pouco mais do que mediano.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

O Solteirão & A Seleção


O Solteirão (Solitary Man, EUA, 2009) – Nota 6,5
Direção – Brian Koppelman & David Levien
Elenco – Michael Douglas, Susan Sarandon, Danny DeVito, Mary Louise Parker, Jenna Fischer, Imogen Poots, Jesse Eisenberg, Richard Schiff, David Costabile, Ben Shenkman, Anastasia Griffith.

Ben Kalmen (Michael Douglas) é um sujeito divorciado que foi a falência por causa de um escândalo financeiro. Mesmo visto como alguém não confiável, Ben deseja iniciar um novo negócio, ao mesmo tempo em que dedica boa parte de sua vida a levar mulheres para cama, com o detalhe de estar se relacionando com a socialite Jordon (Mary Louise Parker). As confusões na sua vida aumentam quando ele acompanha a filha de Jordon (Imogen Poots) a uma entrevista com o reitor da universidade a qual ele fez grandes doações.

O título nacional passa a impressão de ser mais uma comédia boa, quando na verdade apesar de não ser um grande filme, a história explora temas interessantes como dificuldade de relacionamentos, medo da morte e desejo de aproveitar o tempo perdido. A aparente irresponsabilidade do protagonista é explicada próximo ao final, dando uma perspectiva mais realista para suas atitudes.

O elenco cheio de rostos conhecidos é o destaque, com a curiosidade de voltar a reunir a dupla Michael Douglas e Danny DeVito que fez sucesso nos anos oitenta ao lado de Kathleen Turner nas aventuras “Tudo Por uma Esmeralda” e “A Joia do Nilo”, além do fracassado e bizarro “A Guerra dos Roses”.

A Seleção (Admission, EUA, 2013) – Nota 6
Direção – Paul Weitz
Elenco – Tina Fey, Paul Rudd, Nat Wolff, Michael Sheen, Lily Tomlin, Olek Krupa, Wallace Shawn, Gloria Reuben, Michael Genadry, Sonya Walger, Lisa Emery, Bryan D’Arcy James.

Portia (Tina Fey) trabalha no departamento de admissão de alunos na famosa Universidade de Princeton. Enquanto luta por uma promoção no trabalho, Portia é procurada por John Pressman (Paul Rudd), que administra um pequeno colégio e que pede uma visita para ela conversar com seus alunos. O objetivo de John é apresentar o garoto Jeremiah (Nat Wolff), que ele considera ter uma inteligência fora do comum e que mereceria uma chance na universidade. 

O roteiro desenvolve a história seguindo o estilo das comédias de erros, em que um segredo leva a uma série de situações mais patéticas do que engraçadas. A tentativa de mostrar como funciona o processo de admissão em uma grande universidade funciona em parte. Mesmo sem se aprofundar, fica claro que a escolha leva em conta situações que vão além do currículo escolar do aluno, tanto para o bem, quanto para o mal. O filme ganha pontos pelas atuações simpáticas de Tina Fey e Paul Rudd, perfeitos para este tipo de comédia leve.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Quem com Ferro Fere

Quem com Ferro Fere (Quien a Hierro Mata, Espanha / França / EUA, 2019) – Nota 7
Direção – Paco Plaza
Elenco – Luis Tosar, Xan Cejudo, Ismael Martinez, Enric Anquer, Maria Vazquez.

Galícia, Espanha. Antonio Padin (Xan Cejudo) é o chefão do tráfico na região conhecida como Cambados que cumpre pena na cadeia. 

Sofrendo de um doença degenerativa, Padin consegue a liberdade e escolhe morar em uma casa de repouso. Seus filhos (Ismael Martinez e Enric Anquier) querem seguir como negócio do pai, mas precisam da autorização e do dinheiro do velho. 

No meio da disputa entre pai e filhos fica Mario (Luis Tosar), que é chefe dos enfermeiros da casa de repouso e que se torna muito próximo de Padin. Aos poucos, Mario demonstra seu verdadeiro interesse. 

O título deste longa entrega o ponto principal da trama que é a vingança, seja ela entre traficantes ou mesmo envolvendo pessoas comuns. O roteiro não esconde grandes surpresas, com exceção do último assassinato que foge do final onde tudo se acerta. 

O diretor Paco Plaza consegue criar algumas boas sequências de suspense que prendem a atenção do espectador. 

É um bom filme que agradará quem curte o gênero.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

O Dublê do Diabo

O Dublê do Diabo (The Devil's Double, Bélgica / Holanda, 2011) – Nota 7
Direção – Lee Tamahori
Elenco – Dominic Cooper, Ludivine Sagnier, Raad Rawi, Philip Quast, Dar Salim, Khalid Laith.

Iraque, início dos anos oitenta. Uday Hussein (Dominic Cooper), filho do ditador Saddam Hussein, decide copiar o pai e obriga o serviço secreto a encontrar um sósia para substituí-lo em situações de perigo ou para ir em locais que ele não queira comparecer. 

O escolhido é o soldado Latif Yahia (o mesmo Dominic Cooper), que tem que decidir entre aceitar o trabalho ou morrer. Durante alguns anos, Latif se torna a sombra de Uday e também testemunha dos abusos cometidos pelo psicopata. 

Baseado em uma absurda história real descrita em livro pelo verdadeiro Latif Yahia, este longa mostra com detalhes a crueldade com que Saddam Hussein comandava o país e principalmente as loucuras cometidas pelo maluco Uday, que vivia rodeado de prostitutas e seguranças. O fascínio de Uday por seu sósia cria uma espécie de alter ego ao estilo “o médico e o monstro”. 

É uma história tão maluca e cruel quanto a tirania da família Hussein sobre o povo do Iraque.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Piranhas

Piranhas (La Paranza dei Bambini, Itália, 2019) – Nota 7,5
Direção – Claudio Giovannesi
Elenco – Francesco Di Napoli, Viviana Aprea, Renato Carpentieri, Aniello Arena, Valentina Vannino, Luca Nacarlo.

Na periferia de Nápoles, um grupo de adolescentes liderados por Nicola (Francesco Di Napoli) tenta encontrar espaço no mundo do crime. A princípio obrigados a trabalhar para o chefão local, aos poucos Nicola arma um plano para tomar o poder. 

Baseado em um livro de Roberto Saviano, autor da obra que deu origem ao filme e a série “Gomorra”, este longa foca na questão de como uma região dominada pelo crime se torna atrativa para adolescentes sem perspectivas na vida seguirem o mesmo caminho. 

É interessante notar que o protagonista inicia sua caminhada no mundo do crime pensando em ajudar a mãe que é extorquida por mafiosos em sua pequena lavanderia. Algumas de suas atitudes visam criar um bairro melhor, ao mesmo tempo em que outras situações o leva a cometer crimes bárbaros. É como se o fim fosse a justificativa para os meios. 

É uma história que lembra bastante a vida nas periferias do Brasil dominadas por traficantes.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

A Menina do Outro Lado da Rua & O Mistério de Agatha


A Menina do Outro Lado da Rua (The Little Girl Who Lives Down the Lane, Suíça / França / Canadá, 1976) – Nota 7
Direção – Nicolas Gessner
Elenco – Jodie Foster, Martin Sheen, Alexis Smith, Mort Shuman, Scott Jacoby.

No subúrbio de Quebec no Canadá, a adolescente Rynn (Jodie Foster) vive aparentemente sozinha em uma casa isolada. Para cada pessoa que a visita, ela conta uma história diferente sobre seu pai que seria um poeta que está sempre ocupado. A situação fica mais pesada quando um pedófilo (Martin Sheen) passa a rondar sua casa.

No mesmo ano em que ficou conhecida pelo papel em “Taxi Driver”, Jodie Foster então com treze anos de idade protagonizou este suspense que explora um tema polêmico. Assim como em “Taxi Driver”, sua atuação é marcante ao viver uma garota sem medo, inteligente e que utiliza as mesmas artimanhas de um adulto.

O filme não tem cenas de ação e a violência é muito mais psicológica, principalmente nas sequências com o repulsivo personagem de Martin Sheen.

É um filme interessante, forte e que hoje com o politicamente correto, jamais sairia do papel.

O Mistério de Agatha (Agatha, Inglaterra, 1979) – Nota 6
Direção – Michael Apted
Elenco – Dustin Hoffman, Vanessa Redgrave, Timothy Dalton, Helen Morse, Celia Gregory, Timothy West, Alan Badel.

Londres, 1926. A escritora Agatha Christie (Vanessa Redgrave) passa por uma crise no casamento com Archibald (Timothy Dalton), que deseja o divórcio para se casar com a amante. Uma determinada situação leva Agatha a desaparecer. O jornalista americano Wally Stanton (Dustin Hoffman) se interessa pelo caso e descobre pistas do que realmente aconteceu. 

Este longa explora a história real do mistério do desaparecimento da escritora por onze dias, fato que jamais teve uma explicação oficial. O roteiro cria uma trama do que possivelmente pode ter ocorrido durante estes onze dias e principalmente o porquê do seu desaparecimento. 

Mesmo sendo apenas um palpite, a explicação oferecida pelo roteiro é bastante verossímil. Por outro lado, o filme peca pela narrativa irregular e a indecisão entre ser um drama ou um suspense. Vista hoje, a sequência do clímax é fraca. Vale destacar a ótima reconstituição de época. 

domingo, 12 de julho de 2020

Má Educação

Má Educação (Bad Education, EUA, 2019) – Nota 7
Direção – Cory Finley
Elenco – Hugh Jackman, Ray Romano, Allison Janney, Geraldine Viswanathan, Alex Wolff, Annaleigh Ashford, Rafael Casal, Ray Abruzzo, Kathrine Narducci.

Long Island, 2002. O colégio público Roslyn é um exemplo de qualidade de ensino. Muito do sucesso vem do trabalho realizado pelo supervisor escolar Frank Tassone (Hugh Jackman). A aparente administração exemplar começa a ruir quando vem à tona que a diretora financeira (Allison Janney) desviou uma grande quantia de dinheiro. 

Com medo de perder o apoio da comunidade e ter de abortar o projeto de um novo prédio para o colégio, Tassone convence o diretor geral (Ray Romano) e os membros do conselho a esquecer o caso. O que eles não imaginam é que uma estudante (Geraldine Viswanathan) está interessada em fazer uma matéria para o jornal do colégio sobre o tal projeto. 

Baseado na história real do maior desvio de dinheiro ocorrido em um colégio público nos Estados Unidos, este longa produzido pela HBO foca nos detalhes absurdos do golpe de uma forma que mistura drama e pitadas de comédia, muito pelos personagens peculiares envolvidos. 

O grande destaque é para Hugh Jackman, que cria um personagem extremamente vaidoso, com talento político para esconder seus segredos e ainda ser respeitado. 

O resultado é um obra interessante pela história e também pelos personagens.

sábado, 11 de julho de 2020

Star Wars: A Ascensão Skywalker

Star Wars: A Ascensão Skywalker (Star Wars: The Rise of Skywalker, EUA, 2019) – Nota 5
Direção – J.J. Abrams
Elenco – Daisy Ridley, Adam Driver, John Boyega, Oscar Isaac, Carrie Fisher, Mark Hamill, Anthony Daniels, Naomi Ackie, Domhnall Gleeson, Richard E. Grant, Ian McDiarmid, Lupita Nyong’o, Keri Russell, Joonas Suotamo, Kelly Marie Train, Dominic Monaghan, Greg Grunberg, Billy Dee Williams.

A Resistência continua preparada para enfrentar a Primeira Ordem. Enquanto Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac) seguem lutando, Rey (Daisy Ridley) intensifica seu treinamento para se tornar uma Jedi. 

Ela também procura o caminho que a levaria às suas origens e provavelmente a uma batalha final contra Kyle Ren (Adam Driver). Nesse meio tempo, o imperador Palpatine (Ian McDiarmid) reaparece com o objetivo de criar um novo império. 

O fechamento desta terceira trilogia é com certeza o filme mais fraco da franquia principal “Star Wars”. A história é totalmente requentada, explorando situações que são cópias dos filmes anteriores e criando uma trama absurda ao ressuscitar personagens. A narrativa chega a ser piegas em vários momentos. Nem mesmo as sequências de ação empolgam. 

Para muitos, a culpa da queda na qualidade da franquia está na venda do direitos de George Lucas para a Disney, que preferiu seguir o caminho de popularizar a história no pior sentido possível. 

A trilogia original ainda continua insuperável.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

The Peanut Butter Falcon

The Peanut Butter Falcon (The Peanut Butter Falcon, EUA, 2019) – Nota 7
Direção – Tyler Nilson & Michael Schwartz
Elenco – Shia LaBeouf, Dakota Johnson, Zack Gottsagen, Thomas Haden Church, Bruce Dern, John Hawkes, Jon Bernthal, Yelawolf.

Zak (Zack Gottsagen) é um jovem com Síndrome de Down que mora em um asilo de idosos por não ter família e que sonha em se tornar astro de luta-livre. 

Assistindo repetidamente uma velha fita VHS de uma famoso lutador (Thomas Haden Church), Zak decide fugir do local para alcançar seu sonho. Ele cruza o caminho do pescador Tyler (Shia LaBeouf), que também está fugindo após entrar em conflito com outros pescadores.

A nova dupla de amigos inicia uma viagem para encontra o lutador, enquanto a assistente social Eleanor (Dakota Johnson) tenta localizar o fugitivo Zak. 

Este é um daqueles filmes feitos para emocionar, mesmo resvalando em algumas cenas engraçadas e outras um pouco violentas. O grande destaque fica para a química entre Shia LaBeouf e Zak Gottsagen. Várias sequências entre eles parecem ter sido filmadas de forma espontânea, como se estivessem realmente brincando. 

O roteiro faz algumas concessões para deixar a história agradável, se preocupando em entregar um longa que faça o espectador se sentir bem no final.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Corpus Christi

Corpus Christi (Boze Cialo, Polônia, 2019) – Nota 8
Direção – Jan Komasa
Elenco – Bartosz Bielenia, Aleksandra Konieczna, Eliza Reycembel, Tomasz Zietek, Barbara Kurzaj, Leszek Wardejn, Lukasz Simlat.

Em Varsóvia na Polônia, Daniel (Bartosz Bielenia) é um jovem que está prestes a ser libertado do reformatório onde cumpre pena. A condição para saída é Daniel aceitar o trabalho em uma madeireira numa pequena cidade do interior do país. 

Enquanto esteve preso, ele descobriu sua vocação religiosa, auxiliando o padre do reformatório, porém seu passado criminoso o impede de entrar em um seminário. Ao chegar na pequena cidade, ao invés de se apresentar no emprego, Daniel decide se passar por padre, conseguindo enganar os moradores. 

Este ótimo drama vai muito além da mentira criada pelo protagonista, que se torna um catalisador de mudanças e conflitos na pequena cidade, muito por causa de uma tragédia que ocorreu no local antes de sua chegada. 

O roteiro explora temas como morte, perdão, ódio, celibato e poder para demonstrar como o ser humano é complexo e as religiões são repletas de contradições. 

Destaque também para a ótima atuação do jovem Bartosz Bielenia, que encontrou na fé uma chance de expurgar seus demônios. 

É um filme que merece ser conhecido.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Cobra & Jogo Bruto


Cobra (Cobra, EUA, 1986) – Nota 6,5
Direção – George Pan Cosmatos
Elenco – Sylvester Stallone, Brigitte Nielsen, Reni Santoni, Andrew Robinson, Brian Thompson, John Herzfeld, Lee Garlington, Art LaFleur, Marco Rodriguez, Val Avery, David Rasche.

Marion “Cobra” Cobretti (Sylvester Stallone) é um policial que segue suas próprias regras em Los Angeles. Ele faz parte de um esquadrão especializado em investigar crimes violentos. Quando uma série de assassinatos ocorre na cidade, Cobra é encarregado de escoltar a provável próxima vítima, a modelo Ingrid (Brigitte Nielsen). 

Após o sucesso de “Rambo II – A Missão” no ano anterior, o astro Sylvester Stallone e o diretor George Pan Cosmatos repetiram a parceria neste longa policial que é um do mais odiados pela crítica de cinema. 

O filme foi detonado na época do lançamento, muito por causa de uma espécie de pré-politicamente correto que não gostou das várias cenas violentas, que hoje por sinal passam longe de ofender em comparação com muitos longas posteriores. 

A trama não tem grandes surpresas, o foco é a ação com um protagonista durão, estilo clássico dos anos oitenta. 

Jogo Bruto (Raw Deal, EUA, 1986) – Nota 6
Direção – John Irvin
Elenco – Arnold Schwarzenegger, Kathryn Harrold, Darren McGavin, Sam Wanamaker, Paul Shenar, Robert Davi, Steven Hill, Ed Lauter,  Joe Regalbuto.

Mark Kaminski (Arnold Schwarzenegger) é um ex-agente do FBI que trabalha como xerife em uma pequena cidade. O assassinato de uma testemunha que entregaria um chefão da Máfia da Chicago faz seu antigo superior (Darren Gavin) procurá-lo com a proposta de Mark se infiltrar na quadrilha do criminoso. Em troca, ele seria recontratado pelo FBI. 

Este “Jogo Bruto” é com certeza o filme menos lembrado da carreira de Schwarzenegger. O sucesso de “O Exterminador do Futuro” dois anos antes o transformou em astro, assim como explosivo e absurdo “Comando Para Matar”, porém antes de seguir carreira sozinho, Schwarzenegger tinha um contrato com o produtor italiano Dino de Laurentiis, para quem havia protagonista os dois “Conan” e “Guerreiros de Fogo”. Isso fez com que ele tivesse de aceitar este trabalho, que mesmo com um elenco recheado de rostos conhecidos dos anos oitenta, resulta em um filme genérico de ação. 

Por sinal, as cenas de ação são apenas razoáveis, assim como a trama é repleta de clichês. O filme vale apenas como curiosidade para quem gosta do estilo de ação da época.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Eu Não Sou um Serial Killer

Eu Não Sou um Serial Killer (I Am Not a Serial Killer, Irlanda / Inglaterra / EUA, 2016) – Nota 6,5
Direção – Billy O’Brien
Elenco – Max Records, Christopher Lloyd, Laura Fraser, Christina Baldwin, Karl Geary.

Em uma cidade do meio-oeste americano, John (Max Records) é um adolescente com uma personalidade perturbada que se trata com um psiquiatra para “domar” seus instintos, que poderiam transformá-lo em um assassino. 

A cabeça de John fica ainda mais confusa quando um serial killer real deixa um rastro de mortes na cidade. Sua curiosidade o leva a descobrir a surpreendente identidade do assassino. Ao invés de avisar a polícia, ele prefere vigiar as atitudes do criminoso. 

A premissa é bastante interessante ao colocar como protagonista um adolescente sociopata que luta contra sua falta de sentimentos, lembrando um pouco o superior “O Despertar de um Assassino” que detalhava a juventude do serial killer Jeffrey Dahmer. A diferença aqui é que o assassino é outro personagem, por sinal tão interessante como o protagonista em razão de detalhes que fogem do lugar comum. 

Por outro lado, o desenvolvimento da trama é um pouco confusa e o roteiro apresenta furos. A escolha do diretor em criar sequências de autópsias pode chocar alguns espectadores. Vale citar que a mãe do protagonista é uma agente funerária que tem sua empresa no porão da casa em que eles vivem. 

O resultado é razoável, ficando a impressão de que o bom potencial da trama foi mal explorado.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Timbuktu

Timbuktu (Timbuktu, Mauritânia / França, 2014) – Nota 6
Direção – Abderrahmane Sissako
Elenco – Ibrahim Ahmed, Abel Jafri, Toulou Kiki, Layla Walet Mohamed Mehdi A.G. Mohamed.

Timbuktu, Mali. Uma pequena vila em meio ao deserto é tomada por jihadistas islâmicos que desejam implantar a “Sharia”. 

Armados, o grupo exige que os moradores não ouçam músicas, cantem, fumem e que as mulheres cubram totalmente o corpo. 

Um desentendimento por uma vaca entre um morador do deserto e um pescador termina em morte, aumentando ainda mais a tensão no local. 

Esta curiosa produção foca no sofrimento que aflige diversas regiões na África por causa do avanço do fundamentalismo islâmico. São regiões isoladas e esquecidas que se tornam alvos fáceis para criminosos que acreditam estar defendendo sua religião. 

O diretor e roteirista Abderrahmane Sissako detalha com sensibilidade esta situação, porém ao mesmo tempo com uma lentidão exagerada na narrativa e com atuações amadoras. Além da denúncia da história, outro destaque fica para a bela fotografia. 

O resultado é um filme diferente e irregular.

domingo, 5 de julho de 2020

Um Plano Simples

Um Plano Simples (A Simple Plan, Inglaterra / Alemanha / França / EUA / Japão, 1998) – Nota 7
Direção – Sam Raimi
Elenco – Bill Paxton, Billy Bob Thornton, Gary Cole, Brent Briscoe, Bridget Fonda, Chelcie Ross.

Em uma gelada cidade de Minnesota, os irmãos Hank (Bill Paxton) e Jacob (Billy Bob Thornton), junto com o amigo Lou (Brent Briscoe), encontram no meio da floresta um pequeno avião acidentado e uma enorme quantia de dinheiro. 

Precisando de dinheiro, principalmente Hank que está casado com Sarah (Bridget Fonda) e prestes a ser pai, eles decidem ficar com a fortuna e gastar aos poucos, sem deixar que os demais moradores da região desconfiem de algo. 

Tudo fica mais complicado quando o xerife (Chelcie Ross) pede que eles ajudem um agente do FBI (Gary Cole) a encontrar os destroços do avião. 

Dirigido por Sam Raimi, este longa tem semelhanças com o superior “Fargo” que os irmãos Cohen comandaram dois anos antes.As semelhanças estão nas locações, nos personagens ambiciosos e nas consequentes traições. 

Esta premissa de amizades desfeitas pela ganância ficou imortalizada no clássico “O Tesouro de Sierra Madre” de John Huston, o primeiro grande filme a explorar o tema. 

Mesmo com a presença de astros da época como o falecido Bill Paxton e da aposentada Bridget Fonda, o destaque do elenco fica para o estranho personagem de Billy Bob Thornton.

sábado, 4 de julho de 2020

9. April

9. April (9. April, Dinamarca, 2015) – Nota 6,5
Direção – Roni Ezra
Elenco – Pilou Asbaek, Lars Mikkelsen, Elliott Crosset Hove, Gustav Dyekjaer Glese, Sebastian Bull Sarning.

Na manhã do dia 9 de abril de 1940, o governo dinamarquês é alertado que as tropas alemães estão prestes a atravessar a fronteira. O exército é acionado para tentar deter o avanço dos nazistas. 

O problema é que o exército tem poucos soldados, a maioria jovens mal treinados com pouca munição e que são enviados para lutar utilizando bicicletas como veículos. A resistência dura menos de um dia. 

Baseado na história real da tomada da Dinamarca pelos nazistas, o roteiro escrito pelo também diretor Tobias Lindholm cria um pelotão ficcional liderado pelo subtenente Sand (Pilou Asbaek), que desde a primeira cena deixa claro em seu olhar que todo esforço será inútil. 

O diretor Roni Ezra explora a questão emocional dos soldados e a luta pelo honra, porém o baixo orçamento atrapalha bastante nas cenas de ação. O clímax na ruas de uma pequena cidade não chega a empolgar. 

Os destaques são a história, que mostra a ingenuidade do governo dinamarquês, as bonitas locações e a atuação melancólica de Pilou Asbaek.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes & Snatch: Porcos e Diamantes


Estes dois longas de estilos semelhantes são as duas obras de artes da carreira de Guy Ritchie, que mesmo entregando posteriormente alguns outros bons filmes, jamais conseguiu repetir a mesma qualidade. Os dois filmes descrevem tramas ligadas ao submundo de Londres com muito humor negro, violência, cortes rápidos e trilha sonora agitada. 

Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes (Lock, Stock and Two Smoking Barrels, Inglaterra, 1998) – Nota 10
Direção – Guy Ritchie
Elenco – Jason Flemyng, Dexter Fletcher, Nick Moran, Jason Statham, Steven Mackintosh, Vinnie Jones, Sting, Vas Blackwood, Stephen Marcus, Nicholas Rowe,

Eddy (Nick Moran) convence seus amigos (Jason Flemyng, Dexter Fletcher e Jason Statham) a apostarem suas economias em um jogo de pôquer. Eddy se considera um grande jogador, porém tudo dá errado e eles ficam devendo uma fortuna para um gângster. O prazo para pagar a dívida e salvar a pele é de apenas uma semana.

A estreia de Guy Ritchie no cinema foi nada menos que sensacional. Como poucos, ele conseguiu explorar o humor negro de forma perfeita. As confusões que aos amigos se envolvem para conseguir dinheiro são absurdas, assim como são impagáveis os personagens que surgem na tela. No meio da trama ainda temos os importantes “canos fumegantes” do título, que são duas armas antigas de colecionador.

Snatch: Porcos e Diamantes (Snatch, Inglaterra / EUA, 2000) – Nota 10
Direção – Guy Ritchie
Elenco – Benício Del Toro, Dennis Farina, Brad Pitt, Jason Statham, Vinnie Jones, Rade Sherbedgia, Stephen Graham, Alan Ford, Lennie James, Ade, Ewen Bremner, Jason Flemyng, Goldie, Robbie Gee, Mike Reid, Ade.

Um ladrão de diamantes (Benício Del Toro) que pretende lucrar com o produto de um roubo, um chefão da máfia americana (Dennis Farina) interessado no diamante, dois promotores de lutas clandestinas (Jason Statham e Stephen Graham) que precisam convencer um boxeador cigano (Brad Pitt) a perder uma luta, um criminoso russo (Rade Sherbedgia) envolvido, um chefe do crime em Londres (Alan Ford) que pressiona os promotores, um assassino maluco (Vinnie Jones) e dois capangas idiotas (Lennie James e Robbie Gee). 

Este festival de personagens bizarros, a maioria deles com apelidos formam o elenco de um dos melhores filmes das últimas décadas. O emaranhado da trama cheia de traições resulta em situações absurdas, engraçadas e violentas. 

Além de bizarros, alguns personagens são impagáveis, como o assassino psicopata vivido por Vinnie Jones e o boxeador de Brad Pitt que fala um língua totalmente estranha que somente seus amigos ciganos entendem. 

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Charlie, um Grande Garoto

Charlie, um Grande Garoto (Charlie Bartlett, EUA, 2007) – Nota 6,5
Direção – Jon Poll
Elenco – Anton Yelchin, Robert Downey Jr, Hope Davis, Kat Dennings, Tyler Hilton, Mark Rendall.

Charlie Bartlett (Anton Yelchin) é um adolescente de família rica que é expulso de mais um colégio de elite após vender carteiras de motorista falsificadas. 

Ele vive com sua mãe (Hope Davis), que sem opção, decide enviá-lo para uma escola pública. Rapidamente, Charlie cria na nova escola uma rede de comércio ilegal de medicamentos antidepressivos, incluindo ainda uma sessão de terapia no banheiro. 

Esta comédia despretensiosa faz uma crítica a questão do uso indiscriminado de medicamentos para melhorar o ânimo e enfrentar os problemas do dia a dia. 

Mesmo sem se aprofundar no tema e com algumas sequências bobinhas recheadas de clichês, é interessante a forma como o roteiro tenta mostrar que todas as pessoas sofrem em algum momento e que na maioria das vezes não são necessários medicamentos para enfrentar estes problemas. 

A questão do uso de drogas ilícitas também está ligado a isso, na vontade de “esquecer” os problemas através de uma falsa sensação de bem estar. 

O destaque do filme fica para a atuação de Anton Yelchin, ator extremamente talentoso que faleceu ainda muito jovem em 2016 vitima de um bizarro acidente com seu carro que desengatou sozinho o freio por causa de um defeito.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Ataque ao Prédio

Ataque ao Prédio (Attack the Block, Inglaterra / França / EUA, 2011) – Nota 7,5
Direção – Joe Cornish
Elenco – John Boyega, Jodie Whittaker, Alex Esmail, Leeon Jones, Franz Drameh, Simon Howard, Luke Treadaway, Nick Frost.

Em um condomínio de classe baixa na periferia de Londres, um grupo de adolescentes liderados por Moses (John Boyega) assalta a solitária Sam (Jodie Whittaker). 

No mesmo instante, uma espécie de meteoro cai no local, de onde sai uma estranha criatura que é morta pelo grupo. Enquanto eles vibram por terem matado algo incomum, novos meteoros chegam na Terra trazendo criaturas ainda mais perigosas. 

Esta divertida mistura de ficção e terror bebe na fonte dos filmes do gênero dos anos oitenta, colocando como protagonistas adolescentes para enfrentar criaturas que são uma mistura de ursos com gremlins. 

O diretor e roteirista Joe Cornish acertou em cheio nas ótimas sequências de ação e nas perseguições pelo condomínio e seus arredores, explorando suspense, violência e comédia.

Os diálogos afiados são outro destaque, assim como os coadjuvantes. O falador Pest (Alex Esmail), os dois garotos de nove anos com os fogos de artifício e a dupla de drogados vividos por Luke Treadaway e Nick Frost são impagáveis. 

Para quem gosta do gênero, este filme é uma ótima diversão.