Eterno Amor (Un Long Dimanche de Fiançailles, França / EUA, 2004) – Nota 7,5
Direção – Jean Pierre Jeunet
Elenco – Audrey Tautou, Gaspard Uliel, Jodie Foster, Dominique Pinon, Chantal Newirth, André Dussollier, Marion Cotillard, Denis Lavant, Albert Dupontel, Julie Depardieu.
Durante a Primeira Guerra Mundial, cinco soldados franceses são levados para corte marcial e condenados à morte por supostamente terem tentado o suicídio com medo de enfrentar as batalhas nas trincheiras.
Ao final da guerra, Mathilde (Audrey Tautou) fica obcecada em saber o que aconteceu com seu noivo Manech (Gaspard Uliel), que era um dos condenados. Mesmo com dificuldades em andar por causa da poliomielite, Mathilde indica uma verdadeira saga em busca da verdade.
O roteiro adaptado pelo diretor Jean Pierre Jeunet divide a narrativa em pequenos pedaços que contam os detalhes da vida de cada um dos condenados e a busca incessante da jovem Mathilde, que monta um improvável quebra-cabeças através de pistas, informações, cartas e telefonemas.
A produção é sensacional, ponto habitual na carreira de Jeunet, tanto nas sequências pós-guerra, como na reconstituição do front de batalha sujo, cheio de lama e sangue. Destaque para atuação de Audrey Tautou e para curiosa e pequena participação de Jodie Foster.
Micmacs – Um Plano Complicado (Micmacs à Tire-Larigot, França, 2009) – Nota 7
Direção – Jean Pierre Jeunet
Elenco – Dany Boon, André Dussollier, Nicolas Marié, Yolande Moreau, Dominique Pinon, Marie Julie Baup, Omar Sy, Michael Cremades, Julie Ferrier, Jean Pierre Marielle.
Quando criança, Bazil (Dany Boon) perdeu o pai que era soldado morto na explosão de uma mina terrestre. Trinta anos depois, Bazil é atingido por um tiro na cabeça. A bala fica alojada, mas ele sobrevive. Enquanto estava no hospital ele perde emprego e casa, tendo de morar na rua.
Ao conhecer um criminoso veterano (Jean Pierre Marielle), Bazil é apresentando a um grupo de excluídos que sobrevive reciclando objetos descartados. Uma nova situação faz com que Bazil convença seus novos amigos a colocar em prática um plano de vingança.
Assim como em todas as obras do diretor Jean Pierre Jeunet, este longa tem como maior destaque o sensacional desenho de produção repleto de cores vivas, cenários e objetos incomuns que lembram uma graphic novel, com o detalhe de que tudo isso foi criado por ele, sem ser baseado em obra alguma.
O roteiro é extremamente complicado como diz o subtítulo nacional, com situações absurdas e outras inexplicáveis, mas tudo dentro da proposta anárquica do diretor. Mesmo não sendo o melhor filme de Jeunet, ainda assim é uma obra marcante e curiosa.