O gênero ficção é um dos que mais rendem filmes ruins. Já comentei sobre alguns por aqui e agora cito mais cinco produções de péssima qualidade.
A Rebelião Final (Rising Storm, EUA, 1989) – Nota 3
Direção – Francis Schaeffer
Elenco – Zach Galligan, Wayne Crawford, June Chadwick, Elizabeth Keifer,
John Rhys Davies.
Em 2099, os Estados Unidos
vivem uma ditadura comandada por um reverendo e seu exército. Neste contexto,
os irmãos Gage (Zach Galligan e Wayne Crawford) vivem de pequenos golpes e de
transportar imigrantes ilegais do México. Quando eles cruzam com duas irmãs
(June Chadwick e Elizabeth Keifer) que estão em busca de antiguidades valiosas,
os irmãos aceitam ajudá-las nas busca entre troca de parte do valor, porém
terão de enfrentar ainda os soldados do reverendo.
Esta fraquissima ficção B é
falsa desde os figurinos estranhos, passando pelos cenários sem charme algum,
até os péssimos elenco e roteiro. A única curiosidade é ter como protagonista
Zach Galligan, que ficou conhecido pelo sucesso de “Gremlins” e depois
desapareceu em papéis ruins como este aqui.
O Portal do Tempo (Beastmaster 2: Trough the Portal of Time,
EUA, 1993) – Nota 3,5
Direção – Sylvio Tabet
Elenco – Marc Singer, Wings Hauser, Kari Wuhrer, Sarah
Douglas, James Avery, Robert Z’Dar.
Na Idade Média, durante uma batalha, o príncipe Dar (Marc
Singer) entra em uma caverna para perseguir seu inimigo Arklon (Wings Hauser),
porém o local na verdade é um portal do tempo que os leva para Los Angeles nos
dias atuais, onde Arklon tentará explodir uma bomba atômica.
Sequência do longa
cult “O Senhor das Feras” (ou “O Príncipe Guerreiro”), esta produção com um
roteiro totalmente absurdo, tenta utilizar a criatividade na mudança de cenário
para tentar driblar a falta de orçamento, mas falha completamente.
Marc Singer
teve alguma fama nos anos oitenta ao estrelar “O Senhor das Feras” e
principalmente pelo papel na minissérie original “V – A Batalha Final”, mas não
conseguir se firmar e se tornar figura carimbada em filmes B, assim como o
vilão Wings Hauser, pai do ator Cole Hauser.
Agentes da Sombra (The Shadow Men, EUA, 1997)
– Nota 2
Direção
– Timothy Bond
Elenco
– Eric Roberts, Sherilyn Fenn, Dean Stockwell, Brendon Ryan Barrett.
Um casal (Eric Roberts e Sherilyn Fenn) viaja
de carro com seu filho pequeno quando são ofuscados por um luz intensa. Eles
acordam horas depois sem saber o que ocorreu. Logo, o casal começa a ter
pesadelos com alienígenas e ao mesmo tempo passa a ser perseguido por estranhos
homens de preto. A única saída parece ser a ajuda de um escritor de ficção
científica (Dean Stockwell).
Esta ficção vagabunda tentou capitalizar com o
sucesso do ótimo “Homens de Preto”, utilizando a lenda urbana destes
personagens para criar uma péssima trama de ficção, com cenas constrangedoras
de tão ruins. Um caso a parte é a carreira de Eric Roberts, irmão mais velho de
Julia Roberts. Nos anos oitenta ele chegou a ser famoso e até concorreu ao
Oscar de Coadjuvante pelo papel em “Expresso para o Inferno”, mas sabe-se lá
porque, a partir dos anos noventa ele se tornou um operário do cinema,
aceitando papel em todo tipo de filme, desde o sensacional “Batman – O Cavaleiro
das Trevas” até longas horrorosos como este. Até hoje consta participação de
Eric Roberts em 270 filmes, um absurdo para um ator que já foi promissor e que ainda
tem apenas 56 anos.
Fragmentos do Passado (Fugitive Mind, EUA, 1999) – Nota 4
Direção –
Fred Olen Ray
Elenco –
Michael Dudikoff, Heather Langenkamp, Michele Greene, David Hedison, Ian Ogilvy,
Gil Gerard, Barry Newman, Chick Vennera, Gabriel Dell, Judson Scott.
Um engenheiro (Michael Dudikoff) tem a vida virada de ponta
cabeça quando homens invadem sua casa e o sequestram, ao que parece com ajuda
de sua esposa (Michele Greene). O sujeito passa por uma sessão de lavagem
cerebral e se torna um assassino, porém aos poucos começa a ter flashes do seu
passado e descobre ter sido utilizado como cobaia numa experiência de uma
agência secreta do governo.
O filme é ruim, a trama fraca e o elenco recheado
de canastrões, como o “American Ninja” Michael Dudikoff e Heather Langenkamp
que tem como papel principal seu trabalho nos três melhores filmes da série “A
Hora do Pesadelo”.
O diretor Fred Olen Ray é um caso a parte. Ele iniciou a
carreira nos anos oitenta produzindo e dirigindo filmes vagabundos de ficção,
terror e policial direto para vídeo e lucrou com a explosão do VHS na época.
Quando o mercado decaiu, ele passou a produzir longas erótico soft, do estilo
que passam na madrugada dos canais a cabo. Sua marca é sempre a péssima
qualidade.
Terror em Alcatraz (New Alcatraz, EUA, 2001) – Nota 4
Direção – Phillip J. Roth
Elenco –
Dean Cain, Elizabeth Lackey, Mark Sheppard, Dean Biasucci, Craig Wasson, Grand
L. Bush, Greg Collins, Richard Tanner, Dana Ashbrook
Um presidio de segurança máxima construído no Alasca recebe
detentos do mundo inteiro, porém quando descobrem por acaso uma gigantesca
cobra enterrada e congelada no local, a Dr. Jessica (Elizabeth Lackey) convida
seu ex-marido, o Dr. Robert Trenton (Dean Cain) para ajudar na análise da
criatura. Lógico que a situação sairá do controle e todos (administradores,
guardas e prisioneiros) terão de lutar para tentar sobreviver.
Este terror de
baixo orçamento é outra bola fora do canastrão Dean Cain, famoso pela série de
tv “Lois e Clark”, que no cinema está relegado a pequenos papéis de vilão em
seriados ou protagonista de filmes vagabundos como este.