Nova York Contra o Crime (NYPD Blue, EUA, 1993 a 2005)
Criadores - Steven Bochco & David Milch
Elenco - Dennis Franz, Jimmi Smits, David Caruso, Kim Delaney, James McDaniel, Gordon Clapp, Nicholas Turturro, Bill Brochtrup, Henry Simmons, Sharon Lawrence, Jacqueline Obradors, Mark Paul Gosselaar, Ricky Schroder, Garcelle Beauvois, Esay Morales, Gail O'Grady.
O produtor Steven Bochco por duas vezes mudou o estilo dos seriados policiais americanos. Seu primeiro acerto foi com "Hill Street Blues", uma série que foi ao ar de 1981 a 1987 e se passava numa delegacia de um bairro pobre e violento de Nova York. Bochco utilizou como cenário uma cidade que era bem diferente da atual Nova York cheia de glamour e gente endinheirada. Na época a cidade sofria verdadeiramente com a violência.
Quando "Hill Street Blues" terminou, Nova York estava mudando, principalmente pela geração de riqueza de Wall Street, que teve seu auge e transformou Manhattan em um local para a elite. Após alguns outros seriados que não vingaram, Bochco lançou em 1993 seu maior sucesso, a série "Nova York Contra o Crime", que mostrava o dia a dia e os dramas pessoais de um esquadrão de detetives que investigavam homicídios em uma delegacia no coração de Manhattan.
Diferente de "Hill Street Blues", a série chegou praticamente na mesma época em que o prefeito Rudolph Giuliani lançou seu programa "Tolerância Zero", que endurecia o tratamento da polícia contra os criminosos e isso é notado na forma mais profissional com que os personagens enfrentam o crime, inclusive na vestimenta. Se em "Hill Street Blues" os policiais se vestiam de qualquer maneira, os novos detetives estavam sempre de terno, gravata e barba feita.
A série fez grande sucesso na primeira temporada, que tinha como protagonistas os detetives John Kelly (David Caruso) e Andy Sipowicz (Dennis Franz). Com tudo encaminhado para uma segunda temporada de ainda mais sucesso, o ator David Caruso resolveu abandonar o barco acreditando que poderia se tornar um astro de cinema, mas acabou caindo do cavalo. Caruso estrelou dois filmes policiais interessantes, "O Beijo da Morte" de Barbet Schroeder e "Jade" de William Friedkin, porém foram dois fracassos. Com a carreira no cinema quase destruída, Caruso voltou para a telinha na fracassada série "Michael Hayes" e conseguiria ter sucesso novamente apenas a partir de 2002 com a franquia "CSI Miami".
Steven Bochco e os demais produtores de "Nova York Contra o Crime" provavelmente não acreditaram que o veterano Dennis Franz pudesse segurar a série como protagonista principal, já que seu personagem apesar de honesto, era uma ex-alcoólatra, violento com os bandidos, preconceituoso e quase racista, que sempre batia de frente com o tenente interpretado pelo ator negro James McDaniel.
Para substituir Caruso, Bochco chamou Jimmi Smits, que trabalhara em outra série de sucesso dele, a trama policial "L.A. Law". Smits ficou na série por quatro temporadas, por sinal as de mais sucesso da série, mas também foi mordido pelo mosquito do cinema, abandonou o trabalho para tentar se tornar astro e assim como Caruso se deu mal. Seu papel mais conhecido é de coadjuvante na segunda trilogia "Star Wars".
Percebendo que o personagem de Dennis Franz já era bem aceito pelo público, Bochco mudou o pensamento e resolveu chamar para parceiro do policial, o jovem Ricky Schroder que era conhecido pelo papel do menino filho de Jon Voight em "O Campeão" de Franco Zefirelli. Schroder ficou na série por três temporadas, mas nunca convenceu como o policial confuso, cheio de problemas emocionais.
Em 2001, o fôlego da série já não era o mesmo. Além da saída de dois protagonistas em anos anteriors, alguns coadjuvante importantes como Nicholas Turturro e James McDaniel saíram junto com Schroder. A partir deste ano os roteiristas começaram exagerar um pouco nos dramas pessoais, como doenças, filhos, problemas de depressão e mortes, perdendo o foco e quase transformando a série policial apenas em drama.
A última fase que vai de 2001 até 2005, coloca como parceiro de Dennis Franz o jovem Mark Paul Gosselaar, que fora um astro adolescente da série "Saved By the Bell". Mesmo sem muito carisma, Gosselaar foi melhor que Schroder e fez até uma boa dupla com Franz.
Dennis Franz e o coadjuvante Gordon Clapp foram os únicos que trabalharam em todas as temporadas e como curiosidade, após o final da série o astro Denniz Franz se aposentou. Ele que fez quase toda sua carreira em séries policiais, teve aqui seus anos de glória onde ganhou vários prêmios. Seu papel mais importante no cinema foi como coadjuvante em "Cidade dos Anjos".
No total foram doze temporadas que apesar de não manter o mesmo nível na fase final, ela deixou sua marca e criou um estilo de investigação utilizado até hoje nas séries policiais.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
As Duas Faces da Lei
As Duas Faces da Lei (Righteous Kill, EUA, 2008) – Nota 7
Direção – Jon Avnet
Elenco – Robert De Niro, Al Pacino, Carla Gugino, John
Leguizamo, Donnie Wahlberg, Curtis “50 Cent” Jackson, Brian Dennehy, Trilby
Glover, Melissa Leo, Alan Blumenfeld, Oleg Taktarov.
A veterana dupla de policiais Turk (Robert De Niro) e
Rooster (Al Pacino) estão à caça de um serial killer que age como vigilante,
assassinando bandidos. A questão é que no início do longa vemos uma gravação
onde o personagem de De Niro conta sua versão da história para corregedoria,
deixando claro que o roteiro reserva alguma surpresa para o final.
Infelizmente
a realização comandada pelo diretor Jon Avnet (do bom “Tomates Verdes Fritos” e
do fraco “88 Minutos”) é previsível e não faz jus a tão esperada reunião de De
Niro e Pacino, desta vez juntos na maioria das cenas, diferente de “O Poderoso
Chefão II” e “Fogo Contra Fogo”.
O roteiro cheio de clichês cria uma dupla de
policiais rivais (John Leguizamo e Donnie Wahlberg), uma policial fogosa (Carla
Gugino), um chefe amigo (Brian Dennehy) e uma reviravolta final com uma péssima
explicação.
O carisma da dupla de protagonistas salva parte do filme, que no
geral tem cara de episódio de seriado de tv.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Tobruk & Tora! Tora! Tora!
Tobruk
(Tobruk, EUA, 1967) – Nota 6
Direção –
Arthur Hiller
Elenco –
Rock Hudson, George Peppard, Nigel Green, Guy Stockwell, Jack Watson.
Um grupo de soldados ingleses liderados pelo Coronel Harker
(Nigel Green) tem a missão de chegar a cidade de Tobruk na África para destruir
uma reserva de combustível em poder dos nazistas. Para chegar ao local, os
soldados ingleses viajarão disfarçados de prisioneiros dos nazistas, que serão
“interpretados” por judeus de origem alemã que lutam contra Hitler. A idéia não
agrada ao Major Craig (Rock Hudson) que acredita ser uma missão suicida, enquanto
o alemão Capitão Bergman (George Peppard) vê a missão como uma chance de acabar
com o avanço nazista na África.
Infelizmente esta aventura de guerra pela
África não convence. Algumas cenas de ação são interesssantes, porém o ritmo
lento, o elenco que parece não se empenhar e a direção pesada de Arthur Hiller
resultam num filme sem alma. Hiller que começou na tv, mostrou em filmes
posteriores (“O Expresso de Chicago” por exemplo) que sua especialidade era a comédia.
Tora! Tora! Tora! (Tora! Tora! Tora!, EUA / Japão, 1970) –
Nota 6
Direção –
Richard Fleischer, Kinji Fukasaku & Toshio Masuda
Elenco –
Martim Balsam, Soh Yamamura, Joseph Cotten, Tatsuya Mihashi, E. G. Marshall,
James Whitmore, Takahiro Tamura, Eijiro Tono, Jason Robards.
Esta curiosa produção nipo-americana dirigida a seis mãos,
tenta mostrar os fatos que antecederam a declaração de guerra do Japão aos
Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, finalizando com o ataque a Pearl
Harbor.
São praticamente dois longas, um totalmente japonês mostrando as
maquinações políticas entre os oficiais japoneses a favor e contra a entrada na
guerra e o lado americano dirigido pelo competente Richard Fleischer (“20.000
Léguas Submarinas”), mostra como a inteligência americana sabia que o ataque
poderia acontecer, mas não tinha certeza da data.
É interessante entender como a demora
nas informações era comum naquela época e pelo roteiro do filme (não sei se
todos os fatos mostrados aqui são reais) mostra como estes atrasos
influenciaram no ataque, que poderia ter sido evitado, pelos dois lados por
sinal.
Apesar do interesse histórico, o filme é lento e são tantos personagens
em cena que o longa se torna cansativo, melhorando apenas na meia-hora final
quando acontece o ataque, que foi muito bem filmado.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
127 Horas
127 Horas (127 Hours, EUA / Inglaterra, 2010) – Nota 7,5
Direção – Danny Boyle
Elenco –
James Franco, Kate Mara, Amber Tamblyn, Treat Williams, Kate Burton, Clémence
Poésy.
Neste longa baseado na história real de Aron Ralston (James
Franco), que em 2003 ficou mais de cinco dias preso numa fenda e um canyon no
deserto de Utah, o diretor Danny Boyle consegue prender a atenção do espectador
através de imagens, utilizando poucos diálogos, principalmente em mais de uma
hora de filme em que apenas o personagem de James Franco contracena sozinho e
narra sua luta pela vida para uma câmera manual.
O desempenho de Franco (que
concorreu ao Oscar, o filme concorreu ainda a outras cinco categorias) também é um dos destaques, já que seu personagem precisa
carregar o filme praticamente sozinho. Outro destaque são as belas paisagens naturais
do deserto de Utah.
Por ser apenas um fio de história, em algumas partes o
filme parece cansativo, porém a direção de Danny Boyle é ágil e criativa ao
transformar os pensamentos do personagem de Franco em imagens, algo que ele
utilizava como força mental para continuar vivo.
O resultado é uma história de
força, tanto física quanto psicológica, de alguém obrigado a passar por uma
situação extrema.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
A Hipocrisia da Lei das Sacolinhas de Plástico
Peço desculpas novamente para mudar o assunto do blog e comentar a lei que entrará em vigor amanhã aqui em São Paulo e que proíbe os estabelecimentos comerciais de fornecer sacolinhas plásticas aos clientes.
A lei que já existe em algumas cidades no Brasil com restrições, aqui em São Paulo não deixará pedra sobre ou pedra, ou melhor, sacola sobre sacola.
A grande mídia está trabalhando a favor da lei como se fosse a salvação do meio ambiente, enquanto os chamados "ambientalistas" e os "ecochatos" estão tendo orgasmos, porém a lei está muito longe de ser a ideal, além de passar a conta para a população, como sempre acontece.
Sem precisar pensar muito, sabemos que todos os custos de um estabelecimento são repassados para o preço das mercadorias. Como os hipermercados não poderão fornecer as sacolinhas, não precisarão comprá-las e por consequência extinguirão está despesa. O correto seria diminuir o preço das produtos, pelo menos da cesta básica, mas isso não acontecerá, pois nada sobre o assunto é citado na lei.
A segunda hipótese, pensando apenas um pouquinho mais, chegaríamos a conclusão que os hipermercados deveriam fornecer algo para substituir as sacolinhas de plástico, como por exemplo sacolinhas biodegradáveis, porém isso também não irá acontecer, pois não existe obrigação alguma citada na lei.
Na verdade o que ocorrerá é que os mesmos hipermercados venderão as sacolinhas biodegradáveis e as sacolas comuns de pano como "defensores do meio ambiente", aumentando ainda mais suas vendas e se livrando de uma despesa. Está claro que a lei teve um apoio incondicional dos grandes grupos que controlam os hipermercados e o pior é que o governo e a prefeitura da capital de SP estão utilizando o fato como propaganda de um governo sustentável ou algo do gênero, se esquecendo das consequências.
Os políticos não levaram em conta que praticamente 100% da população utiliza estas sacolinhas para dispensar o lixo, que por sinal continuará sendo produzido normalmente. Alguém acredita que grande parte da população que recebe baixos salários ou está desempregada comprará sacos de lixo? Lógico que não, a primeira consequência será o aumento do lixo dispensado de qualquer maneira, seja em caixas de papelão ou até mesmo direto nas ruas ou córregos, como já acontece.
Outra consequência é o número enorme de pessoas que tem cães e os levam para se aliviar na rua. Sem as sacolinhas de plástico, qual a proporção de pessoas que comprarão algum tipo de saco para pegar a sujeira dos cães na rua?
Não sou especialista no assunto, mas qualquer leigo sabe que deveriam ser construídas pelo governo usinas de compostagem e reciclagem de lixo, porém não existe vontade política porque provavelmente isso não daria voto. Com o lixo separado adequadamente e várias usinas funcionando, seria o fim dos lixões a céu aberto, além da reutilização de vários materiais, mas nada disso existe. Até mesmo a reciclagem que é tão comentada nos últimos dez anos, praticamente inexiste em São Paulo. Não existe a coleta seletiva e os condomínios que tentam fazer este trabalho, não tem para onde levar o lixo separado, uma vergonha.
Se realmente houvesse vontade política para melhorar o meio ambiente, os governos multariam e até fechariam as indústrias que jogam seu lixo direto nos rios, como o Tietê que é uma verdadeira lástima de tanta sujeira, tomariam alguma atitude contra os milhares de carros novos que saem das fábricas direto para as ruas diariamente aumentando a poluição do ar, não dariam alvará de construção para milhares de condomínios que estão aumentando a densidade populacional exageradamente em alguns bairros e junto piorando o trânsito, aumentando o fluxo de pessoas (prestadores de serviços, comércios) e a produção de lixo.
Finalizando, vejo como um vilão muito pior que as sacolinhas, as famigeradas garrafas pet. Cresci nos anos oitenta quando as bebidas ainda eram vendidas em garrafas de vidro que eram retornáveis, porém os "grandes gênios da administração" resolveram cortar os custos do transporte de retorno das garrafas, além de funcionários e maquinários utilizados para lavagem destas garrafas e transformaram as garrafas pet em solução. Novamente não pensaram no que fazer com estas garrafas após o consumo do conteúdo.
Talvez a próxima lei seja multar as pessoas que jogarem alguma garrafa pet no lixo.
Para quem quiser ler uma mensagem interessante sobre as diferenças do ontem e do hoje sobre consumo, visite o blog abaixo, de onde peguei emprestada a foto da postagem.
A lei que já existe em algumas cidades no Brasil com restrições, aqui em São Paulo não deixará pedra sobre ou pedra, ou melhor, sacola sobre sacola.
A grande mídia está trabalhando a favor da lei como se fosse a salvação do meio ambiente, enquanto os chamados "ambientalistas" e os "ecochatos" estão tendo orgasmos, porém a lei está muito longe de ser a ideal, além de passar a conta para a população, como sempre acontece.
Sem precisar pensar muito, sabemos que todos os custos de um estabelecimento são repassados para o preço das mercadorias. Como os hipermercados não poderão fornecer as sacolinhas, não precisarão comprá-las e por consequência extinguirão está despesa. O correto seria diminuir o preço das produtos, pelo menos da cesta básica, mas isso não acontecerá, pois nada sobre o assunto é citado na lei.
A segunda hipótese, pensando apenas um pouquinho mais, chegaríamos a conclusão que os hipermercados deveriam fornecer algo para substituir as sacolinhas de plástico, como por exemplo sacolinhas biodegradáveis, porém isso também não irá acontecer, pois não existe obrigação alguma citada na lei.
Na verdade o que ocorrerá é que os mesmos hipermercados venderão as sacolinhas biodegradáveis e as sacolas comuns de pano como "defensores do meio ambiente", aumentando ainda mais suas vendas e se livrando de uma despesa. Está claro que a lei teve um apoio incondicional dos grandes grupos que controlam os hipermercados e o pior é que o governo e a prefeitura da capital de SP estão utilizando o fato como propaganda de um governo sustentável ou algo do gênero, se esquecendo das consequências.
Os políticos não levaram em conta que praticamente 100% da população utiliza estas sacolinhas para dispensar o lixo, que por sinal continuará sendo produzido normalmente. Alguém acredita que grande parte da população que recebe baixos salários ou está desempregada comprará sacos de lixo? Lógico que não, a primeira consequência será o aumento do lixo dispensado de qualquer maneira, seja em caixas de papelão ou até mesmo direto nas ruas ou córregos, como já acontece.
Outra consequência é o número enorme de pessoas que tem cães e os levam para se aliviar na rua. Sem as sacolinhas de plástico, qual a proporção de pessoas que comprarão algum tipo de saco para pegar a sujeira dos cães na rua?
Não sou especialista no assunto, mas qualquer leigo sabe que deveriam ser construídas pelo governo usinas de compostagem e reciclagem de lixo, porém não existe vontade política porque provavelmente isso não daria voto. Com o lixo separado adequadamente e várias usinas funcionando, seria o fim dos lixões a céu aberto, além da reutilização de vários materiais, mas nada disso existe. Até mesmo a reciclagem que é tão comentada nos últimos dez anos, praticamente inexiste em São Paulo. Não existe a coleta seletiva e os condomínios que tentam fazer este trabalho, não tem para onde levar o lixo separado, uma vergonha.
Se realmente houvesse vontade política para melhorar o meio ambiente, os governos multariam e até fechariam as indústrias que jogam seu lixo direto nos rios, como o Tietê que é uma verdadeira lástima de tanta sujeira, tomariam alguma atitude contra os milhares de carros novos que saem das fábricas direto para as ruas diariamente aumentando a poluição do ar, não dariam alvará de construção para milhares de condomínios que estão aumentando a densidade populacional exageradamente em alguns bairros e junto piorando o trânsito, aumentando o fluxo de pessoas (prestadores de serviços, comércios) e a produção de lixo.
Finalizando, vejo como um vilão muito pior que as sacolinhas, as famigeradas garrafas pet. Cresci nos anos oitenta quando as bebidas ainda eram vendidas em garrafas de vidro que eram retornáveis, porém os "grandes gênios da administração" resolveram cortar os custos do transporte de retorno das garrafas, além de funcionários e maquinários utilizados para lavagem destas garrafas e transformaram as garrafas pet em solução. Novamente não pensaram no que fazer com estas garrafas após o consumo do conteúdo.
Talvez a próxima lei seja multar as pessoas que jogarem alguma garrafa pet no lixo.
Para quem quiser ler uma mensagem interessante sobre as diferenças do ontem e do hoje sobre consumo, visite o blog abaixo, de onde peguei emprestada a foto da postagem.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Operação França II
Operação França II (French Connection II, EUA, 1975) – Nota
7,5
Direção – John Frankenheimer
Elenco –
Gene Hackman, Fernando Rey, Bernard Fresson, Phillippe Leotard, Ed Lauter, Jean
Pierre Castaldi.
Após deixar o traficante francês Alain Charnier (Fernando
Rey) escapar no final do clássico “Operação França”, o detetive Popeye Doyle
(Gene Hackman) segue para Marselha na França para tentar capturar o sujeito. Logo,
o choque cultural é inevitátel entre o estilo do policial americano que faz suas
regras e o correto chefe de polícia francês Barthelemy (Bernard Fresson).
Diferente do original que era sensacional como filme de ação, esta continuação
é mais voltada para o drama, inclusive com uma sequência em que o personagem de
Hackman é seqüestrado é obrigado pelos bandidos a usar heroína, porém não falta
uma boa perseguição a pé pelas ruas de Marselha.
O longa foi um dos que começaram a
moda das continuações e provavelmente este foi um dos motivos de ter sido
massacrado pela crítica, que ao invés de analisar como um novo filme, acabou
comparando com o original.
Mesmo inferior ao original, o filme é competente e
mostra o talento e profissionalismo do falecido John Frankenheimer, que fez uma
bela carreira, mesmo que alguns de seus filmes tenham recebido críticas ruins,
como este caso.
O personagem Popeye Doyle voltaria as telas em um telefilme de
1986 sendo interpretado por Ed O’Neill.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Amor e Outras Drogas
Amor e Outras Drogas (Love & Other Drugs, EUA, 2010) –
Nota 7,5
Direção – Edward Zwick
Elenco –
Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Oliver Platt, Hank Azaria, Josh Gad, Gabriel
Macht, Judy Greer, George Segal, Jill Clayburgh, Kate Jennings Grant, Katheryn
Winnick, Peter Friedman.
Em 1996, Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é a ovelha negra da
família. Largou a faculdade de medicina e não para em emprego algum. Sua vida
muda quando seu irmão Josh (Josh Gad) consegue para ele um emprego de vendedor
de medicamentos. Jamie começa a trabalhar em parceria com o veterano Bruce
(Oliver Platt) e rapidamente mostra ser um vendedor nato.
Numa de suas visitas
a um renomado médico (Hank Azaria), Jamie conhece Maggie (Anne Hathaway) uma jovem que sofre do
Mal de Parkinson e logo os dois se sentem atraídos. A relação que começa de
forma casual, se torna séria e também complicada em virtude da doença de
Maggie.
Apesar do diretor Edward Zwick não ser do tipo que gosta de arriscar, o
filme é competente em virtude do bom roteiro (do diretor em parceira com
Charles Randolph) que conta uma história de amor complicada sem apelar para o
dramalhão e cria uma sub-trama interessante sobre a indústria dos medicamentos.
Somos apresentados a um mercado onde é o que menos importa é o ser humano, o
que vale para os vendedores é conquistar os médicos com festas, mulheres e
bebidas, para que eles receitem o seu medicamento.
O roteiro foca também na
briga da época entre Prozac e Zoloft, medicamentos indicados para distúrbios
psicológicos e logo em seguida no Viagra, que se transformou em campeão de
vendas, uma verdadeira mina de ouro para o laboratório Pfizer e no filme para o
personagem de Gyllenhaal.
Como curiosidade, Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway repetem
o papel de casal que fizeram em “O Segredo de Brokeback Mountain”, porém num
contexto bem diferente.
O resultado é um longa que mistura bem drama com
pitadas de comédia, principalmente em relação as disputas no mercado de
medicamentos, que apesar de sérias, são mostradas de forma irônica e até melancólica em alguns momentos.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Vivendo na Corda Bamba
Vivendo na Corda Bamba (Blue Collar, EUA, 1978) – Nota 7
Direção –
Paul Schrader
Elenco –
Richard Pryor, Harvey Keitel, Yaphett Kotto, Ed Begley Jr, Cliff De Young, Lane
Smith.
Numa fábrica de automóveis em Detroit, três operários
cansados dos baixos salários e de serem enganados pelo sindicato, resolvem
roubar um cofre dentro da sede do próprio sindicato.
O trio é formado por Zeke
(Richard Pryor), casado e pai de três filhos, Jerry (Harvey Keitel), também
casado, tem dois filhos e mantém um segundo emprego num posto de gasolina para
completar a renda e o terceiro amigo é Smokey (Yaphett Kotto), um
ex-presidiário que gosta de curtir a vida com drogas e mulheres. As
conseqüências da execução do plano serão complemente diferentes dos que eles
imaginavam e afetará a vida de cada um e de suas famílias.
Analisando a
escolha do comediante Richard Pryor para um dos papéis principais, junto com as
primeiras sequências do filme, principalmente um discussão entre ele e um
sindicalista (Lane Smith), temos a impressão de que a história seguiria para o
lado da comédia, inclusive com a forma em que o plano de roubo é criado e
executado, porém a partir daí o roteiro muda o rumo, focando temas fortes e
ainda atuais, como a corrupção dos sindicatos, o conluio entre sindicalistas e patrões
e principalmente os meios utilizados para manter os empregados sempre dependentes
destas duas instituições, fazendo-os acreditar que não existe outra saída, senão
aceitar as regras e se calar.
Paul Schrader ficou famoso com o roteiro de “Taxi Driver” que abriu as portas de Hollywood para que ele se tornasse também diretor e este filme acabou sendo sua estréia.
Hoje o estilo do filme pode parecer datado, assim
como o início um pouco frouxo, mas a segunda parte vale como uma forte crítica
social sobre poder, corrupção e trabalho.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Controle da Informação
Hoje mudarei o foco do blog e deixarei de escrever sobre um agradável tema como cinema, para comentar as consequências das polêmicas Lei SOPA e PIPA (chamadas de anti-pirataria na internet e de direitos autorais) que serão votadas agora dia 24 no congresso americano.
Para forçar a barra e assustar os responsáveis por sites que o governo americano rotulou de "piratas", ontem o FBI fechou o site Megaupload e decretou a prisão de seus acionistas. Não tenho como entrar no mérito sobre as questões financeiras e fiscais do site, porém está atitude é apenas a ponta de um iceberg que se chama "controle da informação".
Nunca no mundo a informação teve tanto valor como nos dias atuais e também nunca ela foi tão divulgada em quantidade e rapidez como agora. Um fato importante ocorre na Rússia e na mesma hora o mundo inteiro recebe a informação pela internet, o que se torna praticamente impossível ser manipulada. Lógico que os grandes veículos e os governos levam sua versão ao grande público, mas um número cada vez maior de pessoas acessam sites, blogs e mídias sociais para analisar outras versões do mesmo fato e entender o que realmente houve.
A votação destas leis estão sendo veiculadas como uma luta contra a pirataria, mas na realidade atingirão em cheio sites de compartilhamento (sejam arquivos, vídeos, fotos, informações) e gigantes como Google, Facebook, You Tube e Wikipedia, que disponibilizam acesso gratuito a milhões de internautas que fazem pesquisas, trocam informações e até mesmo propaganda de seus trabalhos. Com as leis aprovadas, estes gigantes para manter a quantidade de acessos terão de oferecer conteúdo (músicas, vídeos, filmes, fotos) legalizado, sendo obrigados a pagar valores altos de direitos autorais e por consequência repassar os custos aos usuários, que terão de pagar para ter acesso.
O controle de informação se torna o controle econômico. Quem tem a informação cobrará um valor, o que afastará um número imenso de pessoas de ter acesso. Você pode pensar, as pessoas deixarão de baixar vídeos, filmes e fotos, mas as notícias continuaram lá. A questão é a grande maioria das pessoas acessa a internet por diversão, principalmente os jovens. Se eles não tiverem acesso ao que gostam, com certeza o interesse nas notícias diminuirá.
As leis não impedirão a pirataria de rua, que por sinal ganhará força. A maioria destes jovens que não terão acesso ao que desejam na net, voltarão a adquirir filmes, vídeos e shows na rua, como faziam há dez anos quando baixar um filme era quase impossível em virtude da baixa velocidade da internet.
Finalizando, esta situação é um processo de elitização (pretendo escrever sobre o tema em outro post), pois quanto menor a quantidade de pessoas com acesso as informações, maior é a facilidade dos governos, políticos e corporações manipularem o povo. Este controle da internet já existe em muitos países da África e da Ásia, além de outros espalhados pelo mundo como Cuba e Albânia.
Para forçar a barra e assustar os responsáveis por sites que o governo americano rotulou de "piratas", ontem o FBI fechou o site Megaupload e decretou a prisão de seus acionistas. Não tenho como entrar no mérito sobre as questões financeiras e fiscais do site, porém está atitude é apenas a ponta de um iceberg que se chama "controle da informação".
Nunca no mundo a informação teve tanto valor como nos dias atuais e também nunca ela foi tão divulgada em quantidade e rapidez como agora. Um fato importante ocorre na Rússia e na mesma hora o mundo inteiro recebe a informação pela internet, o que se torna praticamente impossível ser manipulada. Lógico que os grandes veículos e os governos levam sua versão ao grande público, mas um número cada vez maior de pessoas acessam sites, blogs e mídias sociais para analisar outras versões do mesmo fato e entender o que realmente houve.
A votação destas leis estão sendo veiculadas como uma luta contra a pirataria, mas na realidade atingirão em cheio sites de compartilhamento (sejam arquivos, vídeos, fotos, informações) e gigantes como Google, Facebook, You Tube e Wikipedia, que disponibilizam acesso gratuito a milhões de internautas que fazem pesquisas, trocam informações e até mesmo propaganda de seus trabalhos. Com as leis aprovadas, estes gigantes para manter a quantidade de acessos terão de oferecer conteúdo (músicas, vídeos, filmes, fotos) legalizado, sendo obrigados a pagar valores altos de direitos autorais e por consequência repassar os custos aos usuários, que terão de pagar para ter acesso.
O controle de informação se torna o controle econômico. Quem tem a informação cobrará um valor, o que afastará um número imenso de pessoas de ter acesso. Você pode pensar, as pessoas deixarão de baixar vídeos, filmes e fotos, mas as notícias continuaram lá. A questão é a grande maioria das pessoas acessa a internet por diversão, principalmente os jovens. Se eles não tiverem acesso ao que gostam, com certeza o interesse nas notícias diminuirá.
As leis não impedirão a pirataria de rua, que por sinal ganhará força. A maioria destes jovens que não terão acesso ao que desejam na net, voltarão a adquirir filmes, vídeos e shows na rua, como faziam há dez anos quando baixar um filme era quase impossível em virtude da baixa velocidade da internet.
Finalizando, esta situação é um processo de elitização (pretendo escrever sobre o tema em outro post), pois quanto menor a quantidade de pessoas com acesso as informações, maior é a facilidade dos governos, políticos e corporações manipularem o povo. Este controle da internet já existe em muitos países da África e da Ásia, além de outros espalhados pelo mundo como Cuba e Albânia.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
A História Oficial
A História Oficial (La Historia Oficial, Argentina, 1985) –
Nota 8
Direção – Luis Puenzo
Elenco – Norma Aleandro, Hector Alterio, Chunchuna
Villafane, Hugo Arana, Guillermo Battaglia.
Em 1983, a Argentina estava passando por um processo de
redemocratização. Os militares que governaram o país com mão de ferro estavam
saindo do poder e vários argentinos que estavam fora do país após serem
perseguidos, resolveram voltar.
Neste cenário, o casal Alicia (Norma Aleandro)
e Roberto (Hector Alterio) vivem com uma filha de cinco anos que foi adotada de
forma não-oficial. Roberto é um executivo que trabalha numa empresa comandada
por um militar de alta patente e num certo dia trouxe o bebê para casa sem
maiores explicações. Alicia que não podia ter filhos, aceitou a situação, porém
agora quando sua amiga Ana (Chunchuna Villafane) volta ao país e insinua que a menina
pode ser filha de alguma mulher que fora assassinada durante a ditadura, Alicia
resolve descobrir quem é a mãe verdadeira, para desagrado de Roberto.
Este
ótimo drama venceu o Oscar de Filme Estrangeiro e tem a seu favor ter sido
produzido numa época em que os horrores da ditadura argentina ainda estavam
vindo à tona e a população exigia punição aos responsáveis, além da abertura
dos documentos sobre os milhares de desaparecidos.
O casal principal é mostrado
com uma típica família burguesa, com o marido sendo conivente com os abusos dos
poderosos para poder lucrar e a esposa fechando os olhos para a
situação, até que algumas situações a fazem despertar para a verdadeira
situação do país.
Destaque para a casal principal, que voltaria a atuar juntos
quase vinte anos depois em “O Filho da Noiva”.
O sucesso do filme fez o diretor
Luis Puenzo ser convidado a comandar o drama “Gringo Velho” em Hollywood, um
filme razoável que foi detonada pela crítica. Já sua filha Lucia Puenzo dirigiu
o sensível drama “XXY”.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
O Assassino em Mim
O Assassino em Mim (The Killer Inside Me, EUA / Suécia /
Inglaterra / Canadá, 2010) – Nota 7,5
Direção –
Michael Winterbottom
Elenco –
Casey Affleck, Kate Hudson, Jessica Alba, Ned Beatty, Elias Koteas, Tom Bower,
Simon Baker, Bill Pullman, Brent Briscoe, Liam Aiken, Matthew Maher, Jay R.
Ferguson, Ali Nazary.
Numa pequena cidade do Texas, o sub-xerife Lou Ford (Casey
Affleck) é respeitado e considerado o substituto do veterano xerife Bob Maples
(Tom Bower), que vê no rapaz quase um filho. Com pouco o que fazer na cidade,
Lou recebe a missão de visitar a prostituta Joyce (Jessica Alba) e ver a
possibilidade da moça sair da cidade, já que o filho do sujeito mais rico do
local está apaixonado pela moça.
O que seria um pequeno favor, muda
completamente a vida do rapaz, que se sente atraído pela jovem e inicia uma
forte relação de sexo violento, despertando em Lou um lado desconhecido que
afetará a vida de várias pessoas da cidade, principalmente de sua noiva, a fogosa
Amy (Kate Hudson) e se transformará em tragédia.
Este interessante drama é
baseado em livro de Jim Thompson (autor de “Os Imorais” levado ao cinema por
Stephen Frears) e tem como pontos principais a interpretação de Casey Affleck,
perfeito como o sujeito aparentemente normal que se torna um assassino frio e
as ousadas cenas de sexo entre ele, Kate Hudson e Jessica Alba. Por sinal,
ousar nas cenas de sexo é especialidade do diretor inglês Winterbottom, vide “9
Canções”.
Winterbottom acerta na condução da história, mostrando aos poucos a
loucura silenciosa que toma conta do personagem de Affleck, com pequenos
flashbacks que explicam um o distúrbio, deslizando apenas pouco antes do
final, com um pequena reviravolta um pouco forçada.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Antes de Partir
Antes de Partir (The Bucket List, EUA, 2007) – Nota 7,5
Direção – Rob Reiner
Elenco –
Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Beverly Todd, Rob Morrow, Alfonso
Freeman, Rowena King.
O mecânico Carter (Morgan Freeman) descobre que tem câncer e
acaba sendo internado para tratamento. Ao mesmo tempo, o milionário Edward
(Jack Nicholson) desenvolve a mesma doença e se torna companheiro de quarto de
Carter.
A questão é que Edward é o dono do hospital, mas aceita dividir o
quarto por uma questão de propaganda, já que ele sempre alegava que os quartos
deveriam ser duplos. Com pensamentos, valores e vida completamente diferentes
entre si, a dupla vai se tornanda amiga, até que aparece a idéia de viajarem o
mundo juntos e cumprirem uma lista de sonhos antes de morrer.
Histórias com
personagens sofrendo de alguma doença séria tendem a ser depressivas, porém o
grande acerto deste simpático filme de Rob Reiner é enfocar que a vida pode ser
melhor, mesmo nos piores momentos temos de ser otimistas e seguir nossos
sonhos.
A jornada da dupla, mesmo com alguns clichês, é interessante ao dar
ênfase a amizade, sem apelar para o dramalhão, além de ter bons diálogos entre
Nicholson e Freeman.
É um filme sensível que deve ser assistido com otimismo.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Assassino à Preço Fixo - 1972 e 2011
Assassino
a Preço Fixo (The Mechanic, EUA, 1972) - Nota 7,5
Direção – Michael Winner
Elenco – Charles Bronson, Jan Michael Vincent, Keenan Wynn, Jill Ireland.
Direção – Michael Winner
Elenco – Charles Bronson, Jan Michael Vincent, Keenan Wynn, Jill Ireland.
Arthur Bishop
(Charles Bronson) é um assassino profissional que trabalha para uma organização
criminosa. Um dia ele recebe a missão de matar se mentor e amigo Harry (Keena
Wynn). Após concluir a missão, ele se aproxima do filho de Harry, o jovem Steve
(Jan Michael Vincent) e começa a lhe ensinar o ofício de matar.
Este filme foi
a primeira parceria entre o astro Charles Bronson e o diretor Michael Winner,
que dois anos depois fariam seu maior sucesso, o clássico “Desejo de Matar”e
ainda duas sequências deste filme e outro longa policial chamado “Jogo Sujo”.
Os destaques do longa são a relação quase de pai e filho entre Bronson e Jan
Michael Vincent e o roteiro inteligente do também diretor Lewis John Carlino,
que cria sequências interessantes de assasssinatos, até o final surpresa.
Assassino a Preço
Fixo (The Mechanic, EUA, 2011) - Nota 7,5
Direção – Simon West
Elenco – Jason Statham, Ben Foster, Donald Sutherland,
Tony Goldwyn, Mini Andem.
O assassino Arthur
Bishop (Jason Statham) trabalha para uma organização especializada em eliminar pessoas
por dinheiro. Quando Arthur recebe a missão de assassinar seu mentor, o
veterano Harry (Donald Sutherland), ele fica em dúvida mas cumpre o acordo. No
enterro, o filho de Harry, o encrenqueiro Steve (Ben Foster) se aproxima de
Arthur para aprender o ofício, sem saber que seu pai fora assassinado pelo
amigo.
A grande diferença em relação ao original está nas cenas de ação.
Naquele filme Bronson usava a criatividade para cometer os assassinatos, sem a
correria e a adrenalina desta nova versão.
Se o roteiro do original era melhor,
principalmente pelo final bem bolado, que como já era esperado foi modificado
aqui, este tem a seu favor as cenas de ação bem filmadas, principalmente a
sequência dentro do hotel.
Para completar, Jason Statham repete o papel do herói carrancudo,
sua especialidade e Ben Foster o de sujeito desajustado.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Ponto de Vista
Ponto de Vista (Vantage Point, EUA, 2008) – Nota 7,5
Direção –
Pete Travis
Elenco –
Dennis Quaid, Matthew Fox, Forest Whitaker, Bruce McGill, Edgard Ramirez, Said
Taghmaoui, Ayelet Zurer, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, William Hurt, James
LeGros, Eduardo Noriega, Richard T. Jones, Holt McCallany.
O Presidente Americano (William Hurt) está prestes a fazer
um discurso em uma praça na cidade de Salamanca na Espanha, quando é atingido
por dois tiros, seguidos da explosão de uma bomba. O fato é mostrado diversas
vezes, por ângulos diferentes e através de vários personagens presentes ao
local. Temos o agente de segurança (Dennis Quaid) que carrega um trauma, um
turista (Forest Whitaker), uma equipe de filmagens, entre outros personagens.
Os vários pontos de vista do atentado são apresentados como um quebra-cabeças
que monta aos poucos toda a história.
O filme foi detonado pela crítica, mas
apesar de algumas falhas no roteiro, principalmente na parte final, o longa
cumpre o que promete com boas cenas de ação e suspense que prendem a atenção do
espectador.
Muitos criticaram as várias repetições da cena inicial, porém eu
considero interessante em virtude de mostrarem pequenas respostas a cada nova
visão da cena.
O elenco recheado de nomes famosos tem como principal destaque
Forest Whitaker, num importante papel de coadjuvante que aproveita muito bem o seu tempo
na tela.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Dia 31 - Minha Vida em 3 Sequências
Pode não ser melhor trilogia de todos os tempos, mas com certeza é a mais simpática e divertida. Este é um dos motivos que me fez escolher a trilogia para fechar o desafio. O outro motivo é que assisti o original no cinema e depois ele ainda foi o primeiro filme que assisti no videocassete.
Marty descobre que seu filho (interpretado por ele mesmo) está sendo perseguido pelo neto de Biff (Thomas F. Wilson como avô e neto). Marty resolve tomar o lugar do filho para resolver a situação, mas não contava que o velho Biff conseguisse roubar seu carro e voltar ao passado para mudar toda a história, dando início a uma tremenda confusão, com direito a idas e vindas no tempo e um maluco universo paralelo.
De Volta Para o Futuro (Back to the Future, EUA, 1985) –
Nota 10
Direção -
Robert Zemeckis
Elenco –
Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F.
Wilson, Claudia Wells, Marc McClure, Wendie Joe Sperber, James Tolkan, Jeffrey
Jay Cohen, Casey Siemaszko, Billy Zane.
Marty McFly (Michael J. Fox) é o típico adolescente de
subúrbio, vive com a família numa bela casa e tem uma simpática namorada, porém
diferente dos jovens comuns, tem grande amizade com o cientista maluco Dr.
Emmett “Doc” Brown (Christopher Lloyd). Numa noite, Marty é convidado por Doc
para testar sua nova invenção: Um carro turbinado que pode viajar no tempo após
atingir uma determinada velocidade.
Os problemas começam quando um grupo de
líbios resolve cobrar uma dúvida de Doc em virtude de terem fornecido o
plutônio a ser usado no carro. Para fugir dos líbios, Marty acaba utilizando o
carro e vai parar em 1955, quarenta anos no mesmo local, a cidade de Hill
Valley. Em 1955 ele encontrará seus pais ainda adolescentes, o tão bem jovem
vilão Biff (Thomas F. Wilson) e outros personagens que ele conhece, porém bem
jovens.
A grande sacada do ótimo roteiro do diretor Robert Zemeckis e de Bob
Gale, são as várias piadas sobre as diferenças de época. O personagem de
Michael J. Fox dispara ótimas piadas sobre Calvin Klein e Ronald Reagan, além uma
cena que é uma bela homenagem a Chuck Berry e já se tornou clássica.
Delicioso
filme que merece ser visto mais de uma vez e tem ainda uma sensacional
sequência final.
De Volta Para o Futuro II (Back to the Future Part II, EUA,
1989) – Nota 10
Direção –
Robert Zemeckis
Elenco –
Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Thomas F. Wilson, Elizabeth
Shue, James Tolkan, Jeffrey Jay Cohen, Casey Siemaszko, Billy Zane, Charles
Fleischer.
Esta sequência começa exatamente onde terminou o original,
com Doc Brown (Christopher Lloyd) alertando Marty (Michael J. Fox) e Jennifer
(Elizabeth Shue) que o filho deles está correndo perigo no futuro. Logo, Marty
segue com carro o DeLorean para 2015, onde encontra a pequena cidade de Hill Valley
com estilo futurista.
Marty descobre que seu filho (interpretado por ele mesmo) está sendo perseguido pelo neto de Biff (Thomas F. Wilson como avô e neto). Marty resolve tomar o lugar do filho para resolver a situação, mas não contava que o velho Biff conseguisse roubar seu carro e voltar ao passado para mudar toda a história, dando início a uma tremenda confusão, com direito a idas e vindas no tempo e um maluco universo paralelo.
Parece inacreditável que ao final do
longa a história se case perfeitamente, mesmo com o grande número de
reviravoltas do roteiro, que fica difícil até explicar a trama. O roteiro
novamente está recheado de piadas inteligentes, com destaque para a piada sobre
o filme “Tubarão”.
Com curiosidade, o ator Crispin Glover não aceitou voltar ao
papel do pai de Marty McFly e seu papel acabou praticamente sumindo do filme,
sendo utilizado apenas um dublê que aparece sem mostrar o rosto. Além disso, as
partes II e III foram filmadas simultâneamente e lançadas nos cinemas com uma
diferença de seis meses.
De Volta Para o Futuro III (Back to the Future Part III,
EUA, 1990) – Nota 8,5
Direção –
Robert Zemeckis
Elenco –
Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Mary Steenburgen, Thomas F. Wilson, Lea
Thompson, Elisabeth Shue, Matt Clark, Richard Dysart, Marc McClure, James
Tolkan, Harry Carey Jr, Dub Taylor.
No final do filme anterior, o Dr. Brown (Christopher Lloyd)
é despachado com o carro DeLorean sem destino exato, até que Marty (Michael J.
Fox) recebe uma carta datada de 1885, onde Doc afirma ter chegado naquele ano e
por falta de peças não tem como reparar o carro para voltar a 1985. Na carta,
Doc dá diversas instruções para Marty, que consegue voltar para 1955 e depois
para 1885, quando Hill Valley ainda era uma cidade do velho oeste.
Tendo de
enfrentar os problemas da época e principalmente o vilão Bulford (Thomas F.
Wilson), um bandido bisavô de Biff, Marty e Doc precisarão utilizar a
criatividade para consertar do carro.
Mesmo não tendo a qualidade dos filmes anteriores,
ainda é uma ótima diversão, com piadas sobre o velho oeste e até Clint
Eastwood, além de um ótima e criativa sequência final.
É uma longa que fecha
com dignidade esta bela trilogia.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Dia 30 - Nunca Mais (Filme Mais Traumático)
Anticristo (Antichrist, Dinamarca / Alemanha / França /
Suécia / Itália / Polônia, 2009) – Nota 4
Direção –
Lars Von Trier
Elenco –
Willem Dafoe, Charlotte Gainsbourg.
Um casal (Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg) sofrem uma
terrível perda, o pequeno filho pula da janela do apartamento onde vivem
enquanto o casal faz sexo e não percebe a situação. Após a tragédia, a mulher
que é escritora entra em depressão, enquanto o marido psicanalista tenta
ajudá-la. No meio deste processo, o casal resolve se mudar para uma cabana no
meio da floresta de um local chamado Eden, mas ao invés de melhorar a situação,
esta mudança leva a esposa a insanidade total, terminando em outra tragédia.
Antes deste, assisti apenas a outros dois filmes de Lars Von Trier, o polêmico
“Os Idiotas”, produzido na época do “Movimento Dogma” criado por ele e outros
cineastas escandinavos e posteriormente o musical “Dançando no Escuro”. Apesar
de serem filmes que fogem do lugar comum, foram obras interessantes, diferente
deste “Anticristo” feito especificamente para chocar, exarcebando o lado
marqueteiro de Von Trier, que começou ainda no “Movimento Dogma”.
O cinema já
mostrou várias vezes as conseqüências de uma perda, seja filho, companheiro ou
pais, tema com o qual Von Trier inicia bem o longa, mesmo sendo lento em
excesso, mas ao levar os personagens para a floresta, ele transforma aquela
relação em um filme de terror sádico e exagerado, com cenas desnecessárias
criadas para chocar o público. Uma pena, pois a sinistra trilha sonora é
inquietante e os enquadramentos de cenas e o visual são de um cineasta
talentoso, mas que prefere ser reconhecido pela polêmica.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Dia 29 - Saída Pela Esquerda (Melhor Sequência de Perseguição)
Operação
França (The French Connection, EUA, 1971) – Nota 8,5
Direção –
William Friedkin
Elenco –
Gene Hackman, Fernando Rey, Roy Scheider, Tony LoBianco, Marcel Bozzuffi,
Frederic de Pasquale.
A dupla de policiais Jimmy “Popeye” Doyle (Gene Hackman) e Buddy
Russo (Roy Scheider) investiga em Nova Iorque a ligação do bandido Sal Boca
(Tony Lo Bianco) com um grande carregamento de drogas que está para chegar ao
país. Trabalhando com uma escuta e seguindo o sujeito pela cidade, eles
descobrem que Sal está negociando com um desconhecido francês (Fernando Rey),
mas precisam ir a fundo para saber quando e como será feita a negociação.
Este
é um dos filmes que mudaram o gênero policial nos anos setenta, filmado em
grande parte nas ruas de Nova York, o diretor William Friedkin se baseou numa
operação verdadeira para criar sequências realistas de perseguição, tanto as feitas a
pé pelos policiais, num jogo de gato e rato com os bandidos, quanto pela
sensacional sequência da perseguição do trem.
A sequência começa com o personagem de Gene Hackman sendo alvo de
um atirador (Marcel Bozzuffi) que falha. Em seguida Hackman o persegue por
dentro de um edifício, seguindo de volta para a rua até uma estação de trem
onde o bandido acredita ter escapado. Porém a partir deste momento segue
provavelmente a mais realista perseguição da história do cinema, enquanto
Hackman toma o carro de um civil e sai como um maluco dirigindo pela cidade seguindo o trem, o atirador toma o operador como refém para tentar fugir.
Um ponto interessante é a caracterização dos personagens, enquanto o policial
de Gene Hackman é um sujeito durão, grosso e até racista, o traficante de
Fernando Rey é educado e inteligente, quase um intelectual.
O longa foi
merecidamente premiado com cinco prêmios Oscar, entre eles Filme, Direção e
Ator para Gene Hackman, tendo gerado um sequência inferior mas ainda assim competente
em 1975, com John Frankenheimer na direção e com Gene Hackman e Fernando Rey
retornado aos papéis principais. Existe ainda um telefilme de 1986 com
personagem Popeye Doyle interpretado por Ed O’Neill.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Dia 28 - Quente e Úmido (Melhor Sequência de Sexo)
Instinto Selvagem (Basic Instinct, EUA / França, 1992) –
Nota 8
Direção – Paul Verhoeven
Elenco –
Michael Douglas, Sharon Stone, George Dzundza, Jeanne Tripplehorn, Leilani
Sarelli, Stephen Tobolowsky, Wayne Knight, Denis Arndt, Dorothy Malone, Bruce
A. Young, Chelcie Ross, Daniel Von Bargen, Jack McGee.
O cinema já apresentou várias sequências de sexo marcantes,
como a cena da manteiga em “O Último Tango em Paris” e o clássico japonês “Império
dos Sentidos”, porém para minha geração fica quase inevitável a escolha de “Instinto
Selvagem”.
A mais famosa com certeza é a cena na cama entre Michael Douglas e
Sharon Stone que muitos alegam ter rolado sexo de verdade, mas o filme tem
outras cenas interessantes, além de um clima especial. Pode-se destacar a dança
sensual na boate entre Sharon Stone e a sumida Leilani Sarelli ou o sexo
selvagem entre Douglas e Jeanne Tripplehorn, além da famosa cruzada de pernas
de Sharon Stone na seqüencia do interrogatório.
Mesmo tendo o sexo como ponto
principal, o roteiro de Joe Eszterhas (que se tornou quase um astro por conta
do sucesso do filme) é competente ao manter suspense sobre os assassinatos dos
amantes de Catherine Tramell (Sharon Stone), uma bissexual sensual suspeita dos
crimes. O caso é investigado pelo detetive Nick Curran (Michael Douglas) e seu
parceiro Gus (George Dzundza). Nick que te um caso com a Dr. Beth Garner (Jeanne
Tripplehorn) acaba se envolvendo também com a voluptuosa Catherine, mesmo tendo
dúvidas se ela é a assassina.
O filme transformou Sharon Stone em estrela e
musa de toda uma geração. Após uma carreira de sucesso na Holanda, o diretor
Paul Verhoeven conquistou a América com uma sequência de quatro grandes filmes.
O épico “Conquista Sangrenta” e os longas de ficção “Robocop” e “O Vingador do
Futuro”, chegando em “Instinto Selvagem”.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Dia 27 - Porrada (Melhor Cena de Violência)
Fervura Máxima
(Lat Sau San Taam ou Hard Boiled, Hong Kong, 1992) – Nota 8,5
Direção –
John Woo
Elenco –
Chow Yun Fat, Tony Leung, Teresa Mo, Philip Chan, Philip Kwok, Anthony Wong.
Escolher a melhor cena de violência é complicado, somente
nos filmes de Tarantino várias cenas poderiam ser escolhidas. Preferi buscar a
resposta em um grande filme de John Woo ainda em Hong Kong. No seu país,
Woo foi o responsável por vários filmes de ação sensacionais como “Alvo Duplo I
e II”, “The Killer” e este “Fervura Máxima”, todos estrelados por Chow Yun Fat.
Minha cena preferida é um tiroteio dentro de um hospital em chamas, onde Chow
Yun Fat foge atirando para todos os lados com um bebê no colo, cena que foi copiada
na produção americana “Mandando Bala” com Clive Owen. A trama tem como
protagonista o policial “Tequila” Yuen (Chow Yun Fat) que após ter seu parceiro
assassinado, se une a um policial infiltrado (Tony Leung) para destruir uma
organização criminosa.
A história é apenas um detalhe para sequências
sensacionais de tiroteio e violência, personagens apontando armas cara a cara,
cartuchos voando e muita câmera lenta, tomadas habituais nos filme de John Woo,
principalmente em seus trabalhos em Hong Kong.
O cinema de Woo é claramente
influenciado pelo falecido Sam Peckinpah (“Meu Ódio Será Tua Herança” e “Tragam-Me
a Cabeça de Alfredo Garcia”) o chamado “Esteta da Violência”, que primeiro
utilizou a câmera lenta para filmar tiroteios sangrentos. Por outro lado, o
trabalho de Woo também serviu de inspiração para diretores como Tarantino e
Robert Rodriguez.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Dia 26 - Unha e Carne (Melhor Amizade)
O Carteiro e o Poeta (Il Postino, Itália / França / Bélgica,
1994) – Nota 8
Direção – Michael Radford
Elenco – Philippe Noiret, Massimo Troisi, Maria Grazia
Cucinotta, Anna Bonaiuto.
Poderia citar uma enorme lista de filmes onde a amizade é o
ponto principal, mas escolhi este por sua simplicidade e ao mesmo tempo beleza
e sensíbilidade. O longa é uma adaptação do livro de Antonio Skarmeta, que
mescla situações reais com ficção para contar a história de amizade entre o
escritor chileno Pablo Neruda (o grande e já falecido ator francês Philip
Noiret) e o simplório carteiro Mario (o também falecido italiano Massimo
Troisi).
A história se passa numa pequena vila da Sícilia na Itália, onde o
exilado escritor vive com sua esposa (Anna Bonaiuto) numa casa com vista para o
mar e diariamente recebe uma grande quantidade de cartas, principalmente
mulheres apaixonadas pela sua poesia. Mario é o carteiro que entrega suas
correspondências e que aos poucos se aproxima do escritor, criando uma
inusitada amizade. O elo se fortalece ainda mais quando Mario pede ajuda a
Pablo, pedindo que o ajude a criar poesias com o intuito de conquistar a bela
Beatrice (Maria Grazia Cucinotta).
O longa foi um sucesso mundial que concorreu
a cinco prêmios Oscar, inclusive Filme, Diretor e Ator para Massimo Troisi, que
morreu logo após as filmagens e não viu se trabalho ser quase aclamado. Por
sinal, a interpretação de Troisi, a trilha sonora que venceu o Oscar e a
fotografia, são três pontos fundamentais do filme.
Como curiosidade, alguns
anos depois a italiana Maria Grazia Cucinotta teve uma pequena participação na
série “Família Soprano”.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Dia 25 - Meu Vilão Favorito nos Filmes
Ator praticamente desconhecido da nova geração, Lee Marvin ficou famoso nos anos cinquenta e sessenta ao interpretar vilões e personagens fortes em diversos filmes. Eu poderia listar dezenas de vilões famosos, mas escolhi Lee Marvin pelo conjunto da obra.
No início de carreira ele geralmente interpretava um coadjuvante que era capanga do vilão. Dois papéis deste tipo foram nos ótimos "Os Corruptos" de Fritz Lang, onde ele batia na personagem de Gloria Grahame que era sua amante e em "Conspiração do Silêncio" de John Sturges, um longa em que Spencer Tracy era um veterano de guerra de um braço só, que entrava em conflito com o chefão de uma pequena cidade interpretado por Robert Ryan. Entre os capangas de Ryan estavam Lee Marvin e Ernest Borgnine.
Seus dois vilões mais famosos foram em outra fase da carreira, quando ele já era um astro. O primeiro é o bandidão Liberty Valance que ele interpretava no clássico de John Ford "O Homem que Matou o Facínora", onde enfrentava nada menos que John Wayne e James Stewart. O segundo lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator pela papel duplo em "Dívida de Sangue", onde interpretava irmãos gêmeos, um bêbado e outro bandido.
Sua marca de sujeito forte e a experiência de ter lutado na 2º Guerra foram fundamentais para os papéis de oficial do exército nos longas de guerra "Os Doze Condenados" e "Agonia e Glória". Trabalhou em outros grandes filmes como "Inferno no Pacífico", "O Imperador do Norte" e "Os Profissionais". Como curiosidade, seu último papel no cinema foi ao lado de Chuck Norris em "Comando Delta".
No início de carreira ele geralmente interpretava um coadjuvante que era capanga do vilão. Dois papéis deste tipo foram nos ótimos "Os Corruptos" de Fritz Lang, onde ele batia na personagem de Gloria Grahame que era sua amante e em "Conspiração do Silêncio" de John Sturges, um longa em que Spencer Tracy era um veterano de guerra de um braço só, que entrava em conflito com o chefão de uma pequena cidade interpretado por Robert Ryan. Entre os capangas de Ryan estavam Lee Marvin e Ernest Borgnine.
Seus dois vilões mais famosos foram em outra fase da carreira, quando ele já era um astro. O primeiro é o bandidão Liberty Valance que ele interpretava no clássico de John Ford "O Homem que Matou o Facínora", onde enfrentava nada menos que John Wayne e James Stewart. O segundo lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator pela papel duplo em "Dívida de Sangue", onde interpretava irmãos gêmeos, um bêbado e outro bandido.
Sua marca de sujeito forte e a experiência de ter lutado na 2º Guerra foram fundamentais para os papéis de oficial do exército nos longas de guerra "Os Doze Condenados" e "Agonia e Glória". Trabalhou em outros grandes filmes como "Inferno no Pacífico", "O Imperador do Norte" e "Os Profissionais". Como curiosidade, seu último papel no cinema foi ao lado de Chuck Norris em "Comando Delta".
sábado, 7 de janeiro de 2012
Dia 24 - Melhor Par Romântico
Esta foi uma das escolhas mais complicadas. Qual o critério? Pensei em casais que viveram grandes romances dentro e fora das telas, como Bogart e Lauren Bacall, Richard Burton e Elizabeth Taylor e Spencer Tracy e Katherine Hepburn.
Lembrei de casais que fizeram mais de um filme juntos, como Rock Hudson e Doris Day e Richard Gere e Julia Roberts, mas a dúvida persistia.
Então resolvi seguir o caminho mais fácil. Ter protagonizada um filmaço como "Titanic" que misturava aventura, história de amor e drama já era metade do caminho para o sucesso, mas sem o carisma e a química entre Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, talvez o filme fosse lembrado apenas pelas cenas espetaculares.
O casal estava perfeito e provou que a química realmente era verdadeira num próximo trabalho mais denso e adulto, o drama "Foi Apenas um Sonho". A história de um casal apaixonado que deixa os sonhos de lado em prol da segurança, que por este motivo se transforma num casamento cheio de frustrações e ressentimentos, comprova o talento da dupla.
Lembrei de casais que fizeram mais de um filme juntos, como Rock Hudson e Doris Day e Richard Gere e Julia Roberts, mas a dúvida persistia.
Então resolvi seguir o caminho mais fácil. Ter protagonizada um filmaço como "Titanic" que misturava aventura, história de amor e drama já era metade do caminho para o sucesso, mas sem o carisma e a química entre Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, talvez o filme fosse lembrado apenas pelas cenas espetaculares.
O casal estava perfeito e provou que a química realmente era verdadeira num próximo trabalho mais denso e adulto, o drama "Foi Apenas um Sonho". A história de um casal apaixonado que deixa os sonhos de lado em prol da segurança, que por este motivo se transforma num casamento cheio de frustrações e ressentimentos, comprova o talento da dupla.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Dia 23 - Melhor DR
Harry & Sally – Feitos um Para o Outro (When Harry Met Sally, EUA,
1989) – Nota 8
Direção – Rob Reiner
Elenco – Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby, Lisa Jane
Persky, Steven Ford.
Para
um homem escolher o melhor DR não é fácil. Situação desagradável para qualquer
homem na vida real, logo me lembrei de um filme que é um verdadeiro drama sobre
o casamento, “A História de Nós Dois”. Neste longa, Bruce Willis e Michelle Pfeiffer resolvem
dar um tempo depois de um casamento de quinze anos cheio de altos e baixos.
Para levantar o astral, preferi escolher o delicioso “Harry & Sally”, onde
os personagens de Billy Crystal e Meg Ryan se conhecem na universidade e
durante alguns anos se encontram esporadicamente, sempre gerando interessantes
diálogos e situações inusitadas, até o esperado final feliz.
Dentre estas
situações, duas cenas são marcantes. A mais simples é a frase dita por Billy
Crystal, algo como “Não existe amizade entre homem e mulher. Há sempre sexo no
meio”. E a mais famosa é a de Meg Ryan fingindo um orgasmo na mesa do
restaurante, cena que já se tornou clássica.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Dia 22 - So You Think Can Dance (Melhor Musical)
Cantando na Chuva (Singin' in the Rain, EUA, 1952) -
Nota 10
Fiquei em dúvida entre este longa e outro clássico musical bem diferente, o ótimo "Amor, Sublime Amor" de Robert Wise, porém acabei escolhendo a leveza de Gene Kelly.
Direção – Gene Kelly & Stanley Donen
Elenco – Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O’Connor, Jean Hagen, Cyd Charisse, Rita Moreno.
Elenco – Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O’Connor, Jean Hagen, Cyd Charisse, Rita Moreno.
Fiquei em dúvida entre este longa e outro clássico musical bem diferente, o ótimo "Amor, Sublime Amor" de Robert Wise, porém acabei escolhendo a leveza de Gene Kelly.
Clássico absoluto do gênero,
este musical conta a história de dois astros do cinema mudo vividos por Gene
Kelly e Jean Hagen, que são obrigados a se adaptar aos novos tempos com a
chegada dos filmes sonoros.
O personagem de Gene Kelly se adapta facilmente
cantando e dançando, porém Jean Hagen com sua péssima voz precisa ser dublada
por Debbie Reynolds, que acaba se envolvendo com Gene Kelly e ameaça o reinado
da antiga estrela.
Repleto de números músicais fantásticos, como a dança na
chuva de Gene Kelly e o bailado de Donald O”Connor com as cadeiras, o filme tem
ainda uma boa história e personagens carismáticos que fazem até mesmo quem não é
fã do gênero se curvar frente ao talento do envolvidos no longa.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Dia 21 - Preto no Branco (Melhor Noir)
Relíquia Macabra (The Maltese
Falcon, EUA, 1941) – Nota 10
Direção – John Huston
Elenco – Humphrey Bogart, Mary Astor, Peter Lorre, Sidney Greenstreet,
Ward Bond, Elisha Cook Jr, Gladys George, Jerome Cowan.
Em San Francisco, o detetive
Sam Spade (Humphrey Bogart) é procurado por uma bela e misteriosa mulher (Mary
Astor) que deseja encontrar a irmã desaparecida. Mesmo desconfiando da mulher, ele
aceita o caso, mas a situação se complica quando seu sócio (Jerome Cowan) é
assassinado e Sam se torna suspeito por ser amante da esposa da vítima.
Tentando
descobrir o responsável pelo assassinato de seu sócio, Sam cruza o caminho de
dois sujeitos perigosos (Peter Lorre e Sidney Greenstreet) que estão à procura
de um valiosa estátua conhecida como “Falcão Maltês”.
A complexa trama é apenas
um dos aperitivos deste longa que reúne todos os elementos clássicos do genêro
Noir. Temos a mulher fatal, os vilões perigosos, o ótimo trabalho de câmera e
um elenco afiado.
Uma verdadeira aula de cinema orquestrada pelo grande John
Huston, que estreava na direção e também assinava o roteiro.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Dia 20 - Melhor Comédia Romântica
Direção –
Charles Chaplin
Elenco –
Charlie Chaplin, Virginia Cherrill, Harry Myers, Florence Lee, Allan Garcia,
Hank Mann.
Chaplin não poderia ficar de fora de uma lista com os melhores, por isso escolhi "Luzes da Cidade" como melhor comédia romântica, uma obra sensível em sua magnífica carreira.
O roteiro tem como protagonista um vagabundo (Charles Chaplin) que se apaixona por uma vendedora
de flores cega (Virginia Cherrill), que ao ouvir o motor de um carro de luxo,
pensa que ele é um milionário. Na verdade o milionário (Harry Myers) é um homem
triste e alcoólatra que tenta se suicidar mas acaba sendo salvo pelo vagabundo.
A questão é que o milionário quando fica sóbrio não reconhece o vagabundo na
rua e o trata terrivelmente.
Em meio a esta história, o vagabundo descobre um
médico que pode curar a jovem, porém o preço é alto e ele resolve tentar de
tudo para conseguir o dinheiro, até mesmo disputar uma luta de boxe.
O longa
foi feito quando o cinema estava em fase de transformação, os filmes mudos
estavam acabando com a chegada do som, mas mesmo assim Chaplin preferiu filmar um história
sem diálogos, porém com som, onde as expressões e atitudes dizem mais que
muitas palavras.
Para muitos é a obra prima de Chaplin, este filme sensível e triste
em alguns momentos, mas que no final deixa uma bela mensagem de esperança.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Dia 19 - O Melhor Faroeste
Era Uma Vez no Oeste (Once Upon a Time in the West, Itália /
EUA, 1968) – Nota 10
Direção – Sergio Leone
Elenco –
Henry Fonda, Claudia Cardinale, Charles Bronson, Jason Robards, Gabrielle
Ferzetti, Paolo Stoppa, Woody Strode, Jack Elam, Keenan Wynn, Frank Wolff,
Lionel Stander.
No oeste americano, Morton (Gabrielle Ferzetti) conhecido
como Barão, tem planos de expansão da ferrovia e contrata o pistoleiro Frank
(Henry Fonda) para matar um dono de terras (Frank Wolff) que se nega a vender
seu terreno. Frank mata o sujeito e tenta incriminar outro bandido, Cheyenne
(Jason Robards), porém ao mesmo tempo a viúva, Jill McBain (Claudia Cardinale)
volta para casa tentando reaver as terras e um estranho sujeito conhecido como
Harmônica (Charles Bronson) persegue Frank atrás de vingança.
Um dos melhores
westerns da história (meu preferido), dirigido por um dos maiores diretores do gênero, que
apesar de ser italiano, se consagrou num gênero tipicamente americano, sendo
quase uma ironia, porque na Itália foram produzidas centenas de cópias destes
filmes, quase todos de pouca qualidade.
O longa começa com um sensacional duelo
na estação de trem, passa pelas grandes interpretações, principalmente de Henry
Fonda no único papel de vilão que fez na carreira e de Charles Bronson como um
sujeito calado, que apenas espera o momento da vingança, além da beleza de
Claudia Cardinalle, o roteiro assinado pelos também diretores Dario Argento e
Bernardo Bertolucci e a magnífica trilha sonora de Ennio Morricone, que usa e
abusa da gaita que o personagem de Bronson toca durante todo o filme.
Sergio
Leone que vinha do sucesso da “Trilogia dos Dólares” com Clint Eastwood e aqui
dá início a outra, a chamada “Trilogia da América”, que seguiria com o filme
sobre a Revolução Mexicana “Quando Explode a Vingança” e seria finalizada com o
também clássico “Era Uma Vez na América” com Robert DeNiro e James Woods.
Grandes filmes de uma bela carreira que merecem serem vistos mais de uma vez.
domingo, 1 de janeiro de 2012
Dia 18 - Melhor Animação
Uma Cilada
Para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit, EUA, 1988) – Nota 8,5
Direção –
Robert Zemeckis
Elenco –
Bob Hoskins, Christopher Lloyd, Joanna Cassidy, Stubby Kaye, Alan Tilvern e vozes
de Kathleen Turner e Charles Fleischer.
As animações atuais estão cada vez mais perfeitas na parte
técnica, sendo sinônimo de sucesso de bilheteria, porém nos anos oitenta era
uma gênero quase todo voltado para a tv. Eram poucos os longas de animação produzidos
na época, exemplos como “Bernardo e Bianca” e “Fievel” eram exceções.
A
situação mudou quando o diretor Robert Zemeckis, responsável por sucessos como a
aventura “Tudo por uma Esmeralda” e principalmente “De Volta Para o Futuro”,
teve idéia de criar um longa misturando atores reais com animação, o que
resultou neste ótimo “Uma Cilada Para Roger Rabbit”. É minha animação favorita,
mesmo que longe do apuro técnico atual, o filme tem um ótimo roteiro que
mistura o estilo Noir com as animações malucas da tv.
A história se passa em
1947 em Hollywood, quando pessoas reais e cartoons convivem normalmente. O
protagonista é o detetive Eddie Valiant (Bob Hoskins), que é contratado por um chefe
de estúdio (Alan Tilvern) para vigiar a sensual Jessica Rabbit (voz de Kathleen
Turner), casada com o astro Roger Rabbit (voz de Charles Fleischer), um coelho
que está enlouquecido acreditando que sua esposa está lhe traindo. Durante a
investigação ocorre um assassinato, fazendo com que Eddie e Roger Rabbit se
tornem suspeitos e sejam perseguidos pelo maléfico Juiz Doom (Christopher Lloyd
) e suas doninhas.
A perfeita interação entre personagens reais e cartoons é
fantástica, inclusive nas divertidas sequências de ação. Como plus, ainda temos
a participação de personagens clássicos como Pato Donald, Pernalonga, Patolino,
Piu-Piu, Hortelino, Mickey, Minnie, Bebê Herman e vários outros em sequências
que são uma homenagem a quem cresceu assistindo desenhos com estas figuras
fantásticas.
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