Nos anos noventa, atriz alguma protagonizou tantas comédias românticas como a belíssima Meg Ryan.
A atriz diminuiu bastante o ritmo de trabalho na última década. Seu papel mais recente foi no drama "Ithaca" em 2015, quando contracenou com o astro Tom Hanks pela quarta vez na carreira.
Nesta postagem, comento rapidamente oito filmes com a atriz.
Para quem sentir falta de
"Harry Sally - Feitos um Para o Outro", pode ler uma postagem antiga.
Joe Contra
o Vulcão (Joe Versus the Volcano, EUA, 1990) – Nota 5,5
Direção –
John Patrick Shanley
Elenco –
Tom Hanks, Meg Ryan, Lloyd Bridges, Dan
Hedaya, Robert Stack, Abe Vigoda, Barry McGovern, Ossie Davis. Amanda Plummer.
Joe (Tom Hanks) abandona um tedioso serviço
burocrático para aceitar uma proposta maluca feita por um milionário (Lloyd
Bridges). Ele poderá usufruir de uma vida de rei durante algum tempo, ao final
do período acertado terá de se jogar dentro de um vulcão como sacrifício. Antes
da dar fim a vida, Joe se envolve com três mulheres (todas interpretadas por
Meg Ryan). Esta comédia maluca fracassou merecidamente, mesmo com a presença de
Tom Hanks. Na época, duas situações chamaram a atenção. O longa foi a estreia
do roteirista John Patrick Shanley na direção, ele que era famoso por vencer o
Oscar de Roteiro por “Feitiço da Lua”. O outro fato foi um boato de que o longa
marcaria o retorno ao cinema do então ex-presidente americano Ronald Reagan. O
que acabou não ocorrendo.
Sintonia de
Amor (Sleepless in Seattle, EUA, 1993) – Nota 7,5
Direção – Nira Ephron
Elenco –
Tom Hanks, Meg Ryan, Ross Malinger, Bill Pullman, Rosie O'Donnell, Rob Reiner,
Rita Wilson, Gaby Hoffman, Carey Lowell.
O garoto Jonah (Ross Malinger) liga para um programa de
rádio de Seattle para tentar conseguir um namorada para o pai viúvo Sam (Tom
Hanks). Uma das muitas mulheres que ouvem programa é Annie (Meg Ryan), que
mesmo vivendo longe de Seattle, se apaixona pela descrição do garoto. Aqui, a
química entre Tom Hanks e Meg Ryan funciona perfeitamente, dando um plus para
uma simpática história de amor, mesmo que previsível. O final é uma homenagem
ao clássico “Tarde Demais Para Esquecer”.
A Teoria do
Amor (I.Q., EUA, 1994) – Nota 6,5
Direção – Fred Schepisi
Elenco –
Tim Robbins, Meg Ryan, Walter Matthau, Charles Durning, Stephen Fry, Frank
Whaley, Tony Shalhoub, Lou Jacobi, Gene Saks.
Albert Enstein (Walter Matthau) utiliza sua inteligência
para fazer sua sobrinha (Meg Ryan) abandonar o noivo arrogante (Stephen Fry)
para se casar com um jovem mecânico (Tim Robbins). É uma comédia com uma
premissa absurda que faz rir principalmente pelo talento do veterano Walter
Matthau, impagável como Einsten. O restante segue a fórmula da comédias
românticas comuns.
Surpresas do Coração (French Kiss, Inglaterra / EUA, 1995) –
Nota 7
Direção –
Lawrence Kasdan
Elenco –
Meg Ryan, Kevin Kline, Timothy Hutton, Jean Reno, François Cluzet, Suzan Anbe.
Kate (Meg Ryan) e Charlie (Timothy Hutton) estão
prestes a se casar. Pouco tempo antes da cerimônia, Charlie viaja a trabalho
para França e por lá acaba se apaixonando por um jovem. Ele termina o
relacionamento com Kate por telefone, que não aceita a situação e decide buscar
o noivo. No avião, ela senta ao lado de um vigarista francês (Kevin Kline), que
a envolve numa confusão envolvendo um valioso colar. Os destaques deste
simpático longa são as belíssimas locações no interior da França e a química
entre uma esquentada Meg Ryan e um falastrão Kevin Kline.
A Lente do Amor (Addicted to Love, EUA, 1997) – Nota 5,5
Direção –
Griffin Dunne
Elenco –
Meg Ryan, Matthew Broderick, Kelly Preston, Tcheky Karyo, Maureen Stapleton.
O astrônomo Sam (Matthew Broderick) não se conforma por ter
sido abandonado pela namorada Linda (Kelly Preston), que mudou para Nova York
para viver com o novo amor, um francês chamado Anton (Tcheky Karyo). Sam segue
a garota e consegue um apartamento em frente ao ninho de amor do novo casal,
com o objetivo de espionar a ex. Logo, Sam descobre que a ex-noiva de
Anton, a fotógrafa Maggie (Meg Ryan) planeja se vingar do sujeito. Os dois
terminam por unir forças para destruir a vida de Linda e Anton. Explorando um
premissa de filme pastelão, o longa se torna cansativo e sem graça ao criar
situações forçadas, levando a um final totalmente previsível.
Mensagem
Para Você (You've Got Mail, EUA, 1998) – Nota 7,5
Direção –
Nora Ephron
Elenco –
Tom Hanks, Meg Ryan, Greg Kinnear, Parker Posey, Jean Stapleton, Steve Zahn,
Heather Burns, Dave Chappelle, Dabney Coleman, John Randolph, Michael
Badalucco.
Kathleen
(Meg Ryan) é a dona de uma pequena livraria que pertence a sua família há
décadas. Vivendo um relacionamento desgastado com Frank (Greg Kinnear), ela
todos os dias troca emails utilizando um apelido com um sujeito que conheceu
pela internet. O homem é Joe Fox (Tom Hanks), que também está em um relacionamento
com Patricia (Parker Posey). O que os dois amantes virtuais não sabem, é que
estão prestes a se tornar concorrentes, pois a empresa de Joe planeja abrir uma
grande livraria na mesma rua do estabelecimento de Kathleen. O roteiro não
apresenta surpresas, porém funciona por causa da simpatia e da química entre
Tom Hanks e Meg Ryan e pelos ótimos diálogos escritos pela diretora Nora
Ephron. O sucesso do filme também se deve por ter explorado temas que estavam
em ebulição na época. A internet estava se popularizando através de emails e
chats, enquanto as grandes livrarias também estavam tomando o lugar das
livrarias de bairro. É uma simpática diversão.
Linhas
Cruzadas (Hanging Up, EUA, 2000) – Nota 5,5
Direção – Diane Keaton
Elenco –
Meg Ryan, Diane Keaton, Lisa Kudrow, Walter Matthau, Cloris Leachman, Adam
Arkin.
Quando o
velho Lou (Walter Matthau) está prestes a falecer, suas três filhas precisam
acertar as pendências da família. Eve (Meg Ryan) é uma esposa dedicada, Georgia
(Diane Keaton) é uma editora de revista e Maddy (Lisa Kudrow) uma atriz. As
três sofrem desde que os pais se divorciaram. É basicamente um drama familiar
com toques de comédia que não convence. O filme fica no meio termo entre os dois
gêneros e jamais decola. O longa é mais lembrado por ter sido o último trabalho do
grande Walter Matthau.
Kate e
Leopold (Kate & Leopold, EUA, 2001) – Nota 6,5
Direção –
James Mangold
Elenco –
Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber, Breckin Meyer, Bradley Whitford, Philip
Bosco, Natasha Lyonne, Paxton Whitehead.
Kate (Meg
Ryan) e seu irmão Charlie (Breckin Meyer) moram em um apartamento em Nova York.
O ex-namorado de Kate é o cientista Stuart (Liev Schreiber), que durante suas
pesquisas descobre um portal do tempo que se abre na Ponte do Brooklyn. Ele
decide atravessar o portal até 1870 e ao voltar é seguido por Leopold (Hugh
Jackman), que fica maravilhado com o novo mundo. Ele é acolhido por Charlie,
que acredita que o novo amigo seja um ator e também não demora para despertar o
interesse romântico em Kate. Explorando a premissa de misturar ficção com
romance, este simpático longa faz rir em algumas sequências por causa da
diferença de costumes entre passado e presente. No restante, o roteiro é
quadradinho e previsível.