sábado, 28 de junho de 2008
Filmes Assistidos - 71 a 80
Direção – Arthur Penn
Elenco – Marlon Brando, Robert Redford, Jane Fonda, Angie Dickinson, Robert Duvall, James Fox, Janice Rule, E. G. Marshall, Martha Hyer, Miriam Hopkins, Jocelyn Brando, Richard Braford.
Em uma pequena cidade, Bubber (Robert Redford) foge da prisão, sendo perseguido pelo honesto xerife (Marlon Brando) e ao mesmo tempo pelos capangas de Val Rogers (E. G. Marshall) que quer matá-lo para encobrir o caso que seu filho tem com a mulher do fugitivo. Ótimo elenco num drama de ação com direção do grande Arthur Penn, que faria no ano seguinte o clássico "Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas".
72 – Caçada Impíedosa (Eddie Macon's Run, EUA, 1983) - Nota 7
Direção – Jeff Kanew
Elenco – Kirk Douglas, John Schneider, Leah Ayres, Lee Purcell, Tom Noonan, Jay O. Sanders, Todd Allen, John Goodman.
Um homem condenado injustamente (Schneider, famoso na época pelo seridado "Os Gatões") foge da prisão e tenta chegar ao México, porém é perseguido sem descanso por um policial obstinado (Kirk Douglas). História simples mas bem desenvolvida pelo diretor Kanew e com uma boa dupla de protagonistas.
73 – Caçada na Noite (The Long Good Friday, Inglaterra, 1980) - Nota 8
Direção – John Mackenzie
Elenco – Bob Hoskins, Helen Mirren, Eddie Constantine, Dave King, Bryan Marshall, Derek Thompson, Pierce Brosnan, Paul Freeman.
Em Londres nos anos setenta, Bob Hoskins é o chefão do crime na cidade, mas tudo muda em uma Sexta-Feira Santa, quando sua gangue passa a ser atacada sem explicação, inclusive por membros do IRA (terroristas do Exército Repúblicano Irlandês). Ótimo drama policial com pitadas de política e uma grande atuação de Hoskins, além de ser a estréia de Pierce Brosnan no cinema.
74 – Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, EUA, 1981) - Nota 10
Direção – Steven Spielberg
Elenco – Harrison Ford, Karen Allen, Ronald Lacey, Paul Freeman, John Rhys Davies, Denholm Elliott, Alfred Molina.
A estréia de Indiana Jones no cinema mostra o arqueólogo em um aventura eletrizante em busca da Arca da Aliança. Cenas de ação sensacionais misturadas com bom humor marcam este grande clássico de Spielberg que merece ser visto e revisto diversos vezes.
75 – Califórnia Suíte (California Suite, EUA, 1978) - Nota 6
Direção – Herbert Ross
Elenco – Jane Fonda, Alan Alda, Michael Caine, Maggie Smith, Walter Matthau, Elaine May, Richard Pryor, Bill Cosby.
Comédia com ótimo elenco mas com resultado mediano. Num hotel de férias na Califórnia várias casais se cruzam em situações algumas engraçadas, outras de drama. O destaque vai para os personagens de Richard Pryor e Bill Cosby como médicos em férias.
76 – Cama Ardente (The Burning Bed, EUA, 1984) - Nota 6
Direção – Robert Greenwald
Elenco – Farrah Fawcett, Paul LeMat, Richard Masur, Grace Zabriskie, Penelope Milford, David Andrews, James Hampton.
Drama baseado numa história real, onde Farrah Fawcett é uma esposa submissa que é espancada pelo marido bêbado vivido por Paul LeMat, até que um dia ela resolve se vingar colocando fogo na casa enquanto seu marido está dormindo embriagado e em seguida foge com os filhos. Bom papel de Fawcett neste filme feito para tv.
77 – Caminhos Mal Traçados (The Rain People, EUA,1969) - Nota 7
Direção – Francis Ford Coppola
Elenco – James Caan, Shirley Knight, Robert Duvall, Marya Zimmet.
Bom drama de Coppola dirigido antes de "O Poderoso Chefão" com dois atores que participariam do clássico, James Caan e Robert Duvall. Aqui Shirley Knight é casada com Duvall e está grávida e deprimida, então resolve fugir do marido e no caminho dá carona a um jogador de futebol americano extremamente simplório vivido por James Caan, com que irá se envolver.
78 – O Campeão (The Champ, EUA, 1979) - Nota 8
Direção – Franco Zeffirelli
Elenco – Jon Voight, Faye Dunaway, Ricky Schroeder, Jack Warden, Arthur Hill, Elisha Cook Jr, Dana Elcar.
O ex-campeão de boxe (Jon Voight) resolve voltar aos ringues para conseguir dinheiro e manter a guarda do filho (Ricky Schroeder), depois que a mãe (Faye Dunaway) reaparece e quer cuidar da criança que ela abandonou ainda bebê. Ótimo drama com um dos finais mais tristes e desesperadores da história do cinema.
79 – O Cangaceiro (Brasil, 1953) - Nota 8
Direção – Lima Barreto
Elenco – Alberto Ruschel, Milton Ribeiro, Marisa Prado, Vanja Orico, Adoniran Barbosa.
Clássico do cinema brasileiro, conta a história de um bando de cangaceiros no nordeste brasileiro liderados pelo Capitão Gaudino (Milton Ribeiro) que em um povoado rapta a professora Olivia (Vanja Orico). Depois o cangaceiro Teodoro (Alberto Ruschel) se apaixona e resolve fugir com a professora. Esta obra ganhou o prêmio de Melhor Filme de Aventuras no Festival de Cannes.
80 – Cantando na Chuva (Singin' in the Rain, EUA, 1952) - Nota 10
Direção – Gene Kelly & Stanley Donen
Elenco – Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O’Connor, Jean Hagen, Cyd Charisse, Rita Moreno.
Clássico absoluto do gênero musical, conta a história de dois astros do cinema mudo vividos por Gene Kelly e Jean Hagen, que são obrigados a se adaptar aos novos tempos com a chegada do som aos filmes. Gene Kelly se dá bem cantando e dançando, mas Jean Hagen com sua péssima voz é dublada por Debbie Reynolds, que acaba se envolvendo com Gene Kelly e ameaça o reinado da antiga estrela. Números músicais fantásticos e personagens carismáticos fazem até mesmo os que não são fãs do gênero se curvarem ao talento do envolvidos no filme.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Reino de Fogo
Direção: Rob Bowman
Elenco: Christian Bale, Matthew McConaughey, Izabella Scorupco, Gerard Butler, Scott Moutter, Alexabder Siddig, Alice Kridge.
Considero este filme uma pequena pérola, que passou voando pelos cinemas aqui no Brasil, porém merecia um destaque um pouco maior.
O filme tem um prólogo nos dias atuais quando por um acaso, uma obra subterrrânea comandada pela engenheira vivida por Alice Krige, acaba despertando um dragão adormecido há séculos, que faminto começa a atacar as pessoas procurando comida. Depois a história pula vinte anos, mostrando um mundo devastado pelos dragões que se multiplicaram e somos apresentados a Quinn (Christian Bale), filho da engenheira e líder de um grupo que tenta derrotar os dragões, além de se esforçar para manter as pessoas unidas. A situação esquenta quando entra em cena Van Zan (Matthew McConaughey careca e totalmente enlouquecido), um militar que junto com seu grupo tenta matar a maior quantidade de dragões possíveis, mas com seu jeito duro acaba entrando em conflito com Quinn.
Podemos comparar o desenrolar do filme e a história como um misto de aventuras medievais fantásticas com Mad Max, onde não faltam ação e engenhocas para enfrentar os dragões, com destaque para os efeitos especiais de primeira e mostrando os dragões extremamente assustadores e realistas.
O ótimo elenco tem Bale dando conta do recado como sempre, McConaughey fazendo um personagem maluco e ideal para o estilo do filme, além de Gerard Butler como o segundo em comando do grupo de Van Zan e a bela Izabella Scorupco.
Vou destacar também o diretor Rob Bowman, que tendo uma carreira quase toda voltada para tv, se destacando na série "Arquivo X", onde dirigiu diversos episódios e por sinal alguns dos melhores, na minha opinião demonstrou talento dirigindo "Arquivo X- O Filme". Aqui ele mostrava que poderia se firmar como um bom diretor de cinema também, porém não conseguiu manter o nível no seu próximo trabalho, "Elektra" com Jennifer Garner, filme que eu não assisti, porém que as críticas foram péssimas.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Os Doze Condenados
Direção: Robert Aldrich
Elenco: Lee Marvin, Charles Bronson, Ernest Borgnine, Telly Savalas, Jim Brown, John Cassavetes, Donald Sutherland, Robert Ryan, Richard Jaeckel, Clint Walker, Trini Lopez, George Kennedy, Ralph Meeker, Robert Webber.
Um dos melhores e mais populares filmes sobre a 2º Guerra, conta a história de uma Major ( o durão Lee Marvin) que é chamado para treinar um grupo de doze soldados, que condenados há mais de vinte de prisão cada, recebem a proposta de aceitar uma missão suicída atrás das linhas inimigas alemães em troca de os sobreviventes terem perdoadas as penas e ganharem a liberdade.
Essa trama é apenas o início de um filme com ótimas cenas de ação e suspense, além de uma interessante fase inicial onde somos apresentados aos condenados, cada um preso por crimes como assassinato, roubo e estupro, além da dificuldade do Major em treiná-los, o que gera desavenças e até momentos engraçados.
Outro ponto alto é sem dúvida o ótimo elenco, com Charles Bronson fazendo o caladão, Telly Savalas o maluco religioso, John Cassavetes o rebelde, além de gente como Donald Sutherland, Ernest Borgnine e George Kennedy.
O diretor Robert Aldrich fez uma grande carreira, com destaque para sua fase dos anos sessenta, quando além deste, dirigiu "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?", o original "O Vôo da Fenix" e "Assim Nascem os Heróis".
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Os Matadores
Direção: Beto Brant
Elenco: Chico Diaz, Murilo Benício, Wolney de Assis, Adriano Stuart, Maria Padilha, Stênio Garcia.
Na fronteira Brasil-Paraguai, dois matadores, o novato Toninho (Murilo Benício) e o veterano Alfredão (Wolney de Assis) aguardam em um bar a chegada do homem que eles foram contratados para matar. Enquanto esperam, eles conversam sobre a vida e o destino de Múcio (Chico Diaz), o matador mais famoso da fronteira que se envolveu com Helena (Maria Padilha), mulher do chefão da região (Adriano Stuart).
Esta é a trama da ótima estréia do diretor Beto Brant ( O Invasor) no cinema de longa-metragem, mostrando o universo dos matadores de aluguel na fronteira do país, assunto que estamos acostumados a ver apenas no noticiário policial, tendo sido pouco explorado pelo cinema nacional.
Um ponto forte do filme é relação entre os personagens de Murilo Benício e Wolney de Assis, mostrando a diferença de pensamento e atitudes entre jovens e veteranos, onde o novato se acha o máximo, pensando que sabe tudo e que na hora da ação resolveria tudo facilmente, enquanto o veterano ao contar a história de Múcio e a sua relação com este, tenta mostar o quanto é complicado o ramo em que eles atuam e que a diferença entre matar e morrer é muito pequena.
O diretor Beto Brant continuaria mostrando seu talento em ótimos trabalhos como "Ação Entre Amigos" e "O Invasor", mais dois filmes que merecem ser vistos.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
O Exterminador do Futuro
O Exterminador do Futuro (Terminator, EUA, 1984)
Direção: James Cameron
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Biehn, Linda Hamilton, Paul Winfield, Lance Henriksen, Rick Rossovich, Dick Miller, Bill Paxton.
Hoje o cinema perdeu o mestre dos efeitos especiais Stan Winston, que durante a carreira foi responsável por esse quesito em diversos filmes como "Aliens - O Resgate", "O Predador", "Constantine", "Batman - O Retorno", "Homem de Ferro", entre tantos outros sucessos.
Quando este "O Exterminador do Futuro" foi feito praticamente todos os envolvidos ainda estavam em início com de carreira, além de Winston, o diretor James Cameron e Arnold Schwarzenegger ainda não tinham metade da fama que tem o hoje. Arnold por exemplo havia ficado conhecido por "Conan, o Bárbaro" e neste mesmo ano de 1984 trabalhou na continuação "Conan, o Destruidor", mas aqui é que todos ficaram realmente conhecidos e abriram as portas para novos projetos.
O filme começa com Schwarzenegger voltando do futuro, ele sendo um robô, com a missão de matar Sarah Connor (Linda Hamilton) que em breve terá um filho chamado John Connor que irá liderar os humanos na luta contra as máquinas no futuro, porém o próprio John Connor envia de volta do futuro o soldado Kyle Reese (Michael Biehn) para salvar sua mãe da máquina assassina.
Um história interessante com ótimos efeitos especiais para época e pelo orçamento muito menor que por exemplo a sua continuação, além de sequências de ação eletrizantes e o melhor papel da carreira de Schwarzenegger, que tem pouquíssimas falas e isso junto com seu rosto rude, encarna um robô assassino cruel sem emoções e totalmente assustador. Um clássico que resiste ao tempo na comparação com os filmes do gênero atualmente.
sábado, 14 de junho de 2008
Nove Rainhas
Ficha Técnica:
Nove Rainhas (Nueve Reinas, ARG, 2000)
Direção: Fabian Bielinsky
Elenco: Ricardo Darin, Gaston Pauls, Leticia Bredici, Tomas Fonzi, Ignasi Abadal.
Este "Nove Rainhas" é um dos melhores filmes sobre golpes feitos nos últimos anos, em alguns momentos podendo ser comparado ao clássico "Golpe de Mestre", tem um roteiro engenhoso e um elenco de primeira liderado por Ricardo Darin, dos também bons "O Filho da Noiva" e o "Clube da Lua".
A trama começa durante uma madrugada quando o jovem golpista Juan (Gaston Pauls) se mete em uma encrenca e é salvo por Marcos (Ricardo Darin), um veterano picareta que simpatizando com o jovem e ao mesmo tempo vendo uma oportunidade, convida Juan para participar de um negociação com selos falsificados (as Nove Rainhas do título) que pode render muito dinheiro, bem mais do que eles ganham nos pequenos golpes do dia a dia. Porém o negócio tem de ser feito rapidamente, pois o interessado no selos (que seria a vítima) ficaria na cidade apenas até o dia seguinte, estando hospedado no hotel onde trabalha a irmã de Marcos, Valéria (Leticia Bredice) que não aceita o estilo de vida do irmão.
Durante a rápida convivência da dupla seremos apresentados a diversos pequenos golpes, mas muito criativos, mostrando que inteligência e charme podem ser um arma perigosa na mente de uma pessoa desonesta. A química entre a dupla é ótima, junto com as reviravoltas do roteiro rendem um diversão de primeira.
Em 2004 "Nove Rainhas" foi refilmado em Hollywood pelo diretor Gregory Jacobs, com John C. Reilly e Diego Luna nos papéis principais, com o título original de "Criminal" (no Brasil se chamou "171"), porém o resultado foi inferior.
Uma nota triste, o diretor Bielinsky faleceu em 2006 durante uma viagem ao Brasil, quando estava promovendo seu segundo filme "A Aura".
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Aliens - O Resgate
Aliens - O Resgate (Aliens, EUA, 1986)
Direção: James Cameron
Elenco: Sigourney Weaver, Michael Biehn, Carrie Henn, Lance Henriksen, Paul Reiser, Bill Paxton, Jenette Goldstein, Mark Rolston, William Hope.
Quando James Cameron resolveu filmar a sequência do clássico "Alien - O Oitavo Passageiro", ele tinha na bagagem apenas dois filmes: "Piranha II - Assassinas Voadoras" também sequência do clássico "B" de Joe Dante e "O Exterminador do Futuro" que foi um sucesso absoluto e chamou atenção do mundo para este diretor e para um na época jovem chamado Arnold Schwarzenegger.
Nesta sequência Cameron mantém o clima de suspense e claustrofobia do original, mas aumenta em grande dose as sequências de ação, transformando o filme numa grande caçada, onde as vítimas são os humanos.
A história começa onde termina o primeiro filme, com a oficial Ripley (Sigourney Weaver) vagando pelo espaço em uma cápsula quando é resgatada por outro nave. Nesta nave ela descobre que hibernou durante cinquenta e sete anos e após contar sua história acaba sendo desacreditada e informada que no planeta onde vivem os aliens, os humanos montaram uma colonia há mais de vinte anos e nunca houve problema. Mas em seguida tudo muda quando a nave perde contato com este planeta e ela é chamada para acompanhar uma missão de fuzileiros que devem verificar o que aconteceu. Na viagem os fuzileiros agem como se fossem encontrar inimigos comuns em uma guerra, não tendo a mínima idéia do que os esperam.
Sem dúvida o original é nota dez como suspense, mas esta sequência é eletrizante em termos de ação, com a marca de Cameron, efeitos especiais de primeira e um monstro real e assustador que aparece mais vezes, além do sensacional desenho de produção.
Destaque também para o elenco, com Sigourney Weaver arrebentando nas cenas de ação, e um grupo de coadjuvantes hoje bem famosos, como Lance Henriksen, Bill Paxton e Paul Reiser, além do ator preferido de Cameron nos anos oitenta Michael Biehn, que trabalhou também em "O Exterminador do Futuro" e "O Segredo do Abismo".
segunda-feira, 9 de junho de 2008
O Aviador
O Aviador (The Aviator, EUA, 1994)
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, John C. Reilly, Alec Baldwin, Alan Alda, Ian Holm, Danny Huston, Gwen Stefani, Jude Law, Adam Scott, Matt Ross, Kelli Garner, Frances Conroy, Brent Spiner, Edward Hermann, Willem Dafoe.
O cinema demorou para contar a biografia de um personagem tão complexo e fascinante como Howard Hughes e a honra ficou com o grande diretor Martin Scorsese e com o astro Leonardo DiCaprio no papel principal.
Para quem não conhece sua vida, Howard Hughes ficou órfão ainda jovem, com seu pai deixando de herança um grande empresa do ramo de perfuração de petróleo no Texas, porém seus planos iam além de comandar esta companhia. Em meados dos anos vinte ele se muda para Los Angeles e resolve se aventurar no cinema, produzindo e dirigindo o filme “Anjos do Inferno”, onde gastou uma fortuna e apesar do grande sucesso não conseguiu obter lucro. Em seguida ainda produziria dois filmes importantes, a versão original de “Scarface”, refilmado por Brian DePalma com Al Pacino e o faroeste “O Proscrito”.
Depois de alcançar a fama no cinema, ele muda o rumo em direção a sua grande paixão, a aviação, onde monta um empresa para desenvolver aviões e usando um de seus modelos acaba batendo o recorde de velocidade aérea da época. Ele ainda compraria a empresa aérea TWA e entraria numa briga feia com a líder deste mercado na época, a hoje inexistente PanAm.
O filme de Scorsese foca estes anos de ouro da vida de Hughes, onde conseguiu fama e sucesso em ramos variados, teve casos com atrizes famosas como Katharine Hepburn (com quem quase se casou, papel da ótima Cate Blanchett), Ava Gardner (interpretada pela belíssima Kate Beckinsale), Jean Harlow, entre outras, até o momento em que ele começa a declinar física e mentalmente, principalmente após um acidente de avião que quase o matou, além do seu medo excessivo de germes, que aos poucos foi afetando sua vida e o deixando com um comportamento obsessivo.
Apesar de não ser um dos melhores trabalhos de Scorsese, principalmente pelas amarras em contar a vida de alguém tão famoso e seguindo a fórmula hollywoodiana de homenagear estes personagens, o filme perde um pouco, mas mesmo assim é um espetáculo acima da média que vale uma conferida.
sábado, 7 de junho de 2008
Filmes Assistidos - 61 a 70
Direção – Peter Markle
Elenco – Gene Hackman, Danny Glover, Jerry Reed, David Marshall Grant, Clayton Rohner.
Durante a Guerra do Vietnã, um tenente-coronel (Gene Hackman) tem seu avião abatido durante uma missão e sobrevive mantendo contato por rádio com um capitão (Danny Glover), que tenta ajudá-lo a não ser capturados pelos inimigos. Apesar de ser uma tema batido, é um filme competente.
62 – O Bebê de Rosemary – (Rosemary´s Baby, EUA, 1968) - Nota 9
Direção – Roman Polanski
Elenco – Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon, Sidney Blackmer, Maurice Evans, Ralph Bellamy, Elisha Cook Jr, Charles Grodin.
Clássico filme de terror que assusta apenas pela sugestão. Um jovem casal (Farrow e Cassavetes) muda-se para um apartamento e faz amizade com um casal idoso vizinho (Ruth Gordon e Sidney Blackmer), que no início aparenta serem inofensivos, mas quando a personagem de Mia Farrow engravida, coisas estranhas começam a acontecer até um final perturbador. Um exemplo de como se fazer um grande filme de terror sem mostrar uma gota de sangue.
63 – O Beijo 2348/72 – (Brasil, 1990) - Nota 5
Direção – Walter Rogério
Elenco – Chiquinho Brandão, Maitê Proença, Fernanda Torres, Antonio Fagundes, Ary Fontoura, Claudio Mamberti, Eloisa Mafalda, Iara Jamra, José Rubens Chachá, Gerson de Abreu, Miguel Falabella, Walmor Chagas, Gianfrancesco Guarneiri, Vic Militello, Joel Barcellos, Ankito.
Livremente baseado na história real de um processo de número 2349 de 1972, instaurado em virtude de um empregado (o falecido Chiquinho Brandão) ter sido dispensado de um emprego por justa causa, por ter beijado uma colega de trabalho (Maitê Proença) durante o expediente. O filme se perde na mistura entre denúncia com comédia.
64 – Benji – O Filme – (Benji, EUA, 1974) - Nota 4
Direção – Joe Camp
Elenco – Peter Breck, Deborah Walley, Edgar Buchanan.
Clássico da sessão da tarde, conta as aventuras do cachorrinho Benji que ajuda a procurar um casal de crianças que foi sequestrado. Apenas para quem gosta de filmes com animais.
65 – Bravura Indômita – (True Grit, EUA, 1969) - Nota 7
Direção – Henry Hathaway
Elenco John Wayne, Glenn Campbell, Kim Darby, Dennis Hopper, Jeremy Slate, Robert Duvall, Strother Martin, Jeff Corey.
Um veterano pistoleiro caolho (John Wayne) é contratado por uma garota (Kim Darby) para matar os homens que assassinaram seu pai. Porém ela quer participar da caçada. Faroeste mediano feito já no final da era de ouro do gênero, que ainda gerou uma continuação em 1975 chamada "Justiceiro Implacável", com John Wayne repetindo o papel.
66 – Broadway Danny Rose – (Broadway Danny Rose, EUA, 1984) - Nota 7
Direção – Woody Allen
Elenco – Woody Allen, Mia Farrow, Milton Berle, Nick Apolo Forte.
Filme menor de Woody Allen onde ele interpreta um agente de atores que se apaixona pela amante de um gangster vivida por Mia Farrow e se mete em confusão por esse motivo.
67 – Bronco Billy – (Bronco Billy, EUA, 1980) – Nota 7
Direção – Clint Eastwood
Elenco – Clint Eastwood, Sondra Locke, Geoffrey Lewis, Scatman Crothers, Sam Bottoms, Bill McKinney.
Clint Eastwoof faz o papel título, o dono de um circo que viaja pelos EUA fazendo shows com o velho oeste como tema. Durante uma dessas viagens ele aceita dar emprego a uma mulher (Sondra Locke com quem ele foi casado) que vai arrumar muita confusão. Misto de comédia com drama, mostrando pessoas que fazem rir, mas que levam uma vida dura.
68 – Brubaker – (Brubaker, EUA, 1980) - Nota 9
Direção – Stuart Rosenberg
Elenco – Robert Redford, Yaphet Kotto, Jane Alexander, Murray Hamilton, David Keith, Morgan Freeman, Matt Clark, Tim McIntire, M. Emmet Walsh, Albert Salmi, Everett McGill, Val Avery, Linda Haynes.
Um dos melhores filmes sobre prisão já realizados. Aqui Robert Redford sem infiltra em uma prisão como um detento qualquer, porém sem que ninguém saiba ele é o diretor que tomara posse no presídio daqui alguns dias. Ótimo filme denúncia sobre corrupção e abuso dentro do sistema penal americano. Primeiro papel de Morgan Freeman com algum destaque no cinema.
69 –Butch Cassidy – (Butch Cassidy and the Sundance Kid, EUA, 1969) - Nota 10
Direção – George Roy Hill
Elenco – Paul Newman, Robert Redford, Katharine Ross, Strother Martin, Cloris Leachman, Jeff Corey, Kenneth Mars.
A clássica história da dupla de ladrões de trens e bancos do velho oeste que é perseguida por todo os EUA e foge até a Bolivia, onde continuará tendo problemas com a lei, é contada de modo extremamente agradável, misturando bem as cenas de perseguição com um pouco de comédia e romance, com a bela Katharine Ross. O trio Newma/Redford/Roy Hill repetiria o sucesso em outro clássico do cinema, "Golpe de Mestre".
70 – Bye Bye Brasil – (Brasil, 1979) - Nota 8
Direção – Carlos Diegues
Elenco – Betty Faria, José Wilker, Fábio Jr, Zaira Zambeli, Carlos Kroeber, Jofre Soares.
Considero que Cacá Diegues tem mais fama que talento, mas aqui ele fez seu melhor filme. A Caravana Rolidei liderada por Lorde Cigano (José Wilker), um picareta que leva shows de magia e erotismo pelo interior do Brasil, junto com sua amante Salomé (Betty Faria) acaba formando um quadrado amoroso quando o casal interpretado po Fábio Jr e Zaira Zambelli se unem a trupe. Um retrato triste do interior do Brasil nos anos setenta.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
O Campeão
O Campeão (The Champ, EUA, 1979)
Direção: Franco Zeffirelli
Elenco: Jon Voight, Faye Dunaway, Ricky Schroder, Jack Warden, Arthur Hill, Strother Martin, Elisha Cook Jr.
O cinema desperta nos espectadores todos os tipos de sentimento, como alegria, tristeza, indignação, raiva, conscientização, mas sempre dependendo da história e do modo de como ela é contada. Neste "O Campeão" com certeza quem assistiu não saiu indiferente.
O filme conta a história do ex-campeão de boxe Billy (Jon Voight), que está falido e trabalhando cuidando de cavalos e tudo o que ganha gasta com bebidas e jogos. Ele vive com seu filho, o pequeno T. J. (Ricky Schroder) que com sua inocência continua considerando o pai como um campeão. As coisas se complicam quando a mãe do garoto (Faye Dunaway) volta para buscar o filho que ela havia abandonado com o pai. O medo de perder o filho faz o ex-campeão voltar aos ringues para recuperar o dinheiro perdido e manter a guarda do garoto.
Daí em diante o diretor Zeffirelli nos mergulha em um drama que vai mexer com todos, principalmente pela comovente interpretação do garoto Schroder que acabou ganhando o Globo de Ouro de Revelação naquele ano, porém quando adulto não conseguiu se tornar um astro, mas é ator constante em seriados de tv, sendo sua participação mais importante em algumas temporadas de "Nova Iorque Contra o Crime".
O diretor Zeffirelli foi acusado de abusar do melodrama neste filme, o que é uma verdade, mas com certeza ele teve o mérito de fazer um dos filmes mais comoventes da história, com um final de um tristeza devastadora.
Gostaria que meus amigos dessem exemplos de filmes com finais tristes ou não, porém que marcaram suas vidas.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Os Mortos de George A. Romero
A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead, EUA, 1968)
Direção: George A. Romero
Elenco: Duane Jones, Judith O'Dea, Karl Hardman, Marilyn Eastman, Keith Wayne.
Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead, EUA, 1978)
Direção: George A. Romero
Elenco: David Emge, Ken Foree, Scott H. Reiniger, Gaylen Ross, Tom Savini.
Dia dos Mortos (Day of the Dead, EUA, 1985)
Direção: George A. Romero
Elenco: Lori Cardille, Terry Alexander, Joe Pilato, Jarlath Conroy, Anthony Dileo Jr.
Terra dos Mortos (Land of the Dead, EUA, 2005)
Direção: George A. Romero
Elenco: Simon Baker, John Leguizamo, Dennis Hopper, Asia Argento, Robert Joy.
Até o final dos anos sessenta os filmes de terror tinham como característica apenas sugestionar o medo ao espectador, através de portas fechando sozinhas, correntes sendo arrastadas, sombras e ventos. Nos EUA terror era considerado um gênero menor, com produções de baixo orçamento realizados por diretores como Roger Corman, que muitas vezes utilizavam o mesmo cenário em várias produções. Na Inglaterra predominavam os filmes da produtora Hammer, na maioria das vezes utilizando atores como Vincent Price, Peter Cushing e Christopher Lee interpretando personagens do terror clássico, principalmente Drácula.
Tudo começou a mudar em 1968 quando um jovem chamado George A. Romero, junto com alguns amigos estudantes resolveu filmar com pouquissímo dinheiro "A Noite dos Mortos Vivos". Aqui pela primeira vez a sugestão foi deixada de lado, dando espaço para muito sangue e violência. Filmado em preto-e-branco, começa com um casal visitando um cemitério e do nada mortos começam a se levantar das tumbas e atacar. O casal se esconde dentro de um casa e com outras pessoas ali, tentam não deixar os zumbis sedentos de sangue e carne entrar. Esta história simples e as cenas de violência são comuns nos filmes de terror de hoje em dia, mas na época foram um marco, dando ao diretor um grande sucesso público e início a uma nova era no terror.
Depois Romero fez dois trabalhos alternativos, que por sinal não existem em DVD no Brasil, "O Exército do Extermínio" e "Martin", mas voltaria aos Zumbis com "Despertar dos Mortos" continuando a história. Agora os mortos estão atacando por toda a parte e em uma estação de TV enquanto especialista debatem o que fazer para contê-los, quatro pessoas fogem em um helicóptero e acabam sitiadas em um Shopping Center. A princípio eles consideram o local um oasis e aproveitam da comida, das roupas e tudo o que ele oferece, porém as coisas se complicam quando um bando de motoqueiros resolve invadir o Shopping. Filmado com um orçamento maior, mais longo (142 minutos) e uma história melhor, também fez sucesso e aumentou a fama de Romero que pode fazer trabalhos maiores.
Na sequência ele filmou "Cavaleiros de Aço" com um jovem Ed Harris no papel principal, sobre uma gangue de motoqueiros que vive como se estivesse na corte do Rei Artur. Também longo e com algumas idéias interessantes, foi um grande fracasso. Em seguida fez "Creepshow", baseado em contos de Stephen King e com resultado apenas mediano. Querendo retomar o sucesso ele resolver continuar sua saga com "Dia dos Mortos". De novo com pouco dinheiro, fez um filme mais curto, mostrando grande parte do mundo já tomado pelos mortos e em um laboratório militar cientistas tentam a achar a cura, mas o tempo passa, o resultado não aparece e as pessoas enclausuradas ali começam a se desentender. Bom filme, com premissa interessante que mostra um sequência lógica dos acontecimentos e com resultado razoável. Desta vez o filme não fez o sucesso esperado por Romero.
Continuando sua carreira, Romero fez o ótimo "Comando Assassino", sobre um homem que vive em uma cadeira de rodas após um acidente e cria um elo com uma gorila, que acaba assassinando as pessoas de que ele não gosta. Depois dividiu a direção de "Dois Olhos Satânicos" com o italiano especialista em terror Dario Argento e fez talvez seu filme mais caro "A Metade Negra" com Timothy Hutton fazendo papel duplo. Fez ainda "Bruiser", inédito no Brasil, antes de voltar a sua saga e filmar após vinte anos a quarta parte chamada "Terra dos Mortos". Com um pouco mais de grana e um elenco de caras conhecidas como John Leguizamo e Dennis Hopper, ele mostra o mundo todo dominado pelos mortos e os milionários vivendo dentro de uma cidade que mais parece um Shopping, totalmente fechada e isolada, porém não por muito tempo. Bom filme, apesar de não ter o charme das outras partes, tem um produção melhor e continua a história de modo digno.
Para finalizar, Romero fez ainda "Diário dos Mortos", inédito no Brasil, onde ele não segue a história. Aqui ele mostra jovens fazendo um filme sobre zumbis que passam a ser atacados por zumbis de verdade. Não posso dar opinião pois não assisti este, mas temos de elogiar a carreira de um diretor que criou um gênero, que hoje copiado a exaustão e teve os seus três primeiros filmes da saga refilmados. Para quem gosta do gênero terror, vale dar uma espiada em sua carreira.