Foxtrot (Foxtrot, Israel / Suíça / Alemanha / França, 2017) – Nota 7 Direção – Samuel Maoz Elenco – Lior Ashkenazi, Sarah Adler, Yonaton Shiray, Shira Hass, Eden Gamliel, Yehuda Almagor. O casal Michael (Lior Ashkenazi) e Daphna (Sarah Adler) fica em choque ao receber a notícia de que seu filho que era soldado do exército israelense morreu no interior do país. Outro fato inesperado potencializa ainda mais a crise resultando em reações exacerbadas do casal. Este drama israelense se divide em duas narrativas bastante lentas, com sequências em que os personagens parecem se desligar do mundo. Por exemplo, o pai fica praticamente mudo por mais de dez minutos iniciais, sem saber como reagir com a notícia da morte do filho. As duas narrativas paralelas não chegam a se cruzar, mas tem como objetivo mostrar como nossas decisões levam a situações inesperadas e também como o destino pode ser cruel. Destaque para as atuações atormentadas de Lior Ashkenazi e Sarah Adler.
Os Lobos Nunca Choram (Never Cry Wolf, EUA, 1983) – Nota 7,5 Direção – Carroll Ballard Elenco – Charles Martin Smith, Brian Dennehy, Zachary Ittimangnaq, Samson Jorah. Tyler (Charles Martin Smith) é um pesquisador que aceita um trabalho extremamente perigoso. Ele ficará durante seis meses isolado no Ártico para estudar lobos que podem ser o motivo da quase extinção de uma espécie de renas que vive na região. Com ajuda de dois esquimós que o encontram, Tyler aos poucos descobre que os lobos são bem diferentes do que ele imaginava. Este simpático e sensível longa foi produzido pela Disney quando o estúdio ainda tinha foco principal em animações. A escolha do diretor Carroll Ballard para comandar o longa foi muito pelo seu trabalho em “O Corcel Negro”, outro filme que misturava aventura, amizade e natureza. Aqui o conflito entre homem e natureza fica em segundo plano, dando espaço para a curiosa relação que se cria entre o protagonista e os lobos, além é claro das belíssimas locações.