sexta-feira, 30 de novembro de 2018

The Tunnel

The Tunnel (The Tunnel, Inglaterra / França, 2013 a 2018)
Elenco – Stephen Dillane, Clémence Poésy, Thibault de Montalembert, Angel Coulby, Cédric Vieira, William Ash.

Um corpo é encontrado no Eurotúnel, exatamente na divisa entre Inglaterra e França. Logo, os policiais descobrem que na verdade são duas pessoas mortas. A parte de cima do corpo é de uma pessoa e a debaixo pertence a outra. 

Para investigar o caso, as polícias inglesa e francesa montam uma equipe mista. O investigador inglês Karl Roebuck (Stephen Dillane) e a detetive francesa Elise Wassermann (Clémence Poésy) são os responsáveis por seguir as pistas em busca do criminoso. 

Esta competente série policial dividida em três temporadas (dez episódios na primeira, oito na segunda e seis na terceira) tem como pontos principais as tramas extremamente complexas e a ótima química entre a dupla principal. É praticamente impossível detalhar algo mais específico sobre as tramas das temporadas, que se dividem em vários arcos com coadjuvantes que de uma forma ou de outra se tornam importantes no contexto. 

O desenvolvimento dos personagens principais é detalhado na esferas profissional e pessoal, com várias situações cruzando este limite. O policial inglês de Stephen Dillane enfrenta problemas no casamento, tem vários filhos, inclusive um adolescente fruto de um casamento anterior. A francesa interpretada por Clémence Poésy é uma pessoa direta, que fala o que pensa e que tem dificuldades para mostrar sentimentos ou empatia. Estas diferenças entre os personagens é muito bem explorada. 

Vale citar que a série tem várias cenas de violência, mortes e até mesmo um final na terceira temporada que foge totalmente do lugar comum. 

É uma série indicada para quem gosta de tramas policiais complexas.  

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Infiltrado na Klan

Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman, EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Spike Lee
Elenco – John David Washington, Adam Driver, Topher Grace, Laura Harrier, Corey Hawkins, Michael Buscemi, Frederick Weller, Ryan Eggold, Robert John Burke, Isiah Whitlock Jr, Alec Baldwin, Nicholas Turturro, Harry Belafonte.

Colorado Springs, 1978. Ron Stallworth (John David Washington) é o primeiro policial negro da cidade. Mesmo sendo um novato, Ron decide responder um anúncio de jornal feito pela Ku Klux Klan. Ele entra em contato pelo telefone e se faz passar por um branco racista que deseja participar do grupo. 

Não tendo como mostrar sua verdadeira face, Ron consegue convencer o chefe de polícia a abrir uma investigação e enviar em seu lugar o policial Flip Zimmerman (Adam Driver) para se infiltrar no grupo. Enquanto Ron continua conversando com os membros da Klan pelo telefone, Flip se torna amigo dos sujeitos, passando a vigiá-los de perto. 

O diretor Spike Lee escolheu uma bizarra história real registrada em livro pelo verdadeiro Ron Stallworth para criar um longa sarcástico e panfletário. A decisão de desenvolver uma narrativa beirando a comédia funciona ao transformar os “soldados” da Klan em idiotas e fazendo de bobo até mesmo o famoso líder do grupo chamado David Duke (Topher Grace). 

Os problemas surgem por causa da ideologia defendida por Spike Lee, que ameniza as atitudes do grupo de jovens negros ligados aos “Panteras Negras”, além de criar um romance forçado entre o protagonista e a líder dos estudantes (Laura Harrier). 

A coisa desanda na parte final quando Spike Lee insere algumas cenas reais para manipular o público. Estas cenas são realmente terríveis e abomináveis, porém o objetivo do diretor é político. De uma forma panfletária e em defesa de sua ideologia, ele explora os atos de alguns malucos para atacar o atual governo americano. 

Finalizando, o polêmico tema do racismo foi levada às telas de forma muito mais realista e verdadeira em obras como o recente “Detroit em Rebelião” e os clássicos “Mississippi em Chamas” e “No Calor do Noite”.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Rota Irlandesa

Rota Irlandesa (Route Irish, Inglaterra / França / Itália / Bélgica / Espanha, 2010) – Nota 6,5
Direção – Ken Loach
Elenco – Mark Womack, Andrea Lowe, John Bishop, Geoff Bell, Jack Fortune.

Liverpool, 2007. Fergus (Mark Womack) volta para a cidade por causa do funeral do amigo Frankie (John Bishop), que morreu aparentemente em uma emboscada no Iraque. 

Fergus e Frankie trabalharam juntos para uma corporação que prestava serviços naquele país. Basicamente eles eram mercenários caçando terroristas. Não acreditando na história contada pelos representantes da empresa, Fergus utiliza seus contatos no Iraque para descobrir o que realmente aconteceu com o amigo. 

Especialista em filmes com temas políticos e sociais, neste trabalho o diretor Ken Loach não consegue desenvolver a história a contento. O roteiro faz uma crítica severa a terceirização da guerra para empresas particulares que ganham milhões em contratos e agem praticamente sem respeitar a lei. O protagonista sabendo como isso funciona, utiliza dos mesmos métodos sujos para desmascarar a empresa. 

Infelizmente o ritmo irregular e a narrativa fria que perde tempo inclusive com um romance entre o protagonista e a viúva do amigo fazem o filme perder pontos. O final que à primeira vista seria impactante, na verdade se mostra vazio numa análise mais profunda. 

Como curiosidade, a “Rota Irlandesa” do título é o perigoso caminho entre o quartel dos britânicos e o aeroporto de Bagdá.

O resultado é um drama apenas mediano

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Funeral do Nosso Melhor Amigo

O Funeral do Nosso Melhor Amigo (Best Man Down, EUA, 2012) – Nota 7,5
Direção – Ted Koland
Elenco – Justin Long, Jess Weixler, Tyler Labine, Addison Timlin, Shelley Long, Frances O’Connor, Evan Jones, Michael Landes.

Após a festa de casamento de Scott (Justin Long) e Kristin (Jess Weixler), o padrinho Lumpy (Tyler Labine), que havia tomada todas e mais algumas, sofre um acidente e morre. Sujeito falastrão e exagerado, Lumpy tinha muitos conhecidos e poucos amigos. 

Scott decide adiar a lua de mel com Kristin para preparar o funeral. Entre os contatos que eles encontram no telefone de Lumpy, está o nome da desconhecida Ramsey (Addison Timlyn). Sem conseguir conversar pelo telefone, o casal resolve viajar até uma pequena cidade para avisar a garota, sem saber que descobrirão um lado oculto da vida do falecido amigo. 

O título nacional passa a impressão de que o filme é uma comédia rasgada, quando na verdade a história está mais voltada para um drama sobre família e amizade. O roteiro escrito pelo diretor Ted Koland foca em personagens que sofrem por causa de frustrações profissionais e pessoais e que buscam novos caminhos na vida. 

O destaque do elenco fica para o pouco conhecido Tyler Labine, que consegue intercalar muito bem os momentos de euforia por causa da bebida e as sequências dramáticas quase todas mostradas em flashback. Em alguns momentos o filme chega a emocionar. 

Considero o longa uma boa surpresa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Ordinary Person

Ordinary Person (Botongsaram, Coreia do Sul, 2017) – Nota 7
Direção – Kim Bong Han
Elenco – Son Hyun Jo, Hyuk Jang, Park Dong Gyu, Sang Ho Kim, Dal Hwan Jo.

Coreia do Sul, anos oitenta. Ao investigar um caso de assassinato que pode estar ligado a um serial killer, o detetive Sung (Son Hyun Jo) chega a um suspeito chamado Kim Tae Sang (Dal Hwan Jo). 

Em seguida, Sung é procurado por um dos chefes do serviço secreto, o jovem arrogante Choi (Hyuk Jang), que oferece vantagens em troca da confirmação do suspeito como sendo o serial killer. 

Precisando de dinheiro para pagar a cirurgia do filho e pensando em ter uma vida melhor com a esposa, Sung aceita a proposta e decide forjar provas para condenar o pobre Kim Tae Sang. 

A trama tem uma premissa interessante ao enfocar os métodos ilegais utilizados pela polícia sul-coreana e pelo serviço secreto durante a época em que uma ditadura dominava o país. O protagonista se torna um peão na mão do burocrata que acredita estar defendendo o país, mesmo acusando um inocente. 

Por outro lado, a narrativa é irregular e até fria em alguns momentos. A parte final também deixa um pouco a desejar ao apelar para o sentimentalismo. O tema se mostra mais interessante do que o filme, que resulta numa obra mediana.

domingo, 25 de novembro de 2018

Tempestade: Planeta em Fúria

Tempestade: Planeta em Fúria (Geostorm, EUA, 2017) – Nota 5,5
Direção – Dean Devlin
Elenco – Gerard Butler, Jim Sturgess, Abbie Cornish, Alexandra Maria Lara, Andy Garcia, Ed Harris, Daniel Wu, Eugenio Derbez, Amr Waked, Adepero Oduye, Richard Schiff, Mare Winningham, Talitha Eliana Bateman.

As mudanças climáticas levam o planeta quase ao colapso. O cientista Jake Lawson (Gerard Butler) lidera com sucesso o projeto de uma estação espacial que consegue equilibrar o clima. Seu temperamento explosivo faz com que ele perca o emprego após o planeta aparentemente estar seguro. 

Três anos depois, uma falha na estação espacial faz com que seu irmão Max (Jim Sturgess), que tem um cargo no governo, o convença a voltar ao trabalho para resolver o problema no espaço. Logo, Jake percebe que a falha pode estar ligada a uma sabotagem. 

O diretor, produtor e roteirista Dean Devlin é parceiro do diretor Roland Emmerich, especialista em filmes sobre catástrofe. Devlin segue o mesmo o estilo do colega nesta sua incursão solo, inclusive demonstrando os mesmos defeitos.

Personagens mal desenvolvidos, diálogos repletos de clichês e sentimentalismo, além das grandiosas cenas de destruição. O roteiro tenta esconder o vilão, mas o cinéfilo experiente descobrirá rapidamente quem é o culpado. 

O resultado é mais um blockbuster vazio.

sábado, 24 de novembro de 2018

Hollow in the Land

Hollow in the Land (Hollow in the Land, Canadá, 2017) – Nota 6,5
Direção – Scooter Corkle
Elenco – Dianna Agron, Shawn Ashmore, Rachelle Lefevre, Michael Rogers, Jared Abrahamson, Brent Stait, Jessica McLeod.

Numa pequena cidade na divisa do Canadá com os EUA, os irmãos Alison (Dianna Agron) e Brandon (Jared Abrahamson) são vistos com ódio por algumas pessoas por causa do pai que está preso por ter atropelado um garoto após fugir da polícia. 

Uma briga resulta na morte do pai da namorada de Brandon, que desaparece. Sem saber se o irmão cometeu o crime ou apenas fugiu com medo de ser preso por causa do passado do pai, Alison decide investigar o caso, entrando em conflito com o chefe de polícia e com outros moradores. 

Este doloroso drama policial explora uma história de preconceito e ódio ao transformar os filhos de um assassino em cúmplices aos olhos da população. A protagonista enfrenta uma verdadeira saga de sofrimento para descobrir o paradeiro do irmão e a verdade sobre o crime. 

O filme vai muito bem até a parte final, quando é revelada a verdadeira motivação do crime, situação a meu ver um pouco exagerada. Esta solução faz o filme perder alguns pontos. O resultado é apenas mediano.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Chacrinha: O Velho Guerreiro

Chacrinha: O Velho Guerreiro (Brasil, 2018) – Nota 7
Direção – Andrucha Waddington
Elenco – Stepan Nercessian, Eduardo Sterblitch, Gianne Albertoni, Carla Ribas, Pablo Sanábio, Rodrigo Pandolfo, Antônio Grassi, Thelmo Fernandes, Laila Garin, Marcelo Serrado, Amanda Grimaldi, Karen Junqueira, Gustavo Machado.

Entre o início dos anos quarenta até sua morte em 1988, o apresentador Abelardo Barbosa, o Chacrinha (Stepan Nercessian na terceira idade e Eduardo Sterblitch na juventude) fez enorme sucesso primeiro no rádio e depois na televisão. 

Este longa detalha os momentos principais destes mais de quarenta de carreira e de vida do personagem. Seu casamento com Florinda (Amanda Grimaldi na juventude e Carla Ribas), sua relação com os filhos (Rodrigo Pandolfo o mais velho e Pablo Sanábio em papel duplo interpretando os gêmeos), com o amigo Oswaldo (Gustavo Machado e Antônio Grassi), com a maluca Elke Maravilha (uma surpreendente Gianne Albertoni) e com o famoso executivo da Rede Globo Boni (Thelmo Fernandes), além de seu affair com a cantora Clara Nunes (Laila Garin). 

Vale destacar que o roteiro mesmo não se aprofundando, também detalha o lado negativo de Chacrinha. Sua infidelidade, o gênio explosivo e intempestivo, as caravanas em que os artistas eram obrigados a se apresentar de graça em troca da participação no programa de tv e o famoso “jabá”, o dinheiro que recebia por fora para alavancar carreiras. 

Outro destaque são as interpretações de Eduardo Sterblitch e Stepan Nercessian, principalmente o segundo que criou uma cópia fiel do apresentador, inclusive na tonalidade da voz. 

É um filme que cumpre o que promete e ainda mostra detalhes de bastidores pouco conhecidos pelo público.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O Planeta Vermelho & A Caminho do Desconhecido


O Planeta Vermelho (The Last Days on Mars, Inglaterra / Irlanda, 2013) – Nota 7
Direção – Ruairi Robinson
Elenco – Liev Schreiber, Elias Koteas, Romola Garay, Olivia Williams, Johnny Harris, Goran Kostic, Tom Cullen, Yusra Warsama.

Um dia antes do retorno para Terra, os integrantes de uma expedição internacional que está em Marte se mostram ansiosos. Quando um dos cientistas (Goran Kostic) descobre uma mutação genética que pode comprovar vida no planeta e decide investigar in loco, tudo muda. É o início de uma jornada de terror.

Apesar de não apresentar surpresas, este criticado longa de ficção resulta numa obra interessante para quem curte terror e ação no espaço. O roteiro recicla os clichês do gênero, ao mesmo tempo em que o diretor estreante Ruairi Robinson consegue criar um ótimo clima de suspense e desespero entre os personagens. A parte técnica também é caprichada.

É uma boa diversão passageira.

A Caminho do Desconhecido (Approaching the Unknown, EUA, 2016) – Nota 5,5
Direção – Mark Elijah Rosenberg
Elenco – Mark Strong, Luke Wilson, Sanaa Lathan, Anders Danielsen Lie, Charles Baker.

O astronauta William Stanaforth (Mark Strong) é o escolhido para ser o primeiro homem a chegar em Marte. Sozinho na missão e com um tempo de viagem previsto para nove meses, William se mostra confiante e preparado para enfrentar o desafio. Com o passar do tempo e o surgimento de alguns problemas, o astronauta precisará tomar decisões complicadas que podem custar sua vida. 

Não tem muito mais o que explicar sobre a trama deste longa extremamente arrastado. A tentativa de inserir pitadas de filosofia através da narração em off do protagonista também não convence. Os melhores momentos são o encontro com dois outros astronautas em uma estação especial no meio da viagem. O otimismo do protagonista é destroçado pelos astronautas cansados, atormentados e ansiosos para voltar para casa. 

É um filme fraco e totalmente descartável. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Tully

Tully (Tully, EUA, 2018) – Nota 7,5
Direção – Jason Reitman
Elenco – Charlize Theron, Mackenzie Davis, Ron Livingston, Mark Duplass, Elaine Tan, Asher Miler Fallica, Lia Frankland, Gameela Wright.

Marlo (Charlize Theron) está grávida do terceiro filho. Após o nascimento da criança, o nível de stress aumenta ao extremo. O marido (Ron Livingston) trabalha o dia todo, enquanto ela precisa cuidar da bebê, da filha pré-adolescente Sarah (Lia Frankland) e do filho Jonah (Asher Miler Fallica), um garoto com problemas de ansiedade. 

A chance de equilibrar a vida surge quando o irmão de Marlo (Mark Duplass) indica uma jovem para trabalhar como babá noturna. Tully (Mackenzie Davis) parece ser a solução dos problemas de Marlo, que a princípio recarrega a energia para a vida. 

O roteiro escrito por Diablo Cody, famosa por “Juno”, foca nas dificuldades de ser mãe, desmistificando a questão de mostrar apenas o lado feliz da maternidade. Além dos problemas normais de lidar com filhos, o roteiro explora o sentimento da protagonista em relação a vida que ela deixou para trás. A liberdade, os sonhos e a juventude deram lugar a preocupação, ao cansaço e até a  difícil aceitação das mudanças no corpo após ter três filhos. O relacionamento automático com o marido é outra situação complicada e desgastante. 

O filme é mais impactante ainda pela ótima atuação de Charlize Theron. Ela passa um mix de sentimentos que em alguns momentos deixa espectador em agonia. 

É um filme em que muitas mães vão se identificar com as situações enfrentadas pela protagonista.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

A Promessa

A Promessa (The Promise, Espanha / EUA, 2016) – Nota 7
Direção – Terry George
Elenco – Oscar Isaac, Charlotte Le Bon, Christian Bale, Daniel Gimenez Cacho, Shohreh Aghdashloo, Marwan Kenzari, Angela Sarafyan, Tom Hollander, Igal Naor, Jean Reno, Alicia Borrachero.

Turquia, 1914. Mikael Boghosian (Oscar Isaac) é um jovem armênio que vive numa pequena vila na Turquia e que deseja estudar medicina em Constantinopla (atual Istambul). 

Sem dinheiro, ele aceita ficar noivo de Maral (Angela Sarafyan) para receber como dote um valor em moedas que o ajudará a pagar a universidade antes de se casar. 

Mikael muda para a casa do tio em Constantinopla, começa os estudos e logo se apaixona pela bela Ana (Charlotte Le Bon), que por seu lado vive com o jornalista americano Chris Meyers (Christian Bale). Nasce um triângulo amoroso que é interrompido pela explosão da 1º Guerra e a consequente perseguição dos turcos aos armênios. 

Esta perseguição é considerado o primeiro genocídio da história, sendo calculado que mais de quatro milhões de armênios tenham sido assassinados pelos turcos. Até hoje o governo turco nega o massacre, que infelizmente foi real. 

O diretor norte-irlandês Terry George (do ótimo “Hotel Ruanda”) segue a linha dos clássicos antigos do gênero, explorando cenas dramáticas em momentos cruciais, violência e crueldade por parte dos turcos. A cena do massacre na beira do rio é extremamente dolorosa. 

O filme falha um pouco na montagem da parte final, quando os armênios estão fugindo em direção ao mar. Estas sequências se mostram apressadas e com alguns furos. Mesmo com algumas falhas o resultado é bom e indicado para quem curte o gênero.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Aniquilação

Aniquilação (Annihilation, Inglaterra / EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Alex Garland
Elenco – Natalie Portman, Oscar Isaac, Jennifer Jason Leigh, Gina Rodriguez, Tuva Novotny, Tessa Thompson, David Gyasi, Benedict Wong.

Após um ano acreditando que seu marido Kane (Oscar Isaac) morreu em uma missão militar, a bióloga Lena (Natalie Portman) se surpreende ao encontrá-lo novamente em casa. 

Ele age de forma estranha e logo passa mal. Ao correr para o hospital, Lena e Kane são interceptados por agentes do governo que os levam para uma base militar. 

Lena é recebida por uma cientista (Jennifer Jason Leigh) que estuda um estranho fenômeno climático que ocorre na região e que causou o problema em Kane e em vários outros militares que desapareceram. Uma equipe com cinco mulheres é enviada para explorar o local do fenômeno. 

Depois de estrear como diretor na competente ficção “Ex-Machina”, o inglês Alex Garland volta ao gênero em um longa que tem uma história melhor do que o filme.

A dúvida sobre o que realmente está ocorrendo na primeira parte se transforma em terror nas sequências em que as mulheres exploram a região afetada pelo fenômeno, porém a narrativa é irregular, perdendo tempo em flashbacks que mostram a vida de Lena e Kane, além de entregar no final uma explicação filosófica e bizarra para o acontecimento. 

A história é baseada em um livro e por isso não sei até que ponto é fiel ao texto, mas fica claro que poderia render um ótimo filme se tivesse um foco maior na ação.

domingo, 18 de novembro de 2018

Você Não Conhece o Jack

Você Não Conhece o Jack (You Don't Know Jack, EUA, 2010) – Nota 8
Direção – Barry Levinson
Elenco – Al Pacino, Susan Sarandon, Brenda Vaccaro, John Goodman, Danny Huston, Cotter Smith, David Wilson Barnes, James Urbaniak, Adam Driver.

Anos noventa. O médico aposentado Jack Kevorkian (Al Pacino) sente-se incomodado ao ver pessoas que estão em estado terminal sendo mantidas vivas a todo custo, com alto nível de sofrimento e algumas até mesmo contra o próprio desejo de morrer. 

Ele inicia uma verdadeira cruzada a favor do suicídio assistido, ou seja, dar as pessoas neste estado o direito de escolher morrer com a ajuda de um médico e assim encerrar seu grande sofrimento. 

Apenas com apoio da irmã (Brenda Vaccaro), de um amigo vendedor de suprimentos médicos (John Goodman) e uma ativista (Susan Sarandon), Jack passa a auxiliar pessoas neste tipo de suicídio, chamando a atenção da mídia e da promotoria. 

Batizado pelo mídia como “Doutor Morte” e processado pela promotoria, Jack contrata um advogado arrogante para defendê-lo (Danny Huston). 

Por mais polêmica que seja a história de vida e de luta do doutor Jack Kevorkian, ela é algo que merecia um bom filme como este e também um amplo debate na sociedade. 

Como bem é mostrado no filme, o suicídio assistido pelo qual ele lutava era na verdade a defesa ao direito individual de não querer mais viver. Para os pacientes que o procuravam, a vida não tinha mais valor, o sofrimento diário era algo absurdo. A escolha destas pessoas era mais um ato de humanidade do que de morte. 

Além da história, vale destacar a sóbria atuação de Al Pacino, perfeito como o controverso médico.   

sábado, 17 de novembro de 2018

Magia ao Luar

Magia ao Luar (Magic in the Moonlight, EUA / Inglaterra / França, 2014) – Nota 6,5
Direção – Woody Allen
Elenco – Colin Firth, Emma Stone, Hamish Linklater, Marcia Gay Harden, Simon McBurney, Jacki Weaver, Eileen Atkins, Catherine McCormack, Erica Leerhsen.

China, 1920. Stanley (Colin Firth) é um famoso ilusionista que interpreta um personagem chinês. Após um show, ele é procurado por um amigo (Simon McBurney) que também é ilusionista. 

O amigo o convida a passar alguns dias na casa de uma família rica que vive na França e o desafia a provar que uma jovem sensitiva chamada Sophie (Emma Stone) seja uma farsante. 

Ao lado da mãe (Marcia Gay Harden), a garota ganhou a confiança da matriarca (Jackie Weaver) e de seu filho (Hamish Linklater), este último totalmente apaixonado por ela, após alegar que tem contato com o falecido marido da família. 

O descrente Stanley tem certeza que irá desmascarar a garota, até conhecê-la e ficar intrigado com as atitudes e a beleza da jovem. 

A premissa de fazer um paralelo entre a profissão de ilusionista e os videntes que em sua maioria são picaretas é por si só interessante. A primeira parte deixa o espectador intrigado se realmente a garota tem o poder de se comunicar com “outro lado”. 

O filme perde força quando a história passa a explorar o possível romance entre os protagonistas. A reviravolta final coloca os pés na realidade, mas não chega a empolgar. 

O resultado é apenas razoável. Woody Allen tem filmes bem melhores.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Bombas! Comédias dos Anos Oitenta

Os Sete Suspeitos (Clue, EUA, 1985) – Nota 5
Direção – Jonathan Lynn
Elenco – Tim Curry, Madeline Kahn, Christopher Lloyd, Eileen Brennan, Michael McKean, Martin Mull, Lesley Ann Warren, Colleen Camp, Lee Ving.

New England, 1954. Seis convidados são recebidos em uma mansão isolada por um mordomo (Tim Curry) e pela empregada (Colleen Camp). Logo eles descobrem que foram convidados pelo homem que os está chantageando (o péssimo Lee Ving). As luzes se apagam e o sujeito é assassinado. Antes da chegada da polícia eles tentam descobrir quem é o assassino. Esta comédia de poucas risadas é uma versão para o cinema do conhecido jogo de tabuleiro “Detetive”. O fraco roteiro foi escrito pelos diretores John Landis e Jonathan Lynn.

Voluntários da Fuzarca (Volunteers, EUA, 1985) – Nota 6
Direção – Nicholas Meyer
Elenco – Tom Hanks, Rita Wilson, John Candy, Tim Thomerson, Gedde Watanabe, Xander Berkeley.

Após se formar em Harvard, Lawrence Bourne III (Tom Hanks) é ignorado pelo pai ao pedir dinheiro para pagar uma enorme dívida que contraiu com jogo. Com medo dos cobradores, ele entra para o Corpo da Paz e segue para a Tailândia. O trabalho principal é ajudar na construção de uma ponte, porém problemas com o exército americano, com traficantes locais e com rebeldes comunistas resultam em uma grande confusão.

Maxie (Maxie, EUA, 1985) – Nota 5
Direção – Paul Aaron
Elenco – Glenn Close, Mandy Patinkin, Ruth Gordon, Barnard Hughes, Valerie Curtin, Harry Hamlin.

O casal Jan (Glenn Close) e Nick (Mandy Patinkin) muda para um antigo apartamento em San Francisco. Uma vizinha idosa (Ruth Gordon) avisa que uma jovem atriz dos anos vinte morreu em um acidente doméstico um dia antes de fazer um teste para um filme e que o espírito da garota ainda vaga pelo apartamento. Não demora para o espírito tomar o corpo da pobre Jan. Esta comédia de poucas risadas tentou seguir o rastro do sucesso de “Um Espírito Baixou em Mim” que foi protagonizado por Steve Martin um ano antes, porém falhou.  

Vibes (Vibes, EUA, 1988) – Nota 6
Direção – Ken Kwapis
Elenco – Cyndi Lauper, Jeff Goldblum, Julian Sands, Googy Gress, Peter Falk, Michael Lerner, Elizabeth Peña

Um casal de videntes (Cyndi Lauper e Jeff Goldblum) é contratado por um sujeito (Peter Falk) que deseja encontrar a filha que aparentemente desapareceu no interior do Equador. O que o casal não sabe é que o verdadeiro objetivo do homem é encontrar um tesouro escondido em uma montanha isolada. Esta comédia explora parte do argumento de “Tudo Por uma Esmeralda” e insere pitadas de fantasia com a questão do videntes, além de tentar emplacar como atriz a cantora pop Cyndi Lauper. Vale por algumas sequências divertidas e pelas locações. 

Executivos em Apuros (Head Office, EUA, 1985) – Nota 5
Direção – Ken Finkleman
Elenco – Judge Reinhold, Lori Nan Engler, Eddie Albert, Rick Moranis, Jane Seymour, Wallace Shawn, Danny DeVito, Don King, George Coe, John Kapelos.

Após se formar em finanças na universidade, Jack Issel (Judge Reinhold) é contratado por uma grande empresa que está transferindo sua operação para outro país, com o objetivo de pagar menos impostos. Por ser filho de um senador, Jack é promovido rapidamente de cargo. A empresa deseja que o senador vote a favor de um determinado projeto que os ajudaria. Ao mesmo tempo, Jack se envolve com a filha rebelde do CEO (Lori Nan Engler). A tentativa de criticar as grandes empresas é o ponto principal desta comédia fraca, que tentou alavancar a carreira de Judge Reinhold, que teve algum destaque como coadjuvante em “Um Tira da Pesada”. O filme e a carreira do ator não decolaram.

Papai Fantasma (Ghost Dad, EUA, 1990) – Nota 3
Direção – Sidney Poitier
Elenco – Bill Cosby, Kimberly Russell, Denise Nicholas, Ian Bannen, Barry Corbin, Christine Ebersole, Dana Ashbrook.

O viúvo Elliot Hopper (Bill Cosby) está tentando reorganizar a vida para cuidar dos três filhos, quando acaba sofrendo um acidente de automóvel e ficando em coma. Enquanto seu corpo luta para sobreviver, o espírito de Elliott vaga pela cidade tentando ajudar os filhos. Esta fraca comédia foi um enorme fracasso na carreira do astro da tv Bill Cosby. Na época, ele fazia muito sucesso com o “The Cosby Show”. O filme também é um dos fracassos do ator Sidney Poitier na direção. Ele jamais alcançou nesta função o mesmo sucesso como ator.

A Leste de Los Angeles (Born in East L.A., EUA, 1987) – Nota 5
Direção – Cheech Marin
Elenco – Cheech Marin, Daniel Stern, Paul Rodriguez, Jan Michael Vincent, Kamala Lopez, Tony Plana.

Rudy (Cheech Marin) é filho de mexicanos, porém nasceu em um bairro latino de Los Angeles. Confundido como imigrante ilegal, Rudy é deportado para o México. Sem ter como provar ser americano, ele tentará voltar ao país atravessando a fronteira pelo deserto. O roteiro escrito pelo próprio ator e diretor Cheech Marin tenta fazer piada e também crítica social explorando a questão do preconceito contra latinos. 

Um Noivo Por Acaso (The Shrimp on the Barbie, EUA, 1990) – Nota 4,5
Direção – Alan Smithee (Michael Gottlieb)
Elenco – Cheech Marin, Emma Samms, Vernon Wells, Bruce Spence.

Carlos (Cheech Marin) não conseguiu fazer carreira como ator e foi obrigado a trabalhar como garçom em um restaurante mexicano. No trabalho ele faz amizade com Alex (Emma Samms), que namora um atleta brucutu (Vernon Wells). O pai de Alex é um milionário que não gosta do noivo da filha. Para enganar o pai, Alex pede para Carlos assumir o falso  papel de noivo. O problema é que os dois acabam se apaixonando. O roteiro tenta explorar o humor em relação ao preconceito do pai em relação aos pretendentes da filha e também a clássica disputa entre pobre e ricos, mas resulta em poucas risadas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

UFO

UFO (UFO, EUA, 2018) – Nota 6
Direção – Ryan Eslinger
Elenco – Alex Sharp, Gillian Anderson, David Strathairn, Ella Purnell, Benjamin Beatty.

Um objeto não identificado é avistado por algumas pessoas em um aeroporto. Rapidamente o governo tenta abafar o caso através de uma ação comandada por Franklin Ahls (David Strathairn). 

A clara manipulação das notícias chama a atenção de Derek (Alex Sharp), um brilhante e rebelde estudante de matemática. Obcecado e fazendo cálculos malucos, Alex deseja descobrir se o ovni tentava de alguma maneira se comunicar com nosso planeta. 

O roteiro escrito pelo diretor Ryan Eslinger explora a clássica premissa de como seria o primeiro contato com seres de outro planeta. O problema é que Eslinger perde muito tempo com diálogos técnicos sobre cálculos matemáticos, deixando de lado o suspense que seria um dos pontos principais para o sucesso deste tipo de filme. 

Depois de tantos diálogos que passam a impressão de que algo grande vai acontecer, vários deles entre o protagonista e sua professora vivida por Gillian Anderson, o filme termina deixando a história em aberto. 

Não chega a ser um filme ruim, mas infelizmente fica a sensação de que faltou criatividade para fechar a história.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Operação Mekong

Operação Mekong (Mei Gong He Xing Dong, China / Hong Kong, 2016) – Nota 7
Direção – Dante Lam
Elenco – Hanyu Zhang, Eddie Peng, Vithaya Pansringarm, Carl Ng, Pawarith Monkolpisit.

Anos noventa. Uma embarcação chinesa é atacada por piratas no rio Mekong, numa região conhecida como “Triângulo Dourado”, que é uma espécie de fronteira aquática que une Tailândia, Laos e Myanmar. 

Enquanto a polícia e o exército destes países tem dificuldades em enfrentar a situação, o governo chinês monta uma equipe de elite para investigar o caso. 

Um experiente agente (Hanyu Zhang) e um agente infiltrado no submundo da Tailândia (Eddie Peng) lideram o grupo que utiliza de todos os meios para chegar até o chefão do crime na região. 

O ponto principal deste longa são as muitas sequências de ação, algumas eletrizantes, como as cenas dentro do shopping e o clímax no esconderijo dos bandidos no meio da floresta. Por outro lado, as interpretações são ruins e exageradas, assim como algumas reviravoltas malucas no roteiro. 

É um filme para curtir a ação sem se preocupar com o restante.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Star Wars: Os Últimos Jedi

Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: Episode VIII - The Last Jedi, EUA, 2017) – Nota 7
Direção – Rian Johnson
Elenco – Mark Hamill, Carrie Fisher, Adam Driver, Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac, Andy Serkis, Lupita Nyong’o, Domhnall Gleeson, Anthony Daniels, Laura Dern, Benicio Del Toro, Frank Oz, Kelly Marie Tran, Justin Theroux.

Após encontrar Luke Skywalker (Mark Hamill) vivendo em um planeta isolado, Rey (Daisy Ridley) tenta convencê-lo a se tornar seu mestre e também a retornar à luta contra a Primeira Ordem. 

Em paralelo, Finn (John Boyega) e sua nova aliada Rose (Kelly Marie Tran) planejam entrar na nave da Primeira Ordem para desativar suas defesas e facilitar o ataque dos caças da Resistência, antes que eles sejam dizimados. 

A competente retomada da saga Star Wars no filme anterior deixou a esperança que a sequência manteria a mesma qualidade, porém isto não ocorreu. As cenas de ação com caças intergaláticos e toda a parte técnica apresentam a mesma qualidade da série, os problemas surgem na narrativa irregular e na história que parece reciclada da trilogia original. 

Nem mesmo a importante volta de Luke Skywalker ajuda, por sinal as várias sequências dele com a personagem Rey na ilha são cansativas e previsíveis. O melhor do filme são as peripécias dos personagens de John Boyega e Kelly Marie Tran, além do vilão vivido por Adam Driver. 

É um filme que com certeza agradou os fãs inveterados da franquia, mas para o cinéfilo mais crítico fica uma ponta de decepção.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Star Wars: O Despertar da Força

Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, EUA, 2015) – Nota 8
Direção – J. J. Abrams
Elenco – Harrison Ford, Mark Hamill, Carrie Fisher, Adam Driver, Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac, Lupita Nyong’o, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Anthony Daniels, Max Von Sydow, Peter Mayhew.

Trinta anos após a destruição da Estrela da Morte, a Resistência precisa enfrentar uma nova ameaça denominada Primeira Ordem. Os dois lados tem como objetivo localizar Luke Skywalker (Mark Hamill), que desapareceu sem deixar vestígios. 

Uma série de acontecimentos leva um stormtrooper desertor (John Boyega), uma jovem orfã (Daisy Ridley) e os aventureiros Han Solo (Harrison Ford) e seu parceiro Chewbacca (Peter Mayhew) a terem de proteger um robô que tem um mapa que pode levar até o local onde Luke está escondido. 

Apesar de não ter a mesma qualidade dos dois primeiros filmes da trilogia original, esta volta ao mundo “Star Wars” rende um competente longa que continua a saga da melhor forma possível. As cenas de ação, os coadjuvantes bizarros, um vilão que é quase uma cópia de Darth Vader e até as piadinhas seguem o mesmo estilo da franquia.

O que ajuda a melhorar da qualidade em relação aos episódios I, II e III que tanto foram criticados, é sem dúvida a volta do elenco original, principalmente de Harrison Ford. Mesmo com setenta e três anos na época, Ford ainda esbanja carisma como o mercenário galáctico. Os novatos Daisy Ridley e John Boyega também defendem bem seus papéis. 

Diversão garantida para os fãs da franquia e do gênero.

domingo, 11 de novembro de 2018

Forças Especiais & Comando Imbatível


Forças Especiais (Forces Spéciales, França, 2011) – Nota 6,5
Direção – Stéphane Rybojad
Elenco – Diane Kruger, Djimon Hounsou, Benoit Magimel, Denis Menochet, Raphael Personnaz, Raz Degan, Tcheky Karyo.

A jornalista francesa Elsa (Diane Kruger) é sequestrada pelo grupo Talibã enquanto trabalhava no Afeganistão. A impossibilidade de negociar com os fanáticos do Talibã leva o governo francês a enviar uma unidade de elite para resgatar a jornalista. Além do terroristas, o grupo de seis soldados liderados por Kovax (Djimon Hounson) terá de enfrentar também a natureza inóspita da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. 

Este longa francês de ação copia o estilo hollywoodiano, lembrando com as devidas proporções os filmes de Michael Bay. As cenas de ação filmadas com cortes rápidos, os diálogos que intercalam piadinhas bobas com sequências dramáticas sobre amizade e a história de superação são exemplos. Os destaques são as sequências de ação recheadas de tiroteios e as locações no deserto. 

O resultado é um filme de ação genérico que prende a atenção, mas que rapidamente será esquecido.

Comando Imbatível (Navy Seals, EUA, 1990) – Nota 6,5
Direção – Lewis Teague
Elenco – Charlie Sheen, Michael Biehn, Joanne Whaley Kilmer, Rick Rossovich, Bill Paxton, Dennis Haysbert, Cyril O’Reilly.

Um avião é sequestrado no Oriente Médio e um grupo de elite do governo americano é enviado para o resgate. Eles resolvem a situação, mas descobrem que terroristas roubaram mísseis de alto alcance. A nova missão do grupo é encontrar os terroristas e recuperar os artefatos roubados. 

Aventura típica dos anos oitenta, este longa intercala cenas engraçadinhas, como a sequência em que um dos soldados (Dennys Haysbert) abandona a noiva no casamento para responder o chamado do governo, com cenas de ação competentes e uma história simples, sem surpresa alguma. É curioso ver Charlie Sheen como herói de ação. 

É mais um filme genérico de ação, uma diversão passageira para os fãs do gênero.

sábado, 10 de novembro de 2018

Quase Amigos

Quase Amigos (Almost Friends, EUA, 2016) – Nota 7
Direção – Jake Goldberger
Elenco – Freddie Highmore, Odeya Rush, Christopher Meloni, Marg Helgenberger, Haley Joel Osment, Jake Abel, Rita Wolk, Taylor John Smith.

Charlie (Freddie Highmore) é um jovem inseguro que não sabe qual caminho seguir na vida. Ele tem muita dificuldade em se aproximar de Amber (Odeya Rush), uma garota por quem é apaixonado e que trabalha como garçonete em um pequeno café. 

Quando ele consegue a atenção da garota, descobre que ela namora com um atleta do colégio. Em paralelo, o reaparecimento de seu pai (Christopher Meloni) também mexe com o confuso Charlie. 

Este simpático drama romântico acerta ao retratar os dramas e as inseguranças da juventude de uma forma sóbria e realista, com exceção das atitudes do pai do protagonista que passam um pouco do limite. 

A relação entre Charlie e Amber é cheia de sentimentos, até mesmo com um toque de melancolia, como geralmente são as paixões entre jovens. Freddie Highmore se mostra perfeito para o papel do protagonista tímido e inseguro. 

É um bom filme indicado para quem gosta de um drama romântico leve. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Personal Shopper

Personal Shopper (Personal Shopper, França / Alemanha / República Tcheca / Bélgica, 2016) – Nota 6
Direção – Olivier Assayas
Elenco – Kristen Stewart, Lars Eidinger, Sigrid Bouaziz, Anders Danielsen Lie, Ty Olwin, Nora von Waldstatten.

Maureen (Kristen Stewart) mora em Paris e trabalha com personal shopper para uma celebridade. Traduzindo, ela compra roupas e acessórios pedidos pela pessoa que a contratou. 

Ao mesmo tempo, Maureen também é uma sensitiva que tenta entrar em contato com o espírito do irmão gêmeo que faleceu em uma casa nos arredores de Paris. Dividida entre a desmotivação com o trabalho e as dúvidas sobre seu dom, ela procura respostas para poder seguir em frente na vida. 

O roteiro escrito pelo diretor Olivier Assayas é mais estranho do que instigante. Ele tenta colocar em discussão nos diálogos a questão da vida após a morte, o que por si só é algo intrigante, mas por outro lado falha completamente na narrativa arrastada e na subtrama policial que surge na segunda metade do longa. O final abrupto também não ajuda. 

É um filme no máximo razoável.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Nasce uma Estrela

Nasce uma Estrela (The Star is Born, EUA, 2018) – Nota 8
Direção – Bradley Cooper
Elenco – Bradley Cooper, Lady Gaga, Sam Elliott, Andrew Dice Clay, Rafi Gavron, Anthony Ramos. Dave Chappelle, Alec Baldwin, Ron Rifkin, Barry Shabaka Henley.

Jackson Maine (Bradley Cooper) é um famoso músico que abusa da bebida e das drogas. Ao cruzar o caminho da jovem cantora desconhecida Ally (Lady Gaga), Jackson rapidamente se apaixona e abre as portas da indústria musical para a garota. 

O relacionamento apaixonado do casal aos poucos entra em crise por causa dos vícios do cantor e pelo caminho escolhido por Ally, que deixa de lado as músicas autorais para se entregar ao pop bancado por um produtor ganancioso (Rafi Gavron). 

Para estrear como diretor, o ator Bradley Cooper escolheu refilmar uma trama clássica que já havia rendido três filmes. O roteiro escrito pelo próprio Bradley em parceria com Eric Roth e Will Fetters atualiza a história de uma forma extremamente realista. 

Com exceção da sequência do Grammy que se mostra um pouco exagerada e o final voltado para o melodrama, o longa detalha com qualidade a queda de um velho astro que não se dobrou ao mercado e a ascensão de uma jovem que abandona seus ideais para abraçar a fama como uma diva pop. 

A escolha de Lady Gaga para o papel é como um espelho da carreira real da cantora, que tem talento de sobra, mas que prefere privilegiar as danças sensuais e as músicas de letra fácil para alcançar o público. Por ser uma celebridade com milhões com fãs, sua boa atuação está sendo elevada pela crítica e público a um patamar acima do que realmente merece. 

O grande destaque do longa é sem dúvida a interpretação de Bradley Cooper. Ele está perfeito como o músico talentoso, decadente e com um passado pesado difícil de ser superado. Bradley Cooper já desponta como o grande favorito para vencer o Oscar de Melhor Ator ano que vem e quem sabe até mesmo disputar o de Melhor Diretor também.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Os Vigaristas & Vigaristas


Os Vigaristas (Matchstick Men, EUA, 2003) – Nota 7,5
Direção – Ridley Scott
Elenco – Nicolas Cage, Sam Rockwell, Alison Lohman, Bruce Altman, Bruce McGill, Jenny O’Hara, Steve Eastin, Beth Grant, Sheila Kelley.

Roy (Nicolas Cage) e seu parceiro Frank (Sam Rockwell) vivem de pequenos golpes. Enquanto Frank é um sujeito desorganizado, Roy é o mentor do golpes. Obcecado por detalhes e sempre em busca da perfeição, ele tenta controlar suas manias com medicamentos e sessões com um psiquiatra (Bruce Altman). Sua vida pessoal fica ainda mais confusa quando surge a adolescente Angela (Alison Lohman), que diz ser sua filha de um relacionamento antigo. A garota acaba se tornando o terceiro elemento da quadrilha.

Esta incursão de Ridley Scott no gênero que mistura golpes e comédia resulta num longa divertido e com uma história com boas reviravoltas. Além da trama, os destaques ficam para Alison Lohman e Nicolas Cage. A atriz que na época tinha vinte e quatro anos, interpretou muito bem a adolescente rebelde de catorze, com ajuda da sua aparência extremamente jovem.

Nicolas Cage está ótimo como o sujeito cheio de manias. Seu perfeccionismo resulta em cenas engraçadas e patéticas, incluindo gagueira e tiques nervosos em momentos de pressão. É uma pena que o talentoso ator tenha escolhido papéis em muitos filmes ruins nos últimos anos.

Vigaristas (The Brothers Bloom, EUA, 2008) – Nota 6,5
Direção – Rian Johnson
Elenco – Adrien Brody, Rachel Weisz, Mark Ruffalo, Rinko Kikuchi, Robbie Coltrane, Maximilian Schell.

Desde crianças, os irmãos órfãos Stephen (Mark Ruffalo) e Bloom (Adrien Brody) aprenderam a sobreviver através de golpes, que com o passar do tempo se tornaram mais sofisticados. Após vinte e cinco anos enganando as pessoas, Bloom se mostra cansado e desmotivado, querendo mudar de vida, porém acaba convencido pelo irmão a participar de um último golpe. Ao lado da japonesa Bang Bang (Rinko Kikuchi), os irmãos se aproximam da nova vítima, a milionária solitária Penelope (Rachel Weisz). Quando Bloom se apaixona por Penelope, a situação se complica. 

O roteiro escrito pelo diretor Rian Johnson explora a clássica história dos intrincados golpes que tentam deixar o espectador em dúvida sobre quem está enganando quem. Os problemas aqui estão no ritmo irregular da narrativa, que perde tempo criando entraves bobos para o romance, principalmente por causa das atitudes do sentimental e irritante personagem de Adrien Brody e na forma confusa como a trama do golpe se desenrola. O maior destaque fica para a personagem calada e engraçada da japonesa Rinko Kikuchi. 

O resultado é razoável e totalmente esquecível.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

O Paradoxo Cloverfield

O Paradoxo Cloverfield (The Cloverfield Paradox, EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Julius Onah
Elenco – Gugu Mbatha Raw, Daniel Bruhl, David Oyelowo, John Ortiz, Chris O’Dowd, Aksel Hennie, Zhang Ziyi. Elizabeth Debicki, Roger Davies, Donal Logue, Suzanne Cryer.   

As reservas naturais do planeta estão acabando, resultando na falta de energia e consequentemente em conflitos prestes a explodir. 

Uma equipe internacional é enviada em uma estação espacial com o objetivo de conseguir uma nova fonte de energia através de um mecanismo batizado como “Shepard”. 

Após dois anos no espaço, os tripulantes ainda não conseguiram resolver a situação. A pressão aumenta e um fato inesperado os leva ao desespero. 

Por mais que os três filmes da franquia “Cloverfield” tenham tramas bem diferentes entre si e este último seja o mais fraco, ainda vale a sessão para o cinéfilo que gosta de garimpar pistas que ligam as três histórias. 

O filme peca por seguir todos os clichês do gênero e desenvolver mal a maioria dos personagens, além de entregar interpretações ruins, porém fica o gosto pela curiosidade de encontrar as ligações nas histórias e o gancho no final que poderia ou ainda pode render um longa bem interessante. 

Vale citar ainda a pequena participação de Donal Logue como um escritor que vê a missão espacial como algo perigoso que pode despertar o apocalipse, sendo que seu personagem seria o irmão do paranoico vivido por John Goodman em “Rua Cloverfield, 10”. E o gancho final que citei tem ligação direta como “Cloverfield Monstro”. 

Vamos esperar para saber se a franquia terá alguma continuação.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Jurassic World: Reino Ameaçado

Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom, EUA, 2018) – Nota 5,5
Direção – Juan Antonio Bayona
Elenco – Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall, Justice Smith, Daniella Pineda, James Cromwell, Toby Jones, Ted Levine, Jeff Goldblum, BD Wong, Geraldine Chaplin, Isabella Sermon, Peter Jason.

Três anos após a tragédia no parque temático Jurassic World, a ilha Nublar está prestes a ser destruída por um vulcão. 

Pensando em salvar os dinossauros que estão soltos os levando para uma espécie de santuário, o milionário doente Benjamin Lockwood (James Cromwell) e seu braço-direito Eli Mills (Rafe Spall) contratam a ex-administradora do parque Claire (Bryce Dallas Howard) e o domador Owen (Chris Pratt) para a missão junto de uma equipe liderada por um militar (Ted Levine). O que Claire e Owen não imaginam é que o objetivo de Mills é bem diferente do que foi acertado. 

O eficiente filme de 2015 deixou a esperança de uma sequência com pelo menos a mesma qualidade, o que infelizmente não ocorreu. Este novo longa recicla de forma exagerada sequências semelhantes as que fizeram sucesso nos filmes anteriores, além de criar soluções ingênuas para salvar a pele dos mocinhos, inclusive dos novos coadjuvantes. 

Se a premissa era interessante, a forma como a história se desenvolve é extremamente absurda e repleta de clichês. Até mesmo a volta do personagem de Jeff Goldblum, que era um dos protagonistas do filme original, acaba sendo desperdiçada. 

O final piegas deixa um enorme gancho para mais uma sequência, que se realmente sair do papel, espero que seja bem diferente deste longa.

domingo, 4 de novembro de 2018

O Colosso de Rodes

O Colosso de Rodes (Il Colosso di Rodi, Itália / França / Espanha, 1961) – Nota 5,5
Direção – Sergio Leone
Elenco – Rory Calhoun, Lea Massari, Georges Marchal, Conrado San Martim, Angel Aranda, Roberto Camardiel.

Dario (Rory Calhoun) é um herói militar grego que ao visitar seu tio na Ilha do Rodes é praticamente obrigado a escolher um lado no conflito entre os rebeldes liderados por Peliocles (Georges Marchal) e o exército do rei tirano Serse (Roberto Camardiel). 

Dario também se envolve com a bela Diala (Lea Massari), que é filha do criador da estátua conhecida como O Colosso de Rodes. 

Nos anos sessenta, o cinema italiano criou o gênero batizado como “western spaghetti” copiando os longas americanos, assim como fez o mesmo com os épicos. 

Entre os vários épicos italianos, este “O Colosso de Rodes” chama a atenção por ser o primeiro filme dirigido pelo grande Sergio Leone, que faria apenas mais seis filmes na carreira, todos clássicos absolutos. A única coisa que vale a sessão aqui é a curiosidade de conhecer o trabalho de Leone em um gênero diferente do western. 

O elenco recheado de canastrões, inclusive o protagonista americano Rory Calhoun, a narrativa arrastada e as cenas de batalha quase amadoras tornam as mais de duas horas de projeção extremamente cansativas. 

Se fosse apenas por este trabalho, Sergio Leone estaria esquecido. 

sábado, 3 de novembro de 2018

Tangerinas

Tangerinas (Mandariinid, Estônia / Geórgia, 2013) – Nota 8
Direção – Zaza Urushadze
Elenco – Lembit Ulfsak, Giorgi Nakashidze, Elmo Nuganen, Mikhail Meskhi, Raivo Trass.

Interior da Geórgia, 1992. Durante a Guerra Civil que assolou o país que buscava independência, os estonianos Ivo (Lembit Ulfask) e seu vizinho Margus (Elmo Nuganen) decidem ficar em suas casas ao invés de fugirem para a Estônia, como fez a maioria dos moradores da região. 

Margus deseja colher pela última vez as milhares de tangerinas que crescem em seu pomar, enquanto o idoso Ivo mantém uma relação sentimental com o local onde mora. 

Um conflito entre mercenários chechenos e soldados georgianos na estrada em frente a casa dos amigos resulta na morte de alguns homens. Dois inimigos acabam sobrevivendo feridos. O checheno Ahmed (Giorgi Nakashidze) e o georgiano Nika (Mikhail Meskhi) são resgatados por Ivo, que precisa mostrar força para mantê-los vivos e em paz. 

Este sensível longa acerta em cheio ao inserir um pouco de humanidade em meio a uma guerra. O protagonista tenta a todo custo colocar a vida acima do conflito, mesmo que nem sempre o resultado seja o melhor possível. 

O roteiro explora ainda a questão da ignorância dos soldados, que muitas vezes lutam acreditando em alguma mentira ou até mesmo por dinheiro. Os diálogos entre os dois sobreviventes do tiroteio deixam esta situação bem clara. Eles se odeiam mesmo sem saber exatamente o porquê. 

É um filme simples, de baixo orçamento e que vai direto ao ponto ao detalhar o absurdo da guerra.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Uma Noite Fora de Série & Uma Noite de Aventuras


Uma Noite Fora de Série (Date Night, EUA, 2010) – Nota 5,5
Direção – Shawn Levy
Elenco – Steve Carell, Tina Fey, Mark Wahlberg, Ray Liotta, Taraji P. Henson, Jimmi Simpson, Common, William Fichtner, Leighton Meester, J. B. Smoove, Kristen Wiig, Mark Ruffalo, James Franco, Mila Kunis, Bill Burr, Gal Gadot, Jon Bernthal, Ari Graynor.

Preocupados com a rotina do casamento e com a separação de um casal de amigos, Phil (Steve Carell) e Claire (Tina Fey) decidem curtir uma noite em Manhattan, começando por jantar em um famoso restaurante.

Um desencontro leva dois sujeitos (Jimmi Simpson e Common) a acreditarem que o casal está chantageando seu chefe, o mafioso Joe Miletto (Ray Liotta). O que seria uma noite de diversão para o casal, se torna uma corrida maluca para fugir dos bandidos.

O diretor explora a clássica trama dos inocentes perseguidos por bandidos, porém o roteiro cheio de furos e as sequências que não funcionam como ação e nem como comédia estragam o filme. Os vários coadjuvantes famosos que passam pela tela em sequências rápidas pouco se destacam.

O filme só não é pior por causa do casal principal. Os talentosos Steve Carell e Tina Fey demonstram uma ótima química e fazem o possível para melhorar o fraco roteiro.

É uma comédia que infelizmente fica muito abaixo do esperado.

Uma Noite de Aventuras (Adventures in Babysitting, EUA, 1987) – Nota 7
Direção – Chris Columbus
Elenco – Elizabeth Shue, Keith Coogan, Maia Brewton, Anthony Rapp, Penelope Ann Miller, Vincent D'Onofrio, Calvin Levels, George Newbern, Bradley Whitford, Ron Canada.

A jovem Chris (Elizabeth Shue) é dispensada pelo namorado e acaba aceitando trabalhar uma noite como babá de um casal de filhos dos vizinhos. Assim que começa “o trabalho”, Chris recebe a ligação de sua melhor amiga (Penelope Ann Miller), que fugiu de casa e ficou sem dinheiro. 

Para ajudar a amiga, Chris decide ir até o centro de Chicago levando a pequena Sara (Maia Brewton), seu irmão adolescente Brad (Keith Coogan) e o amigo deste chamado Daryl (Anthony Rapp). Assim que o pneu do carro que ela dirige fura no meio da estrada, começa uma verdadeira saga de loucuras noite adentro. 

Clássico adolescente dos anos oitenta, este longa é um dos vários trabalhos divertidos do diretor e roteirista Chris Columbus (“Esqueceram de Mim 1 e 2”). O filme segue o estilo de aventuras urbanas noturnas como “Depois de Horas” que Martin Scorsese filmou dois anos antes, porém com um estilo juvenil e um humor que beira o nonsense. 

A bela Elisabeth Shue segura bem o papel principal. Destaque ainda para a participação de Vincent D’Onofrio como um cara totalmente maluco. 

Boa diversão para os fãs das comédias dos anos oitenta.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Cidade Louca

Cidade Louca (Madtown, EUA, 2016) – Nota 7
Direção – Charles Moore
Elenco – Milo Ventimiglia, Rachel Melvin, Amanda Aday, John Billingsley, Bonita Friedericy, Matt Lockwood, Joshua Elijah Reese.

Na cena inicial, um jovem assustado (Milo Ventimiglia) entra no palco de um bar para se apresentar em um show de stand up. Ele diz que falará apenas a verdade e inicia contando sua vida. 

Em seguida, descobrimos em flashback que o jovem é o solitário Denny Briggs, que ao conseguir um emprego em uma lanchonete passa a fazer parte da família do casal de donos (John Billingsley e Bonita Friedericy), que trata os demais funcionários como filhos. 

Quando sua irmã (Amanda Aday) ganha liberdade após vinte anos de prisão, a vida de Denny vira de ponta de cabeça. Uma tragédia do passado liga os dois irmãos e volta a assombrar o pobre Denny. 

Esqueçam o título que lembra uma comédia, o grande acerto deste simpático e ao mesmo triste longa está na forma como são construídas as relações entre os personagens.

Por mais que as pessoas cresçam em famílias desajustadas, sempre existirá a chance na vida adulta de cada um escolher sua nova família através das amizades e das relações afetivas. 

O roteiro também acerta no desenvolvimento dos personagens, ao criar um passado para cada um deles. 

O resultado é uma agradável surpresa para quem gosta de drama sobre familia a relacionamentos.