Como a grande maioria dos diretores não tem o mesmo talento de Tarantino, este filão rendeu vários longas razoáveis e outros bem fracos.
Neste postagem comento rapidamente cinco exemplares deste gênero.
Fúria
Urbana (All the Rage, EUA, 1999) – Nota 6,5
Direção – James D. Stern
Elenco –
Joan Allen, Jeff Daniels, Andre Braugher, Robert Forster, Anna Paquin, David
Schwimmer, Giovanni Ribisi, Josh Brolin, Bokeem Woodbine, Gary Sinise.
A trama começa com um empresário (Jeff Daniels) matando seu
sócio que tinha um caso com sua esposa (Joan Allen). O assassino alega que
pensou estar atirando em um desconhecido que estaria invadindo sua casa. Seu
advogado (Andre Braugher) aceita o caso mesmo não acreditando na alegação do
sujeito. Um detetive (Robert Forster) tenta provar que foi um crime
premeditado, enquanto em paralelo, o advogado, que tem um romance com outro
homem (David Schwimmer), acaba por se envolver com uma garota rebelde (Anna
Paquin). Estes vários personagens terão suas vidas mudadas pela violência,
principalmente pela presença de armas para resolver as desavenças. Apesar de
irregular, a trama prende a atenção por passar a ideia de que qualquer pessoa
com uma arma na mão pode ser tornar um assassino. O bom elenco também é destaque.
Contrato de Risco (2 Days in the Valley, EUA,
1996) – Nota 6
Direção – John Herzfeld
Elenco – Danny Aiello, Jeff Daniels, James
Spader, Eric Stoltz, Glenne Headly, Greg Crutwell, Paul Mazursky, Marsha Mason,
Teri Hatcher, Peter Horton, Keith Carradine, Charlize Theron, Louise Fletcher,
Austin Pendleton.
Durante dois dias, vários personagens se cruzam
em Los Angeles. Tudo começa com uma dupla de assassinos (Danny Aiello e Jeff
Daniels) se preparando para um serviço. Durante a fuga, um deles toma como
reféns um comerciante de artes (Greg Crutwell) e sua assistente (Glenne
Headly). O crime passa a ser investigado
por um detetive corrupto (Keith Carradine). Some a estes personagens um diretor
de tv suicida (James Spader) e duas mulheres voluptuosas (Charlize Theron e
Teri Hatcher) para completar a rocambolesca trama. As várias situações
inusitadas que surgem nestes dois dias, abusam do humor negro e de diálogos
engraçadinhos, inclusive com uma patética sequência em que o veterano Danny Aiello mostra que usa peruca. O destaque é o elenco cheio de rostos conhecidos.
Flypaper (Flypaper,
EUA, 1999) – Nota 5
Direção – Klaus Hoch
Elenco –
Craig Sheffer, Robert Loggia, Sadie Frost, John C. McGinley, Illeana Douglas,
Talisa Soto, Sal Lopez, Shane Brolly, Lucy Alexis Liu, James Wilder, Jeffrey
Jones, Julie White.
Na Califórnia, um veterano empresário (Robert Loggia) segue
para um motel de beira de estrada para tentar ajudar a filha (Sadie Frost) a
largar o vício em drogas e afastá-la do violento namorado (Craig Sheffer), que
também tem interesse no dinheiro do sujeito. No mesmo local, outro homem (John
C. McGinley) trai a noiva (Illeana Douglas) com uma jovem (Talisa Soto). Outros
personagens (Lucy Liu, Shane Brolly) que vagam pelo local também tentam ganhar
algum dinheiro com a situação. O destino destes personagens se cruza numa trama
de violência, mentiras e traições. Um roteiro cheio de furos, diálogos
constrangedores e muita violência dão o tom deste longa com cara de filme B.
Vale destacar negativamente o canastrão Craig Sheffer como protagonista.
Efeito Zero
(Zero Effect, EUA, 1998) – Nota 5,5
Direção –
Jake Kasdan
Elenco –
Bill Pullman, Ben Stiller, Ryan O’Neal, Kim Dickens, Angela Featherstone
O famoso
detetive particular Dary Zero (Bill Pullman) e seu assistente Steve Arlo (Ben
Stiller) são contratados por um milionário (Ryan O’Neal) para descobrir quem o
está chantageando. Durante a investigação, o excêntrico Zero se envolve com uma
misteriosa mulher (Kim Dickens). Por mais que o personagem do detetive pareça
interessante a princípio, tudo se perde no fraco roteiro, na narrativa em que
pouca coisa acontece e nos diálogos enfadonhos. A falta de carisma de Bill
Pullman também não ajuda. O filme marcou
a estreia na direção de Jake Kasdan, filho de Lawrence Kasdan. Este é um caso
de filho que não conseguiu superar o pai em talento. Como informação, este é um
dos poucos trabalhos de Ryan O’Neal para o cinema nos últimos vinte anos. O’Neal
foi um dos grandes astros de Hollywood nos anos setenta, até sua carreira
entrar em declínio nos anos oitenta e hoje ser um ator praticamente esquecido.
Contragolpe
(Thick as Thieves, EUA, 1999) – Nota 5
Direção –
Scott Sanders
Elenco –
Alec Baldwin, Andre Braugher, Michael Jai White, Rebecca DeMornay, Bruce
Greenwood, Robert Miano, Janeane Garofalo, Richard Edson, Khandi Alexander,
Ricky Harris.
Um
experiente ladrão (Alec Baldwin) é contratado por um mafioso para cometer um
roubo. Após fazer o serviço, o chefão decide enviar seus capangas para matar o
ladrão, ao mesmo tempo em que o crime é investigado por uma obstinada policial
(Rebecca DeMornay). Reviravoltas, violência e diálogos vazios são os pontos
principais do roteiro que tenta transformar o filme em cult, mas que terminam por entregar uma obra fraca. É mais um exemplo de bom elenco desperdiçado.
2 comentários:
eu gosto muito do tarantino. beijos, pedrita
Pedrita - Tb gosto dos filmes de Tarantino, mas estas cópias são em sua maioria fracas.
Bjos
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