quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Lenhador

O Lenhador (The Woodsman, EUA, 2004) – Nota 8
Direção – Nicole Kassell
Elenco – Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, Mos Def, Benjamin Bratt, Eve, David Alan Grier, Michael Shannon, Carlos Leon, Kevin Rice, Hannah Pilkes.

O pedófilo Walter (Kevin Bacon) deixa a prisão após cumprir doze anos e começa a enfrentar toda a dificuldade em voltar a sociedade e lutar contra seus demônios internos. Indo trabalhar em uma empresa de madeiras e com apenas seu chefe (David Alan Grier) sabendo do seu passado, ele desperta a curiosidade de duas funcionárias, a durona Vicki (Kyra Sedgwick) e a falsa e curiosa Mary Kay (Eve). Além disso ele precisa passar por sessões de terapia com um psiquiatra (Michael Shannon) e atender sempre ao sargento Lucas (Mos Def), que o vigia esperando que ele volte a cometer um crime. Com sua família afastada, a única pessoa que o procura é o cunhado (Benjamin Bratt), mas este sempre estando na defensiva, sem querer se aproximar muito.

Acredito ser este o primeiro filme que toca fundo na questão da pedofilia sem apelar para clichês e tenta fazer o espectador pensar na questão de uma outra forma. A interpretação de Kevin Bacon como o sujeito atormentado com seus erros, que tenta levar uma vida normal mas sabe que não é uma pessoa comum, é comovente e com certeza é a melhor atuação de sua carreira, apesar de ter feito bons papéis em “Sobre Meninos e Lobos” e “Garotas Selvagens”, aqui ele acerta em cheio num papel que poucos atores aceitariam.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Valente & Angel - O Anjo da Vingança









Valente (The Brave One, EUA / Austrália, 2007) – Nota 7
Direção – Neil Jordan
Elenco – Jodie Foster, Terrence Howard, Naveen Andrews, Nicky Katt, Mary Steenburgen, Jane Adams, Carmen Ejogo, Lenny Venito.

Angel – O Anjo da Vingança (Angel ou Danny Boy, Irlanda / Inglaterra, 1982) – Nota 6,5
Direção – Neil Jordan
Elenco – Stephen Rea, Marie Kean, Ray McAnally, Donal McCann.

O diretor irlandês Neil Jordan ("Entrevista com o Vampiro" e "Michael Collins") num intervalo de 25 anos fez dois filmes em países diferentes com temáticas extremamente parecidas: A vingança pelas próprias mãos.

Em "Valente", a locutora de rádio Erica Bain (Jodie Foster) apresenta um calmo programa e está noiva do médico David Kirmani (Naveen Andrews, o Said de “Lost”), mas sua vida vira de ponta cabeça quando eles são brutalmente atacados no Central Park. Após se recuperar fisicamente, Erica tenta voltar a vida mas psicologicamente está abalada. Com medo, ela resolve comprar uma arma para se defender e o acaso acaba a transformando numa espécie de vigilante, que sai a noite para caçar bandidos e tentar saciar sua sede de vingança. Ao mesmo tempo ela se aproxima do detetive Mercer (Terrence Howard), que acredita ser o justiceiro um homem.

Interessante mistura de drama com suspense e policial, que mostra Jodie Foster interpretando com competência um inusitado papel de vingadora e tenta discutir se em alguns casos a vingança seria o único caminho.

O diretor Neil Jordan estreou no cinema com o longa "Angel", tendo como personagem principal o saxofonista Danny (Stephen Rea), que testemunha o assassinato do empresário de sua banda e de uma garota surda-muda. Traumatizado, ele apaga boa parte das cenas do crime de sua memória e a única coisa que lembra são as botas ortopédicas usadas pelo assassino. Percebendo que a polícia não encontrará o criminoso e atormentado pelo ocorrido, Danny resolve procurar por conta própria o assassino e se torna um vigilante.

Além da estréia de Jordan, outro destaque do longa é a interpretação de Stephen Rea como o atormentado saxofonista.

sábado, 26 de setembro de 2009

Os Simpsons - O Filme

Os Simpsons – O Filme (The Simpsons Movie, EUA, 2007) – Nota 7,5
Direção – David Silverman
Elenco – Vozes de Dan Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright, Yeardley Smith, Hank Azaria, Harry Shearer, Pamela Hayden, Tress MacNeille, Albert Brooks, Karl Wiedergott, Marcia Wallace, Tom Hanks.

Depois de quase vinte temporadas na tv, os produtores resolveram levar “Os Simpsons” ao cinema e mesmo não sendo um grande filme, foi mantido o bom nível da série e as boas piadas.

Como em todos os episódios, o início é apenas o estopim para uma história completamente diferente. Aqui Homer começa adotando um porco, que por sinal rende boas piadas, o que causa inveja em Bart e por conseqüência um desastre ambiental faz o governo intervir na cidade, sendo Homer o culpado.

A transposição para o cinema ficou legal como já escrevi, sendo nada mais que um episódio esticado, mas na minha opinião faltou um pouco mais da participação dos coadjuvantes, que são tão engraçados como a família principal, vemos pouco o palhaço Krusty, o magnata Sr. Burns e o puxa-saco Smithers e praticamente nada do diretor Skinner e dos personagens do colégio, todos estes poderiam ter sido mais bem explorados e agradado um pouco mais aos fãs da série.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Fraude & Uma Jogada de Milhões










A Fraude (Rogue Trader, Inglaterra, 1998) – Nota 7
Direção – James Dearden
Elenco – Ewan McGregor, Anna Friel, Yver Beneyton, Betsy Brantley, Nigel Lindsay, Simon Shepherd, Tim McInnerny, John Standing.

Uma Jogada de Milhões (Dealers, Inglaterra, 1989) – Nota 6
Direção – Colin Bucsey
Elenco – Paul McGann, Rebecca DeMornay, Derrick O’Connor, John Castle, Paul Guilfoyle, Rosalind Bennett, Adrian Dunbar.

Este dois longas britânicos se passam no mundo dos investimentos financeiros, onde muito dinheiro está em jogo, além personagem com egos inflados, ganância e desonestidade.

Em "A Fraude", Nick Leeson (Ewan McGregor) é um ambicioso escriturário do Banco Barings em Londres, que recebe uma oportunidade para trabalhar em Jacarta na Indonésia, onde resolve um problema e ganha como prêmio a chance de ser corretor em Cinpagura. Chegando lá ele consegue ganhar muito dinheiro na bolsa de valores logo de início, se tornando famoso dentro do banco e ganhando passe livre para outros investimentos. Em seguida ele conhece e se casa com Lisa (Ana Friel) com quem vive com um alto padrão de vida, porém seu sucesso financeiro está ligado a criação de uma conta fantasma onde ele contabiliza as perdas e cria ainda um investidor falso para manter as aparências do seu castelo de cartas.

O filme é baseado na história real do investidor britânico que levou o secular Banco Barings à falencia na década de noventa e aqui é interpretado por McGregor com toda a ganância e cara de pau que o personagem real deve ter.

Já o longa "Uma Jogada de Milhões" se passa na sucursal londrina de um grande banco americano, um operador da bolsa se mata após perder 100 milhões em uma aplicação. No auge da crise, o jovem Daniel Pascoe (Paul McGann) acredita ser ele a pessoa certa para substituir o investidor, porém fica supreso ao descobrir que o banco está trazendo para o lugar vago uma americana (Rebecca De Mornay), o que dará início a uma disputa entre os dois.

Razoável drama que tenta mostrar os bastidores e a disputa entre os operadores que trabalham em bolsa de valores e como eles esperam a jogada certa para ganhar milhões

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Edifício Master

Edifício Master (Brasil, 2002) – Nota 7,5
Direção – Eduardo Coutinho
Documentário

O diretor Eduardo Coutinho e sua equipe resolveram filmar a vida de diversos moradores do Edifício Master em Copacabana, que por muito tempo foi ponto de prostituição mas acabou sendo salvo por alguns moradores e se transformou em moradia de pessoas de classe média baixa e são estas pessoas os protagonistas deste documentário. Sendo convidado a visitar diversos apartamentos, o diretor conseguiu extrair dos moradores histórias sinceras sobre suas vidas, seus sonhos e a realidade em que vivem.

Praticamente todos os entrevistados abrem seus corações para câmera e contam histórias alegres, curiosas e tristes, muitas recheadas de saudade e outras de dor. São várias as pessoas a se destacar, como o veterano ator Fernando José que trabalhou em filmes e novelas e conta como ficou surdo de um dos ouvidos após uma falha do sonoplasta em um filme, o polêmico técnico de futebol Paulo Mata, que certa vez abaixou as calças em pleno Maracanã e acabou praticamente banido do futebol, a jovem quase adolescente que se prostitui e acha normal ou o idoso que viveu nos EUA por muitos anos, conheceu Frank Sinatra e resolve cantar emocionadamente “My Way”, entre tantas outras vidas que nos são apresentadas e nos fazem ver com clareza que a história de cada pessoa é praticamente um filme, com um roteiro cheia de alegrias, tristezas e surpresas.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A. I. - Inteligência Artificial

A. I. ­– Inteligência Artificial (Artificial Intelligence: AI, EUA, 2001) – Nota 6,5
Direção – Steven Spielberg
Elenco – Haley Joel Osment, William Hurt, Frances O’Connor, Jude Law, Sam Robards, Jake Thomas, Ken Leung, Clark Gregg, Brendan Gleeson, Enrico Colantoni, Ashley Scott, Kathryn Morris.

Num futuro não tão distante, um casal (Sam Robards e Frances O’Connor) adota uma criança robô (Haley Joel Osment) em virtude do filho verdadeiro estar em coma. Após algum tempo o garoto acorda do coma retornando para casa e iniciando uma pequena batalha para ser livrar da criança robô, até que acaba conseguindo. Descartado como um produto defeituoso, o pequeno robô seria destruído, porém consegue fugir junto com um robô garoto de programa (Jude Law) e inicia uma jornada em busca do seu criador (William Hurt), com o desejo de se tornar humano.

Esta fábula que lembra o clássico “Pinóquio”, foi um projeto de Stanley Kubrick por vinte anos, porém sua morte acabou deixando o história cair nas mãos de Spielberg, que cria uma primeira metade muito boa, mostrando com qualidade o drama do casal na convivência com a criança robô e a dor da mãe em descarta-lo, porém o filme vai caindo de ritmo e chega a uma meia-hora final tendo a intenção de emocionar, mas que exagera no sentimentalismo.

Como destaque é a grande atuação do garoto Haley Joel Osment, que confirma seu talento apresentado em “O Sexto Sentido”. Agora é esperar para conferir a carreira de Osment já adulto.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Busca Implacável

Busca Implacável (Taken, França, 2008) – Nota 7,5 Direção – Pierre Morel Elenco – Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen, Leland Orser, Xander Berkeley, Jon Gries, David Warshofsky, Katie Cassidy. O ex-agente do governo Bryan Mills (Liam Neeson) se aposentou para ficar perto da filha Kim (Maggie Grace), que mora com sua ex-esposa (Famke Janssen), hoje casada com um milionário (Xander Berkeley). Tentando se aproximar mais da filha, ele com muita relutância aceita assinar uma autorização para a garota viajar a França com um amiga. Sendo taxado de paranóico pela ex-esposa, ele deixa um celular com a filha e através dele ouve a garota sendo sequestrada por homens do leste europeu. A partir daí ele põe em prática tudo o que aprendeu como agente e vai a Europa para resgata-la, mas para isso terá de enfrentar uma grande quantidade de bandidos pelo caminho. Este filme de ação cheio de pancadaria tem a mão no roteiro e na produção do mais americano dos diretores franceses, Luc Besson. Apesar da direção ser de Pierre Morel, que vem de funções técnicas em outros filmes produzidos por Besson, o filme tem a cara do diretor de “Subway” e “O Quinto Elemento”. Outro detalhe interessante é colocar Liam Neeson aos 56 anos, que há muito tempo vem sendo apenas o mentor do herói em filmes de ação, para protagonizar esta obra que bebe na fonte da Trilogia Bourne e faz lembrar da época em Neeson protagonizou o filme épico “Rob Roy” e mostrou que era muito bom nas cenas de ação. Aqui nesta nova produção ele confirma seu talento, que apesar dos furos no roteiro, não deixa de ser um bom filme de ação.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Telefilmes - Revival de Seriados

Desta vez vou comentar sobre três seriados antigos que fizeram muito sucesso na época e depois de algum tempo os realizadores e envolvidos tentaram ressuscita-las em longas feitos para a TV, mas sem chegar parte do brilho da série original.

Jeannie é um Gênio – Quinze Anos Depois (I Dream of Jeannie: 15 Years Later, EUA, 1985) – Nota 5
Direção – William Asher
Elenco – Barbara Eden, Wayne Rodgers, Bill Daily, Mackenzie Astin, John Bennett Perry, Nicole Eggert.

Aqui as 51 anos, Barbara Eden tentou reviver o sucesso da série “Jeannie é um Gênio” neste telefilme que nada acrescenta. Agora casada com o hoje Coronel Nelson (Wayne Rodgers substituindo Larry Hagman), assim que o marido aceita participar de uma missão espacial, Jeannie resolve trabalhar fora de casa e apronta várias confusões. É um grande exemplo de atriz que ficou marcada pelo papel e nunca mais conseguiu sucesso fora do seriado.

O Julgamento do Incrível Hulk (The Trial of The Incredible Hulk, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Bill Bixby
Elenco – Bill Bixby, Lou Ferrigno, John Rhys Davies, Rex Smith, Marta DuBois, Nancy Everhard.

A série Hulk fez sucesso entere 1978 e 1983 e seu protagonista Bill Bixby não conseguindo decolar a carreira fora da série, tentou reviver o personagem em três telefimes: “O Retorno”, “O Julgamento” e a “Morte do Incrível Hulk”. Em “O Retorno” o personagem Hulk faz parceria com Thor, o Deus do Trovão, em “O Julgamento” ele tem ajuda de um estranho personagem que lembra “O Demolidor”, vivido pelo ator Rex Smith e com um uniforme preto colante,ele mais parece um ninja e juntos precisam salvar a mocinha das garras de um chefão do crime interpretado por John Rhys Davies, isso mesmo, o Gimli de “Senhor do Anéis” e ator de tantos outros filmes. Bixby encerraria a saga no ano seguinte com “A Morte do Incrível Hulk” e ele mesmo faleceria em 1993.

Batman e Robin, a Dupla Dinâmica (Batman, EUA, 1966) – Nota 6
Direção – Leslie H. Martinson
Elenco – Adam West, Burt Ward, Lee Meriwether, Cesar Romero, Burgess Meredith, Frank Gorshin, Alan Napier.

Este longa foi produzida entre a primeira e a segunda temporada da série que fez sucesso na década de sessenta. Totamente trash, o longa reune quatro vilões clássicos: Mulher-Gato (Lee Meriwether), Coringa (Cesar Romero), Pinguim (Burgess Meredith) e Charada (Frank Gorshin) que juntos tem o plano de dominar o mundo, mas são impedidos por Batman (Adam West) e Robin (Burt Ward). Quem assistiu a série em algumas das centenas de reprises na tv e gostou, também vai gostar do longa, que diverte os fãs com as brigas que lembram luta-livre e os diálogos que chegam a ser engraçados de tão ridículos.

domingo, 20 de setembro de 2009

O Centro do Mundo

O Centro do Mundo (The Center of the World, EUA, 2001) – Nota 6
Direção – Wayne Wang
Elenco – Molly Parker, Peter Sarsgaard, Carla Gugino, Balthazar Getty, Pat Morita.

Um casal, Richard e Florence (Peter Sarsgaard e Molly Parker), chega a um luxuoso hotel em Las Vegas e logo de cara o carregador de malas explica que não é necessário viajar muito para conhecer o mundo, pois em Las Vegas existem a “Torre Eiffel” e “Veneza”, entre outras cópias de lugares famosos e seus monumentos. Esta é a primeira das três explicações sobre o que seria “O Centro do Mundo”, as outras duas serão as opiniões de Peter e de Florence e mostrará como eles tem visões diferentes do mundo.

Após a explicação do carregador percebemos que aquele não é um casal comum e em flashbacks descobriremos que Richard é um jovem que ficou milionário com a Internet e Florence é bateirista de uma banda que quer fazer sucesso e enquanto isso não acontece ela trabalha como stripper. O passeio do casal é na verdade um contrato entre os dois, onde ficou acertado que não haveria sentimentos e sim limitações quanto ao sexo, mas como todo ser humano é complicado, as coisas não correrão como o esperado.

Este diferente drama dirigido pelo chinês Wang, tenta com estilo mas sem grande profundidade, mostrar como a solidão é algo comum nos dias atuais e aflige pessoas de todos os níveis, além de deixar claro que o dinheiro pode comprar companhia, mas não amor e sentimento.

sábado, 19 de setembro de 2009

Ivanhoé, o Vingador do Rei

Ivanhoé, o Vingador do Rei (Ivanhoe, EUA, 1952) – Nota 7
Direção – Richard Thorpe
Elenco – Robert Taylor, Joan Fontaine, Elizabeth Taylor, Joan Fontaine, George Sanders, Norman Wolland.

Épico que nos anos oitenta passou dezenas de vezes na sessão da tarde, tem o galã da época e hoje esquecido Robert Taylor como o herói Ivanhoé, que durante as cruzadas precisa resgatar o rei Ricardo Coração de Leão (Norman Wolland) que está preso, para não deixar o Príncipe John tomar o poder na Inglaterra. Além disso ele está dividido entre duas mulheres, uma nobre (Joan Fontaine) e uma judia (Elizabeth Taylor muito jovem ainda).

Este drama de ação estilo capa e espada fez muito sucesso na época e hoje vale como registro de um gênero que as vezes é revisitado pelo cinema.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Silêncio do Lago (1988 e 1993)









O Silêncio do Lago (Spoorloos, Holanda / França, 1988) – Nota 9
Direção – George Sluizer
Elenco – Bernard Pierre Donadieu, Gene Bervoets, Johanna Ter Steege, Gwen Eckhaus.

O Silêncio do Lago (The Vanishing, EUA, 1993) – Nota 7
Direção – George Sluizer
Elenco – Jeff Bridges, Kiefer Sutherland, Nancy Travis, Sandra Bullock, Park Overall, Lisa Eichhorn, Maggie Linderman.

Hollywood sempre gostou de copiar sucessos de outros países e na maioria das vezes com perda de qualidade. Estes filmes que estou postando são um exemplo claro disso, que apesar de não ser um desastre, a refilmagem americana é inferior, mesmo tendo sido dirigida pelo diretor do original. Por sinal, o original eu recomendo a todos que gostam de um bom suspense e tenham nervos fortes para o aterrador final.

O longa original começa num final de semana quando um casal alemão (Gene Bervoets e Johanna Ter Steege) em viagem pela Europa, param num posto de gasolina e enquanto o namorado entra na loja de conveniências para fazer compras, a namorada some sem deixar pistas. O desespero do rapaz faz com continue procurando a jovem por três anos, até que as pistas o levam a um homem (Bernard Pierre Donadieu) que pode ser o raptor, dando início a um intrincado jogo que levará a um final surpreendente e assustador.

O personagem de Donadieu é um dos vilões mais sinistros que já apareceram no cinema, ao mesmo tempo que leva uma vida comum com sua família e um emprego estável, podendo se nosso vizinho, esconde um terrível lado psicopata.

A refilmagem foi dirigida pelo próprio francês Sluizer, sendo interessante porém perdendo a força para quem assistiu ao original, principalmente pela mudança no final da história. O restante da trama é idêntica ao original, com um casal (Kiefer Sutherland e Sandra Bullock) parando num posto de gasolina e enquanto ele faz compras a namorada some. Obcecado, ele continua procurando a namorada por três anos, até que encontra um sinistro sujeito (Jeff Bridges) que pode ser o sequestrador da garota.

Com certeza Sluizer foi obrigado a mudar o final para agradar o público americano, o que resultou em um bom suspense mas longe do clima assustador do original.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pânico no Lago

Pânico no Lago (Lake Placid, EUA, 1999) – Nota 6,5
Direção – Steve Miner
Elenco – Bill Pullman, Bridget Fonda, Oliver Platt, Brendan Gleeson, Betty White, Meredith Salenger, Adam Arkin, Mariska Hargitay.

Num lago de águas calmas em uma pequena cidade do Estado do Maine, um mergulhador é devorado por um animal indefinido, com isso o xerife Hank (Brendan Gleeson) resolve pedir ajuda e recebe apoio do policial ambiental Jack Wells (Bill Pullman), além de receber a visita indesejada da paleontóloga Kelly Scott (Bridget Fonda) e do excêntrico especialista em crocodilos Hector Cir (Oliver Platt), que acredita ser o predador um crocodilo gigante.

Esta história tem toda a cara de um produção B, inclusive tendo no comando o diretor Steve Miner que fez “Sexta-Feira 13 partes II e II” e “A Casa do Espanto”, mas se revela um bom divertimento sem compromisso, com cenas legais de ação e um crocodilo que parece de verdade, criado pelo falecido mestre dos efeitos especiais Stan Winston. O roteiro é cheio de furos e com alguns diálogos que chegam a ser engraçados, além disso o elenco parece estar se divertindo nesta brincadeira.

Como curiosidade, o roteiro foi escrito por David E. Kelley que criou séries de sucesso como “Picket Fences”, “Ally McBeal” e “Chicago Hope”.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Matador de Aluguel - O Adeus a Patrick Swayze

Matador de Aluguel (Road House, EUA, 1989) – Nota 7
Direção – Rowdy Herrington
Elenco – Patrick Swayze, Ben Gazzara, Kelly Lynch, Sam Elliott, Marshall Teague, Kevin Tighe.

Pensei muito em que filme postar para homenagear Patrick Swayze e queria fugir dos básicos "Ghost" e "Dirty Dancing", este que por sinal ainda não assisti. Pensei em "Donnie Darko" onde ele faz um pequeno mas importante papel, porém já postei sobre este filme. Então vasculhando no restante do que assisti do ator, me lembrei deste filme de ação menor, mas extremamente divertido com diversas cenas de brigas e onde Swayze bota para quebrar.

A história tem no papel principal James Dalton (Patrick Swayze), sujeito formado em filosofia, porém ao invés de lecionar se tornou um famoso segurança. Em virtude de sua fama, ele é contratado para trabalhar em uma pequena cidade pelo dono de uma boate (Kevin Tighe) que tem o objetivo de acabar com as brigas no local e o transformar num ambiente melhor.

Logo na chegada Dalton precisa enfrentar arruaceiros e acaba ferido. Sendo tratado por uma bela médica (Kelly Lynch), com quem logo se envolve e desperta a ira do sujeito rico que se acha o dono da cidade (o veterano Ben Gazzara) e que deseja ficar com a médica a qualquer custo, com a ajuda de seus capangas. Este é um início de um incrível festival de pancadaria.

O filme tem a cara dos anos oitenta, com o herói solitário lutando contra um dezena de bandidos e aqui tendo a seu favor o roteiro que não se leva a sério, como por exemplo o herói carregando um mapa de seu corpo com todos os locais que ele já fraturou marcados e incluindo ainda cenas quentes entre Swayze e Kelly Lynch, além do outrora famoso Ben Gazzara fazendo um vilão extremamente canastrão.

Típica diversão sem compromisso que serve como homenagem de despedida para Patrick Swayze.

domingo, 13 de setembro de 2009

A Trégua

A Trégua (The Truce ou La Tregua, Itália / França / Rússia / Suiça, 1997) – Nota 6,5
Direção – Francesco Rosi
Elenco – John Turturro, Rade Sherbedgia, Massimo Ghini, Stefano Dionisi, Teco Celio, Andy Luotto.

Este drama ambientado na 2º Guerra Mundial tem como tema uma questão pouco explorada pelo cinema, mostra a difícil volta para casa dos sobreviventes do Holocausto, mas não a readaptação e sim a distância a percorrer por aquelas pessoas destruídas física e emocionalmente.

O longa é baseado na obra do italiano de origem judaica Primo Levi, que sobreviveu a Auschwitz e escreveu suas memórias sobre como conseguiu voltar para a Itália.

O filme começa quando os nazistas estão fugindo de Auschwitz em virtude da derrota que está próxima e em seguida os sobreviventes são libertados pelos soldados russos. Entre os sobreviventes está Primo (John Turturro) que a príncipio resolve tentar voltar a Itália junto com um grego esperto (Rade Sherbedgia), mas pelo caminho Primo acaba sendo levado pelo soldados russos para um campo de refugiados de diversos etnias e a partir daí inicia uma epopéia por quase toda a Europa até chegar em casa.

O roteiro não se aprofunda no sofrimento vivido pelo protagonista antes da libertação, mostrando apenas a dificuldade da volta pra casa como sendo um alívio e a descoberta de uma nova vida para ele e o grupo que o acompanha na viagem.

Apesar do bom desempenho de Turturro, como o sujeito de grande força interior e poucas palavras, quem rouba o filme é o croata Rade Sherbedgia no papel do grego que se mostra extremamente inteligente e quem tem como grande objetivo de vida, a liberdade.

Provavelmente por causa do mercado americano e de Turturro no papel principal, todos os personagens falam a língua de seu país de origem, exceto os italianos que falam em inglês.

Outro detalhe é o croata Sherbedgia que aqui e em outros filmes feitos na Europa assina com seu sobrenome de batismo, Serbedzija.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Primeiro Dia

O Primeiro Dia (Brasil, 1998) – Nota 7
Direção – Walter Salles & Daniela Thomas
Elenco – Fernanda Torres, Luiz Carlos Vasconcelos, Matheus Nachtergaele, Nelson Sargento, Tonico Pereira, Carlos Vereza, Nelson Dantas, José Dumont.

Na virada do milênio alguns personagens desesperados se cruzam na cidade do Rio de Janeiro. Em um presídio, João (Luiz Carlos Vasconcelos) tem a fuga planejada pelos carcereiros para em troca assassinar o dedo-duro Francisco (Matheus Nachtergaele), que tenta se aproximar da ex-mulher e do filho pequeno e usar o dinheiro ganho da polícia para fazer um agrado à criança. Ao mesmo tempo a jovem Maria (Fernanda Torres) acorda desesperada quando seu companheiro Pedro (Carlos Vereza) desaparece e deixa um bilhete dizendo que estava mudando sua vida. A busca de Maria e a fuga de João os farão se cruzar na noite da virada do milênio, num clima de desespero e esperança em uma nova vida.

Este interessante drama de Walter Salles utiliza o clima de renovação normal em qualquer final de ano, mas que estava exarcebado na virada do milênio, para contar estas pequenas histórias de pessoas que são obrigadas a mudar de vida.

Destaque para os personagens todos com nomes bíblicos e a participação do sambista Nelson Sargento como um presidiário que amaldiçoa a virada do milênio.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Rainha

A Rainha (The Queen, Inglaterra, 2006) – Nota 7,5
Direção – Stpehen Frears
Elenco – Helen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell, Alex Jennings, Sylvia Syms, Helen McCrory, Roger Allam.

O competente diretor Stephen Frears nos apresenta a sua versão a respeito das atitudes da família real inglesa logo após o acidente que vitimou a Princesa Diana em Paris.

O filme começa na semana em que o progressista Tony Blair (Michael Sheen) é eleito para ser o Primeiro-Ministro da Inglaterra e em seguida precisa se encontrar com a Rainha Elizabeth (Helen Mirren), conforme manda a tradição do país, para pedir uma espécie de benção e ali já percebemos as diferenças entre os dois e principalmente a clara posição da esposa de Blair (Helen McCrory) contra a monarquia.

A história pula algumas meses até o acidente com a Princesa e aí começam os problemas para a família real. Eles estão de férias em sua casa de campo quando são avisados do acontecido e percebemos que o Príncipe Charles (Alex Jennings) é o único que demonstra algum sentimento, já que a Rainha parece perdida e principalmente seu marido, o Príncipe Philip (James Cromwell) mostra indiferença com a morte da ex-nora e resolve levar os netos para caçar, dizendo ser um boa terapia para eles. Ficando sem se manifestar por vários dias, a família real vira alvo de críticas dos jornais e da população, fazendo com que o Primeiro-Ministro Blair tente apaziguar a situação em um contato direto com o povo e acabe sendo aclamado pela população.

É interessante ver a reação da família real diante da tragédia e perceber que apesar de viveram em um mundo fora da realidade, eles são humanos, com defeitos e qualidades que vem a tona naturalmente.

Um bom drama que apesar de apenas pouco mais de dez anos do acidente, hoje já pode ser considerado um registro histórico.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Irma La Douce

Irma La Douce (Irma La Douce, EUA, 1963) – Nota 7,5
Direção – Billy Wilder
Elenco – Shirley MacLaine, Jack Lemmon, Lou Jacobi, Herschel Bernardi, Bill Bixby.

Em Paris, a prostituta Irma La Douce (Shirler MacLaine) trabalha em um quarteirão junto com outras colegas e paga uma “taxa” para os policiais deixa-las em paz. Tudo muda quando o policial novato e honesto Nestor Patou (Jack Lemmon) passar a trabalhar na área, porém sua honestidade o faz entrar em conflito com os outros policiais e ele acaba perdendo o emprego e tendo de trabalhar como cafetão de Irma, por quem se apaixona, mas tendo medo de assumir o sentimento.

Esta comédia é uma boas parcerias entre os grandes Billy Wilder e Jack Lemmon, que fizeram filmes como o clássico “Quanto Mais Quente Melhor” e “Se Meu Apartamento Falasse”, este também Shirley MacLaine fazendo o par com Lemmon.

As comédias de Billy Wilder eram engraçadas sem apelar, mas sempre com um toque de picardia e pitadas de sexo nos diálogos espertos. Wilder deixou ainda outros clássicos como “Crepúsculo dos Deuses” e “Inferno nº 17”, resumindo, todos os seus filmes merecem uma conferida.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Saneamento Básico, o Filme

Saneamento Básico, o Filme (Brasil, 2007) – Nota 7,5
Direção – Jorge Furtado
Elenco – Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcio, Janaína Kremer, Lázaro Ramos, Tonico Pereira.

Numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, Marina (Fernanda Torres) reúne alguns moradores, entre eles seu marido Joaquim (Wagner Moura) e seu pai Otaviano (Paulo José) para solicitar à Prefeitura a construção de uma fossa para que o lixo não mais seja despejado em um pequeno riacho. Na hora de entregar a solicitação eles recebem a informação de que não existe verba para a obra e sim um valor disponível como premiação para um vídeo de ficção. Sem saber nada sobre filmar, Marina resolve produzir o vídeo com ajuda da irmã Silene (Camila Pitanga) e o namorado Fabrício (Bruno Garcia), começando uma série de pequenas confusões e engraçadas cenas de filmagem, que lembram os “clássicos” de Ed Wood, sem deixar de lado a crítica aos governantes que pouco fazem pela população.

Um dos pontos positivos é o ótimo elenco, que conta ainda com Lázaro Ramos no papel do montador de vídeos metido a cineasta e Tonico Pereira como um italiano que pretende fazer a obra no riacho.

domingo, 6 de setembro de 2009

Hitman - Assassino 47

Hitman – Assassino 47 (Hitman, EUA/França, 2007) – Nota 7
Direção – Xavier Gens
Elenco – Timothy Olyphant, Dougray Scott, Olga Kurylenko, Robert Knepper, Ulrich Thomsen, Henry Ian Cusick, Michael Offei.

Uma organização envia um assassino (Timothy Olyphant) para matar o primeiro-ministro russo (Ulrich Thomsen), porém o assassinato esconde uma conspiração ainda maior, que irá envolver um obstinado agente da Interpol (Dougray Scott) e uma prostituta (Olga Kurylenko).

Baseado em um game, este filme policial é interessante ao misturar um trama política com boas cenas de ação e mostrar um organização criminosa especializada em criar assassinos frios, como o 47 vivido por Timothy Olyphant, mas deixando no ar também que por mais frio que a pessoa seja, sempre vai existir o sentimento.

Como ponto fraco vejo apenas a interpretação apática de Dougray Scott como o perseguidor do assassino.

sábado, 5 de setembro de 2009

Uma Turma do Barulho & Barbeiragem Total

Uma Turma do Barulho (Barbershop, EUA, 2002) – Nota 7
Direção – Tim Story
Elenco – Ice Cube, Anthony Anderson, Cedric The Entertainer, Sean Patrick Thomas, Eve, Troy Garity, Michael Ealy, Leonard Earl Howze, Keith David, Jazsmin Lewis, Tom Wright, DeRay Davis, Carl Wright.

Barbeiragem Total (Barbershop 2: Back in Business, EUA, 2004) – Nota 6,5
Direção – Tim Story
Elenco – Ice Cube, Cedric The Entertainer, Sean Patrick Thomas, Eve, Troy Garity, Michael Ealy, Leonard Earl Howze, Harry Lennix, Robert Wisdom, Jazsmin Lewis, Tom Wright, DeRay Davis, Carl Wright, Kenan Thompson, Queen Latifah, Garcelle Beauvais Nilon.

Estas duas simpáticas comédias estreladas por Ice Cube, fizeram algum sucesso nos EUA e foram voltadas para o público negro, com um elenco basicamente de atores negros para mostrar de forma bem humorada o dia a dia de um barbearia em Chicago.

O longa "Uma Turma do Barulho" começa após morte do pai de Calvin (Ice Cube), que herda a barbearia com uma tradição de quarenta anos na comunidade negra de Chicago, junto com ela os clientes, vários funcionários complicados e muitas dívidas. Como Calvin tem outros planos, resolve aceitar a proposta de venda do local feita pelo agiota Lester Wallace (Keith David), mas após pensar um pouco e perceber que este fecharia a barbearia, Calvin tentar desfazer o negócio e ainda tem de lidar com as confusões de seus funcionários.

Comédia simpática e divertida que tem como pontos altos, as divergências entre os funcionários e principalmente Cedric The Entertainer no papel de um veterano barbeiro que mostra diferentes e engraçados pontos de vista em discussões sobre as personalidades negras, como Tiger Woods e Mariah Carey.

A sequência “Barbeiragem Total” mantém a graça, apesar de estar um pouco mais voltada para o drama. Agora Calvin (Ice Cube) e seus funcionários estão trabalhando numa boa até que um empresário aliado do político da comunidade local resolve abrir um franquia de um salão de beleza em frente a barbearia de Calvin.

A graça continua nas tiradas do personagem de Cedric The Entertainer e parte séria fica sobre a discussão da chegada de grandes franquias em um bairro onde irá causar o fechamento dos pequenos comerciantes e a quase expulsão do moradores mais pobres.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Operação Valkiria

Operação Valkiria (Operation Valkyrie, Alemanha, 2004) – Nota 7,5
Direção – Jo Baier
Elenco – Sebastian Koch, Ulrich Tukur, Hardy Kruger Jr, Christopher Buccholz, Nina Kunzendorf.

Este longa feito para tv é a versão alemã sobre o complô de oficiais nazistas para matar Hitler em 1944, não confundir com a obra de Bryan Singer com Tom Cruise no papel principal, por sinal é um filme que está na minha lista para ser visto em breve.

Aqui o personagem central e um dos principais articuladores do plano é o Coronel Von Stauffenberg (Sebastian Koch), que no início do filme aparece ainda em 1933 quando junto com a namorada e futura esposa, vai a uma ópera de Wagner e fica admirado ao ver de longe Hitler, porém o diretor Jo Baier rapidamente passa pelo invasão da Polônia, o estouro da Segunda Guerra, chegando até Stauffenberg ser ferido na África em 1943 e através de pequenos fatos mostra como a admiração do oficial por Hitler se transforma em ódio ao ver o absurdo daquela guerra que já estava perdida e como Hitler ainda tinha certeza e exigia a vitória.

O longa se desenvolve melhor a partir daí, quando aos poucos Stauffenberg se aproxima de outros oficiais indignados com a situação e juntos montam um plano para assassinar o Fuhrer. Mas como todos conhecem a história, sabem que o plano falha e muitos oficiais pagarão com a vida.

Apesar de feito para o tv, o longa tem uma ótima produção, com história bem contada, misturando drama histórico e suspense, além de contar com um bom elenco, com destaque para o ótimo Sebastian Koch, que foi o escritor perseguido pela Polícia Secreta Stasi, no também ótimo “A Vida dos Outros” e aqui dá vida a um personagem que foi até o fim para tentar acabar com a guerra, inclusive deixando de lado sua família.

A “Operação Valkiria” do título foi o nome dado ao plano pelos oficiais amotinados, para após a morte de Hitler a Alemanha apresentar rendição total para Inglaterra.

Como curiosidade, dois atores coadjuvantes de destaque no longa são filhos de atores alemães famosos que fizeram vários filmes em Hollywood. Hardy Kruger Jr é filho de Hardy Kruger, que trabalhou em filmes como “Hatari” com John Wayne e a versão original de “O Vôo da Fenix. Já Christopher Buccholz é filho de Horst Buccholz, que teve como papel mais famoso o de um dos pistoleiros de “Sete Homens e um Destino.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Intruders

Intruders (Intruders, EUA, 1992) – Nota 6
Direção – Dan Curtis
Elenco – Richard Crenna, Mare Winningham, Susan Blakely, Daphne Ashbrook, Ben Vereen, Steven Berkoff, Jason Beghe, G. D. Spradlin, Rosalind Chao.

Um renomado psiquiatra (o falecido Richard Crenna, o Coronel Trautman de “Rambo”) recebe uma paciente problemática ( a sumida Mare Winningham), que acaba revelando ter sido abduzida, o que deixa o psiquiatra curioso sobre o assunto. Se aprofundando no tema, ele acaba encontrando diversas outras pessoas que também foram abduzidas, sofreram experiências médicas e que relatam como estes fatos modificaram suas vidas.

Esta obra é baseada num famoso livro de Budd Hopkins que conta diversos casos de abdução e foi transportada para tv em formato de minissérie com razoável qualidade e grande interesse para quem gosta do tema.

Aqui no Brasil durante os anos oitenta, até início dos noventa, as tvs abertas passavam minisséries americanas com grande alarde e em horário nobre, sempre com grande audiência. Este “Intruders” foi uma das últimas que passaram neste formato na tv aberta.

Para quem do gênero, indico uma obra bem melhor que esta, também baseada em história real, chamada “Fogo no Céu”.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Caçada

A Caçada (The Hunting Party, EUA/Croácia/Bósnia, 2007) – Nota 7,5
Direção – Richard Shepard
Elenco – Richard Gere, Terrence Howard, Jesse Eisenberg, Dylan Baker, James Brolin, Mark Ivanir, Diane Kruger, Ljubomir Kerekes.

Dois jornalistas, Simon (Richard Gere) e Duck (Terrence Howard) são repórter e fotógrafo respectivamente e há anos cobrem diversas guerras, até que durante a Guerra da Iugoslávia, Simon após presenciar um massacre de muçulmanos na Bósnia executado pelos sérvios, acaba falando várias verdades ao vivo na tv e perde o emprego. Anos mais tarde Duck volta a Bósnia para uma reportagem junto com o jovem Benjamin (Jesse Eisenberg), onde reencontra Simon que diz ter informações de onde está escondido o criminoso de guerra conhecido como “A Raposa” (Ljubomir Kerekes) e o convida para junto tentar localizar o foragido.

Baseado livremente em história real, o filme mostra a ânsia dos jornalistas que cobrem guerras em conseguir suas histórias, misturado com vingança pessoal e principalmente uma grande crítica a todos os envolvidos neste conflito, inclusive aqueles que teriam de prender os criminosos de guerra e nada fazem para conseguir.

O longa mostra também a pobreza e a destruição que ainda reinam naquela região e o sentimento de ódio permanente entre sérvios católicos e bósnios muçulmanos.