
Direção – Nicole Kassell
Elenco – Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, Mos Def, Benjamin Bratt, Eve, David Alan Grier, Michael Shannon, Carlos Leon, Kevin Rice, Hannah Pilkes.
O pedófilo Walter (Kevin Bacon) deixa a prisão após cumprir doze anos e começa a enfrentar toda a dificuldade em voltar a sociedade e lutar contra seus demônios internos. Indo trabalhar em uma empresa de madeiras e com apenas seu chefe (David Alan Grier) sabendo do seu passado, ele desperta a curiosidade de duas funcionárias, a durona Vicki (Kyra Sedgwick) e a falsa e curiosa Mary Kay (Eve). Além disso ele precisa passar por sessões de terapia com um psiquiatra (Michael Shannon) e atender sempre ao sargento Lucas (Mos Def), que o vigia esperando que ele volte a cometer um crime. Com sua família afastada, a única pessoa que o procura é o cunhado (Benjamin Bratt), mas este sempre estando na defensiva, sem querer se aproximar muito.
Acredito ser este o primeiro filme que toca fundo na questão da pedofilia sem apelar para clichês e tenta fazer o espectador pensar na questão de uma outra forma. A interpretação de Kevin Bacon como o sujeito atormentado com seus erros, que tenta levar uma vida normal mas sabe que não é uma pessoa comum, é comovente e com certeza é a melhor atuação de sua carreira, apesar de ter feito bons papéis em “Sobre Meninos e Lobos” e “Garotas Selvagens”, aqui ele acerta em cheio num papel que poucos atores aceitariam.