terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

O Prisioneiro

 

O Prisioneiro (Imprisoned, EUA, 2018) – Nota 5
Direção – Paul Kampf
Elenco – Laurence Fishburne, Juan Pablo Raba, Juana Acosta, Esai Morales, Edward James Olmos, John Heard, Jon Huertas, Fernanda Urrejola, Ana Isabelle, Vic Polizos.

Daniel Calvin (Laurence Fishburne) é o ex-diretor de um presídio em Porto Rico, local que está prestes a ser demolido. Atormentado por suas ações no passado, ele visita as instalações e começa a ter terríveis lembranças do que viveu. 

Em paralelo, a narrativa volta pelo menos vinte anos, quando em busca de vingança, Daniel armou uma situação para prender novamente seu desafeto Dylan (Juan Pablo Raba), que foi condenado no passado e cumpriu sua pena. 

Este drama tem como ponto principal as locações em Porto Rico e algumas sequências de violência. A história explora os clichês dos longas sobre prisões, exagerando em várias sequências, como nas alucinações do protagonista. 

É um longa que demorou para ser finalizado e terminou lançado somente no streaming, inclusive com o ator John Heard, famoso por ser o pai de Macaulay Culkin em “Esqueceram de Mim”, que tem aqui uma pequena participação, que acabou falecendo antes do filme ser lançado.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Os Delinquentes

 

Os Delinquentes (Los Delincuentes, Argentina, 2023) – Nota 6
Direção – Rodrigo Moreno
Elenco – Daniel Elias, Esteban Bigliardi, Margarita Molfino, German Da Silva, Laura Paredes.

Moran (Daniel Elias) é o funcionário de um banco que decide roubar um valor alto que está guardado no cofre do local. Na mesma noite, ele procura Roman (Esteban Bigliardi), que também trabalha no banco e faz uma inusitada proposta que mudará para sempre a vida da dupla. 

Este longa argentino escrito e dirigido por Rodrigo Moreno tem uma premissa que a princípio leva o cinéfilo a acreditar que verá uma história policial complexa, porém o roteiro muda completamente o rumo após a primeira hora. 

As reviravoltas com a mudança de foco são interessantes, a fotografia bonita e a ideia central também tinham enorme potencial, porém o ritmo extremamente lento e as três horas de duração transformam o filme em um verdadeiro teste de paciência para o cinéfilo. São diversas sequências longas e algumas até contemplativas que farão muitos desistirem no meio do caminho.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Entre Deus e o Pecado

 

Entre Deus e o Pecado (Elmer Gantry, EUA, 1960) – Nota 8,5
Direção – Richard Brooks
Elenco – Burt Lancaster, Jean Simmons, Arthur Kennedy, Dean Jagger, Shirley Jones, Patti Page, Edward Andrews, John McIntire, Hugh Marlowe.

Elmer Gantry (Burt Lancaster) é um vendedor que viaja por cidades pequenas dos EUA contando piadas e mentiras para vender seus produtos. Ao cruzar o caminho de uma trupe religiosa liderada pela Irmã Sharon Falconer (Jean Simmons), Elmer fica interessado nela e também na força de suas palavras nos cultos. Utilizando sua lábia e seu conhecimento da bíblia por vir de uma família religiosa, não demora para ele conseguir um lugar de destaque nos cultos. 

Este ótimo longa dirigido por Richard Brooks, responsável por outros grandes filmes como “Sementes da Violência” e “Os Profissionais”, começa com um letreiro explicando ser um conteúdo pesado para as crianças, algo que hoje parece exagerado. 

O ótimo roteiro escrito por Brooks foca nos vários lados da religião. Temos os negócios nas reuniões entre líderes religiosos, a fé cega das pessoas, a pregadora que realmente acredita nas palavras da bíblia e o jornalista cético vivido por Arthur Kennedy. 

O ponto mais alto é o personagem de Burt Lancaster, que balança entre o poder de fazer as pessoas acreditarem no seu discurso forte e envolvente e o amor que sente pela pregadora. 

É um ótimo filme que faz pensar sobre fé, religião e poder.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Irmãos

 

Irmãos (Brothers, EUA, 2024) – Nota 5,5
Direção – Max Barbakow    
Elenco – Peter Dinklage, Josh Brolin, Glenn Close, Brendan Fraser, Taylour Paige, M. Emmet Walsh, Jen Landon, Joshua Mikel, Marisa Tomei.

Após cinco anos preso, Jady (Peter Dinklage) é libertado e procura seu irmão gêmeo Moke (Josh Brolin), que era seu parceiro de crime. Levando uma vida correta, porém ordinária e sem dinheiro, Moke se deixa enrolar pelo picareta Jady para participar de um roubo que trará diversas consequências. 

Essa mistura de drama, comédia e policial busca uma certa inspiração no sucesso dos anos oitenta “Irmãos Gêmeos” com Arnold Schwarzenegger e Danny DeVito. O grande problema é que a história é fraca e confusa, com situações beirando o pastelão e outras rasas como drama. 

Vale destacar uma quase irreconhecível Glenn Close interpretado a mãe dos protagonistas, Brendan Fraser como o vilão atrapalhado e a pequena e bizarra participação de Marisa Tomei.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Folhas de Outono

 

Folhas de Outono (Kuolleet Lehdet, Finlândia / Alemanha, 2023) – Nota 7
Direção – Aki Kaurismaki
Elenco – Alma Poysti, Jussi Vatanen.

Holappa (Jussi Vatanen) trabalha em uma construção, mas tem problemas com a bebida. Ansa (Alma Poysti) é estoquista em um supermercado. Mesmo tendo amigos nos empregos, os dois se sentem solitários. O encontro casual em um karaokê dá início a uma relação que parece que jamais será consumada. 

O diretor finlandês Aki Kaurismaki, assim como seu irmão Mika que também é diretor, são especialistas em filmes sobre personagens tristes e solitários que parecem viver em um mundo paralelo. O estilo da narrativa em ritmo lento e as atuações que parecem inexpressivas são propositais, assim como vários diálogos aleatórios que se tornam engraçados por serem quase absurdos. 

Neste filme, Aki consegue criar uma história de amor sem sequências de emoção e nem mesmo um único beijo. O que vemos são personagens que não conseguem se expressar em palavras ou gestos mais fortes. É um tipo de cinema diferente indicado para quem gosta de obras quase experimentais.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

When Jack Came Back & Electrician

 

When Jack Came Back (When Jack Came Back, EUA, 2023) – Nota 6
Direção – Thor Moreno
Elenco – Mike Markoff, Lindsay Wagner, Lance Henriksen, Emily Ann Kincaid, Cheyenne Goode.

Jack (Mike Markoff) é um ator de tv que caiu em desgraça após um escândalo. Ao receber a notícia de que seu pai (Lance Henriksen) faleceu, Jack decide voltar para sua cidade natal em Iowa, mesmo sabendo que poderá perder um nova chance de trabalho na tv. Além disso, ele terá de lidar com um difícil relação com sua mãe (Lindsay Wagner). 

Este simpático drama independente toca em temas universais como relações familiares, terceira idade e vida profissional. A narrativa é agradável e sóbria, mesmo em momentos em que seriam dramáticos. 

O que atrapalha são a falta de recursos e as interpretações ruins, inclusive do protagonista canastrão Mike Markoff, que a todo momento parece espremer os olhos pra tentar mostrar algum sentimento. O veterano Lance Henriksen tem uma participação pequena, enquanto Lindsay Wagner tem a melhor atuação do elenco como a complicada mãe.

Electrician (Electrician, Inglaterra, 2020) – Nota 5,5
Direção – Steve Conway
Elenco – Rory Farrelly, Peter Clarke, Ian Taylor, Edward Savastano.

Mark (Rory Farrelly) é um eletricista solitário que dedica quase todo seu tempo ao trabalho, sempre falando o mínimo possível com seus colegas e contratantes. Estas situações são intercaladas com uma enigmática conversa de Mark com um amigo dentro de um carro, onde aos poucos o espectador entenderá a situação da vida do protagonista. 

Este drama independente com uma narrativa lenta e até cansativa foca na luta interna de um homem em tentar consertar o passado. É basicamente isso, pouca coisa de diferente acontece na quase uma hora e meia de duração.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

A Quinta Onda

 

A Quinta Onda (The 5th Wave, EUA / Inglaterra, 2016) – Nota 5
Direção – J Blakeson
Elenco – Chloe Grace Moritz, Nick Robinson, Matthew Zuk, Liev Schreiber, Ron Livingston, Maggie Siff, Zackary Arthur, Tony Revolori, Terry Serpico.

Após quatro ondas de ataques alienígenas com “armas” diferentes, a população humana foi quase toda dizimada. A adolescente Cassie (Chloe Grace Moritz) é uma sobrevivente que busca seu irmão menor que foi levado pelo exército, que aparentemente se prepara para um suposta quinta onda que destruirá de uma vez por todas os humanos. 

Esta ficção que começa de forma tensa, aos poucos vai se desmanchando numa sequência de situações sem sentido que desperdiçam totalmente a boa produção. Começa pela inexpressiva Chloe Grace Moritz que em momento algum convence com uma arma na mão, passando pelo resto do elenco adolescente que se transformam em soldados após meia dúzia de treinos, além de Liev Schreiber como o oficial canastrão. 

As tentativas de sequências dramáticas e de romance deixam o filme ainda pior. É um dos vários filmes em que uma “casca” bonita esconde uma lista enorme de defeitos.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Out There: Crimes Sobrenaturais

Out There: Crimes Sobrenaturias (Out There: Crimes of the Paranormal, EUA, 2024) – Nota 6,5
Produção – Mark & Jay Duplass
Série Documental

Os irmãos e atores Mark e Jay Duplass, produziram esta série documental em oito episódios que detalham crimes e mortes que envolvem suspeitas sobrenaturais. O ponto principal das histórias são lendas urbanas e rurais em que testemunhas alegam que determinado fato está ligado a ação de personagens míticos ou bizarros. 

As duas histórias que considero as mais intrigantes são a do desaparecimento de um garoto em uma montanha e a do sujeito excêntrico que construiu até mesmo um foguete e que foi acusado de ser maluco. As demais histórias são até interessantes, mas faltam aquele algo a mais, como melhores depoimentos por exemplo. 

Vale conferir para quem gosta de histórias que não tem uma resposta exata.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Como a Geração Sexo, Drogas E Rock'n'roll Salvou Hollywood

 

Como a Geração do Sexo, Drogas e Rock'n'roll Salvou Hollywood (Easy Riders, Raging Bulls: How the Sex, Drugs and Rock 'N' Roll Generation Saved Hollywood, EUA / Inglaterra / Canadá, 2003) – Nota 8
Direção – Kenneth Browser
Documentário

Este ótimo documentário detalha como nasceu e cresceu a chamada “Nova Hollywood” que para muitos durou entre o lançamento de “Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas” em 1967, até o gigantesco fracasso de “O Portal do Paraíso” de Michael Cimino em 1980.

O roteiro escrito por Peter Biskind foi transformado em um livro ainda mais completo anos depois, relembrando a importância de diversos filmes como “O Poderoso Chefão”, “Táxi Driver” e “Tubarão”, através de depoimentos e antigas entrevistas de pessoas como Dennis Hopper, Arthur Penn, Francis Ford Coppola, John Milius, Cybill Shepperd e Kris Kristofferson, entre outros. 

O documentário mostra como essas pessoas junto de outros grandes nomes como Spíelberg, Scorsese, William Friedkin e George Lucas transformaram o cinema em uma diversão para jovens, intercalando realismo e fantasia de uma forma que mudou para sempre o cinema. 

Para quem gosta dos clássicos dos anos setenta e tem interesse em histórias sobre cinema, este documentário é imperdível.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Running Out of Lucky, Feitiço do Rio & Luar Sobre Parador

 

Running Out of Lucky, EUA, 1985) – Nota 4
Direção – Julien Temple
Elenco – Mick Jagger, Jerry Hall, Dennis Hopper, Rae Dawn Chong, Norma Bengell, Nicholas Ball, Jim Broadbent, Carlos Kroeber, Grande Otelo.

Em 1985, Mick Jagger deixou um pouco de lado a banda Rolling Stones para gravar um disco solo. Junto com o diretor inglês Julien Temple, Jagger decidiu produzir este longa no Brasil para inserir as músicas do disco no meio da trama, como se fossem videoclipes. 

O Brasil estava no centro do rock e da música pop na época por ter sediado o primeiro Rock in Rio, que foi um sucesso gigantesco. A ideia de Jagger e Temple resultou em um dos filmes mais bizarros da história do cinema. 

Na trama, Jagger vem ao Brasil para gravar os videoclipes do disco, porém é assaltado, apanha e acorda em uma região rural, enfrentando diversos desafios para voltar ao Rio de Janeiro. O longa tem sequências absurdas envolvendo clichês ligados ao Brasil, como a do cemitério e a da cadeia, além da participação de vários atores e atrizes brasileiros. 

É um filme pouco conhecido, que vale apenas como curiosidade para o cinéfilo que curte raridades.

Feitiço do Rio (Blame It on Rio, EUA, 1984) – Nota 5,5
Direção – Stanley Donen
Elenco – Michael Caine, Joseph Bologna, Valerie Harper, Michelle Johnson, Demi Moore, José Lewgoy.

Matthew (Michael Caine) e Victor (Joseph Bologna) são amigos que viajam para passar as férias no Rio de Janeiro com suas respectivas filhas (Demi Moore e Michelle Johnson). O inesperado acontece quando a filha de Victor se apaixona por Matthew, dando início a uma série de confusões. 

Esta comédia dirigida por Stanley Donen, do clássico "Cantando na Chuva", foi filmada no Rio de Janeiro e teve péssimas críticas na época do lançamento, porém é um longa semelhante a dezenas de comédias da época. 

Uma sucessão de desencontros e mentiras em meio as sequências na praia, no hotel e outras patéticas no samba e no terreiro. Michael Caine parece ser divertir, enquanto a esquecida Michelle Johnson se mostra bastante desinibida. Vale citar a participação de uma Demi Moore ainda muito jovem.

Luar Sobre Parador (Moon Over Parador, EUA, 1988) – Nota 6
Direção – Paul Mazursky
Elenco – Richard Dreyfuss, Sonia Braga, Raul Julia, Jonathan Winters, Michael Greene, Polly Holliday, Edward Asner, Paul Mazursky, Sammy Davis Jr, Fernando Rey, Marianne Sagebrecht, José Lewgoy, Milton Gonçalves.

Jack Noah (Richard Dreyfuss) é um ator que viaja a trabalho para a fictícia ilha caribenha de Parador. Quando o ditador local morre subitamente, o chefe de gabinete do governo (Raul Julia) convence Jack a tomar o lugar do falecido por causa da enorme semelhança. Jack aceita o desafio, mas terá como maior dificuldade enganar a amante do ditador (Sonia Braga). 

Esta comédia dirigida pelo especialista Paul Mazursky tira um sarro das repúblicas latino-americanas que em algum momento ou em vários tiveram um ditador sanguinário e também patético no poder. O filme tem algumas sequências engraçadas, outras com referências políticas e como maior destaque a dupla Richard Dreyfuss e Raul Julia. A grande curiosidade é que este longa foi filmado no Brasil, exatamente na cidade histórica de Ouro Preto em Minas Gerais.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Relatos da Guerra

 

Relatos da Guerra (Hyena Road, Canadá, 2014) – Nota 7
Direção – Paul Gross
Elenco – Rossif Sutherland, Paul Gross, Christine Horne, Clark Johnson, Allan Haywco, Nikki Duval.

Um grupo de soldados canadenses é emboscado no deserto do Afeganistão, mas terminam conseguindo uma surpreendente ajuda de um desconhecido ancião. Na volta para a base, o fato deixa intrigado um oficial (Paul Gross), que acredita que o ancião seja uma importante figura tribal que estava desaparecida. 

Este longa que se passa durante a Guerra do Afeganistão tenta detalhar a complexidade da situação, tanto em relação aos conflitos entre soldados, quanto as questões de bastidores em que personagens com algum tipo de poder influenciam os rumos da guerra. As sequências de ação são competentes, porém intercaladas com drama em relação a situações pessoais e a forma como cada uma delas enfrenta a loucura de uma guerra.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

O Quiosque

 

O Quiosque (Snack Shack, EUA, 2024) – Nota 7,5
Direção – Adam Rehmeier
Elenco – Conor Sherry, Gabriel LaBelle, Mika Abdalla, Nick Robinson, David Costabile, Gillian Vigman, June Grentry.

Nebraska, verão de 1991. Os amigos adolescentes A.J. (Conor Sherry) e Moose (Gabriel LaBelle) estão sempre à procura de algum negócio para ganhar dinheiro, desde apostas em corridas de cães, até a fabricação clandestina de cerveja. 

Quando a piscina municipal é aberta, eles conseguem alugar um pequeno quiosque no local, porém a amizade será colocada à prova com a chegada da bela Brooke (Mika Adballa), que mexe com o coração dos dois. 

Este divertido e ao mesmo tempo sensível longa sobre a juventude do início dos anos noventa lembra uma mistura de “Jovens, Loucos e Rebeldes” de Richard Linklater com “Superbad” de Greg Mottola. São as loucuras ingênuas praticadas por jovens que buscavam diversão, garotas e um pouco de dinheiro, descobrindo que a vida teria diversas surpresas e nem todas agradáveis. 

Estas descobertas lúdicas e as relações com os pais que ainda tentavam balancear liberdade com cobranças é algo que ficou no passado e que é visto com nostalgia pela geração que viveu até o início dos anos 2000, diferente do caos sem limites em que vive a juventude atual.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

MK Ultra

 

MK Ultra (MK Ultra, EUA, 2022) – Nota 5
Direção – Joseph Sorrentino
Elenco – Anson Mount, Jason Patric, Jaime Ray Newman, Alon Aboutboul, Wanetah Walmsley, Jen Richards.

Em 1961, Ford Strauss (Anson Mount) é um psiquiatra que trabalha em uma instituição. Sem dinheiro para sua pesquisa sobre o uso de drogas psicotrópicas no tratamento dos pacientes, ele é procurado por um agente da CIA (Jason Patrick) que oferece financiar a pesquisa em troca de acesso total aos resultados. Mesmo desconfiado, Ford aceita a proposta, dando início a uma obscura relação de trabalho. 

O desconhecido diretor Joseph Sorrentino escreveu este roteiro utilizando como premissa o projeto secreto MK Ultra que foi colocado em prática de forma clandestina pela CIA nos anos sessenta e setenta. 

Os testes com drogas eram feitos em internos de instituições psiquiátricas e presídios, muitas vezes sem o consentimento da pessoa e com o objetivo de desenvolver técnicas para torturas e confissões através de situações com altos níveis de stress. Tudo isso veio à tona em meados dos anos setenta, porém a única consequência foi o fim destes testes, pelo menos aparentemente. 

O tema tinha tudo para render um grande filme, porém além do baixo orçamento, o diretor Sorrentino entrega uma narrativa lenta com situações que parecem mais feitas para chocar do que para contar uma história. As atuações são ruins e até mesmo a motivação para os testes passa longe de ser explicada. É um filme fraco que desperdiça uma história com grande potencial.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Depois do Apocalipse

 

Depois do Apocalipse (Arcadian, EUA / Irlanda / Canadá, 2024) – Nota 6
Direção – Benjamin Brewer
Elenco – Nicolas Cage, Jaeden Martell, Maxwell Jenkins, Sadie Soverall.

Quinze após a Terra ser tomada por criaturas que atacam somente a noite, Paul (Nicolas Cage) vive em uma casa isolada nas montanhas com seus filhos gêmeos Joseph (Jaeden Martell) e Thomas (Maxwell Jenkins). Em um determinado dia eles são obrigados a enfrentar as criaturas para sobreviver. 

Esta ficção apocalíptica segue o estilo dos filmes gênero, porém focando um pouco mais na relação entre irmãos e pai. As sequências de ação são razoáveis e as criaturas assustadoras. É um filme que entrega o que promete sem grandes surpresas e que será lembrado somente por ter Nicolas Cage como protagonista.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Turnabout

Turnabout (Turnabout, EUA, 2016) – Nota 6,5
Direção – E.B. Hughes
Elenco – George Katt, Waylon Payne, Peter Greene, Sayra Player, Rosebud Baker, Judy Jerome.

Billy (George Katt) tenta o suicídio, mas é salvo. Na mesma noite ele liga para Perry (Waylon Payne), um velho amigo que não vê há muitos anos e pede ajuda. Perry vai ao encontro de Billy dando início a uma noite de situações inesperadas e nem sempre agradáveis. 

Este longa de baixo orçamento dirigido pelo desconhecido E.B. Hughes tem um bela fotografia noturna e uma trama que mesmo parecendo uma contradição, é ao mesmo tempo previsível e com uma boa surpresa. 

A jornada noturna de amigos com vidas diferentes é sempre interessante quando bem explorada. Aqui Billy é o bom vivant que está em uma encruzilhada, enquanto Perry é o típico pai de família entediado com o casamento. 

É uma boa opção para quem gosta de filmes independentes com personagens marginais.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

O Homem da Meia-Noite & Sangue Selvagem

 

O Homem da Meia-Noite (Midnight Man, EUA, 1974) – Nota 6,5
Direção – Burt Lancaster & Roland Kibbee
Elenco – Burt Lancaster, Susan Clark, Cameron Mitchell, Morgan Woodward, Harris Yulin, Ed Lauter, Catherine Bach.

Jim Slade (Burt Lancaster) é um ex-policial que cumpriu pena e que tenta retomar a vida como segurança em uma universidade. Quando uma aluna é assassinada e um sujeito é acusado de forma injusta, Jim decide investigar o caso em paralelo, mesmo correndo o perigo de violar sua condicional.

Este drama policial dirigido pelo astro Burt Lancaster em parceria com o roteirista Roland Kibbee começa de uma forma interessante ao colocar o protagonista utilizando sua experiência para investigar o crime em que vários personagens são suspeitos. 

O problema é que nos últimos quinze minutos o roteiro tem explicar a trama de uma forma didática, com a falta de um clímax. O filme tem ainda algumas sequências de violência que eram competentes para a época e uma boa interpretação de Burt Lancaster.

Sangue Selvagem (Wise Blood, EUA, 1979) – Nota 6
Direção – John Huston
Elenco – Brad Dourif, John Huston, Dan Shor, Harry Dean Stanton, Amy Wright, Ned Beatty, William Hickey.

Hazel Motes (Brad Dourif) é um veterano do exército que não acredita em Cristo, mas que ao conhecer um pastor de rua (Harry Dean Stanton) e sua filha (Amy Wright), aos poucos descobre seu dom para pregar. Mesmo com crenças contraditórias, ele decide criar uma igreja sem a imagem do Cristo crucificado, tendo a princípio como seguidor somente o jovem Enoch (Dan Shor). 

Este esquecido longa dirigido pelo grande John Huston tem o mesmo estilo do superior “Cidade das Ilusões”, tendo como locação uma cidade decadente com personagens que beiram a marginalidade. 

A ideia de fazer uma crítica contra quem usa a religião para se aproveitar de pessoas simples funciona até certo ponto, principalmente pelas atuações de Harry Dean Stanton e de Ned Beatty, este último que aparece no meio da trama como um pastor picareta. 

A estética da produção e o figurino com cara dos anos cinquenta não ajudam, assim como o próprio roteiro que parece patinar entre contar uma história ou fazer uma crítica social.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Thelma

 

Thelma (Thelma, Suíça / EUA, 2024) – Nota 7
Direção – Josh Margolin
Elenco – June Squibb, Fred Hechinger, Richard Roundtree, Parker Posey, Clark Gregg, Malcolm McDowell.

Thelma (June Squibb) é uma senhora de 93 anos que se torna vítima de um golpe por telefone em que perde 10 mil dólares. Inconformada com a situação e com o desinteresse da polícia, ela decide investigar por conta própria para chegar até o criminoso. 

Este divertido longa marca a estreia na direção do roteirista Josh Margolin, que se inspirou na vida de sua própria avó que está ativa aos 103 anos. A atriz June Squibb que completou 95 anos em novembro de 2024, entrega um ótima atuação intercalando os problemas da idade com uma grande perspicácia para manter sua autonomia. 

Sua relação com o neto vivido por Fred Hechinger é ótima, assim como as participações dos veteranos Malcolm McDowell e Richard Roundtree, este último que é o eterno “Shaft” e que faleceu antes deste longa ser lançado. 

É basicamente uma sessão da tarde para toda a família.

sábado, 25 de janeiro de 2025

Eu, Capitão

 

Eu, Capitão (Io Capitano, Itália / Bélgica / França. 2023) – Nota 8,5
Direção – Matteo Garrone
Elenco – Seydou Sarr, Moustapha Fall, Issaka Sawadogo.

Os jovens primos Seydou (Seuydou Sarr) e Moussa (Moustapha Fall) deixam Dakar, a capital do Senegal, com o sonho de conseguir uma vida melhor na Europa, especificamente na Itália. Mas eles não imaginam o sofrimento que terão de enfrentar na dura jornada pelo continente africano. 

Este longa escrito e dirigido pelo italiano Matteo Garrone, dos ótimos “Gomorra” e “Dogman”, explora o tema atual da imigração ilegal com toda a corrupção e violência que envolve a situação. 

A saga dos jovens é extremamente dolorosa e realista, lembrando muito filmes como “A Jaula de Ouro” que focava em um grupo de adolescentes que tentavam chegar nos EUA saindo da Guatemala e “Sem Identidade” em que os protagonistas eram de Honduras. 

Garrone consegue intercalar sequências de suspense, violência e drama de uma forma competente, sendo bastante ajudado pela ótima atuação do estreante Seydou Saar, que consegue passar de forma espontânea todo o sofrimento enfrentado por seu personagem.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Tales of Babylon

 

Tales of Babylon (Tales of Babylon, Inglaterra, 2023) – Nota 6,5
Direção – Pelayo De Lario
Elenco – Ray Calleja, Aaron Cobham, Maria Crittell, Clive Russell, Albert Tallski, Aaron Jon North, Billie Gadsdon, Dylan Gadsdon, Charles Nishikawa.

Um sequestro liderado por um criminoso, dois assassinos de aluguel, uma assassina aparentemente independente e um chefão do crime em Londres estão envolvidos em uma trama de ganância e vingança. 

Este longa escrito e dirigido pelo desconhecido Pelayo De Lario busca inspiração em obras famosas como “Pulp Fiction” e o “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, inclusive com uma sequência específica em homenagem ao filme de Tarantino. 

A narrativa é dividida em episódios em ordem não linear com personagens bizarros, diálogos cínicos e muita violência, levando ao habitual clímax com o acerto de contas. É um filme que vai agradar quem gosta deste estilo.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra


Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra (Lahn Mah, Tailândia, 2024) – Nota 9
Direção – Pat Boonnitipat
Elenco – Putthipong Assaratanakul, Usha Seamkhum, Sarinrat Thomas, Sanya Kunakorn, Pongsatorn Jongwilas, Tontawan Tantivejakul.

M (Putthipong Assaratanakul) é um jovem desempregado que decide cuidar de sua avó (Usha Seamkhum) que está doente. Ele planeja ganhar a confiança dela e se tornar o herdeiro de sua casa. O que começa como uma chance de ganhar dinheiro, aos poucos a complicada relação com outros familiares leva o jovem a ver a situação de uma forma diferente.

Este sensível longa tailandês toca no tema universal da solidão na terceira idade e na enorme dificuldade dos familiares conciliarem vida profissional, vida pessoal e a relação com pais e avós.

Não é um filme sobre vilões ou uma comédia rasgada conforme o título nacional passa a impressão, a proposta é detalhar esta situação que muitas famílias enfrentam em algum momento e que afeta cada pessoa de uma forma diferente.

O roteiro explora ainda algumas tradições tailandesas sobre religião e morte. A relação e as atuações de neto e avó são os grandes destaques do elenco neste ótimo filme.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Memória

 

Memória (Memory, México / EUA / Chile / Alemanha, 2023) – Nota 7
Direção – Michel Franco
Elenco – Jessica Chastain, Peter Sarsgaard, Josh Charles, Merritt Wever, Brooke Timber, Jessica Harper, Tom Hammond.

Sylvia (Jessica Chastain) trabalha em uma clínica psoquiátrica e mora com a filha adolescente Anna (Brooke Timber). Ao acompanhar a irmã (Merrit Wever) a uma festa de antigos alunos do colégio, ela cruzará o caminho de Saul (Peter Sarsgaard), que trará à tona memórias de um trauma ocorrido na adolescência. 

Este drama escrito e dirigido pelo mexicano Michel Franco tem como ideia principal a questão de como a memória afeta a vida das pessoas, tanto quem está perdendo as lembranças, como quem relembra a sua versão dos fatos, o que nem sempre será a verdade absoluta. 

O roteiro foca ainda nos complicados relacionamentos familiares de uma forma dolorosa, mas também sóbria em relação aos sentimentos de cada personagem. Destaque para as interpretações da dupla principal e as sequências ao ar livre em Nova York.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Plano em Família

 

Plano em Família (The Family Plan, EUA, 2023) – Nota 7
Direção – Simon Cellan Jones
Elenco – Mark Wahlberg, Michelle Monaghan, Ciaran Hinds, Zoe Colletti, Van Crosby, Maggie Q, Said Taghmaoiu.

Dan (Mark Wahlberg) leva uma vida normal de classe média ao lado da esposa Jessica (Michelle Monaghan) e dos três filhos, sendo um casal de adolescentes (Zoe Colletti e Van Crosby) e um bebê. 

O que a família e os amigos não sabem é que na verdade Dan era um assassino profissional de uma organização clandestina que desertou, trocou de identidade e se escondeu. Ao ser descoberto pelos antigos parceiros, ele precisará lutar para salvar a família e também ter coragem de contar a verdade. 

A trama clichê do protagonista que esconde sua verdadeira identidade não atrapalha a diversão para quem gosta de sequências de ação, que são várias por sinal. As situações entre a família e as soluções encontradas pelo protagonista para tentar manter o segredo são bem criativas. É basicamente uma sessão da tarde explosiva.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Oddity - Objetos Escuros

 

Oddity – Objetos Escuros (Oddity, Irlanda / EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Damian Mc Carthy
Elenco – Carolyn Bracken, Gwilym Lee, Caroline Menton, Steve Wall, Tadhg Murphy.

Dani (Carolyn Bracken) é uma médium com deficiência visual que após o assassinato de sua irmã gêmea, aparece na casa do cunhado Ted (Gwilym Lee) que se casou novamente com Yana (Carolina Menton). Sua visita inesperada a princípio incomoda o casal, para em seguida dar início a uma série de situações assustadoras. 

Mesmo com sequências violentas, o foco principal deste terror é a sugestão e o clima de tragédia. A velha casa em um local isolado e o hospital em que o personagem Ted trabalha são sinistros. A história tem uma surpresa na metade da trama e um final razoável. É um filme que vai agradar quem curte o gênero, mesmo sendo esquecível.

domingo, 19 de janeiro de 2025

No Footing

 

No Footing (No Footing, EUA, 2009) – Nota 6,5
Direção – Michael Licisyn
Elenco – Jensen Jacobs, Jake Matthews, Derek Lindeman, Michael Bower.

Na sequência inicial, Madison (Jensen Jacobs) está feliz em sua formatura ao lado dos pais e amigos. Um ano e meio depois, ela ainda está trabalhando como atendente em uma copiadora e buscando sem sucesso emprego no ramo de artes e design. 

Este sensível drama independente foca no tema extremamente atual da difícil entrada dos jovens no mercado de trabalho, mesmo para aqueles que se formaram na universidade e que terminam em meio a uma massa de desempregados ou empregos sem perspectivas. 

Quinze anos atrás quando este longa foi produzido, a situação ainda era menos complicada que hoje, em que cada vez mais os empregos formais se tornam escassos. A narrativa é sóbria ao focar nos problemas enfrentados pela protagonista por causa da situação, que afetam também sua vida pessoal. É um filme indicado para quem gosta de histórias com os dois pés na realidade.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Jurado Nº 2

 

Jurado Nº 2 (Juror #2, EUA, 2024) – Nota 7
Direção – Clint Eastwood
Elenco – Nicholas Hoult, Toni Collette, J.K. Simmons, Chris Messina, Gabriel Basso, Kiefer Sutherland, Zoey Deutch, Leslie Bibb, Cedric Yarbrough, Amy Aquino.

Justin (Nicholas Hoult) é um jornalista casado com Allison (Zoe Deutch) que está grávida, prestes a dar a luz. Ao ser escolhido para ser jurado em um caso de assassinato passional, Justin terá de enfrentar um enorme dilema moral que pode inclusive destruir sua vida. 

Ao 94 anos de idade, o grande Clint Eastwood entrega um longa que mesmo não sendo um filmaço, coloca em discussão a questão de até que ponto o sistema judicial é sinônimo de justiça no sentido geral da palavra. 

O roteiro também faz uma pequena homenagem ao clássico “12 Homens e uma Sentença”, em que um jurado conseguia influenciar seus pares na decisão final. No elenco de vários rostos conhecidos, o destaque fica para o veterano J.K. Simmons, que interpreta um dos jurados que se torna peça-chave na busca pela verdade.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Quem Fizer Ganha

 

Quem Fizer Ganha (Next Goal Wins, Inglaterra / EUA / Nova Zelândia, 2023) – Nota 6,5
Direção – Taika Waititi
Elenco – Michael Fassbender, Oscar Kightley, Kaimana, David Faine, Rachel House, Beulah Koale, Taika Waititi, Will Arnett, Elisabeth Moss, Uli Latukefu.

Em 2011, a seleção de futebol da pequena ilha de Samoa Americana jamais havia feito sequer um gol em partidas oficiais. Cansados dos vexames, o presidente da federação (Oscar Kightley) decide contratar um treinador estrangeiro. O cargo termina na mão de Thomas Rongen (Michael Fassbender), que aceita o trabalho por falta de opção, mas que aos poucos terá de entender e aceitar a nova situação.

Este longa escrito e dirigido por Taika Waititi, dos ótimos “Jojo Rabbit” e “A Incrível Aventura de Rick Baker” é baseado em uma história real. Ela imprime sua assinatura na narrativa ao misturar comédia com pitadas de drama e algumas sequências beirando o pastelão. É basicamente uma sessão da tarde com o tema esportes, que lembra um pouco o superior “Jamaica Abaixo de Zero”.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Santos Justiceiros, Seduzidas Para a Morte & O Jogo do Profeta

 

Santos Justiceiros (The Boondock Saints, EUA / Canadá, 1999) – Nota 6
Direção – Troy Duffy
Elenco – Willem Dafoe, Sean Patrick Flanery, Norman Reedus, David Della Rocco, Billy Connolly.

Criados em uma região violenta de Boston, os irmãos gêmeos de descendência irlandesa Connor (Sean Patrick Flanery) e Murphy MacManus (Norman Reedus) se cansam da situação e iniciam uma espécie de missão divina eliminando os bandidos do local. Católicos, eles acreditam estarem agindo em nome de Deus. Conforme a fama de justiceiros cresce, surge um excêntrico agente do FBI (Willem Dafoe) com o objetivo de prendê-los. 

Este longa se tornou cult por misturar religiosidade e trama policial com personagens incomuns em meio a uma narrativa caótica e algumas situações bizarras. O diretor e roteirista Troy Duffy fez sua estreia e foi bastante elogiado, porém voltou somente a fazer uma sequência para este longa em 2009 e nada mais. Vejo este filme mais como uma experiência estranha, do que um bom filme.

Seduzidas Para a Morte (Mercy, EUA, 2000) – Nota 5,5
Direção – Damian Harris
Elenco – Ellen Barkin, Wendy Crewson, Peta Wilson, Karen Young, Julian Sands, Marshall Bell, Stephen Baldwin, Beau Starr

Cathy Palmer (Ellen Burkin) é uma detetive investigando o assassinato de algumas mulheres que foram torturadas em rituais sadomasoquistas. As pistas a levam a um grupo de mulheres ricas, tendo uma delas (Peta Wilson) como suspeita, assim como o sinistro terapeuta dr. Broussard (Julian Sands). 

Este longa policial tentava aproveitar a imagem de sex symbol que a atriz Elle Barkin tinha após várias papéis sensuais em tramas de suspense, inclusive o cult “Vítimas de uma Paixão” com Al Pacino. 

A premissa e o desenvolvimento da trama deste filme são repletos de clichês, tanto na questão dos vários coadjuvantes suspeitos, como do envolvimento mais profundo da protagonista no caso. É um filme semelhante a diversos outros dos anos noventa e início de 2000 em que o roteiro misturava trama policial e sensualidade, muitas vezes sem grande qualidade.

O Jogo do Profeta (The Prophet’s Game, EUA / Alemanha, 2000) – Nota 4,5
Direção – David Worth
Elenco – Dennis Hopper, Stephanie Zimbalist, Joe Penny, Robert Yocum, Greg Lauren, Sondra Locke, Shannon Wirry.

Vincent Swan (Dennis Hopper) é um detetive aposentado que vive em Seattle. Sua vida atual pacata é abalada ao receber um cartão postal e em seguida o contato da polícia de Los Angeles onde ele trabalhou levando a crer que um imitador de um famoso serial killer está agindo, sendo que o original assassinou sua filha. 

Este longa tem uma premissa intrigante ao inserir na trama assassino que age nas sombras utilizando o sinistro “Jogo do Profeta” para criar enigmas que suas possíveis vítimas precisam resolver para sobreviver. O problema é que o desenvolvimento da história tem muitas falhas, as soluções não convencem e os personagens são clichês. É uma pena, este tipo de trama bem trabalhada já rendeu ótimos filmes na época como “Jogos Mortais” e “O Colecionador de Ossos”.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Código 60

 

Código 60 (Codi 60, Espanha, 2011) – Nota 6,5
Direção – C. Martin Ferreira
Elenco – Anna Allen, Nacho Fresneda, Mercedes Castro, Ernesto Collado, Cristina Genebat, Maria Pau Pigem.

Em Barcelona, um serial killer está assassinando idosas por estrangulamento. Uma força-tarefa é montada para encontrar o assassino. Entre os policiais está a detetive novata Eva (Anna Allen), que tem uma conflito com o líder da investigação, o capitão Xavier (Nacho Fresneda). 

Um dos roteiristas deste longa produzido para a tv é Oriol Paulo, diretor de ótimos filmes policiais como “Contratempo”, “El Cuerpo” e “Durante a Tormenta”. Por ser um filme para a tv com curta duração, o roteiro não tem tantas reviravoltas como em seus outros trabalhos, além de levar a um final que poderia ser melhor trabalhado. 

O conflito entre os protagonistas é clichê, porém o resultado é interessante por causa da história e da narrativa que prende a atenção para quem curte tramas policiais.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Camaleões

 

Camaleões (Reptile, EUA, 2023) – Nota 7,5
Direção – Grant Singer
Elenco – Benicio Del Toro, Justin Timberlake, Alicia Silverstone, Eric Bogosian, Domenick Lombardozzi, Frances Fisher, Ato Essandoh, Michael Pitt, Karl Glusman, Mike Pniewski, Matilda Lutz, Catherine Dyer, Thad Luckinbill, Michael Beasley, JC Capone, Sky Ferreira.

O assassinato de uma corretora de imóveis esconde uma complexa trama envolvendo vários personagens. Durante a investigação, o veterano detetive Nichols (Benicio Del Toro) desconfia do marido da vítima (Justin Timberlake), do ex-marido da mulher (Karl Glusman) e de um rapaz (Michael Pitt) que deseja vingança. 

Este interessante longa policial prende a atenção ao soltar pequenas pistas que vão se encaixando em meio a uma crescente tensão. O roteiro ainda cria um passado polêmico para o protagonista vivido por Benicio Del Toro, que aos poucos tem semelhança com este novo caso. 

Destaque também para o elenco de rostos conhecidos e a produção caprichada. É um longa que vai agradar quem curte tramas policiais.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

The Simple Life of Noah Dearborn

 

The Simple Life of Noah Dearborn (The Simple Life of Noah Dearborn, EUA, 1999) – Nota 7
Direção – Gregg Champion
Elenco – Sidney Poitier, Mary Louis Parker, Dianne Wiest, George Newbern, Bernie Casey, Frances Bay, John Bedford Lloyd.

Noah Dearborn (Sidney Poitier) é um marceneiro de 91 anos que passou toda a vida em uma pequena cidade da Georgia. Quando investidores tentam comprar a fazenda em que ele vive sozinho, Noah precisará enfrentar situações complicadas para manter sua vida simples no local. 

Este longa produzido para a tv foi o penúltimo trabalho do grande ator Sidney Poitier, que entrega uma interpretação emocionante sobre como a liberdade individual de escolha não tem preço. O roteiro foca ainda na experiência de vida através de pequenos lições que o protagonista oferece em vários diálogos. 

A questão da longevidade é outro ponto interessante na história, fato que cruza com a vida real de Poitier, que na época tinha 72 anos e estava em plena forma. Ele faria um novo filme em 2001 antes de se aposentar, seguindo a vida até 2022 quando faleceu prestes a completar 95 anos.

domingo, 12 de janeiro de 2025

Exhuma

 


Exhuma (Pamyo, Coreia do Sul, 2024) – Nota 7,5
Direção – Jang Jae Hyun
Elenco – Min Sik Choi, Kim Go Eun, Hae Jin Yoo, Lee Do Hyun.

Um casal de família rica pede ajuda para uma dupla de xamãs (Kim Go Eun e Lee Do Hyun) para descobrir porque o seu bebê está doente após algumas situações inexplicáveis. Os xamãs se aliam a um professor especialista em túmulos (Min Sik Choi) e a um agente funerário (Hae Jin Yoo) para desenterrar um ancestral da família, porém algo sobrenatural está preso no mesmo local. 

Os pontos principais desta mistura de drama, suspense e terror são o clima de tragédia que permeia toda a narrativa e a complexa história que insere elementos como a invasão japonesa na Coreia do século passado e o xamanismo coreano que lembra o clássico “O Exorcista” e que já foi utilizado em outros filmes daqueles país, como em “O Lamento” por exemplo. 

O destaque do elenco ficam para o ótimo Mink Sik Choi, protagonista de grandes filmes como “Old Boy” e “Eu Vi o Diabo”, que vive um personagem que mistura conhecimento e misticismo para entender o que está enfrentando. O resultado é mais um bom filme do criativo cinema sul-coreano.

sábado, 11 de janeiro de 2025

We Came to Wreck Everything

 


We Came to Wreck Everything (We Came to Wreck Everything, Canadá, 2024) – Nota 6,5
Direção – A.K. Austin
Elenco – Andrew Bee, Reece Presley, Joey Freddy Larsen, Rachel Sellan, Kealan Fitzpatrick.

Um policial infiltrado detalha através de gravações de conversas uma complexa trama de traições e dinheiro envolvendo três grupos criminosos, um trio de ex-soldados buscando vingança e o assassinato de um policial corrupto.

A história é extremamente complicada e repleta de personagens que fica difícil descrever uma simples sinopse. O título original seria algo como “Viemos Para Destruir Tudo”. 

O diretor e roteirista estreante A.K. Austin acerta em duas escolhas criativas. O formato da narrativa repleta de cortes, tomadas de câmera inusitadas e algumas animações que passam um ar de modernidade e agilidade, mas que também deixam o entendimento da trama ainda mais complicado. 

E junto com isso os diálogos cínicos e criativos. Este é o grande ponto do filme, com os personagens criando analogias cínicas, ameaças e conversas em que o espectador precisa prestar atenção nas entrelinhas. 

É claramente um filme de abaixo orçamento que pode ser o início de uma promissora carreira do diretor até então desconhecido.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Pendatang

 


Pendatang (Pendatang, Malásia, 2023) – Nota 7
Direção – Ken Kin Ng
Elenco – Fredy Chan, Mayjune Tan, Shareen Yeo, Kyzer Tou, Qaidah Marha.

Em um futuro próximo, uma lei de segregação entrou em vigor na Malásia e as pessoas que vivem no país são realocadas para áreas específicas separadas por raça. Uma família de chineses é enviada para um setor em uma região rural, sendo obrigados a morar em uma antiga casa isolada. Quando eles descobrem uma garotinha malaia escondida no sótão, precisam decidir o que fazer, pois se tornou crime ajudar pessoas de outras raças. 

Esta ficção distópica dribla o baixo orçamento para criar uma envolvente história sobre o absurdo da segregação e como o excesso de controle do Estado leva a corrupção e ao autoritarismo. Mesmo com a questão social sendo o ponto principal, o filme também é competente no suspense e na violência, criando sequências que variam entre a revolta e o medo. A ousadia do diretor Ken Kin Ng leva a um final muito diferente do habitual deste tipo de história.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Vírus

 


Virus (Fukkatsu No Hi, Japão, 1980) – Nota 6
Direção – Kinji Fukasaku
Elenco – Glenn Ford, George Kennedy, Chuck Connors, Masao Kusaraki, Bo Svenson, Olivia Hussey, Edward James Olmos, Robert Vaughn, Henry Silva, Cec Linder, Ken Pogue, Sonny Chiba.

Um vírus mortal da gripe que foi roubado termina liberado no ar após um acidente de avião. Algum tempo depois, o vírus se espalha causando um caos mundial e matando grande parte da população. A salvação da raça humana pode estar nas bases científicas na Antártida, pois o vírus “adormece” em baixas temperaturas. 

Esta curiosa produção japonesa recheada de atores americanos apresenta uma intrigante premissa que tem semelhança com a recente pandemia. O filme é dividido em duas partes e um prólogo até o acidente de avião. 

A primeira parte foca na crise que o governo americano tenta resolver, para a parte final detalhar a luta pela sobrevivência na Antártida. É uma pena que a narrativa e os efeitos especiais tenham envelhecido mal, assim como final piegas. Porém é uma longa que merece uma nova versão com mais dinheiro e melhor trabalhada.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Quando o Jogo Está Alto

 


Quando o Jogo Está Alto (When the Game Stands Tall, EUA, 2014) – Nota 7
Direção – Thomas Carter
Elenco – Jim Caviezel, Michael Chiklis, Alexander Ludwig, Laura Dern, Clancy Brown, Matthew Daddario, Jessie T. Usher, Stephan James, Joe Massingill, Ser’Darius Blain.

Após bater o recorde de 151 vitórias seguidas de um time colegial de futebol americano, o treinador Bob Ladouceur (Jim Caviezel) enfrenta um problema pessoal e também precisa manter seu espírito em paz para seguir guiando a carreira e a vida de jovens atletas e estudantes. 

Este longa é baseado na história real do treinador que se tornou lenda ao ir além da busca pelas vitórias. A história foca na temporada em que ele precisou reinventar a equipe para manter tanto as vitórias, quanto a transformação de jovens em adultos responsáveis. 

O filme é bom, mas não tem surpresas, sendo basicamente um relato da história de vida de um pessoa que inspirou centenas de jovens durante anos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

I Am a Hero

 


I Am a Hero (Ai Amu a Hîrô, Japão, 2015) – Nota 7,5
Direção – Shinsuke Sato
Elenco – Yo Oizumi, Kasumi Arimura, Masami Nagasawa, Hisashi Yoshizawa, Yoshinori Okada, Nana Katase.

Hideo Suzuki (Yo Oizumi) é um inseguro desenhista de mangás frustrado por não ter conseguido reconhecimento e nem dinheiro. Quando ocorre um apocalise zumbi causado por um vírus, Hideo precisa lutar para sobreviver e quem sabe encarnar na vida real o heroi que ele sonha ser. 

Este surpreendente longa japonês vai além das ótimas e violentas sequências de ação comuns aos gênero para focar também na curiosa jornada do protagonista. Durante todo o filme ele se apresenta citando seu nome em relação a semelhança com a palavra “herói”, porém não consegue demonstrar um heroísmo real. 

Em várias sequências ele praticamente congela em seus pensamentos imaginando o pior, igual fez em toda sua vida, sempre sonhando e jamais falando ou colocando em prática seus objetivos. Este drama psicológico misturado com a luta pela sobrevivência que o leva a cruzar o caminho de outras pessoas o direcionam para um momento em que o medo precisará ser deixado de lado. 

Para quem gosta de obras sobre zumbis, este pouco conhecido longa é uma boa opção.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O Vendedor de Ilusões: O Caso Geração Zoe

 


O Vendedor de Ilusões: O Caso Geração Zoe (El vendedor de ilusiones: El caso Generación Zoe, Argentina, 2024) – Nota 7
Direção – Matias Gueilburt
Documentário

Em 2019, o coach argentino Leonardo Cositorto iniciou um projeto batizado como “Geração Zoe” na cidade de Villa Maria em Córdoba. O primeiro passo foi a captação de investimentos com a promessa de uma lucratividade muito acima do normal, junto com alguns outros serviços como cursos e viagens, além de bônus para quem indicasse novos investidores. 

Com um talento natural para convencer o público e uma propaganda pesada, o negócio cresceu rapidamente com a criação de variados negócios como lanchonetes, uma loja de carros, farmácias e até a gestão do clube de futebol Deportivo Español. A mesma velocidade de crescimento foi a da queda, causando um prejuízo gigantesco para centenas de investidores em vários países da América Latina.

Este documentário detalha todo o processo desse sofisticado esquema de pirâmide através de depoimentos de diversas pessoas que foram vítimas, de autoridades, jornalistas e do próprio Cositorto que está preso esperando julgamento. 

Seu vice-presidente na empresa também está preso. Ele se chama Max Batista, diz que não entendia do negócio e que era apenas uma espécie de apresentador das palestras de Cositorto. Ele cita algo interessante, que Cositorto estava criando um ecossistema de negócios com a marca Zoe. 

O grande problema é que tudo fazia parte de uma grande fraude, inclusive a empresa de investimentos Zoe Broker na verdade enganava os clientes com simulações de negócios, tendo jamais investido no mercado real.

domingo, 5 de janeiro de 2025

O Maior Assalto

 


O Maior Assalto (El Robo Del Siglo, Colômbia, 2020) – Nota 7,5
Direção – Pablo Gonzalez, C.S. Prince & David Pombo
Elenco – Andrés Parra, Christian Tappan, Marcela Benjumea, Waldo Urrego, Paula Castaño, Juan Sebastian Calero, Edgar Vittorino, Katherine Velez, Rodrigo Jerez.

Em 1994, um quadrilha de ladrões de Bogotá na Colômbia liderada por Chayo (Andrés Parra) e o advogado Molina (Christian Tappan) elaboram o ousado plano de roubar um banco central no litoral do país que recebia dinheiro de várias cidades. 

Envolvendo diversos parceiros, entre eles uma financiadora (Marcela Benjumea), seguranças do banco e um oficial do exército, a quadrilha executa o maior roubo da história do país. 

Esta minissérie em seis episódios detalha com competência todos os passos da elaboração do plano e os obstáculos que foram surgindo. O roteiro extremamente bem amarrado vai colocando em cena outros personagens que surgem após o roubo em busca de parte do dinheiro. 

O roteiro explora também a corrupção entranhada nos países latino americanos, em que o dinheiro consegue comprar praticamente tudo.

sábado, 4 de janeiro de 2025

Minha Obra-Prima

 


Minha Obra-Prima (Mi Obra Maestra, Argentina / Espanha, 2018) – Nota 7,5
Direção – Gaston Duprat
Elenco – Guillermo Francella, Luis Brandoni, Raul Arévalo, Andrea Frigerio.

Arturo (Guillermo Francella) é o dono de uma galeria de arte em Buenos Aires. Renzo (Luis Brandoni) é um excêntrico pintor que não vende sequer uma obra há anos. As diferenças não impedem a amizade que existe entre eles. Com os dois precisando de dinheiro, um fato inesperado dá oportunidade para colocar em prática em plano que poderá resolver seus problemas financeiros. 

Esta co-produção argentina e espanhola é uma divertida comédia que tira sarro dos absurdos do mercado de arte contemporânea, em que milionários entediados compram obras com valores altíssimos de artistas cínicos. A dupla de protagonistas são as duas faces da mesma moeda. Mesmo com objetivos diferentes a princípio, os dois desprezam os compradores de arte e os apreciadores. 

No meio da trama surge ainda o personagem do aspirante a pintor vivido pelo espanhol Raul Arévalo, que é um retrato desta bolha do mundo da arte e que terá um papel importante no final da trama. Destaque para as atuações cínicas dos ótimos Guillermo Francella e Luis Brandoni.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Morrer Sozinho

 


Morrer Sozinho (Die Alone, Canadá /EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Lowell Dean
Elenco – Carrie Anne Moss, Douglas Smith, Frank Grillo, Kimberly Sue Murray.

Um jovem com amnésia (Douglas Smith) acorda após um acidente de automóvel e inicia uma busca desesperada por sua namorada (Kimberly Sue Murray). Em paralelo, o espectador descobre que ocorreu uma espécie de apocalipse causado por um vírus que dizimou grande parte da população. 

Esta criativa produção B que mistura terror, suspense e ficção vai entregando pistas do que realmente está acontecendo em meio a sequências de violência. A falta de grana é compensada pelo ritmo ágil, pela ação e a própria história que esconde uma curiosa surpresa. Carrie Anne Moss tem um papel importante, enquanto Frank Grillo aparece pouco, porém também em sequências que explicam muita coisa na história.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

The Thicket

 


The Thicket (The Thicket, EUA, 2024) – Nota 6,5
Direção – Elliott Lester
Elenco – Peter Dinklage, Juliette Lewis, Esme Creed Miles, Levon Hawke, Gbenga Akinnagbe, Macon Blair, James Hetfield, Arliss Howard, Leslie Grace, Ned Dennehy, David Midthunder.

Texas, século XIX. Uma quadrilha liderada por Billy (Juliette Lewis) sequestra Lula (Esme Creed Miles) e deixa vivo seu irmão Jack (Levon Hawke). Obcecado em resgatar a irmã, Jack consegue ajuda ao cruzar o caminho do pistoleiro Jones (Peter Dinklage) e de seu parceiro Hollow (Gbenga Akinnagbe). 

Este western ao mesmo tempo que explora a clássica história de caçada e vingança, também entrega uma estranha narrativa com clima de tragédia. Ele se passa no inverno em meio ao frio e a neve, bem diferente dos westerns ensolarados. 

Os personagens parecem mais saídos de um filme de terror, como a psicopata vivida por Juliette Lewis e outros bandidos sujos e bizarros. O filme tem algumas boas sequências de ação e ainda a curiosidade de ver James Hetfield, o vocalista da banda Metallica interpretando um caçador de recompensas.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Planeta dos Macacos: O Reinado

 


Planeta dos Macacos:O Reinado (Kingdom of the Planet of the Apes, EUA / Austrália, 2024) – Nota 6
Direção – Wes Ball
Elenco – Owen Teague, Freya Allen, Kevin Durant, Peter Macon, William H. Macy.

Após a ótima trilogia que se encaixou perfeitamente com a premissa do clássico de 1968, os produtores decidiram reiniciar a franquia com este longa que se passa no futuro mostrando uma sociedade dominada pelos macacos. Seria basicamente o mesmo período em que o astronauta vivido por Charlton Heston no original descobriu o que aconteceu na Terra. 

O grande problema deste novo filme é não trazer nada de original, reciclando a ideia da guerra entre os povos e colocando clãs de macacos em conflito. A ânsia em atingir a nova geração levou os produtores e o diretor a focar tudo nas fantásticas sequências digitais, com um apuro visual perfeito, porém sem a alma que falta para um bom filme. 

A ideia de colocar como praticamente única humana com importância na história a inexpressiva Freya Allen também não ajuda, sendo outra escolha para agradar a geração atual. É mais um filme muito bem produzido, porém com conteúdo raso, bastante inferior em comparação as obras anteriores.