domingo, 31 de outubro de 2021

Halloween Kills: O Terror Continua

 


Halloween Kills: O Terror Continua (Halloween Kills, EUA / Inglaterra, 2021) – Nota 5,5
Direção – David Gordon Green
Elenco – Jamie Lee Curtis, Jane Greer, Andi Matichak, Anthony Michael Hall, Thomas Mann, Will Patton, James Jude Courtney, Nick Castle, Dylan Arnold, Robert Longstreet, Charles Cyphers.

Na mesma noite em que se feriu gravemente ao enfrentar Michael Myers, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) com sua filha (Judy Greer) e sua neta (Andi Matichak) prenderam o psicopata em sua casa e colocam fogo no local. Elas se surpreendem ao descobrir que Myers escapou e fez novas vítimas pela cidade. 

Liderados por Tommy Doyle (Anthony Michael Hall), que era criança quando os crimes começaram, um grupo de moradores decide caçar Myers para fazer justiça com as próprias mãos. 

O ciclo dos vários filmes “Halloween” se repete aqui. A franquia original que começou com o clássico de John Carpenter teve uma parte dois muito boa e depois quatro sequências em que a qualidade caiu bastante. 

No final dos anos noventa tentaram reiniciar a série com o competente “Halloween H20” e depois com a péssima sequência “Halloween: Ressurreição”. Em 2007, o músico, roteirista e diretor Rob Zombie entregou o surpreendente prequel “Halloween: O Início”, para em seguida cair na tentação de fazer a sequência “Hallowen II” e assim como nas franquias anteriores, também inferior na comparação. 

Ao completar quarenta anos do longa original em 2018, o diretor David Gordon Green comandou um novo “Halloween” que seria uma continuação dos dois primeiros filmes da franquia original, deixando de lado tudo o que foi produzido neste meio tempo. 

O roteiro segue a história de sofrimento da protagonista vivida por Jamie Lee Curtis, levando até um clímax que poderia ser o final de tudo, porém novamente a ideia era reiniciar a franquia, rendendo esta sequência confusa e um terceiro filme que será lançado provavelmente em 2022. 

Além da história ser contínua, outro ponto positivo aqui é reintegrar personagens dos longas originais, mesmo sendo interpretados por outros atores por causa da idade, como Anthony Michael Hall por exemplo. Ele ainda conseguiu a participação do veterano Charles Cyphers, que estava aposentado há catorze anos e que voltou a interpretar o ex-xerife da cidade. Por outro lado, a participação de Jamie Lee Curtis é menor e bastante apagada, assim como a do xerife atual de Will Patton. 

A ideia de inserir mensagens na trama também não convence, como a questão de criticar o enfrentamento do mal com violência, como se quisessem transformam a série em politicamente correta. 

Vamos esperar para conferir o que virá no terceiro filme.

sábado, 30 de outubro de 2021

Halloween 4, 5 e 6

 


Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (Halloween 4: The Return of Michael Myers, EUA, 1988) – Nota 6
Direção – Dwight H. Little
Elenco – Donald Pleasence, Ellie Cornell, Danielle Harris, Michael Pataki, Beau Starr, Kathleen Kinmont.

Após dez anos preso em uma instituição psiquiátrica, o psicopata Michael Myers consegue fugir e segue de volta para a cidade de Haddonfield com o objetivo de assassinar o restante de sua família. No seu encalço está o psiquiatra dr. Loomis (Donald Pleasence), que ajudou a polícia a prendê-lo na primeira vez. 

Esta sequência reativou a franquia após o fracasso da parte três que tinha uma história sem ligação algum com o psicopata. A volta do alucinado dr. Loomis vivido por Donald Pleasence, o clima de tragédia e a violência são os pontos altos. 

Por outro lado, o diretor exagera ao transformar Michael Myers quase em um imortal, que surge nos mais variados locais sem muita explicação. Vale citar ainda o final polêmico que dividiu o público e colocou a garotinha Danielle Harris como destaque. 

Mesmo com as falhas, é um filme que agrada quem gosta da franquia.

Halloween 5: A Vingança de Michael Myers (Halloween 5: The Revenge of Michael Myers, EUA, 1989) – Nota 5
Direção – Dominique Othenin Girard
Elenco – Donald Pleasence, Danielle Harris, Ellie Cornell, Beau Starr, Wendy Kaplan, Troy Evans.

Um ano após os acontecimentos do filme anterior, Michael Myers reaparece em busca de sua sobrinha Jamie (Danielle Harris), que está internada em um hospital infantil após ter atacado sua mãe. 

Uma estranha ligação telepática entre Myers e a sobrinha é o ponto bizarro desta sequência que até entrega várias sequências de mortes criativas, porém falha também ao inserir jovens coadjuvantes que parecem saídos de alguma comédia adolescente. O único destaque é mais uma interpretação agitada de Donald Pleasence como o dr. Loomis obcecado em matar Michael Myers. 

É um filme que marcou uma nova decadência na franquia.

Halloween 6: A Útima Vingança (Halloween: The Curse of Michael Myers, EUA, 1995) – Nota 4
Direção – Joe Chappelle
Elenco – Donald Pleasence, Paul Rudd, Marianne Hagan, Mitchell Ryan, Kim Darby.

Seis anos após sua última aparição, Michael Myers retorna para Haddonfield pretendendo matar a filha de sua sobrinha. Novamente o dr. Loomis (Donald Pleasence) volta a persegui-lo, desta vez com a ajuda de Tommy Doyle (Paul Rudd), que era criança quando Myers atacou pela primeira vez. 

Este é com certeza o pior filme da franquia original. Além de reciclar as ideias dos longas anteriores, o roteiro cria uma relação de Myers com um culto sinistro para tentar explicar os assassinatos. 

O que deixou o filme ainda pior foi a morte de Donald Pleasence antes do final da produção, o que fez com que sua participação fosse menor e a história ainda mais confusa.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Cicatrizes da Guerra, Guerra de Mentiras & Garwood: Prisioneiro de Guerra

 


Cicatrizes da Guerra (Missing in America, EUA / Canadá, 2005) – Nota 6,5
Direção – Gabrielle Savage Dockterman
Elenco – Danny Glover, Zoe Weizenbaum, Linda Hamilton, Ron Perlman, David Strathairn.

Jake Neeley (Danny Glover) é um veterano da Guerra do Vietnã que vive em um local isolado nas montanhas. As lembranças da guerra e dos traumas vem à tona quando um companheiro de batalhão (David Strathairn) o visita levando sua filha Lenny (Zoe Weizenbaum), que tinha mãe vietnamita. 

Este drama segue o roteiro habitual em que uma criança quase adolescente amolece o coração duro de um sujeito que não conseguia se afastar do passado. A história tem espaço para outras situações dramáticas, com destaque para a química entre Danny Glover e a garota Zoe Weizenbaum, que fez apenas quatro filmes e não seguiu carreira.

Guerra de Mentiras (A Bright Shining Lie, EUA, 1998) – Nota 6,5
Direção – Terry George
Elenco – Bill Paxton, Amy Madigan, Vivian Wu, Donal Logue, Ed Lauter, Kurtwood Smith, Eric Bogosian, James Rebhorn.

John Paul Vann (Bill Paxton) lutou na Guerra do Vietnã nos anos sessenta e se desligou do exército como coronel, se tornando um crítico feroz da guerra. Nos anos setenta ele volta ao Vietnã trabalhando como civil para auxiliar no retorno dos soldados aos EUA e no relacionamento com a população. 

Esta produção da HBO é baseada em um livro que contra a história real do coronel que ficou indignado com o que viveu na guerra, principalmente por não acreditar no discurso do governo. O longa mostrou como isso impactou sua vida profissional e pessoal. É basicamente um filme pacifista detalhando a visão do protagonista.

Garwood: Prisioneiro de Guerra (The Last P.O.W.? The Bobby Garwood Story, EUA, 1992) – Nota 5,5
Direção – Georg Stanford Brown
Elenco – Ralph Macchio, Martin Sheen, Noah Blake, Le Tuan.

Em março de 1979 chega aos EUA o soldado Robert Garwood (Ralph Macchio), que seria o último prisioneiro americano libertado pelos vietnamitas. Ele ficou preso durante catorze anos e criou uma relação de sobrevivência com os inimigos, fato que desagrada o governo americano e o leva para a corte marcial. 

Baseado em uma história real, este longa produzido para tv deixa a desejar tanto nas sequências do protagonista na prisão, quanto no julgamento. A complexa história levou a opinião pública a acreditar que na época ainda existiam outros americanos presos no Vietnã, soldados que haviam sido considerados mortos ou desaparecidos em combate. A defesa de Garwood sempre deixou dúvidas sobre o fato e também até que ponto ele colaborou com o inimigo. Quem sabe algum produtor ou diretor desenterre a história e faça uma versão melhor para o cinema.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Timecode

 


Timecode (Timecode, EUA, 2000) – Nota 7
Direção – Mike Figgis
Elenco – Saffron Burrows, Salma Hayek, Jeanne Tripplehorn, Stellan Skarsgard, Xander Berkeley, Golden Brooks, Richard Edson, Glenne Headly, Holly Hunter, Danny Huston, Leslie Mann, Kyle MacLachlan, Alessandro Nivola, Julian Sands, Steven Weber.

Em um mesmo dia em Los Angeles, quatro câmeras acompanham quatro personagens dividindo a tela em quatro pequenas imagens. Uma aspirante a atriz (Salma Hayek), sua amante (Jeanne Tripplehorn), um executivo de cinema (Stellan Skarsgaard) e sua esposa (Safron Burrows). 

Os diálogos destes personagens com outros se confundem em meio a narrativa, deixando o espectador perdido em meio as ações simultâneas. Em alguns momentos o som de uma das pequenas telas aumenta, levando o espectador a acompanhar aquela situação específica. 

Além da histórias contadas ao mesmo tempo, são noventa e oito minutos de quatro planos-sequências ininterruptos. Este formato ousado e inédito foi uma aposta arriscada e acertada do diretor inglês Mike Figgis, que com certeza obrigou elenco e equipe técnica a se prepararem em longos ensaios. 

A escolha da cidade de Los Angeles como pano de fundo é outro acerto, explorando personagens típicos de Hollywood.

 A elevada complexidade da obra transformou este filme em único. Não conheço outra obra neste formato. É uma experiência diferente, confusa em alguns momentos, mas que vale a pena ser conferida.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Adú

 


Adú (Adú, Espanha, 2020) – Nota 6,5
Direção – Salvador Calvo
Elenco – Luis Tosar, Alvaro Cervantes, Anna Castillo, Moustapha Oumarou, Zayiddiya Dissou, Miquel Fernandez, Jesus Carroza, Ana Wagener.

Três histórias paralelas que tem em comum o tema da imigração são o foco deste longa interessante e ao mesmo tempo irregular. 

A melhor história detalha a saga do pequeno garoto Adú (Moustapha Oumarou) e sua irmã Alika (Zayiddiya Dissou) que testemunham a mãe ser assassinada em um vilarejo no interior de Camarões e fogem com o objetivo de chegar até a Espanha onde o pai deles vive. 

A segunda trama tem como protagonista o ambientalista espanhol Gonzalo (Luis Tosar), que também em Camarões luta para salvar elefantes que são caçados, porém enfrenta resistência até mesmo dos companheiros de trabalho. 

A última e mais fraca história foca em três policiais na fronteira espanhola que ao enfrentar uma invasão de imigrantes terminam participando da morte de um sujeito. 

Por mais que sejam temas atuais, a ideia de explorar três histórias atrapalhou o resultado. A história do garoto Adu se mostra muito mais interessante e sensível, passando por várias locações e misturando drama, aventura e violência, enquanto as outras resultam em dramas rasos, sem o mesmo impacto. 

É um filme mediano por conta desta irregularidade.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Postais Mortíferos

 


Postais Mortíferos (The Postcard Killings, Inglaterra / EUA, 2020) – Nota 6
Direção – Danis Tanovic
Elenco – Jeffrey Dean Morgan, Famke Janssen, Cush Jumbo, Joachim Krol, Steven Mackintosh, Denis O’Hare, Naimi Battrick, Ruairi O’Connor.

Um jovem casal é encontrado morto com toques de tortura em Londres. A garota é filha do detetive americano Jacob Kanon (Jeffrey Dean Morgan), que rapidamente liga o crime a um assassinato semelhante ocorrido em Madrid. Mesmo sem pode atuar oficialmente, Jacob se envolve na investigação que se estenderá por outros países da Europa. 

Baseado em um livro, este longa tem uma premissa intrigante ao explorar crimes pela Europa que claramente foram cometidos por uma motivação incomum. A primeira parte enquanto não se sabe quem é o criminoso prende a atenção, porém quando este segredo é revelado a história perde um pouco da força, chegando até um clímax que deixa a desejar. 

As sequências dramáticas também são outro ponto fraco, com uma atuação caricata de Jeffrey Dean Morgan nestes momentos. Sua atuação melhora quando ele age como policial. 

Vale citar que o diretor bósnio Danis Tanovic estreou de forma promissora em 2001 com o ótimo “Terra de Ninguém”, para em seguida entregar obras apenas razoáveis.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Terra de Ninguém & Louca Perseguição

 


Terra de Ninguém (Badlands, EUA, 1973) – Nota 7,5
Direção – Terrence Malick
Elenco – Martin Sheen, Sissy Spacek, Warren Oates, Ramon Bieri, Alan Vint

Dakota, final dos anos cinquenta. O casal de namorados Kit (Martin Sheen) e Holly (Sissy Spacek) inicia uma saga de crimes após o jovem assassinar o pai da garota que não aprovava o namoro. Eles pegam a estrada deixando um rastro de violência e mortes, como se fossem uma versão jovem de Bonnie e Clyde. 

Este curioso e também violento drama marcou a estreia na direção do excêntrico e talentoso Terrence Malick, que se baseou em uma história real ocorrida nos anos cinquenta. O filme é marcante por mostrar a violência de jovens como consequência de terem sido contrariados, algo infelizmente comum nos dias atuais, mas que era raro naquela época. 

A atuação de Martin Sheen como o jovem psicopata imita os trejeitos de James Dean em “Juventude Transviada”, inclusive no corte de cabelo, enquanto Sissy Spacek entrega uma adolescente ingênua e frágil, estilo de personagem sofredor que repetiu outras vezes na carreira. 

Terrence Malick foi elogiado pelo trabalho. Ele faria cinco anos depois “Cinzas no Paraíso”, outro bom drama e de forma surpreendente se afastaria do cinema por vinte anos, voltando a dirigir somente em 1998 o ótimo e também longo e contemplativo “Além da Linha Vermelha”.

Louca Perseguição (Return to Macon County, EUA, 1975) – Nota 5,5
Direção – Richard Compton
Elenco – Nick Nolte, Don Johnson, Robin Mattson, Robet Viharo.

Dois jovens (Nick Nolte e Don Johnson) viajam de carro pela Geórgia em 1958 com destino a Califórnia. O objetivo da dupla é participar do campeonato de corridas de automóvel. Ao parar na pequena cidade de Macon County, eles dão carona a uma garota (Robin Mattson). A carona e o jeito rebelde da dupla chamam a atenção de um policial que decide persegui-los. 

Este razoável road movie tem algumas curiosidades, começando pelos protagonistas interpretados por Nick Nolte e Don Johnson ainda jovens e antes da fama. A narrativa e o desenvolvimento da trama seguem o estilo da contracultura dos anos sessenta. 

Outra curiosidade é que ano anterior o diretor Richard Compton dirigiu “No Limiar do Ódio”, título original “Macon County Line”, porém baseado em uma história real que não tem ligação com este filme que comento aqui.

domingo, 24 de outubro de 2021

Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio

 


Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio (The Conjuring: The Devil Made Me Do It, EUA / Inglaterra, 2021) – Nota 7
Direção – Michael Chaves
Elenco – Vera Farmiga, Patrick Wilson, Ruairi O’Connor, Sarah Catherine Hook, Julian Hilliard, John Noble, Eugene Bondurant.

Em 1981, o casal Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) participa do exorcismo de um garotinho (Julian Hilliard) que termina com Ed sendo hospitalizado. Para deixar tudo ainda pior, o espírito maligno não desapareceu, na verdade ele se apoderou do irmão mais velho do garoto, o jovem Arne (Ruairi O’Connor). 

Este terceiro longa da franquia mais uma vez explora uma história real vivida pelo casal Warren, inclusive com reportagens e fotos reais nos créditos finais. O que faz o filme perder alguns pontos é não ter o ótimo James Wan na direção, que passou o bastão para Michael Chaves, do fraco “A Maldição da Chorona”. Mesmo assim, o filme é melhor do que a maioria do longas do gênero, tendo uma ótima sequência inicial de exorcismo e um clima de tensão crescente. 

Para quem curte o gênero, vale a pena conferir a trilogia.

sábado, 23 de outubro de 2021

Mais que Especiais

 


Mais que Especiais (Hors Normes, França / Bélgica, 2019) – Nota 7,5
Direção – Olivier Nakache & Eric Toledano
Elenco – Vincent Cassel, Reda Kateb, Helene Vincent.

Em Paris, o judeu Bruno Haroche (Vincent Cassel) administra um organização que cuida de pessoas especiais que foram rejeitadas por outros locais semelhantes. Malik (Reda Kateb) é o responsável por outra organização que trabalha em parceria com Haroche. Além dos problemas diários para cuidar dos especiais, Haroche precisa enfrentar ainda a burocracia governamental. 

Inspirado em história real, este longa toca com sensibilidade no complicado tema do tratamento e dos cuidados que pessoas especiais precisam, muitas vezes sendo impossível para os familiares enfrentarem esta situação sem ajuda externa. 

O cuidado humanizado e individual mostrado neste filme é algo muito difícil de ocorrer em organizações maiores, onde a flexibilização das ações praticamente não existe. 

A narrativa não apela para exageros dramáticos, dando ênfase as pequenas situações muito próximas da realidade destas pessoas. 

É um bom filme, com um olhar diferenciado e sóbrio para uma dura realidade.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O Reencontro

 


O Reencontro (The Magic of Belle Isle, EUA, 2012) – Nota 7
Direção – Rob Reiner
Elenco – Morgan Freeman, Virginia Madsen, Emma Fuhrmann, Madeline Carroll, Nicolette Pierini, Kenan Thompson, Fred Willard, Jessica Hecht, Ash Christian.

Monte Wildhorn (Morgan Freeman) é um escritor de histórias sobre western que há anos desistiu da carreira. Sem dinheiro, ele é levado pelo sobrinho (Kenan Thompson) para passar o verão em Belle Isle na casa de um músico que está viajando. 

Vivendo em uma cadeira de rodas e bebendo demais, Monte começa a ter uma nova esperança na vida ao fazer amizade com a família vizinha, principalmente com a garota Finnegan (Emma Fuhrmann), que tem duas irmãs e a mãe (Virginia Madsen). 

Dirigido pelo veterano Rob Reiner, de ótimos longas como “Harry e Sally” e “Conta Comigo”, este é um daqueles filmes inofensivos feitos para deixar o espectador com uma sensação de esperança ao final da sessão. 

São clichês como mudança de vida, aceitação e compreensão explorados de forma sensível, através de diálogos inteligentes, paisagens agradáveis e uma boa química entre os personagens de Morgan Freeman e da então adolescente Emma Fuhrmann. 

É um filme para toda a família.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Infiltrado

 


Infiltrado (Wrath of Man, Inglaterra / EUA, 2021) – Nota 7,5
Direção – Guy Ritchie
Elenco – Jason Statham, Holt McCallany, Josh Hartnett, Jeffrey Donovan, Scott Eastwood, Andy Garcia, Eddie Marsan, Rocci Williams, Deobia Oparei, Laz Alonso, Raul Castillo, Chris Reilly, Niamh Algar.

Na sequência inicial, um assalto a um carro-forte termina com três mortes. Pouco tempo depois, um sujeito apelidado de H (Jason Statham) é contratado pela mesma empresa de segurança para trabalhar no transporte de grandes valores. Enigmático, frio e de poucas palavras, fica claro que H tem em mente algum objetivo diferente de apenas trabalhar como segurança. 

Este novo longa do inglês Guy Ritchie é um pouco diferente em relação a suas obras anteriores sobre o submundo do crime. A primeira diferença é a locação em Los Angeles, quando costumeiramente suas histórias se passam em Londres. 

Isto modifica também os personagens, que nos filmes em Londres geralmente são figuras inusitadas, com apelidos estranhos que se envolvem situações violentas que as vezes beiram o absurdo. Aqui os personagens são os típicos bandidos americanos, que tem um objetivo simples e que utilizam a violência de forma direta. 

Estas escolhas levam a história a ser mais simples do que em seu filmes anteriores, mesmo explorando três tempos diferentes de forma não-linear. Apesar disso, o filme está acima da média do gênero, com ótimas sequências de ação e com a criatividade habitual em filmar em ângulos inusitados, além da sempre marcante presença de Jason Statham, perfeito para este tipo de papel.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

O Refúgio & O Retorno

 


O Refúgio (The Nest. Inglaterra / Canadá, 2020) – Nota 6,5
Direção – Sean Durkin
Elenco – Jude Law, Carrie Coon, Oona Roche, Charlie Shotwell, Tanya Allen, Michael Culkin, Wendy Crewson.

Nova York, anos oitenta. O ambicioso Rory O’Hara (Jude Law) convence sua esposa Allison (Carrie Coon) a mudar para a Inglaterra, onde ele voltará para um antigo emprego. Eles tem um casal de filhos adolescentes. 

Ao invés de morar em Londres, Rory aluga um enorme casarão vitoriano na região rural de Surrey. Aos poucos, o sonho de uma nova vida é confrontado com os problemas causados pela excesso de ambição do protagonista. 

A premissa do sonho que caminha para o fracasso com o protagonista arrastando a família é cruel e ao menos interessante analisando como cinema. A frase popular “dar um passo maior que a perna” é o resumo da história deste longa. O roteiro explora a futilidade das reuniões entre ricos gananciosos, em que a aparência e os negócios são mais importantes do qualquer outro laço. 

O filme perde pontos por ser irregular e apresentar uma narrativa fria, mesmo nos momentos de crise. Vale citar que o diretor e roteirista Sean Durkin entregou um filme estranho e bastante superior chamado “Martha Marcy May Marlene”.

O Retorno (Dark River, Inglaterra, 2017) – Nota 5,5
Direção – Clio Barnard
Elenco – Ruth Wilson, Jonah Russell, Paul Robertson, Sean Bean, Una McNulty, Esme Creed Miles, Mark Stanley, Joe Dempsie.

Com a morte do pai (Sean Bean), Alice (Ruth Wilson) volta para casa no interior da Inglaterra com o objetivo de administrar a fazenda da família junto com o irmão Pete (Jonah Russell), que a princípio não gosta da situação. 

As divergências com o irmão, os problemas financeiros da fazenda e as lembranças da complicada relação com o pai atormentam Alice, que mesmo assim deseja ficar no local. 

Este drama sobre traumas e problemas familiares tem um narrativa bastante arrastada, que abusa dos flashbacks da protagonista. A história não empolga, pelo contrário, fica difícil criar empatia pelos personagens ou se envolver no drama. Eu esperava um filme melhor.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Tempo de Caça

 


Tempo de Caça (Sanyangeui Sigan, Coreia do Sul, 2020) – Nota 6,5
Direção – Sung Hyun Yoon
Elenco – Lee Jehoon, Jae Hong Ahn, Woo Sik Choi, Jeong Min Park, Hae Soo Park.

Em um futuro próximo, a Coreia do Sul sofre com uma terrível crise econômica. Neste contexto, ao sair da prisão por ter cometido um assalto, o jovem Jun Seok (Lee Jehoon) volta a se reunir com seus companheiros de crime e os convence a assaltar um cassino clandestino. A ação do grupo dá início a uma terrível caçada, que os coloca como alvo de outros criminosos. 

A primeira hora é intrigante e agitada, com bom desenvolvimento dos personagens e da situação em que vive o país. Após o assalto o ritmo da narrativa fica bastante irregular, mudando o foco para a caçada citada, intercalando sequências de violência com outras dramáticas que deixam um pouco a desejar. 

A longa duração de duras e horas e quinze minutos também atrapalha. Uns trinta minutos a menos deixaria o filme mais conciso e com certeza melhor. 

É mais um filme em que a boa premissa poderia ter sido melhor explorada.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert

 


A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert (The Truth About the Harry Quebert Affair, EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Jean Jacques Annaud
Elenco – Patrick Dempsey, Ben Schnetzer, Damon Wayans Jr., Kristine Froseth, Kurt Fuller, Victoria Clark, Wayne Knight, Matt Frewer, Colm Feore, Joshua Close, Virginia Madsen, Don Harvey, Ron Perlman, Vlasta Vrana.

Em 2008, numa pequena cidade próxima a divisa dos Estados Unidos com o Canadá, o corpo de uma adolescente desaparecida em 1975 é encontrado enterrado na propriedade do famoso escritor Harry Quebert (Patrick Dempsey), que vive no local desde aquela época. 

Harry é detido como principal suspeito, enquanto o jovem escritor Marcus Goldman (Ben Schnetzer), que foi seu aluno e é seu amigo, decide investigar o que realmente ocorreu. É o início de uma complexa história envolvendo diversas pessoas do local. 

Esta minissérie em dez episódios dirigida pelo francês Jean Jacques Annaud (“O Nome da Rosa” e “Sete Anos no Tibet”) tem um início bastante intrigante, deixando claro que a cidade tem muitos segredos e por outro lado explorando a dúvida em relação a culpa do protagonista através de duas narrativas paralelas. 

Temos a de 2008 detalhando a investigação do jornalista que se une a um detetive (Damon Wayans Jr.) e a segunda em 1975 quando descobrimos a relação entre a vítima (Kristine Froseth) e o escritor. 

A minissérie tem alguns problemas. O primeiro é o excesso de pequenas reviravoltas envolvendo coadjuvantes, quase todos tendo alguma relação com a garota desaparecida, o que torna a história forçada em alguns momentos. 

Este emaranhado de situações leva a uma narrativa irregular e cansativa em alguns episódios. A relação entre o protagonista e a garota também é alongada de forma excessiva. A produção bem cuidada termina escondendo um pouco estes defeitos. 

Eu considero uma minissérie mediana, que pelo premissa poderia ter sido melhor desenvolvida.

domingo, 17 de outubro de 2021

Minari - Em Busca da Felicidade

 


Minari – Em Busca da Felicidade (Minari, EUA, 2020) – Nota 7,5
Direção – Lee Isaac Chung
Elenco – Steven Yeun, Yeri Han, Alan Kim, Noel Cho, Yuh Jung Youn, Will Patton.

Arkansas, anos oitenta. Em busca de uma vida melhor, uma família coreana compra um pequeno pedaço de terra na região. O pai Jacob (Steve Yeun) planeja transformar o local em um fazenda, enquanto isso ele e sua esposa Monica (Yeri Han) trabalham em uma granja. 

A mudança de vida e as dificuldades para realizar o sonho também afetam o filho pequeno David (Alan Kim) e a filha pré-adolescente Anne (Noel Cho), além da avó (Yuh Jung Youn) que acaba vindo morar com eles. 

Este sensível drama foca de uma forma lenta e sóbria na luta de uma família em busca da felicidade, detalhando os obstáculos inesperados, a questão financeira e os pequenos conflitos familiares. 

É uma história que retrata uma realidade semelhante a de muitas famílias de imigrantes, sem apelar para o sentimentalismo ou situações polêmicas ligadas ao tema. 

Destaque para os interpretações de todo elenco, que tem ainda o veterano Will Patton como um religioso solitário que se torna amigo da família.

sábado, 16 de outubro de 2021

Uma Dia & Simplesmente Acontece

 


Um Dia (One Day, EUA / Inglaterra, 2011) – Nota 7,5
Direção – Lone Scherfig
Elenco – Anna Hathaway, Jim Sturgess, Patricia Clarkson, Rafe Spall, Tom Mison, Jodie Whittaker, Ken Stott.

O roteiro deste sensível drama romântico segue a vida de Emma (Anna Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess) da formatura no colégio em 1988 até 2011, sempre mostrando uma espécie de encontro anual no dia quinze de julho. 

É uma história de amor clássica, com encontros e desencontros, conflitos, momentos de felicidade, altos e baixos na vida pessoal e levando a um final que foge do lugar comum do gênero. 

O desenvolvimento dos personagens com o passar do tempo é outro destaque, tanto as mudanças físicas quanto o amadurecimento. A mudança dos figurinos também chama atenção, sem apelar para o exagero. 

É um filme que com certeza agradará quem curte o gênero.

Simplesmente Acontece (Love, Rosie, Alemanha / Inglaterra, 2014) – Nota 7
Direção – Christian Ditter
Elenco – Lily Collins, Sam Claflin, Christian Cooke, Jaime Winstone, Suki Waterhouse, Tamsin Egerton, Jamie Beamish, Lorcan Cranitch.

Amigos desde criança, Rosie (Lily Collins) e Alex (Sam Claflin) não tem coragem de assumir o namoro ao comemorarem dezoito anos de idade. O destino faz com que suas vidas tomem caminhos diferentes, mesmo sempre mantendo contato e no fundo a esperança de ficarem juntos. 

Este simpático drama romântico detalha o complicado relacionamento dos protagonistas durante vários anos, explorando a premissa de que decisões aparentemente pequenas podem mudar para sempre a vida das pessoas. Esta ideia é bastante interessante e funciona bem, muito pela química entre o casal de protagonistas e a espontaneidade da atriz Lily Collins. 

Deixando de lado uma ou outra cena um pouco mais boba e exagerada, o longa cumpre o que promete ao entregar uma complexa história de amor.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

À Espera do Amanhã

 


À Espera do Amanhã (The Tomorrow Man, EUA, 2019) – Nota 6,5
Direção – Noble Jones
Elenco – John Lithgow, Blythe Danner, Derek Cecil, Katie Aselton, Sophie Tatcher, Eve Harlow, Wendy Makkena.

Ed (John Lithgow) é um sujeito solitário que acredita que o mundo está prestes a entrar em colapso. Enquanto se prepara para o apocalipse, Ed sente-se atraído por Ronnie (Blythe Danner), uma enigmática senhora que ele conheceu no supermercado. Eles iniciam uma relação e aos poucos descobrem pequenas surpresas em relação a forma como cada um deles vê o mundo. 

O diretor e roteirista Noble Jones estreou aqui em um longa metragem explorando uma trama diferente que foca em temas como solidão, hábitos e relacionamentos. 

Destaque para as interpretações de John Lithgow, que cria um personagem paranoico em alguns momentos, mas que no fundo tem total noção do que está fazendo e de como isso impacta em sua vida e também para a veterana Blythe Danner, que olha para o mundo e encara seus problemas de uma forma também incomum. 

O final simbólico mostra que nem toda paranoia é injustificável.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Gente de Sorte

 


Gente de Sorte (The Lucky Ones, EUA, 2007) – Nota 7
Direção – Neil Burger
Elenco – Tim Robbins, Rachel McAdams, Michael Peña, Molly Hagan, Mark L. Young, John Heard, Katherine LaNasa, John Diehl, Annie Corley.

Três militares voltando do Afeganistão se conhecem dentro do avião que segue para os Estados Unidos. Os três (Tim Robbins, Rachel McAdams e Michael Peña) sofreram algum tipo de ferimento durante a guerra. 

Chegando no país, um problema cancelou todo os voos domésticos. Os três decidem alugar um carro para chegar ao destino individual, iniciando uma viagem de descobertas. 

Esta sensível mistura de drama com pitadas de comédia explora temas mais fortes de uma forma leve e até descontraída em alguns momentos. 

A narrativa também apresenta alguns momentos mais tristes e outros de decisões complexas que impactam diretamente na vida de cada um deles. 

O filme funciona muita pela ótima química entre o trio principal, todos interpretando personagens que enfrentam problemas comuns e reagem de uma forma dentro da realidade.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Druk - Mais uma Rodada

 


Druk – Mais uma Rodada (Druk, Dinamarca / Suécia / Holanda, 2020) – Nota 8
Direção – Thomas Vinterberg
Elenco – Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang, Las Ranthe, Maria Bonnevie, Helene Reingaard Neumann.

Quatro professores de meia-idade entediados com a vida profissional e pessoal decidem iniciar um inusitado experimento. Manter durante o dia um determinado nível de álcool no organismo, com o objetivo de analisarem suas reações e quem sabe darem uma nova perspectiva em suas vidas. 

Este longa vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro vai além da questão da bebida. O roteiro escrito pelo diretor Thomas Vinterberg em parceria com o também diretor Tobias Lindholm passa uma primeira impressão de que seria uma apologia ao álcool, quando na verdade o desenvolvimento da história se mostra bastante imparcial em relação ao tema. 

Ao mesmo tempo em que algumas sequências mostram a alegria que pode brotar nas pessoas que bebem, por outro lado vemos também as consequências desastrosas na vida de cada um. A proposta implícita do roteiro é mostrar que o ato de beber é uma liberdade individual, sendo assim, também as consequências são de responsabilidade da pessoa que assumiu os riscos. 

O longa não chega a ser tão bom quanto “A Caça” que Vinterbeg dirigiu em 2012 também com Mads Mikkelsen e Thomas Bo Larsen nos papéis principais, mas mesmo assim é um obra que foge do lugar comum e que faz o espectador pensar. 

O grande destaque do elenco fica para Mikkelsen, que “renasce” após começar a beber e que protagoniza uma marcante e simbólica sequência final.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Spare Parts & Criando Asas

 


Spare Parts (Spare Parts, EUA / México, 2015) – Nota 7
Direção – Sean McNamara
Elenco – George Lopez, Marisa Tomei, Jamie Lee Curtis, Carlos PenaVega, José Julian, David Del Rio, Oscar Javier Gutierrez II, Alexa PenaVega, Aubrey K. Miller, Esai Morales.

Fredi Cameron (George Lopez) é um engenheiro desempregado que busca uma vaga de professor de ciências em um colégio em Phoenix. Ele consegue o emprego e logo descobre que a maioria dos alunos são imigrantes mexicanos ilegais. 

A surpresa surge quando o aluno Oscar (Carlos PenaVega) o procura pedindo ajuda para criar um projeto e assim participar de um concurso de robótica envolvendo colégios e universidades. Oscar consegue recrutar outros três alunos, iniciando assim sua busca pelo sonho de uma vida melhor. 

Este simpático longa é baseado em uma inusitada história real que mostra como o talento e a dedicação são virtudes que independem de dinheiro ou classe social. O roteiro detalha a jornada dos garotos e do professor, dando também a habitual ênfase aos problemas familiares para aumentar o drama. 

Não espere surpresas em relação a narrativa, o foco é mostrar uma história de superação e assim quem sabe inspirar outras pessoas a perseguirem seus sonhos.

Criando Asas (A Birder's Guide to Everything, EUA, 2013) – Nota 6
Direção – Rob Meyer
Elenco – Kodi Smit McPhee, Alex Wolff, Michael Chen, Katie Chang, Ben Kingsley, James Le Gros, Daniela Lavender.

David (Kodi Smit McPhee) é um adolescente que adora observar e estudar pássaros, algo que aprendeu com sua mãe que faleceu faz pouco tempo. Ao fotografar um estranho pato que pode ser de uma espécie que estaria extinta, David se junta aos amigos Timmy (Alex Wolff) e Peter (Michael Chen), além da garota Ellen (Katie Chang) para uma viagem em busca do local para onde a ave pode ter ido. 

Este longa com cara de sessão da tarde aproveita o inusitado tema das observação de pássaros para explorar vários clichês dos filmes adolescentes. Cada personagem tem características específicas, o protagonista carrega um trama, tem um relacionamento difícil com o pai e no meio da trama ainda surgem rivais para o grupo, tudo isso de uma forma inofensiva. 

É uma filme para toda a família, que tem ainda a participação de Ben Kingsley como um veterano observador de pássaros.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Oslo & Ó Jerusalém

 


Oslo (Oslo, EUA, 2021) – Nota 6,5
Direção – Bartlett Sher
Elenco – Ruth Wilson, Andrew Scott, Salim Dau, Itzik Cohen, Doval’e Glickman, Waleed Zuaiter.

Em 1993, os líderes de Israel e da Palestina assinaram um acordo de paz em Oslo na Noruega intermediado aparentemente pelos Estados Unidos, o que na teoria foi um enorme avanço, mas que infelizmente durou somente dois anos até o assassinato do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin. 

Este longa detalha os bastidores quase desconhecidos de como um casal norueguês (Ruth Wilson e Andrew Scott) utilizou seus contatos para reunir secretamente em Oslo representantes judeus e palestinos que costuraram os verdadeiros detalhes do acordo. 

Praticamente todo o filme se passa em um enorme casarão isolado focando nos debates entre os dois lados, as vezes discutindo temas banais e em outros momentos questões polêmicas como a disputa por Jerusalém. 

É um filme indicado basicamente para quem gosta de história e política.

Ó Jerusalém (O Jerusalem, França / Inglaterra / Itália / Grécia / Israel / Estados Unidos, 2006) – Nota 6
Direção – Élie Chouraqui
Elenco – JJ Feild, Said Taghmaoui, Maria Papas, Patrick Bruel, Ian Holm, Tovah Feldshuh, Mel Raido.

A criação do Estado de Israel em 1948 levou os palestinos a uma revolta que terminou em guerra contra os judeus. Neste contexto, nos Estados Unidos os jovens judeus Bobby (JJ Feild) e David (Patrick Bruel) decidem viajar para Israel junto com o amigo palestino Said (Said Taghmaoui) pouco antes de estourar a guerra. Os que eles não esperavam era encontrar um conflito recheado de ódio que os colocaria em lados opostos. 

O roteiro escrito pelo diretor Élie Chouraqui utiliza o fato real da guerra de 1948 para contar uma história fictícia de amizade destruída, além de tentar detalhar como foi o início do conflito. O grande problema é que a narrativa parece correr, pulando de uma situação para outra muito rapidamente, o que atrapalha bastante, inclusive o desenvolvimento dos personagens. 

O elenco também não empolga, com a melhor atuação sendo de Said Taghmaoui, que interpreta um personagem atormentado por acreditar que a paz ocorrerá sem derramamento de sangue. 

O resultado fica abaixo do esperado pela ótima premissa.

domingo, 10 de outubro de 2021

A Mulher na Janela

 


A Mulher na Janela (The Woman in the Window, EUA, 2021) – Nota 6,5
Direção – Joe Wright
Elenco – Amy Adams, Gary Oldman, Julianne Moore, Fred Hechinger, Jennifer Jason Leigh, Wyatt Russell, Brian Tyree Henry, Jeanine Serralles, Anthoy Mackie, Tracy Letts.

Anna (Amy Adams) sofre de agorafobia (medo de espaços abertos), vivendo reclusa em seu apartamento em Nova York. Observando os vizinhos pela janela, Anna acredita ter visto um assassinato. O problema é que o hábito de misturar medicamentos com bebida a leva a ter apagões, deixando em dúvida se o que ela viu realmente ocorreu. 

O roteiro escrito pelo ator Tracy Letts, que interpreta o psiquiatra da protagonista, se baseia em livro e tem como ponto principal nos dois primeiros terços explorar a dúvida sobre a sanidade da mulher. Na parte final a trama se volta para os clichês comuns dos suspenses, lembrando as obras do gênero dos anos noventa. 

Amy Adams se esforça para demonstrar o sofrimento da protagonista, o que cansa um pouco também pela narrativa irregular e por quase todas as sequências acontecerem dentro do apartamento. 

O resultado é mediano e esquecível.

sábado, 9 de outubro de 2021

Além das Profundezas

 


Além das Profundezas (Breaking Surface, Suécia / Noruega / Bélgica, 2020) – Nota 6
Direção – Joachin Heden
Elenco – Moa Gammel, Madeleine Martin, Trine Wigen.

Após algum tempo afastadas, as irmãs Ida (Moa Gammel) e Tuva (Madeline Martin) visitam a mãe (Trine Wigen) na Noruega com o objetivo de mergulhar. Um resfriado faz com que a mãe fique em casa, enquanto as irmãs seguem para as águas geladas da região. Um acidente deixa Tuva presa no fundo do mar, causando desespero em Ida, que precisará lutar contra o tempo para salvar a irmã. 

Este filme extremamente curto explora uma história simples sobre luta pela sobrevivência. As sequências aquáticas são bem filmadas e a correria da protagonista em busca da solução para a situação resulta em um suspense mediano. O destaque maior fica para as locações no gelado mar da costa da Noruega.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Tão Distante

 


Tão Distante (Distance, Japão, 2001) – Nota 6,5
Direção – Hirokazu Koreeda
Elenco – Arata Iura, Yusuke Iseya, Susumu Terajima, Yuo Natsukawa, Tadanobu Asano.

Três anos após membros de um culto terem envenenado o abastecimento de água em Tóquio matando centenas de pessoas, parentes das vítimas relembram os entes queridos. 

Um grupo de parentes segue para um retiro em uma cabana isolada, local onde os membros do culto planejaram o ataque e depois cometeram suicídio. 

O único sobrevivente do culto que desistiu de participar da ação demonstra remorso por não ter conseguido brecar os ex-companheiros. 

Ainda em início de carreira, o diretor Hirokazu Koreeda entregou este filme que é mais contemplativo e doloroso do que dramático. As sequências de lamentações em ritmo lento cansam um pouco, explorando mais o lado sensorial do espectador. 

Considero uma experiência diferente e um filme mediano, abaixo na comparação com as obras posteriores do diretor.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Uma Questão de Classe & O Marinho que Caiu em Desgraça com o Mar

 


Uma Questão de Classe (Class, EUA, 1983) – Nota 6,5
Direção – Lewis John Carlino
Elenco – Jacqueline Bisset, Cliff Robertson, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Stuart Margolin, John Cusack, Alan Ruck, Virginia Madsen, Casey Siemaszko.

Jonathan (Andrew McCarthy) é um jovem do interior que consegue uma bolsa de estudos em uma renomada escola preparatória. Ele faz amizade com Skip (Rob Lowe), que vem de uma família rica e que decide ajudar o novo amigo a perder a virgindade. Jonathan termina por se envolver com Ellen (Jacqueline Bisset), sem saber que ela é a mãe de Skip. 

Este longa segue o estilo comum dos anos oitenta ao explorar a iniciação sexual adolescente misturando drama e comédia de costumes através de desencontros. 

Destaque para o elenco de jovens que ficariam famosos em seguida como Rob Lowe, Andrew McCarthy e John Cusack, além de Jacquelins Bisset e Cliff Robertson que estavam no auge da carreira.

O Marinheiro que Caiu em Desgraça com o Mar (The Sailor Who Fell from Grace with the Sea, Inglaterra, 1975) – Nota 5,5
Direção – Lewis John Carlino
Elenco – Sarah Miles, Kris Kristofferson, Jonathan Kahn, Margo Cunningham.
 
Anne (Sarah Miles) é uma viúva que mora em uma cidade litorânea na Inglaterra com o filho adolescente Jonathan (Jonathan Kahn). Quando um navio americano chega na região e Anne se envolve com o marinheiro Jon (Kris Kristofferson), Jonathan passa a sentir ciúmes e raiva do sujeito. 

Para deixar tudo ainda mais confuso, Jonathan participa de um grupo clandestino de garotos que prega obediência cega e ódio contra os adultos. 

Baseado em um livro do japonês Yukio Mishima, este longa toca em temas complexos como descobertas da sexualidade adolescente, falta de uma figura paterna e rebeldia contra a família. 

A narrativa estranha e o ritmo lento envelheceram mal, resultando em uma obra que vale apenas pela curiosidade.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

A Ilha

 


A Ilha (Grand Isle, EUA, 2019) – Nota 3
Direção – Stephen S. Campanelli
Elenco – Nicolas Cage, KaDee Strickland, Luke Benward, Kelsey Grammer, Zulay Henao, Emily Marie Palmer.

Buddy (Luke Benward) é contratado para consertar a cerca de uma bela casa em local afastado na região de Grand Isle. Recebido pelo excêntrico veterano do exército Walter (Nicolas Cage) e depois por Fancy (Kadee Strickland), que é a esposa sedutora do sujeito, Buddy não imagina a terrível situação que terá de enfrentar. 

Este suspense é com certeza um dos piores filmes protagonizados por Nicolas Cage nos últimos anos, mesmo comparando com outras bombas em que trabalhou. Novamente Cage interpreta um maluco com uma motivação bizarra para suas atitudes. As atuações são péssimas, algumas exageradas como a da esposa e a do policial religioso vivido por Kelsey Grammer. Vale citar ainda a estranha trilha sonora que parece de filme pornô. 

É um longa para passar longe.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Happy Valley

 


Happy Valley (Happy Valley, Inglaterra, 2014 e 2016) – Nota 7,5
Criadora – Sally Wainright
Elenco – Sarah Lancashire, Siobhan Finneran, Steve Pemberton, Charlie Murphy, Rhys Connah, James Norton, Karl Davies, Shane Zaza, George Costigan, Joe Armstrong, Vincent Franklin, Adam Long, Katherine Kelly, Shirley Henderson, Kevin Doyle.

Em uma cidade do interior da Inglaterra, a sargento Catherine Cawood (Sarah Lancashire) enfrenta uma série de problemas. Ela cuida de seu neto após o suicídio da filha, mora com a irmã (Siobhan Finneran) que é um drogada em recuperação, fica revoltada ao saber que o homem que violentou sua filha (James Norton) saiu da prisão, além das questões policiais, incluindo o sequestro de uma jovem. 

Nas duas primeiras temporadas (a terceira está programada para 2022) esta série segue o mesmo formato, alterando apenas alguns personagens. A narrativa principal foca na obsessão da protagonista em proteger o neto do criminoso que é o pai biológico do garoto. A outra narrativa explora um crime paralelo, sendo o sequestro na primeira temporada e uma série de assassinatos de prostitutas na segunda. 

Além das histórias serem bem amarradas, o grande destaque fica para a interpretação visceral de Sarah Lancashire. Explosiva e emotiva, a protagonista não mede esforços para conseguir o que deseja. 

É uma série de ótima qualidade, com histórias duras em que o “Happy” está apenas no título.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

O 3º Andar – Terror na Rua Malasaña

 


O 3º Andar – Terror na Rua Malasaña (Malasaña 32, Espanha / França, 2020) – Nota 7
Direção – Albert Pintó
Elenco – Begoña Vargas, Ivan Marcos, Bea Segura, Sergio Castellanos, José Luis de Madariaga, Ivan Renedo.

Madrid, 1976. Uma família do interior compra um apartamento no terceiro andar de um velho edifício. O que seria o início de uma nova vida se transforma em pesadelo quando aparições sobrenaturais começam a atormentá-los, primeiramente os filhos e depois os pais. 

Este interessante suspense espanhol apresenta a premissa batida da casa mal assombrada, porém ganhando pontos pelo clima de tragédia que se instala na família, inclusive afetando a questão financeira e profissional. 

A reconstituição de época de uma empobrecida Espanha também é destaque, assim como as sequências das aparições. 

Apesar de uma pequena falha no final, o longa entrega o que promete e com certeza agradará aos fãs do gênero.

domingo, 3 de outubro de 2021

Comédias com Tema Crimes - Resenhas Rápidas

 


Meu Vizinho Mafioso (The Whole Nine Yards, EUA, 2000) – Nota 6,5
Direção – Jonathan Lynn
Elenco – Bruce Willis, Matthew Perry, Rosanna Arquette, Natasha Henstridge, Michael Clarke Duncan, Amanda Peet, Kevin Pollak, Harland Williams.

Em um subúrbio de Montreal no Canadá, o dentista Oz (Matthew Perry) descobre que seu novo vizinho (Bruce Willis) é um assassino profissional que testemunhou contra um chefão mafioso. Sua ambiciosa esposa Sophie (Rosanna Arquette) o convence a procurar a Máfia para entregar a identidade do vizinho e assim receber uma recompensa. Esta comédia bebe na fonte da “A Máfia no Divã” produzido um ano antes, ao envolver um sujeito comum com um criminoso que tenta levar uma normal, mesmo isso sendo quase impossível. A química entre o durão Willis e o medroso Matthew Perry funciona, assim como a presença do assustador Michael Clarke Duncan. O filme teve uma sequência inferior em 2004.

Um Tira Muito Suspeito (Blue Streak, EUA, 1999) – Nota 6,5
Direção – Les Mayfield
Elenco – Martin Lawrence, Luke Wilson, Dave Chappelle, Peter Greene, William Forsythe, Nicole Ari Parker, Graham Beckel, Olek Krupa, Robert Miranda, Saverio Guerra, Richard C. Sarafian, Julio Oscar Mechoso, Tamala Jones, Steve Rankin, Carmen Argenziano, John Hawkes, Octavia Spencer, Frank Medrano.

Após cometer um roubo, Miles (Martin Lawrence) é traído por seu parceiro (Peter Greene) e termina preso. Antes disso, Miles consegue esconder o diamante fruto do crime. Ao sair da cadeia dois anos depois, ele descobre que o local onde escondeu o diamante agora é uma delegacia. Desesperado para conseguir a "fortuna", ele se faz passar por um novo detetive para ter acesso ao local, tendo ainda no encalço seu antigo parceiro. Esta divertida comédia de ação foi claramente inspirada no estilo de Eddie Murphy em um “Tira da Pesada”, com a curiosidade de que no mesmo ano os dois atores trabalharam juntos na comédia “Até que a Fuga os Separe”. O filme cumpre o que promete, com alguns boas sequências de ação e o humor agitado baseado no falatório exagerado de Martin Lawrence.

Cadê a Grana? (Where the Money Is, Alemanha / EUA / Inglaterra / Canadá, 2000) – Nota 6
Direção – Marek Kanievska
Elenco – Paul Newman, Linda Fiorentino, Dermot Mulroney, Susan Barnes, Anne Pitoniak.

Henry (Paul Newman) é um veterano ladrão que após sofrer um derrame é transferido para uma casa de repouso. Ele fica aos cuidados da enfermeira Carol (Linda Fiorentino), que passa por dificuldades financeiras com seu marido Wayne (Dermot Mulroney). A inusitada relação entre Carol e Henry é o passo inicial para o plano de um roubo. Esta simpática comédia foi um dos últimos trabalhos do astro Paul Newman, que parece se divertir no papel do veterano ladrão.

O Rapto de Sinatra (Stealing Sinatra, EUA, 2003) – Nota 5,5
Direção – Ron Underwood
Elenco – David Arquette, William H. Macy, James Russo, Ryan Browning, Thomas Ian Nicholas, Sam McMurray.

No final de 1963, o ambicioso Barry Keenan (David Arquette) convence dois amigos (William H. Macy e Ryan Browning) a participarem do sequestro de Frank Sinatra Jr (Thomas Ian Nicholas), filho do cantor Frank Sinatra (James Russo). Baseado em um inusitada história real, este longa desperdiça a boa premissa ao seguir o caminho das comédias bobas e pelo elenco fraco, com exceção de William H. Macy, que sozinho pouco pode fazer para ajudar. O protagonista vivido por David Arquette é insuportável. Existe a chance da história ganhar uma nova versão para o cinema em breve.

O Golpe (The Big Bounce, EUA, 2004) – Nota 5,5
Direção – George Armitage
Elenco – Owen Wilson, Morgan Freeman, Sara Foster, Gary Sinise, Charlie Sheen, Vinnie Jones, Willie Nelson, Harry Dean Stanton, Bebe Neuwirth, Gregory Sporleder.

No Havaí, Jack (Owen Wilson) é um ex-presidiário que trabalha em um hotel que pertence a um juiz picareta (Morgan Freeman). Ao se envolver com a bela Nancy (Sara Foster), que é amante de um mafioso (Gary Sinise), Jack é convencido a participar do roubo ao cofre do sujeito. É o início de um plano repleto de mentiras e traições. Baseado em um livro de Elmore Leonard, este longa perde pontos pela escolha do diretor George Armitage em focar quase numa comédia de humor negro. O ótimo elenco acaba desperdiçado em sequências bobas e personagens caricatos.

Doce Trapaça (Heartbreakers, EUA, 2001) – Nota 6
Direção – David Mirkin
Elenco – Sigourney Weaver, Jennifer Love Hewitt, Ray Liotta, Jason Lee, Gene Hackman, Anne Bancroft, Nora Dunn, Jeffrey Jones, Kevin Nealom, Elya Baskin, Ricky Jay, Julio Oscar Mechoso.

Max (Sigourney Weaver) e Page (Jennifer Love Hewitt) são mãe e filha que procuram milionários para aplicar golpes. O alvo do momento é o idoso William (Gene Hackman), que se apaixona por Max, dando início a uma série reviravoltas e traições entre as golpistas, além de envolver na confusão um mafioso (Ray Liotta), um jovem (Jason Lee) e um mágico picareta (Ricky Jay). É uma comédia divertida em alguns momentos e caricata em outros.

Ladrões de Cofre (Safe Men, EUA, 1998) – Nota 5,5
Direção – John Hamburg
Elenco – Sam Rockwell, Steve Zahn, Michael Lerner, Paul Giamatti, Mark Ruffalo, Josh Pais, Harvey Fierstein, Christina Kirk, Michael Schmidt.

Dois cantores decadentes (Sam Rockwell e Steve Zahn) são confundidos com ladrões especialistas em arrombar cofres e acabam contratados por um chefão mafioso judeu (Michael Lerner). Precisando de dinheiro, a dupla cria várias confusões tentando cumprir a “obrigação”, sendo pressionados pelo violento braço direito do mafioso (Paul Giamatti). O elenco de atores talentosos, que tem ainda Mark Ruffalo em papel de coadjuvante, é pouco para salvar esta comédia sem graça.

Era Uma Vez um Crime (Once Upon a Crime..., EUA, 1992) – Nota 6
Direção – Eugene Levy
Elenco – John Candy, James Belushi, Cybill Shepherd, Sean Young, Richard Lewis, Ornella Muti, Giancarlo Giannini, George Hamilton, Joss Ackland.

Em Roma, os amigos Phoebe (Sean Young) e Julian (Richard Lewis) pretendem lucrar devolvendo um cão perdido a sua dona em Monte Carlo que oferece uma recompensa pelo animal. A morte desta pessoa transforma os amigos em suspeitos, assim como outro casal americano (James Belushi e Cybill Shepherd), além de um viajante (John Candy). Esta comédia filmada em Monte Carlo é o único filme dirigido pelo comediante Eugene Levy para o cinema. É basicamente um comédia de erros e traições com algumas sequências divertidas e nada mais.

Crime Desorganizado (Disorganized Crime, EUA, 1989) – Nota 6
Direção – Jim Kouf
Elenco – Lou Diamond Phillips, Fred Gwynne, Ruben Blades, William Russ, Hoyt Axton, Corbin Bernsen, Ed O'Neill, Daniel Roebuck, Dean Norris.

Frank (Corbin Bernsen) arma um plano para assaltar um banco no México e convence quatro amigos a participarem do crime. Tudo se complica quando Frank é preso e os ladrões novatos decidem seguir o plano sem o líder. Esta comédia com algumas cenas divertidas e personagens caricatos tem a cara dos anos noventa. Destaque para a dupla de policias atrapalhados interpretados por Ed O’Neill e Daniel Roebuck.

sábado, 2 de outubro de 2021

O Físico

 


O Físico (The Physician, Alemanha, 2013) – Nota 7
Direção – Philipp Stozl
Elenco – Tom Payne, Ben Kingsley, Stellan Skarsgard, Olivier Martinez, Emma Rigby, Elyas M’Barek, Michael Marcus, Fahri Yardim, Stanley Townsend, Makram Khoury.

Inglaterra, Idade Média. Após ver a mãe morrer por uma doença aparentemente sem cura e seus irmãos serem vendidos, o garoto Rob Cole foge com um barbeiro (Stellan Skarsgard), que na verdade é um mascate que vende produtos medicinais. 

Quando adulto, Rob (Tom Payne) descobre através de árabes que a medicina está avançando no oriente. Mesmo sendo cristão e podendo ser assassinado por isso, Rob decide viajar até o oriente para aprender medicina com o famoso Ibn Sina (Ben Kingsley). É o início de uma série de aventuras. 

Este cuidadosa produção alemã é baseada numa trilogia de livros de Noah Gordon que descreve através do protagonista Rob Cole como a Europa estava atrasada na medicina na Idade Média em relação ao oriente. 

Em meio a esta premissa, o roteiro explora ainda uma história de amor proibido, o ódio entre povos e guerras em nome da religião. A narrativa segue o estilo clássico de aventuras medievais, se entregando aos clichês na parte final. 

No geral é um filme agradável, com ritmo ágil e boa dose de informações históricas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Paris

 


Paris (Paris, França, 2008) – Nota 6,5
Direção – Cédric Klapisch
Elenco – Romain Duris, Juliette Binoche, Fabrice Luchini, Albert Dupontel, François Cluzet, Gilles Lellouche, Mélanie Laurent, Karin Viard, Zinedine Soualem, Sabrina Ouazani.

Pierre (Romain Duris) é um ator que descobre estar sofrendo de uma doença cardíaca que pode abreviar sua vida. Este é o ponto de partida para que vários personagens cruzem seus destinos, entre eles a irmã divorciada de Pierre (Juliette Binoche), um professor (Fabrice Luchini) apaixonado por uma aluna (Mélanie Laurent) e um grupo de feirantes que brigam entre si, mas que estão sempre juntos. 

A proposta do roteiro escrito pelo diretor Cédric Klapisch é bastante interessante ao utilizar Paris quase como uma personagem para contar pequenas histórias. As várias sequências nas ruas são bem legais, porém faltou aquele algo a mais para finalizar as histórias, ao mesmo tempo em que o roteiro não se aprofunda em nenhuma delas. 

Quem gosta de drama vai acompanhar com tranquilidade, mas no final ficará o sentimento de que poderia ter sido um filme melhor.