Felon (Felon, EUA, 2008) – Nota 7,5
Direção – Ric Roman Waugh
Elenco – Stephen Dorff, Val Kilmer, Harold Perrineau Jr, Sam
Shepard, Marisol Nichols, Nick Chinlund, Anne Archer, Johnny Lewis, Chris
Browning, Greg Serano, Nate Parker.
Wade Porter (Stephen Dorff) tem um pequeno negócio de
construção que está em expansão e uma família feliz ao lado da esposa (Marisol
Nichols) e do filho pequeno. Numa determinada noite, Wade acorda ao ouvir um barulho
em sua casa e encontra um sujeito tentando roubar algo. Ele corre atrás do ladrão e
o mata com um golpe de bastão. A polícia não encontra arma com o ladrão e por
isso a justiça não aceita a alegação de legítima defesa. Wade é condenado a
três de cadeia.
Durante a ida para a prisão, ocorre um assassinato de um
detento dentro do ônibus e Wade se vê envolvido em novo crime. Ele praticamente
é jogado em uma ala de segurança máxima, onde terá de conviver com assassinos e
com violentos guardas comandados pelo cruel tenente Jackson (Harold Perrineau
Jr). Para sobreviver, ele faz amizade com um temível sujeito que matou
dezesseis pessoas por vingança, o enigmático John Smith (Val Kilmer).
Filmes de
prisão geralmente seguem o mesmo roteiro. Novato sofrendo na cadeia, violência,
grupos divididos por raças e guardas corruptos. O que diferencia este longa é a
tentativa de mostrar o lado pessoal de alguns personagens, se baseando na
teoria de que qualquer pessoa pode ser tornar violenta para defender quem ama,
assim como a violência também é consequência do meio onde o sujeito vive e dos
problemas que ele enfrenta diariamente.
Mesmo com estilo e orçamento de filme
B, é legal ver os outrora astros e hoje decadentes Stephen Dorff e Val Kilmer
em papéis que vão além do piloto automático que ligaram na carreira nos últimos
anos. O personagem de Dorff é a vítima do acaso que precisa se adaptar ao sistema,
criando forças na esperança de rever a família, enquanto Kilmer interpreta o
sujeito que perdeu tudo na vida e decidiu fazer justiça com as próprias mãos,
se tornando alguém que apenas espera a morte. Vale destacar ainda o papel de
Harold Perrineau Jr (o Michael de “Lost”), que tenta ser um bom pai de família,
mas que desconta todas as suas frustrações nos detentos.
Deixe de lado os furos
do roteiro e divirta-se com este violento drama penitenciário, que vai além do
que ocorre por trás das grades.
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