domingo, 30 de novembro de 2008

E o Vento Levou

Filme Assistido nº 173
E o Vento Levou (Gone with the Wind, EUA, 1939) – Nota 10
Direção – Victor Fleming
Elenco – Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard, Olivia DeHavilland, Thomas Mitchell, Barbara O’Neill, Hattie McDaniel, Butterfly McQueen, Victor Jory, Jane Darwell, Ward Bond, George Reeves, Fred Crane.

Um dos maiores dramas já feitos para o cinema, conta a história de amor e ódio entre Rhett Butler (Clark Gable) e Scarlett O’Hara (Vivien Leigh). Tudo começa pouco antes da Guerra da Secessão quando em uma festa numa grande fazenda do sul dos EUA, Scarlett é cortejada por vários homens mas acaba declarando seu amor para Ashley (Leslie Howard), que agradece mas diz estar apaixonado por Melanie (Olivia DeHavilland) com quem irá se casar. Desapontada e brava ela é abordada pelo galanteador Rhett Butler com quem entra em conflito, principalmente após este comentar que se acontecer a guerra, o sul onde eles vivem seria derrotado.

Este é apenas o início de relações que se estenderão por toda a guerra entre estes personagens, com direito a casamentos sem amor, mortes, perda de fortunas e tudo que um drama épico pode mostrar.

Com um orçamento gigante para época o produtor David O Selznick trocou várias vezes de diretor, com Victor Fleming apenas dirigindo metade do filme, que teve na condução do restante da produção nomes famosos como George Cukor, Sam Wood e o fotógrafo William Cameron Menzies.

O filme concorreu a quinze Prêmios Oscar e ganhou dez, incluíndo Melhor Filme, Direção, Atriz para Vivien Leigh e Atriz Coadjuvante para Hattie McDaniel, por sinal foi a primeira pessoa de cor negra a ganhar um Oscar.

sábado, 29 de novembro de 2008

Entre Dois Amores

Filme Assistido nº 172
Entre Dois Amores (Out of Africa, EUA, 1985) – Nota 8
Direção – Sydney Pollack
Elenco – Meryl Streep, Robert Redford, Klaus Maria Brandauer, Donal McCann, Michael Kitchen, Michael Gough, Suzanna Hamilton.

Este vencedor de sete Prêmios Oscar, incluíndo de Melhor Filme e Direção é um drama autobiográfico escrito por Karen Blixen (usando o pseudônimo de Isak Dinesen). Ela uma Baronesa que dirige uma fazenda de café no Quênia em 1914, é casada com o Barão Hans Blixen (Klaus Maria Brandauer) por interesse e se descobre apaixonada pela África, até que acaba se envolvendo com o caçador Denys Finch (Robert Redford).

Este clássico triângulo amoroso é contada de forma discreta pelo diretor Sydney Pollack, se apoiando no ótimo trio principal e na bela fotografia e na direção de arte que usam com maestria os cenários naturais da África.

Apesar de ser um dos vencedores de Oscar menos festejados, este filme cumpre bem seu papel de drama biográfico e histórico.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

OZ - A Vida é uma Prisão

OZ - A Vida é uma Prisão (OZ, EUA, 1997 a 2003) - Nota 9
Criado por Tom Fontana e Produzido por Barry Levinson
Elenco - Ernie Hudson, Terry Kinney, Harold Perrineau, Lee Tergesen, J. K. Simmons, Dean Winters, Rita Moreno, George Morfogen, Eammon Walker, B. D. Wong, Kirk Acevedo, Scott William Winters, Christopher Meloni, Adewale Akinnouye Agbaje, Zeljko Ivanek, Eddie Falco, Luiz Guzman, John Lurie, Austin Pendleton.

Assisti muitos filmes policiais, suspenses, ação, terror e coisas do gênero, mas poucas vezes vi em uma produção personagens tão malvados como na premiada série produzida pela HBO “Oz – A Vida é uma Prisão”. Me lembro do primeiro episódio quando foram apresentados os detentos do local, que pareciam ser iguais a personagens de outras produções sobre prisão, mas a cada episódio fomos surpreendidos com a força da interpretações e o mal enraizado na maioria deles, o que acaba deixando uma mensagem: Mesmo que a prisão seja criada com todas as condições para o infrator se regenerar isto é impossível, pois a presença daqueles que não querem mudam contaminam o restante.

A história se passa no moderno presídio de segurança máxima Oswald, chamada de “Emerald City” pelas autoridades e apelidada de “Oz” pelos detentos, é um projeto criado por Tim McManus (Terry Kinney) que com suas técnicas tenta ressocializar os condenados. Mesmo tendo o apoio do severo e honesto diretor Leo Glynn (Ernie Hudson), as diversas facções existentes dentro do presídio as poucos se armam, criam alianças e comandam o tráfico de drogas, cigarros e tudo o que for possível. Misturando isso com a corrupção dos guardas e funcionários, além da politicagem do governador James Devlin (Zeljko Ivanek de “Damages”), o projeto não chega a lugar algum e a violência continua a dominar o local.

A série é radical no modo de mostrar a convivência destes grupos, mesmo a prisão sendo limpa, bem cuidada e organizada de acordo com o projeto de McManus, isso não impede as atitudes de extrema violência, como surras, assassinatos e estupros, além de um rebelião que ocorre ao final da primeira temporada.

Um dos grupos em questão é o dos nazistas liderados pelo violento Schillinger (J. K. Simmons de “Homem-Aranha”) e durante algum tempo com apoio de Chris Keller (Christopher Meloni de “Law and Order: SVU”) um psicopata assassino, mas em virtude das alianças que se formam entre inimigos para matar outro inimigo em comum ou para dominar algo como o tráfico de mercadorias, eles acabam se tornando inimigos. Os negros são liderados por Simon Adebisi (Adewale Aakinnouoye Agbaje, o Mr. Eko de “Lost”) e por um algum tempo dominam a prisão, quando McManus tem de dividir o poder com o também negro Martin Querns (Reg E. Cathey). Os latinos tem no poder Raoul “El Cid” Hernandez (Luiz Guzman) e Enrique Morales (David Zayas), os italianos começam sendo liderados por Nino Schibetta (Tony Musante) e os muçulmanos que tinham Jefferson Keane (Leon) no início, depois seguem Karim Said (Eammon Walker).

Vale citar que ao longo das temporadas vários destes personagens morrem e são substituídos por outros tão perversos quanto. Além destes, a série tem outros personagens importantes avulsos, aqueles que precisam se cuidar sozinhos para não serem vítimas, neste caso os principais são Tobias Beecher (Lee Tergesen), que foi preso por ter atropelado uma pessoa, e chegando na cadeia é rapidamente violentado por Schillinger, com quem terá diversas brigas durante a série. Outro personagem importante é Ryan O’Reilly (Dean Winters), de descendência irlandesa e criado a base de golpes pelo pai bêbado, se tranforma numa espécie de coringa que negocia com aquele que lhe oferecer proteção ao algo em troca, além de ser o mentor de muitas vinganças no local.

Poderia citar muitos personagens que entraram e saíram da série, sendo interpretados por gente como Edie Falco (a Carmela de “Família Soprano”), Luke Perry, B. D. Wong como o Padre Mukada, a veterana Rita Moreno, entre outros, porém o personagem mais importante da série é o ladrão paraplégico Augustus Hill (Harrold Perrineau, o Michael de “Lost”), que faz o narrador dos episódios de uma forma sarcástica, uma espécie de menestrel da tragédia, que informa o “currículo” de cada novo detento.

A série que foi criada por Tom Fontana e tem produção de Barry Levinson (“Rain Man”) é um marco na tv a cabo americana e como sempre a HBO deu um passo a frente com esta série que elevou os níveis de violência e tensão ao último grau.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Enigma da Pirâmide

Filme Assistido nº 171
O Enigma da Pirâmide (Young Sherlock Holmes, EUA/Inglaterra, 1985) – Nota 7,5
Direção – Barry Levinson
Elenco – Nicholas Rowe, Alan Cox, Sophie Ward, Anthony Higgins, Freddie Jones, Michael Hordern.

No final do século XIX, Sherlock Holmes (Nicholas Rowe) e Sr. Watson (Alan Cox) se conhecem ainda adolescentes em uma escola inglesa e iniciam uma amizade que se torna parceria na investigação de crimes. O primeiro caso ocorre dentro do colégio onde vários assassinatos são cometidos e estranhos rituais acontecem.

O filme tenta mostrar o que teria acontecido se a dupla de investigadores tivesse se conhecido ainda jovem e como trunfos, tem a produção de Steven Spielberg e os efeitos especiais de primeira.

Como curiosidade o ator Nicholas Rowe foi coadjuvante em “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, interpretando um dos drogados que produziam e vendiam maconha, um papel bem diferente deste.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A Encruzilhada

Filme Assistido nº 170
A Encruzilhada (Crossroads, EUA, 1986) – Nota 8
Direção – Walter Hill
Elenco – Ralph Macchio, Joe Seneca, Jami Gertz, Joe Morton, Robert Judd, Steve Vai, Dennis Lipscomb, Harry Carey Jr.

Um jovem músico (Ralph Macchio) apaixonado por Blues procura uma canção perdida no tempo para chegar ao sucesso e neste caminho encontra um velho músico do gênero (Joe Seneca), que ajuda o garoto, mas diz que ele mesmo só conseguiu talento após vender sua alma ao diabo. O jovem acredita na história e acaba fazendo um pacto com o capeta, que só poderá ser desfeito caso ele venca um duelo de guitarras com o próprio demo.

Este filme é obrigatório para os fãs da música, principalmente de Blues, já que história cita lendas do gênero como Robert Johnson e tem um trilha sonora maravilhosa composta pelo grande Ry Cooder, que fez a trilha de “Paris, Texas” também.

O filme tem um antológico final, na sensacional seqüência do duelo de guitarras entre Macchio e o músico Steve Vai. Com certeza é o melhor filme e interpretação de Ralph Macchio, o eterno Karatê Kid.

Também é curioso ver o diretor Walter Hill especialista em filmes policiais e de ação, no comando deste longa que é uma homenagem ao Blues.

domingo, 23 de novembro de 2008

A Ambulância e Emergência Maluca











A Ambulância (The Ambulance, EUA, 1990) - Nota 6
Direção - Larry Cohen
Elenco – Eric Roberts, James Earl Jones, Megan Gallagher, Red Buttons, Janine Turner.

Emergência Maluca (Mother, Jugs & Speed, EUA, 1976) – Nota 5,5
Direção – Peter Yates
Elenco – Raquel Welch, Bill Cosby, Harvey Keitel, Allen Garfield, L. Q. Jones, Bruce Davison, Dick Butkus, Larry Hagman, Valerie Curtin.

Vou destacar hoje dois filmes que te uma ambulância como ligação, porém são bem diferentes no gênero, mas com resultados parecidos.

Este "A Ambulância" é um suspense B que tem Eric Roberts como um sujeito que auxilia uma garota que passa mal na rua, até que ela é resgatada por uma ambulância. Preocupado e ao mesmo tempo interessado na garota, ele vai até o hospital para ver como ela está porém tem uma surpresa, ninguém no hospital sabe da garota. Intrigado ele resolveu investigar e descobre uma conspiração onde outras pessoas socorridas por uma ambulância também sumiram.

Este filme dirigido pelo especialista em suspense e terror de baixo orçamento Larry Cohen, é interessante e mantém o suspense até o final, com um bom trabalho de Eric Roberts e do sempre competente James Earl Jones.

Já "Emnergência Maluca" é uma comédia onde uma ambulância é comandada por Raquel Welch, Bill Cosby e Harvey Keitel, que tem como trabalho efetuar o socorro de acidentes na cidade de Los Angeles, mas acaba se metendo em diversas confusões no trânsito e com os pacientes.

Filme dirigido por Peter Yates que ficou famoso na década de sessenta após dirigir o clássico filme policial “Bullit”, que tinha Steve McQueen no papel principal e foi a primeira produção com uma grandiosa seqüência de perseguição de carros. Aqui nesta comédia, a correria no trânsito é o que há de melhor e tem a marca de Yates.

Como curiosidade, na época Raquel Welch era uma estrela, enquanto Bill Cosby e Harvey Keitel estavam em início de carreira.

sábado, 22 de novembro de 2008

Em Busca do Ouro

Filme Assistido nº 168
Em Busca do Ouro (The Gold Rush, EUA, 1925) – Nota 9
Direção – Charles Chaplin
Elenco – Charles Chaplin, Georgia Hale, Mack Swain, Tom Murray.

Grande clássico de Chaplin interpretando um vagabundo que segue para o Alasca tentando encontrar ouro e durante o caminho faz amizade com Big Jim McKay (Mack Swain) e os dois seguem em busca da fortuna.

Com em grande parte dos seus filmes, Chaplin se apaixona para uma garota (Geórgia Hale) e cria seqüências maravilhosas, como a famosa dança dos pãezinhos e as cenas em que ele e o amigo morrendo de fome, comem suas botas como se fosse uma grande refeição e depois disso o amigo começa a persegui-lo alucinado pela fome, pensando que o vagabundo é um frango.

Como todo filme de Chaplin, é uma aula de cinema e um prazer para o coração de todos que assistem.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Em Busca da Vitória & Salto para a Glória

Em Busca da Vitória (Vision Quest, EUA, 1985) – Nota 6
Direção – Harold Becker
Elenco – Matthew Modine, Linda Fiorentino, Michael Schoeffling, Ronny Cox, Harold Sylvester, Charles Hallahan, Daphne Zuniga, Forest Whitaker, J. C. Quinn, Raphael Sbarge, Roberts Blossom, James Gammon, Madonna.

Salto Para a Glória (American Anthem, EUA, 1986) – Nota 3
Direção – Albert Magnoli
Elenco – Mitch Gaylord, Janet Jones, Michelle Phillips, Michael Pataki.

Dois filmes com o tema muito parecido, mais com resultados bem diferentes. Ambos mostram jovens atletas em crise familiar e ao mesmo tempo tendo de provar seu talento no esporte

No filme "Em Busca da Vítória" um jovem estudante (Matthew Modine) que pratica luta greco-romana e passa por uma crise em virtude de problemas familiares, além do confusões normais do colegial e ainda precisando se preparar para enfrentar um lutador que é campeão e mais forte do que ele vivido por Forest Whitaker, se envolve com uma mulher mais velha (Linda Fiorentino já no papel de sedutora) o que acaba o deixando ainda mais confuso.

Típico filme sobre jovem que precisa enfrentar obstáculos para vencer no esporte e ainda o achar o caminho do amor. Apesar do tema batido, o filme é correto e tem uma boa dupla principal, além de bons coadjuvantes como Whitaker, Schoeffling e Ronny Cox. O filme tem ainda auma pequena participação de Madonna cantando em uma festa.

Já em "Salto para a Glória" o medalista medalhista olímpico em Los Angeles 1984 Mitch Gaylord, estrela este fraco filme sobre um ginasta, é claro, que precisa provar seu valor no esporte, porém tem de enfrentar além dos obstáculos normais, vários problemas familiares e até a desaprovação do pai.

Filme feito especificamente para tentar aproveitar a fama de Gaylord na época, acabou sendo um fracasso pela falta de talento do protagonista e pela direção do péssimo Albert Magnoli, que havia feito o estranho musical “Purple Rain” com Prince no papel principal.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Em Algum Lugar do Passado

Filme Assistido nº 166
Em Algum Lugar do Passado (Somewhere in Time, EUA, 1980) – Nota 7
Direção – Jeannot Szwarc
Elenco – Christopher Reeve, Jane Seymour, Christopher Plummer, Teresa Wright, Bill Irwin, William H. Macy.

Um escritor (Christopher Reeve) é visitado por uma senhora durante a estréia de sua peça, sendo presenteado por ela com um antigo relógio e em seguida a senhora pede que ele volte para ela. Intrigado, ele começa a investigar e descobre que esta senhora é uma antiga atriz, que faleceu logo após lhe entregar o relógio. Vendo a foto dela quando jovem ele fica obcecado em voltar ao passado para conhece-la.

Interessante mistura de romance com ficção que fez sucesso na época, tanto pela história de amor quanto pelo carisma de Christopher Reeve, que vinha em alta depois de estrear no cinema com o hoje clássico “Superman – O Filme”.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Eles Não Usam Black-Tie & Garotas do ABC

Eles Não Usam Black-Tie (Brasil, 1981) – Nota 7
Direção – Leon Hirszman
Elenco – Gianfancesco Guarnieri, Fernando Montenegro, Bete Mendes, Carlos Alberto Riccelli, Lélia Abramo, Milton Gonçalves.

Garotas do ABC (Brasil, 2003) – Nota 7,5
Direção – Carlos Reichenbach
Elenco – Michelle Valle, Vanessa Alves, Natália Lorda, Luciele Di Camargo, Vanessa Goulart, Fernanda Carvalho Leite, Marcia de Oliveira, Viviane Porto, Selton Mello, Antonio Pitanga, Rocco Pitanga, Ângela Correa, Fernando Pavão, Dionísio Neto, Milhem Cortaz, Fábio Ferreira Dias, Ênio Gonçalves, Adriano Stuart, Vera Mancini, Alessandro Azevedo, Fafá de Belém.

Dois filmes produzidos com mais de vinte anos de diferença, mas que tem como palco o mesmo local, a região ao ABC paulista, uma região que foi marco da industrialização no Brasil e nos anos setenta virou palco do movimento sindical e agora nos século XXI perdeu grande partes de suas fábricas para outras cidades. Estes filmes mostram com clareza a realidade e as dificuldades de trabalhadores desta região nestas épocas distintas.

Baseado na peça de Gianfrancesco Guarnieri que inclusive encabeça o elenco, "Eles Não Usam Blakck-Tie" conta a história de uma família onde pai e filho são operários em uma fábrica no ABC paulista durante os anos setenta, sendo o pai (Gianfrancesco Guarnieri) um líder sindical e o filho (Carlos Alberto Riccelli) um simples operário, que acaba engravidando a namorada (Bete Mendes) no mesmo momento em que o pai lidera um greve. Preocupado em perder o emprego e não ter como sustentar o filho que está para nascer, ele resolve furar a greve e inicia um sério conflito familiar.

Este bom drama feito numa época em que ainda vivíamos sob a ditadura militar e qualquer tentativa de greve era visto como crime, além de acabar com centenas de pessoas perdendo seus empregos ou até mesmo sendo presas, mostra como esta situação influenciava no convivio familiar e na luta pela sobrevivência. O filme foi premiado em vários festivais e fez a fama do falecido diretor Leon Hirszman.

O diretor Carlos Reichenbach tinha na cabeça a idéia de fazer mais do que um filme devido a grande quantidade de personagens envolvidos na trama, fora vários outros que foram cortados da produção, mas em virtude da falta de dinheiro e apoio, resolveu dirigir apenas este "Garotas do ABC" e nos brindou com uma boa surpresa.

O filme também se passa no ABC Paulista no tempo atual e é dividido em duas partes: A primeira se passa na Tecelagem Mazini e a segunda no salão de danças Democrático. A história gira em torno da vida profissional e pessoal de várias funcionárias da tecelagem, que durante a semana sofrem com problemas cotidianos, como transporte, trabalho estressante que inclui discussões e acidentes. Já no final de semana mostra a vida pessoal, o lazer e seus dramas.

A personagem principal é a operária Aurélia (Michelle Valle), desinibida e fã de homens musculosos, tem o apelido de Schwarzenega e namora com o rude Fábio (Fernando Pavão) que é ligado a um grupo racista liderado pelo advogado Salesiano de Carvalho (Selton Mello), um filhinho de papai que tenta assustar negros e nordestinos através de ataques covardes.

O resultado é bom, porém o grande número de personagens que transitam pela história poderiam realmente render mais de um filme, assim como pensou Reichenbach. Personagens como o jornalista Nelsinho Torres (Ênio Gonçalves) que investiga os racistas, sendo famoso pelas entrevistas com o justiceiros da região, como Maleita (Alessandro Azevedo), o sindicalista picareta Professor André Luís (Dionísio Neto), o delegado de polícia Osvaldo Sampaio (Adriano Stuart) e a líder da operárias Paula Nelson (Natália Lorda) são muito bem desenvolvidos e ligam várias pequenas histórias neste interessante drama urbano.

domingo, 16 de novembro de 2008

Filhos da Esperança

Filhos da Esperança (Children of Men, EUA/Inglaterra, 2006) – Nota 9
Direção – Alfonso Cuarón
Elenco – Clive Owen, Julianne Moore, Michael Caine, Chiwetel Ejiofor, Pam Ferris, Danny Huston, Clare Hope Ashitey, Peter Mullan, Oana Pellea.

Em 2027, as mulheres não conseguem mais engravidar, sendo que a última criança que nasceu há dezoito anos acaba de ser assassinada, levando o mundo à beira do caos. Os imigrantes também são caçados e expulsos das cidades, seitas apocalípticas recrutam adeptos e terroristas agem contra os governos.

No meio disso tudo, o ex-ativista Theo Faron (Clive Owen) é recrutado por sua ex-esposa (Julianne Moore), agora uma líder do grupo terrorista “Peixes”, para conseguir um passe e escoltar uma jovem que misteriosamente está grávida (Clare Hope Ashitay).

A jovem mesmo sendo uma imigrante é vista por Theo como uma luz no fim do túnel da humanidade, mas para manter esta esperança ele terá de protegê-la do próprio grupo terrorista que deseja usá-la como mártir. Theo terá de atravessar um verdadeira guerra para levar a garota até o Projeto Humanidade, que tenta descobrir o porquê da infertilidade no planeta.

Com uma produção de primeira e grandes seqüências, principalmente a meia-hora final no meio da guerra entre exército, imigrantes e terroristas, que muito lembra os grandes filmes da Segunda Guerra mostrando um Reino Unido apocalíptico e destruído, o longa nos apresenta a uma verdadeira Babel moderna, com imigrantes do leste europeu jogados nas calçadas, mulheres árabes chorando a morte de parentes, tudo isso deixando uma sensação de abandono e falta de esperança.

O resultado é uma grande obra de ficção, mas que tirando a questão da infertilidade, não fica muito diferente da realidade de muitos países em guerra no momento.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Howard Hawks & John Wayne









Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, EUA, 1959) – Nota 8,5
Direção – Howard Hawks
Elenco – John Wayne, Dean Martin, Angie Dickinson, Ricky Nelson, Walter Brennan, Ward Bond, Claude Akins.

Grande faroeste que tem John Wayne como um xerife que depois de ter prendido um assassino precisa defender sua cadeia do resto do quadrilha que se arma para libertá-lo. Ele terá ajuda apenas de um auxiliar bebâdo (Dean Martin), que é motivo de chacota na cidade, um velho deficiente (Walter Brennan) e um garoto que deseja provar ser bom no gatilho (Ricky Nelson), contando ainda com a decidida garota que o ama (uma jovem Angie Dickinson).

Esta parceria de Hawks e Wayne é de primeira, tanto nas ótimas cenas de ação como na boa história que acabam resultando num grande faroeste, com todos os elementos que o gênero pede. Como sempre Wayne dá conta do recado, sendo muito bem auxiliado por Dean Martin em um de seus melhores papéis da carreira como o bêbado e pelo veterano Walter Brennan.

El Dorado (El Dorado, EUA, 1966) – Nota 8
Direção – Howard Hawks
Elenco – John Wayne, Robert Mitchum, James Caan, Arthur Hunnicutt, Charlene Holt, Michele Carey, Edward Asner, R. G. Armstrong.

Este faroeste foi o penúltimo filme dirigido por Hawks, que conta história de um pistoleiro (John Wayne) que volta para sua cidade e precisa ajudar o seu amigo xerife (Robert Mitchum), que se entregou à bebida depois de uma desilusão amorosa e no momento se envolveu em briga de duas famílias por terras. Eles terão ajuda apenas do velho assistente de xerife (Arthur Hunnicutt) e do garoto rápido no gatilho (James Caan).

Apesar de ser quase uma refilmagem de “Onde Começa o Inferno” o resultado é dos melhores, também com ótimas cenas de ação (tiroteios eram especialidade de Howard Hawks), uma história bem amarrada e grandes desempenhos de Mitchum como xerife bêbado e de Hunnicutt como o velho esperto, além é claro da presença de John Wayne. Atenção para um jovem James Caan bem no início de carreira.

Rio Lobo (Rio Lobo, EUA, 1970) – Nota 7,5
Direção – Howard Hawks
Elenco – John Wayne, Jennifer O’Neill, Jack Elam, Christopher Mitchum, Jorge Rivero.

Último filme de Hawks e a quinta parceria com John Wayne não é tão bom como os anteriores, mas mesmo assim não faz feio ao gênero. Aqui John Wayne é o comandante de um trem que carrega ouro durante a Guerra da Secessão, porém seu trem é atacado por um grupo de confederados liderados por dois oficias (Jorge Rivero e Christopher Mitchum). Após o assalto e alguns outros incidentes Wayne e os dois confederados acabam se unindo para perseguir o responsável por uma série de roubos de trem.

Muita ação, com um ótima sequência inicial do assalto ao trem fazem deste um bom faroeste, que tem ainda como curiosidade a participação da bela Jennifer O’Neill (“Verão de 42”) ainda bem jovem e Wayne tendo como um dos parceiros o filho de Robert Mitchum, Christopher

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ela é o Diabo & Norbit

Ela é o Diabo (She-Devil, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Susan Seidelman
Elenco – Meryl Streep, Roseanne Barr, Ed Begley Jr, Sylvia Miles, Linda Hunt, A. Martinez, Maria Pitillo, Jack Gilpin.




Norbit (Norbit, EUA, 2007) – Nota 2
Direção – Brian Robbins
Elenco – Eddie Murphy, Thandie Newton, Terry Crews, Cuba Gooding Jr, Eddie Griffin, Katt Williams, Marlon Wayans.


Estes dois filmes são um exemplo de como fazer comédia de péssima qualidade, mesmo tendo gente de talento como Meryl Streep, Eddie Murphy e Cuba Gooding Jr nos elencos.

O filme "Ela é o Diabo" começa mostrando o casal Ruth (Roseanne Barr) e Bob (Ed Begley Jr) que estão bem casados, até que ele conhece e se apaixona pela escritora de sucesso Mary Fisher (Meryl Streep) e larga a esposa para morar com o novo amor. Isto desperta toda a ira da esposa rejeitada que fará de tudo para arruinar a vida do casal e especialmente a do ex-marido.

Comédia que fez algum sucesso no final dos anos oitenta, mas que é necessário ter muita paciência para agüentar a histriônica Roseanne Barr, que constrói uma personagem antipática ao extremo. As atuações de Ed Begley Jr como o marido banana e Meryl Streep como a escritora famosa de romances picaretas poderiam até ter ajudado no resultado final, mas fica difícil entrar no clima que a diretora queria dar ao filme tendo Roseanne a frente do elenco.

Já o talentoso Eddie Murphy já teve seu auge em filmes como a série “Um Tira da Pesada”, “Trocando as Bolas”, o divertido “Um Príncipe em Nova Iorque” entre outros, sendo que na última década fez algumas comédias rasteiras como “Dr. Dolittle” e “O Professor Aloprado” e teve um grande papel em “Dream Girls”, porém um dos seus últimos trabalho é o péssimo “Norbit”.

Aqui Eddie Muprhy faz o papel título, um órfão que é criado em um orfanato/restaurante chinês por Mr. Wong (o próprio Murphy) e se apega a pequena Kate (quando adulta a bela, mas fraquinha Thandie Newton), que logo é adotada. Em seguida ele acaba sendo “adotado” pela estranha Rasputia (quando adulta também interpretada por Eddie Murphy). Já adulto ele se casa com Rasputia que o trata como um idiota e pelos três irmãos bandidos dela. As coisas mudam quando Kate reaparece na cidade e pretende comprar o orfanato.

Este roteiro maluco misturado com a personagem intragável Rasputia, as diversas cenas constrangedoras, além de péssimos diálogos, acabam deixando o filme extremamente irritante ao invés de engraçado. Fica difícil entender como Murphy se meteu num projeto desses, que resultou no pior filme de sua carreira.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dupla Fatal

Filme Assistido nº 162
Dupla Fatal (Slaughter of the Innocents, EUA, 1994) – Nota 5
Direção – James Glickenhaus
Elenco ­­– Scott Glenn, Jesse Cameron Glickenhaus, Sheila Tousey, Zitto Kazann, Darlanne Fluegel, Zakes Mokae, Kevin Sorbo.

O agente do FBI Stephen Broderick (Scott Glenn) é encarregado de investigar o assassinato de duas crianças e acaba contando com a ajuda do filho Jesse (Jesse Cameron Glickenhaus, filho do diretor James), um pequeno gênio da informática que acaba ligando estes assassinatos com um estranha seita religiosa.

Neste policial B dirigido pelo especialista Glickenhaus, apesar do bom ator Scott Glenn no papel principal, o resultado é fraco e o diretor ainda tenta lançar seu filho como um pequeno astro, assim como no seu filme seguinte chamado “Viajantes do Futuro” (“Time Master”), mas não conseguiu sucesso e acabou desistindo.

O diretor Glickenhaus fez ainda nos anos oitenta o cult trash “O Exterminador”, sobre um veterano do Vietnã que após um tragédia se transforma num vigilante urbano e passar a assassinar bandidos e “A Fúria do Protetor”, o primeiro filme de ação que Jackie Chan fez nos EUA, onde teve com Danny Aiello como parceiro, mas que acabou fracassando.

domingo, 9 de novembro de 2008

Duelo ao Sol

Filme Assistido nº 161
Duelo ao Sol (Duel in the Sun, EUA, 1946) – Nota 8
Direção – King Vidor
Elenco – Jennifer Jones, Gregory Peck, Joseph Cotten, Lionel Barrymore, Lillian Gish, Herbert Marshall, Walter Huston, Butterfly McQueen, Charles Bickford, Harry Carey, Otto Kruger, Sidney Blackmer.

Faoreste dramático dirigido por King Vidor (“Guerra e Paz”) que conta a história da mestiça Pearl Chavez (Jennifer Jones) que após o pai ter matado a mãe adúltera e ser condenado a morte, vai morar em um rancho no Texas onde vive a ex-noiva de seu pai, Laura (Lílian Gish) hoje casada com o Senador Jackson (Lionel Barrymore) e seus dois filhos, o advogado Jesse (Joseph Cotten) e o rebelde Lewt (Gregory Peck). A chegada da mestiça dá início há um disputa pelo seu amor entre os irmãos, gerando brigas, traições e uma tragédia.

Diferente da maioria dos faorestes que tem a ação como tema principal, aqui temos no centro das atenções uma drama sobre família, amor e desejo que é levado as últimas conseqüências.

sábado, 8 de novembro de 2008

Os Duelistas

Filme Assistido nº 160
Os Duelistas (The Duellists, Inglaterra, 1977) – Nota 7,5
Direção – Ridley Scott
Elenco – Keith Carradine, Harvey Keitel, Edward Fox, Cristina Raines, Tom Conti, Albert Finney.

Este filme é a estréia na direção de Ridley Scott que se baseou no livro de Jospeh Conrad, autor de “O Coração das Trevas” que deu origem a “Apocalipse Now”. A história se passa na França durante o reinado de Napoleão, quando os oficiais D’Hubert (Keith Carradine) e Feraud (Harvey Keitel) se desentendem por uma situação insignificante e iniciam uma série de duelos cada vez mais violentos, que se estenderão por mais de quinze anos em meio as Guerras Napoleônicas.

O filme mostra uma mistura de obsessão e honra que são levadas ao extremo por dois homens que acabam vivendo carregados de ódio, achando que apenas com a morte do oponente sua vida terá sentido e sua honra será mantida.

Uma ótima reconsituição de época com competente direção de Ridley Scott, que ganhou o prêmio de Melhor Diretor Estreante em Cannes e já mostra aqui parte do talento que comprovaria posteriormente em filmes como “Blade Runner” e “Gladiador”.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Segredo de Brokeback Mountain

O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, EUA, 2005) – Nota 8,5
Direção – Ang Lee
Elenco – Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Randy Quaid, Michelle Williams, Anne Hathaway, Scott Michael Campbell, Linda Cardellini, Anna Faris, Kate Mara.

Este belo drama vencedor de três prêmios Oscar, inclusive de melhor diretor para Ang Lee, é uma grande história de amor entre dois caubóis, o introvertido Ennis Del Mar (Heath Ledger) e o inquieto Jack Twist (Jake Gyllenhaal), romance que se inicia quando os dois no início da década de sessenta são contratados para trabalhar cuidando de um rebanho de ovelhas na montanha que dá título ao filme e nesse local são dominados por uma forte atração. Após serem demitidos e cada um tendo que cuidar da própria vida, eles acabam seguindo caminhos distintos, mas anos depois se reencontram e mesmo casados retomam o romance proibido.

O filme fala de temas como amor, amizade, casamento e principalmente o preconceito que faz com os dois tenham que viver uma vida de mentiras em um local onde os homens tem de ser homens, o oeste americano e como isto os atormentará durante toda a vida.

Sem dúvida é um drama de coragem, tanto na história contada por Ang Lee, como nas interpretações de Ledger e Gyllenhaal que se entregam a papéis que poucos atores aceitariam e acertam em cheio, principalmente Ledger que consegue passar toda a angústia de seu personagem em poucas palavras e pequenos gestos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dragão Vermelho 1986 e 2002

Dragão Vermelho (Manhunter, EUA, 1986) – Nota 7,5
Direção – Michael Mann
Elenco – William Petersen, Kim Greist, Dennis Farina, Joan Allen, Brian Cox, Tom Noonan, Stephen Lang, Michael Talbott, Dan Butler, Paul Perri, Patricia Charbonneau.

Desconhecida do grande público, esta é a primeira adaptação do livro “Red Dragon” de Thomas Harris para o cinema e também a primeira aparição do personagem Hannibal Lecter, aqui interpretado por Brian Cox.

A história tem como personagem principal o agente do FBI Will Graham (William Petersen de “C.S.I”) que precisa da ajuda do Dr. Hannibal Lecter (Brian Cox) que está preso para tentar a captura do serial killer chamado “A Fada dos Dentes”, na realidade Francis Dolarhyde (Tom Noonan).

A diferença para melhor em relação a versão de 2002 dirigida por Brett Ratner está basicamente na direção de Michael Mann, que acentua a questão psicológica, mostrando como as idéias do Dr. Hannibal influenciam o personagem Will Graham, inclusive na sua relação com a esposa (Kim Greist). Já este filme perde na composição do Dr. Hannibal, mesmo Brian Cox tendo um ar sinistro, Anthony Hopkins é incomparável na sua composição do assassino canibal.

Dragão Vermelho (Red Dragon, EUA, 2002) – Nota 7
Direção – Brett Ratner
Elenco – Anthony Hopkins, Edward Norton, Ralph Fiennes, Harvey Keitel, Emily Watson, Mary Louise Parker, Philip Seymour Hoffman, Anthony Heald, Ken Leung, Frankie Faison, Frank Whaley, John Rubinstein.

Esta versão da mesma história do filme de Michael Mann de 1986 saiu do papel para tentar levantar a série, pois o filme “Hannibal” feito um ano antes por Ridley Scott acabou exagerando na dose da violência, deixando de lado o suspense psicológico do clássico “O Silêncio dos Inocentes”.

Apesar de Ratner não ser especialista em suspense, ele consegue bom resultado mostrando o agente do FBI Willl Graham (Edward Norton) sendo chamado de volta pelo seu antigo chefe (Harvey Keitel) para tentar fazer com que o Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) coopere na busca do assassino tatuado “Fada dos Dentes” (Ralph Fiennes), o que ele aceita em troca de algumas regalias.

O filme mostra ainda uma estranha relação entre o Dr. Hannibal e um cega vivida por Emily Watson.

Os eventos deste filme acontecem antes do ocorrido em “O Silêncio dos Inocentes”.

Um bom filme, mas pessoalmente prefiro a versão de Michael Mann.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Conflitos Internos

Conflitos Internos (Mou Gaan Dou, Hong Kong, 2002) – Nota 9
Direção – Andrew Lau
Elenco – Andy Lau, Tony Leung, Anthony Wong, Eric Tsang, Kelly Chen, Sammi Cheng.

O vencedor do Oscar de Melhor Filme “Os Infiltrados” é uma refilmagem deste ótimo policial chinês, que por sinal não perde em nada para o filme de Scorsese. 

A trama é a mesma, enquanto a polícia utiliza o jovem Yan (Tony Leung) para se infiltrar na Tríade Chinesa, o mafioso Sam (Eric Tsang) matricula alguns jovens na academia de polícia, entre eles Lau (Andy Lau). Depois de algum tempo, tanto a chefia de polícia quanto o mafioso sabem que existe um espião em suas organizações, dando início a um intrincado jogo de xadrez onde cada lado move suas peças na tentativa de descobrir primeiro quem é o traidor.

Boas cenas de ação com ótimo ritmo, bom elenco e um roteiro inteligente são as virtudes deste filme que tem como diferença em relação a refilmagem de Scorsese o final,  sendo que aqui o diretor Andrew Lau não tenta buscar justiça ou vingança, deixando apenas a frieza no pior sentido da palavra triunfar. Um filme imperdível.

domingo, 2 de novembro de 2008

O Ilusionista

O Ilusionista (The Illusionist, EUA/República Tcheca, 2006) – Nota 7,5
Direção – Neil Burger
Elenco – Edward Norton, Paul Giamatti, Jessica Biel, Rufus Sewell, Eddie Marsan.

No início do século XX em Viena, o garoto Eduard Abramovich inicia seu aprendizado nos segredos da mágica e isso faz a pequena Sophia se aproximar e eles se apaixonarem, porém a diferença de classes faz com que a família dela a proíba de ver o garoto e este acaba deixando a cidade.

Anos mais tarde ele volta para Viena como o conhecido ilusionista Eisenheim (Edward Norton) e encanta a todos com seu espetáculo, chamando a atenção do príncipe Leopold (Rufus Sewell) que tenta de qualquer forma descobrir seus truques, para isso utilizando o chefe de polícia Uhl (Paul Giamatti). A relação entre o mágico e o princípe piora quando Eisenheim encontra sua antiga amada (Jessica Biel) que está prometida para o príncipe e eles acabam reiniciando o romance.

Com boa produção de época e bons atores como Norton e Giamatti, o filme tem uma história bem contada com algumas reviravoltas, tendo um tema semelhante ao “O Grande Truque” de Christopher Nolan que é um pouco superior a este.