Bagdad Café (Out of Rosenheim, Alemanha Ocidental / EUA,
1987) – Nota 7,5
Direção – Percy Adlon
Elenco –
Marianne Sagebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica
Calhoun, Darron Flagg, George Aguilar.
Um casal alemão que viaja de carro pelo deserto de Nevada em
direção a Las Vegas se desentende e o rude marido abandona a esposa Jasmin (Marianne
Sagebrecht) no meio da estrada. Carregando uma mala, Jasmin chega até um
decadente hotel e restaurante situado num posto de gasolina, o Bagdad Café do
título. Jasmin se hospeda no local e desperta a curiosidade da proprietária, a estressada
Brenda (CCH Pounder), que acabou de expulsar de casa o marido e que sofre para
cuidar da filha adolescente insolente, do filho que só pensa em tocar piano e do neto que ainda é bebê. As enormes diferenças entre as duas
mulheres aos poucos se torna uma amizade que mudará vida de todos ao redor.
Este longa independente se tornou um inesperado sucesso cult na época,
principalmente pela atuação espontânea da gordinha alemã Marianne Sagebrecht,
inclusive desinibida em algumas sequências com o personagem do pintor
interpretado pelo veterano e hoje falecido Jack Palance.
Vale destacar também a
boa atriz CCH Pounder, que fez quase toda a carreira na tv, tendo seu melhor
papel como a detetive honesta do ótimo seriado “The Shield”.
Visto hoje, o longa
tem algumas sequências que parecem não ser encaixar bem, principalmente a parte
final um pouco exagerada, porém o restante da história deixa uma boa mensagem
sobre como a amizade pode superar as diferenças.
Rosalie Vai as Compras (Rosalie Goes Shopping, Alemanha
Ocidental / EUA, 1989) – Nota 6
Direção –
Percy Adlon
Elenco –
Marianne Sagebrecht, Brad Davis, Judge Reinhold, Alex Winter, John Hawkes.
No interior do Arkansas, a alemã Rosalie (Marianne
Sagebrecht) vive aparentemente o sonho americano ao lado marido (Brad Davis),
que trabalha pulverizando plantações com seu avião e dos sete filhos. Não
demora para o espectador descobrir que a boa vida do casal se deve aos golpes praticados por Rosalie, que falsifica cartões de crédito e cheques para comprar tudo o que
deseja. Quando sua tática fica conhecida na cidade, Rosalie não se envergonha
em roubar dinheiro dos filhos e até mesmo criar um golpe por computador, mesmo
que na época este tipo de roubo ainda fosse incomum.
Este foi o terceiro e
último trabalho em parceira do diretor Percy Adlon e da atriz Marianne
Sagebrecht, resultando num filme inferior a “Bagdad Café”, porém mais cínico e
realista.O primeiro chamado "Estação Doçura" eu não assisti.
O objetivo aqui foi fazer uma crítica ao consumismo exagerado que estava
em alta na sociedade americana, conseqüência da política do governo Reagan em
que o sucesso financeiro era o ponto principal. Vinte e cinco anos depois o mal
do consumismo é ainda pior, o que mantém o tema deste longa bem atual.
O filme em si
apresenta alguns exageros estéticos e nos personagens, como o marido vivido
por Brad Davis e o padre interpretado por Judge Reinhold, este último que é
consultado várias vezes pela protagonista para se confessar e pedir perdão por seus pecados financeiros.
Para meu gosto como cinéfilo o resultado não agrada, hoje valendo apenas como
uma curiosidade cinematográfica.
4 comentários:
"sucesso cult na época"
Ainda hj é bastante lembrando pelos que viram o filme em seu lançamento.
Preciso assistir a Café Bagdá.
Não vi Rosalie Vai as Compras, mas Bagdad Café continua sendo um sucesso cult. Principalmente sua trilha sonora incrível. Adoro a amizade quase torta das duas.
bjs
P.S. E Feliz 2014.
O Bagdá Café assisti no colegio, acho que na 5º serie, faz muuuuito tempo !
Aproveitando, um ótimo 2014 !
Filmelixo
Kleiton - Na época foi um filme muito elogiado pela crítica e acabou descoberto pelos cinéfilos quando lançado em VHS.
Amanda - A trilha sonora é bem legal.
Fernando - Valeu pela visita.
Abraço
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