domingo, 15 de dezembro de 2013

A Rainha Margot

A Rainha Margot (La Reine Margot, França, 1994) – Nota 8
Direção – Patrice Chereau
Elenco – Isabelle Adjani, Daniel Auteuil, Jean Hugues Anglade, Vincent Perez, Virna Lisi, Dominique Blanc, Pascal Greggory, Miguel Bosé, Jean Claude Brialy, Asia Argento, Thomas Kretschmann.

Em 1572, a França está à beira de um conflito entre católicos e protestantes. O rei Charles IX (Jean Hughes Anglade) é um fraco dominado pela mãe Catarina de Médicis (Virna Lisi). A mãe  manipuladora convence Charles a armar o casamento de sua irmã católica Marguerite “Margot” (Isabelle Adjani) com o protestante Henri de Navarre (Daniel Auteuil), aparentemente para acalmar os ânimos entre católicos e protestantes. 

O casamento de fachada sequer chega a se consumar na cama, quando Catarina coloca em prática um violento ataque dos soldados que assassinam milhares de protestantes, culminando na terrível “Noite de São Bartolomeu”. O jovem protestante La Mole (Vincent Perez) consegue se esconder no palácio no quarto de Margot. Margot que era conhecida por seu apetite sexual, não demora para tornar o jovem fugitivo em seu amante. A partir daí as várias intrigas palacianas e as consequências do massacre levarão a mais violência e mortes. 

Este épico foi o longa com maior orçamento da história do cinema na França até aquele ano, tendo sido grande sucesso de bilheteria, mas ao mesmo tempo dividindo a crítica, com parte dela não gostando do estilo que lembra um pouco os épicos de Hollywood. 

Na minha opinião é uma grande bobagem, já que o longa apresenta um bom roteiro, tem cenas de ação muito bem filmadas, uma narrativa que prende a atenção e um um elenco competente recheado de astros europeus, inclusive com a veterana Virna Lisi vencendo o prêmio de Melhor Atriz em Cannes. 

É um ótimo épico, imperdível para quem gosta do gênero.  

4 comentários:

Bússola do Terror disse...

Também gostei do filme, apesar de ele ter ´mudado` alguns fatos históricos, como a quantidade de irmãos que o Rei Charles IX tinha e a própria sucessão do trono, pois dá a entender que quem tava no Trono da França antes dele era a própria Caterina de Médicis, quando na vida real o rei anterior era o irmão dele, o Rei François II.
Mas o filme é um clássico, sem dúvida.

Hugo disse...

Léo - O filme é livremente baseado na história real, mas como você cita no final, isto não tira a qualidade do resultado.

Abraço

Gustavo disse...

Está aí um filme que pretendo rever. Vi-o na escola, quando ainda estava no ginasial. Mesmo assim, não me recordo de ter ficado incomodado por ser um épico francês. Algumas pessoas simplesmente não conseguem se adaptar a coisas diferentes das que estão acostumadas a consumir. Quem é assim dificilmente ampliará seus horizontes cinematográficos...

Hugo disse...

Gustavo - Concordo, o cinéfilo e o crítico precisam ter a mente aberta e analisar a qualidade do filme, independente de país, gênero ou estilo.

Abraço