domingo, 6 de março de 2022

Os Muitos Santos de Newark

 


Os Muitos Santos de Newark (The Many Saints of Newark, EUA, 2021) – Nota 6,5
Direção – Alan Taylor
Elenco – Alessandro Nivola, Leslie Odom Jr., Jon Bernthal, Vera Farmiga, Corey Stoll, Ray Liotta, Michela De Rossi, Michael Gandolfini, Billy Magnussen, John Magaro, Michael Imperioli, Samson Moeakiola, Joey Diaz.

Newark, anos sessenta. Dickie Moltisanti (Alessandro Nivola) faz parte da Máfia local ao lado dos irmãos Johnny (John Bernthal) e Junior Soprano (Corey Stoll) que exercem liderança sobre vários bandidos que extorquem comerciantes e cobram dinheiro de apostas ilegais. 

Este prequel sobre a juventude de Tony Soprano (Michael Gandolfini, filho do falecido James Gandolfini) e como seu relacionamento com pai, tio e outros figuras do submundo moldaram seu caráter para se tornar o chefão mafioso de New Jersey décadas depois vale apenas como curiosidade para quem acompanhou a série. 

O longa é repleto de situações ligadas a eventos futuros da série, como as próprias atitudes do adolescente Tony, além das participações dos coadjuvante ainda jovens que na série se tornariam parceiros do protagonista. 

O roteiro tem acertos e erros. Ele acerta ao seguir a fórmula da série de desmistificar a lealdade entre mafiosos. São traições, mentiras e assassinatos que colocam ganância e ódio acima de qualquer amizade ou lealdade. 

As falhas do roteiro surgem ao querer explorar o contexto social dos protestos da comunidade negra na época e inserir o personagem de Harold (Leslie Odom Jr.), que era cobrador da Máfia e que se torna um inimigo ao criar seu próprio grupo de cobrança de jogos ilegais. Esta disputa entre os grupos não se desenvolve, ficando sem um desfecho e tirando um pouco da força da trama principal que seriam os conflitos entre os próprios mafiosos italianos. 

Vale destacar a narração do personagem Christopher Moltisanti (Michael Imperioli), que foi assassinado na série, mas que mesmo assim conta sua própria história de vida e de seus companheiros e parentes. 

Eu acompanhei toda a série, que começou de forma sensacional nas duas temporadas iniciais, continuou com qualidade nas duas seguintes e terminou de forma morna e sem clímax nas duas finais.

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