domingo, 31 de janeiro de 2021

Música, Amigos e Festa & Nerds, Bebidas e Curtição

 


Música, Amigos e Festa (We Are Your Friends, Inglaterra / França / EUA, 2015) – Nota 6
Direção – Max Joseph
Elenco – Zac Efron, Wes Bentley, Emily Ratajkowski, Jonny Weston, Shiloh Fernandez, Alex Shaffer, Jon Bernthal, Alicia Coppola.

Em San Fernando Valley na Califórnia, quatro jovens amigos trabalham como promoters de um casa noturna e cada um deles sonha com algo melhor, principalmente Cole (Zac Efron), que é um DJ novato. 

Enquanto busca uma chance e aproveita a vida em festas, Cole cria uma certa amizade com o veterano DJ James (Wes Bentley), ao mesmo tempo em que mostra interessa na garota do sujeito, a bela Sophie (Emily Ratajkowski). 

O roteiro explora o clichê do jovem que busca seu espaço em uma profissão, enquanto aprende com um veterano cínico que parece desmotivado. No meio disso, a narrativa acompanha as festas e baladas regadas a música eletrônica, drogas e sexo. 

O roteiro ainda tenta fazer uma pequena crítica social de uma forma rasa ao inserir na trama um negociador de imóveis vivido por Jon Bernthal e criar uma situação dramática na parte final. 

É um filme que prende atenção e que com certeza agrada aos fãs de música eletrônica, mas que no final se mostra totalmente esquecível.

Nerds, Bebidas e Curtição (Good Kids, EUA, 2016) – Nota 5
Direção – Chris McCoy
Elenco – Nicholas Braun, Zoey Deutch, Mateo Arias, Israel Broussard, Ashley Judd, Demian Bichir, Julia Garner, Kevin Chapman.

Prestes a se formarem no colégio, os amigos Andy (Nicholas Braun), The Lion (Mateo Arias) e Spice (Israel Broussard), além da amiga Nora (Zpey Deutch), decidem aproveitar os últimos dias de adolescência para curtir. 

O premissa e o roteiro seguem o estilo dos filmes adolescentes dos anos oitenta em que sexo e diversão são os pontos principais. O problema é que poucas piadas funcionam, resultando em sequências bobas e outras patéticas. Os personagens passam longe de serem carismáticos, com exceção da participação de Ashley Judd como a casada infiel. 

Para quem gosta do estilo, existem vários outros filmes melhores e mais engraçados, como “Finalmente 18” e “Projeto X”.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Museu

 


Museu (Museo, México, 2018) – Nota 6,5
Direção – Alonso Ruiz Palacios
Elenco – Gael Garcia Bernal, Leonardo Ortizgris, Alfredo Castro, Lisa Owen, Simon Russell Beale, Lynn Gilmartin, Leticia Brédice, Bernardo Velasco.

Cidade do México, Natal de 1985. Os amigos Juan (Gael Garcia Bernal) e Benjamin (Leonardo Ortizgris) roubam várias peças históricas do Museu de História Natural. A notícia do roubo se espalha pelo país, fato que dificulta muito a tentativa de venda das peças, deixando a dupla de ladrões em um beco sem saída. 

Baseado numa maluca história real, este longa detalha com várias modificações o famoso roubo que na verdade demorou quatro anos para ser solucionado. 

O roteiro escrito pelo diretor Alonso Ruiz Palacios explora uma narração em off do personagem Benjamin que explica a obsessão do amigo Juan pelo museu e a própria relação complicada entre os dois. O desenvolvimento dos personagens é interessante ao mostrar também a vida familiar de cada um deles. 

Por outro lado, o filme peca por não apresentar a real motivação para o crime, ficando em dúvida se foi por causa da ganância ou pela obsessão de Juan. A narrativa também é bastante irregular, com tempos mortos, algumas sequências longas e outras quase surreais, como a briga no bar e a noitada com a stripper. 

Fica claro que o potencial da história poderia ter rendido um filme muito melhor, explorando outros pontos que foram deixados de lado, como a investigação policial que em momento algum é representada.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Pelos Olhos de Maisie

 


Pelos Olhos de Maisie (What Maisie Knew, EUA, 2012) – Nota 7,5
Direção – Scott McGehee & David Siegel
Elenco – Julianne Moore, Steve Coogan, Alexander Skarsgard, Joanna Vanderham, Onata Aprile.

Maisie (Onata Aprile) tem sete anos de idade e se vê no meio de uma briga entre seus pais. Sua mãe Susanna (Julianne Moore) é um cantora de rock e seu pai Beale (Steve Coogan) um empresário. Assim que eles decidem se divorciar, Maisie é tratada como um objeto que é levado de um lado para o outro. 

A grande sacada deste drama é mostrar a dissolução de uma família e suas consequências pelos olhos de uma criança inteligente e ainda ingênua, que faz de tudo para se adaptar a situação. 

A pequena Maisie passa pelo divórcio, pela disputa na justiça, pelos novos relacionamentos dos pais e até pelo abandono em alguns momentos, tudo de forma triste e ao mesmo tempo delicada. 

A atuação de Onata Aprile é sincera e espontânea, quase sempre mostrando com os olhos seu sentimento em relação a cada nova situação. 

É um filme que deixa claro que para ser pai ou mãe é necessário ter tempo para cuidar, criar e dar atenção. Se a pessoa não tem este tempo ou não quer deixar de lado outras prioridades, o melhor é não ter filhos.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

The Gamechangers

 


The Gamechangers (The Gamechangers, Inglaterra, 2015) – Nota 6,5
Direção – Owen Harris
Elenco – Daniel Radcliffe, Bill Paxton, Ryan Gage, Joe Dempsie.

Em 2002, a equipe de desenvolvimento de games Rockstar liderada por Sam Houser (Daniel Radcliffe) lança a nova versão do Grand Theft Auto, mais conhecido como GTA. O jogo que consiste em matar todos que cruzam o caminho do protagonista é um sensacional sucesso de vendas. 

A festa se transforma em problema quando um jovem imita o jogo assassinando três policiais. O crime chama a atenção do advogado Jack Thompson (Bill Paxton), um religioso fanático que acredita que o jogo influenciou o assassino. Ele decide defender o rapaz e ao mesmo tempo processar a Rockstar. 

Baseado em uma história real, este longa tenta explorar alguns temas interessantes e complexos. O mais visível é a questão dos games violentos, em que muitas pessoas acreditam serem prejudiciais à saúde mental de jovens e adolescentes. 

Quando esta discussão vai para o campo de culpar um game por crimes pessoais, vejo como um absurdo sem tamanho. Esta teoria maluca tenta minimizar a culpa do criminoso. 

Vale citar que pelas consequências na vida do personagem de Bill Paxton, fica claro que o roteiro amenizou suas atitudes, provavelmente para criar uma certa empatia com o público. 

No geral é um filme mediano, que vale como curiosidade para os fãs dos games e para quem quiser saber um pouco mais desta complicada disputa de egos.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

O Público

 


O Público (The Public, EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Emilio Estevez
Elenco – Emilio Estevez, Alec Baldwin, Michael Kenneth Williams, Taylor Schilling, Jena Malone, Jeff Wright, Christian Slater, Jacob Vargas, Gabrielle Union. Rhymefest, Richard T. Jones.

Durante um forte inverno em Cincinnati, um grupo de moradores de rua decide passar a noite na biblioteca municipal em protesto a falta de lugares nos abrigos da cidade. Eles que passam parte do dia no local, são conhecidos do bibliotecário Stuart (Emilio Estevez), que termina por apoiar a ação. O fato desperta a reação de políticos, da polícia e da imprensa. 

A premissa deste longa escrito e dirigido pelo ator Emilio Estevez é dar visão ao problema dos desabrigados. Mesmo criando uma história com algumas soluções exageradas e outras ingênuas, é interessante citar que o roteiro não faz apologia ao vitimismo, na verdade a proposta é pensar em soluções para o problema. 

Os moradores de rua são mostrados como problemáticos, como realmente são, assim como temos os políticos que se aproveitam da situação, a polícia que fica dividida entre cumprir ordens ou pensar no lado humano e a discussão sobre até que ponto locais públicos como uma biblioteca podem ser utilizados pelas pessoas em geral. 

Além de Emilio Estevez, o destaque do elenco fica para Michael Kenneth Williams como o líder do moradores de rua, ator pouco celebrado mas que sempre entrega atuações marcantes, desde quando era personagem importante na antiga série “A Escuta (The Wire)”.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Uma Aventura na América Selvagem & Uma Aventura no Deserto

 


Uma Aventura na América Selvagem (Wild America, EUA, 1997) – Nota 7
Direção – William Dear
Elenco – Jonathan Taylor Thomas, Devon Sawa, Scott Bairstow, Frances Fisher, Jamey Sheridan, Tracey Walter, Danny Glover, Zack Ward.

Verão de 1968. Os irmãos Marshall (Jonathan Taylor Thomas), Mark (Devon Sawa) e Marty (Scott Bairstow) decidem viajar pelos EUA filmando animais e a natureza selvagem. Eles enfrentaram desafios e perigos, cruzando o caminho de desconhecidos e locais intocados. 

Este simpático e praticamente esquecido longa vai além da aventura na natureza, explorando também o relacionamento entre irmãos e o amadurecimento de jovens frente a um desafio bem diferente da vida normal. E não se pode deixar de destacar as locações naturais. 

É curioso citar que o trio principal não conseguiu emplacar carreiras sólidas. Scott Bairstow protagonizou a fracassada série “Harsh Healm” e praticamente se aposentou em meados dos anos 2000. Jonathan Taylor Thomas era conhecido por trabalhar desde criança na série “Home Improvement” ao lado do astro Tim Allen, mas foi outro que parou cedo a carreira. Apenas Devon Sawa ainda continua na ativa, mesmo com pouco destaque. Seu papel mais conhecido é o de protagonista do primeiro filme da franquia “Premonição”.

Uma Aventura no Deserto (Desert Blue, EUA, 1998) – Nota 6
Direção – Morgan J. Freeman
Elenco – Brendan Sexton III, Kate Hudson, John Heard, Christina Ricci, Casey Affleck, Ethan Suplee, Peter Sarsgaard, Lucinda Jenney, Sarah Gilbert, Michael Ironside, Daniel Von Bargen

O professor Lance (John Heard) viaja com sua filha Skye (Kate Hudson) pelo deserto de Nevada em busca de locais pitorescos. A viagem é feita a contragosto da jovem, que é uma estrela de televisão. 

Um fato inusitado faz com que pai e filha sejam obrigados a passar um tempo em uma pequena cidade, local onde cruzam o caminho de personagens peculiares, como o jovem que deseja construir um parque aquático  (Brendan Sexton III) e a garota que adora explodir coisas (Christina Ricci). 

O roteiro explora as diferenças de costumes entre os personagens da cidade grande e os moradores da pequena localidade através de situações que variam entre o engraçado e o patético. 

Destaque para as locações no deserto e para o elenco de jovens que conseguiram se firmar na carreira. Além dos protagonistas temos ainda Casey Affleck e Peter Sarsgaard.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Caminhos de Sangue

 


Caminhos de Sangue (American Dreamer, EUA, 2018) – Nota 7
Direção – Derrick Borte
Elenco – Jim Gaffigan, Robbie Jones, Tammy Blanchard, Isabel Arraiza, Alejandro Hernandez, Curtis Lyons.

Cam (Jim Gaffigan) trabalha como motorista de aplicativo. Para aumentar a renda também presta serviços para o traficante Mazz (Robbie Jones), levando o criminoso para seus “compromissos” diários. 

A difícil relação com a ex-mulher (Tammy Blanchard) que o afasta do filho é outro problema enfrentando por Cam, que vive em um motel. Praticamente no fundo do poço, ele decide arriscar tudo em um perigoso golpe. 

Este pesado drama sobre o desespero de uma pessoa comum que se envolve em algo criminoso surpreende de forma positiva. A ação do protagonista leva a consequências inesperadas envolvendo vários personagens. 

Suas próprias reações perante estas consequências são de alguém que foi para o tudo ou nada, resultando em algumas boas sequências de suspense e violência. 

Destaque para a atuação de Jim Gaffigan, ator com carreira mais voltada para comédias ou dramas românticos, que aqui está perfeito no papel do decadente protagonista.


domingo, 24 de janeiro de 2021

Nomadland

 


Nomadland (Nomadland / Alemanha, EUA 2020) – Nota 7,5
Direção – Chloé Zhao
Elenco – Frances McDormand, David Strathairn, Linda May, Bob Wells, Charlene Swankie.

Em 2011, uma empresa encerra suas atividades em uma pequena cidade no deserto de Nevada. Sem ter o que fazer e nem local fixo para morar, a viúva Fern (Frances McDormand) decide atravessar o país em uma van, que ser tona sua casa, sobrevivendo de empregos temporários e participando de grupos de pessoas que vivem a mesma situação. 

Ao invés de focar no lado trágico ou nos perigos deste tipo de vida pela estrada, o longa que é baseado em um livro explora o tema como sendo uma escolha motivada por situações pessoais. 

A protagonista vivida pela ótima Frances McDormand tem suas razões para a liberdade que escolheu e também oportunidades de seguir um caminho diferente. 

É interessante que a solidariedade é a marca que fica das pessoas que cruzam seu caminho, todas com histórias de vida para contar. 

O roteiro é também uma consequência da crise econômica que veio à tona nos EUA em 2008. O desemprego atingiu um número enorme de pessoas, sendo que muitas perderam até suas casas e foram obrigadas a tomar decisões dolorosas para tentar retomar a vida.

sábado, 23 de janeiro de 2021

A Sombra de uma Dúvida

 


A Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt, EUA, 1943) – Nota 7
Direção – Alfred Hitchcock
Elenco – Joseph Cotten, Teresa Wright, Macdonald Carey, Henry Travers, Patricia Collinge, Hume Cronyn, Wallace Ford.

Charlie Oakley (Joseph Cotten) está sendo perseguido por homens desconhecidos. Ele foge do local para se esconder na casa da irmã na cidade de Santa Rosa na Califórnia. Recebido com carinho pela família, principalmente pela sobrinha Charlotte, que também é chamada de Charlie (Teresa Wright), aos poucos a garota começa a perceber que existe algo de estranho nas atitudes do tio. 

Muitos críticos citam que este seria o filme preferido do próprio Hitchcock, porém ao meu ver fica abaixo de vários outros trabalhos do diretor. Desde o início fica claro que o caráter do protagonista é complexo, não demorando para o espectador saber a verdade. 

O filme tem alguns destaques, como o desenvolvimento da personagem de uma quase adolescente Teresa Wright, que varia da alegria ao medo, passando pela decepção. Os diálogos sobre formas de assassinatos entre o pai da garota (Henry Travers) e um amigo (Hume Cronyn) são impagáveis. Por outro lado, a sequência final no trem deixa a desejar pelo absurdo. 

É um bom filme, mas como citei antes, com qualidade abaixo de outras obras de Hitchcock.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Rampage: Sede de Vingança

 


Rampage: Sede de Vingança (Rampage, Canadá / Alemanha, 2009) – Nota 6
Direção – Uwe Boll
Elenco – Brendan Fletcher, Shaun Sipos, Michael Paré, Matt Frewer, Lynda Boyd.

Em pequena cidade americana, o jovem Bill (Brendan Fletcher), que vive em uma família aparentemente perfeita, decide sair pelas ruas com uma armadura matando o maior número de pessoas que conseguir. 

Este é um filme cheio de contradições e por isso complicado de comentar. Começando pelos pontos positivos, é bem interessante a escolha do diretor em utilizar por quase todo o filme uma espécie de noticiário do mundo atual intercalando as sequências e as atitudes do protagonista. Como se a loucura da vida atual fosse o gatilho para a matança. A reviravolta da história é outro acerto, entregando uma surpresa criativa. 

Por outro lado, com exceção do estranho Brendan Fletcher, as demais atuações são péssimas, com personagens caricatos. Também fica difícil acompanhar os maneirismos do diretor alemão Uwe Boll, que utiliza a câmera na mão em muitas sequências, parecendo uma filmagem amadora repleta de cortes estranhos e imagens balançando. 

Uwe Boll é um conhecido diretor de filmes B que tem o hábito de fazer trilogias neste estilo. Este “Rampage” tem duas sequências, igual a outras obras como “Em Nome do Rei” e “BloodRayne”. 

O resultado é um filme agitado e estranho.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Nota Máxima & Joe e as Baratas

 


Nota Máxima (The Perfect Score, EUA, 2004) – Nota 5,5
Direção – Brian Robbins
Elenco – Chris Evans, Bryan Greenberg, Erika Christensen, Scarlett Johansson, Leonardo Nam, Darius Miles, Tyra Ferrell, Matthew Lillard.

No último ano de colégio, dois amigos (Chris Evans e Bryan Greenberg) precisam tirar uma nota alta no exame chamado SAT, para serem aceitos nas universidades que desejam estudar. A dificuldade em conseguir as notas leva a dupla a convencer quatro outros jovens a participarem de uma missão criminosa. O objetivo é roubar as provas alguns dias antes do exame. 

A premissa explora o tema de um grupo que planeja um roubo ousado, sem armas ou violência. Ao invés de adultos em busca de dinheiro, temos jovens querendo ingressar na universidade. 

O que seria até interessante, se transforma em um filme ruim por causa do desenvolvimento da trama que não convence e dos personagens sem graça, onde o único destaque fica para Leonardo Nam com o maluco que narra a história. 

Por ter sido produzido pela MTV, o foco era o público adolescente, o que resultou em um longa chato para quem deseja algo mais bem elaborado.

Joe e as Baratas (Joe’s Apartment, EUA, 1996) – Nota 5
Direção – John Payson
Elenco – Jerry O’Connell, Megan Ward, Jim Sterling, Robert Vaughn, David Huddleston

Joe (Jerry O’Connell) é um jovem que que sai de Iowa para tentar a vida em Nova York, mas como tem pouco dinheiro, se aproveita da morte de uma senhora e fica com o apartamento dela alegando ser o sobrinho da falecida. Logo, ele descobre que o local está de infestado de baratas, que se tornam suas amigas e mostram talento para cantar e dançar. 

A MTV teve seu auge mundial nos anos noventa, quando o canal se espalhou por diversos países, incluindo o Brasil. O crescimento levou a produzir shows, animações, videoclips e chegar até ao cinema. 

Este “Joe e as Baratas” foi o primeiro filme produzido pelo canal, que fez um estardalhaço no lançamento. A curiosidade pelo filme foi muito maior do que a qualidade, que se resume a uma comédia infantil e totalmente bizarra. 

Nos longas seguintes e MTV Films se associou a Paramount e lançou algumas coisas interessantes como a comédia “Eleição”, o cult “Napoleão Dinamite” e a ficção “Projeto Almanaque”, em meio a outros filmes esquecíveis.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Invasão Zumbi 2: Península

 


Invasão Zumbi 2: Península (Train to Busan 2, Coreia do Sul, 2020) – Nota 6
Direção – Sang Ho Yeon
Elenco – Dong Won Gang, Jung Hyun Lee, Re Lee, Hae Hyo Kwon, Min Jae Kim, Gyo Hwan Koo.

Quatro anos após um vírus desconhecido transformar pessoas em zumbis e levar o caos a Coreia do Sul, alguns sobreviventes conseguiram fugir para Hong Kong. 

Neste contexto, um grupo criminoso do país oferece para alguns refugiados uma missão de voltar para Coreia do Sul e encontrar um caminhão repleto de dinheiro. Jung Seok (Dong Won Gang) é um dos refugiados que aceita a missão suicida em troca de receber uma fortuna. 

Infelizmente esta sequência do sensacional longa de 2016 decepciona. A história parece uma colcha de retalhos que mistura ideias que já vimos em “The Walking Dead” com pitadas de “Fuga de Nova York” e sequências de ação e perseguição que abusam do CGI. 

A narrativa agitada e a violência escondem um pouco as falhas, pelo menos mantendo a atenção do espectador que curte o gênero. É uma pena, quem viu o primeiro com certeza esperava uma continuação melhor.


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

O Homem Resposta

 


O Homem Resposta (The Answer Man, EUA, 2009) – Nota 7
Direção – John Hindman
Elenco – Jeff Daniels, Lauren Graham, Lou Taylor Pucci, Olivia Thirlby, Kat Dennings, Nora Dunn, Tony Hale, Annie Corley.

Arlen Faber (Jeff Daniels) é um famoso escritor de obras em que descreve suas conversas com Deus. Solitário e mal humorado, ele não aceita divulgar seus livros ou dar entrevistas. Ele começa a mudar um pouco suas atitudes ao conhecer duas pessoas. A quiroprata Elizabeth (Lauren Graham) que o trata de uma dor nas costas e o jovem dono de uma livraria Kris (Lou Taylor Pucci). 

Este simpático longa escrito e dirigido pelo desconhecido John Hindman explora os clichês comuns do gênero que mistura drama e comédia de forma leve. Temos algumas situações patéticas, outras engraçadinhas e os problemas que cada um dos personagens precisa enfrentar. 

O filme funciona pelas boas atuações do trio principal, resultando em uma obra ao estilo sessão da tarde.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A Escolha de Mickey

 


A Escolha de Mickey (Mickey and the Bear, EUA, 2019) – Nota 6,5
Direção – Annabelle Attanasio
Elenco – Camila Morrone, James Badge Dale, Calvin Demba, Ben Rosenfield, Rebecca Henderson.

A adolescente Mickey (Camila Morrone) está prestes a terminar o colégio, porém não sabe se poderá ir para universidade, tanto pela espera de conseguir uma bolsa, quanto pela dificuldade em lidar com seu pai Hank (James Badge Dale), um veterano que lutou no Iraque e que apresenta distúrbios pós-traumáticos. Sem ter a mãe que faleceu, Mickey sofre sozinha tentando ajudar o pai, além de conviver com um namorado idiota (Ben Rosenfield). 

O roteiro escrito pela diretora estreante Annabelle Attanasio explora o tema comum dos traumas que soldados enfrentam após voltarem para casa e que terminam por afetar a vidas das pessoas aos seu redor, principalmente os familiares. 

A história não apresenta surpresas, ela segue o caminho que leva até o momento em que um dos personagens precisa tomar uma decisão definitiva, sem antes passar por discussões e situações embaraçosas. 

É um filme doloroso, que não alça grandes voos, mas cumpre o que promete.

 


domingo, 17 de janeiro de 2021

Hollywoodland - Bastidores da Fama


Hollywoodland – Bastidores da Fama (Hollywoodland, EUA, 2006) – Nota 7
Direção – Allen Coulter
Elenco – Adrien Brody, Diane Lane, Ben Affleck, Bob Hoskins, Robin Tunney, Jeffrey DeMunn, Kathleen Robertson, Lois Smith, Molly Parker, Joe Spano, Dash Mihok,Brad William Henke, Caroline Dhavernas.

Hollywood, 1959. George Reeves (Ben Affleck), que era o astro da série de tv “As Aventuras do Super-Homem”, comete um aparente suicídio no quarto de sua casa. Sua noiva (Robin Tunney) e outras pessoas que estavam na sala no momento, corroboram a versão para a polícia. 

Uma determinada situação leva o investigador particular Louis Simo (Adrien Brody) a desconfiar que o ator tenha sido assassinado. Simo inicia uma investigação que desagrada várias pessoas em Hollywood. 

O roteiro explora as lendas e fofocas por trás da história real do estranho suicídio do ator George Reeve. O detetive vivido por Adrien Brody é um personagem fictício utilizado para detalhar as teorias relacionadas ao caso. Simo é um personagem que assim como Reeves também buscava a fama. Desvendar o crime seria seu passaporte para ficar conhecido. 

A investigação foca em três possibilidades. A do suicídio ligada a uma depressão causada pelo cancelamento da série e também por Reeves jamais ter conseguido a fama que sonhou. 

A duas hipóteses seguintes seriam voltadas para um assassinato. Uma seria relativo a uma briga com a noiva e a outra uma espécie de vingança por causa do relacionamento do ator com Toni Mannix (Diane Lane), que era esposa de um dos executivos da MGM (Bob Hoskins). 

Vale citar que a atuação do quase sempre canastrão Ben Aflleck é perfeita, pois o verdadeiro George Reeves também era um ator bastante limitado. 

Outro ponto importante é mostrar os bastidores sujos de Hollywood, onde o glamour e a fama dão lugar a intrigas e traições. 

É um bom filme para quem gosta do tema.


 

sábado, 16 de janeiro de 2021

Dark Blood

 


Dark Blood (Dark Blood, EUA, 2012) – Nota 5,5
Direção – George Sluizer
Elenco – River Phoenix, Judy Davis, Jonathan Pryce, Karen Black.

Em 1993, o diretor francês George Sluizer não pôde terminar seu filme “Dark Blood” por causa da morte do ator River Phoenix por overdose. O jovem era uma das grandes promessas do cinema. 

Inacabado, o filme foi engavetado, até que em 2012 Sluizer então com oitenta anos de idade (faleceria dois anos depois) decidiu levar a obra para o público. 

Ele montou o longa com as cenas que foram filmadas e preencheu as lacunas com uma narração dele mesmo, explicando como seriam as sequências inexistentes. A ideia deu um bom resultado no formato, porém o filme em si é no mínimo estranho. 

A história foca em um casal de atores (Jonathan Pryce e Judy Davis) que está atravessando o deserto de Nevada durante as férias quando o carro apresenta defeito. Eles são resgatados por um jovem solitário (River Phoenix) que tem sangue índio e que vive em uma casa em local isolado. Enquanto esperam o conserto do carro, as atitudes do rapaz começam a assustar o marido, que percebe o interesse dele em sua esposa. 

O roteiro é confuso, não pela falta das cenas, mas pela história que mistura relacionamento em crise, lendas indígenas e suspense. A atuação de Phoenix também é ruim, parecendo um vilão de filme B. É um filme que vale como curiosidade apenas. 

Para quem deseja algo com mais qualidade, o diretor George Sluizer é o responsável por um dos filmes mais cruéis da história do cinema, o assustador “O Silêncio do Lago”, título original “Spoorlos” de 1998. Ele ainda comandou um remake em Hollywood em 1993, porém o original é superior.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Segredos de um Funeral

 


Segredos de um Funeral (Get Low, EUA / Alemanha / Polônia, 2009) – Nota 7
Direção – Aaron Schneider
Elenco – Robert Duvall, Sissy Spacek, Bill Murray, Lucas Black, Bill Cobbs, Gerald McRaney, Scott Cooper.

Tennessee, anos trinta. Felix Bush (Robert Duvall) vive solitário em uma casa na região rural. Mal visto pelas pessoas da cidade, Felix surpreende quando procura a funerária local e contrata o serviço de uma festa a ser realizada para comemorar seu funeral em vida. 

Mesmo sendo algo absurdo e não entendendo ao certo o porquê da decisão de Felix, o agente funerário Frank (Bill Murray) aceita pensando no lucro, fato que deixa intrigado seu funcionário Buddy (Lucas Black). Aos poucos, os personagens e o espectador descobrirão a verdade. 

Este curioso drama com pitadas de comédia explora o clássico tema da tentativa da redenção e busca pelo perdão por causa de um erro do passado que afetou algumas pessoas. O pilar da trama é este segredo que tem uma pista na aparente aleatória cena inicial. 

Apesar da simplicidade maluca da premissa, o filme funciona por causa das boas atuações e dos diálogos que variam do divertido ao doloroso. Destaque para o veteraníssimo Robert Duvall e para Bill Murray mais uma vez interpretando um sujeito cínico e até patético em alguns momentos.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Estocolmo

 


Estocolmo (Stockholm, Canadá / EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Robert Budreau
Elenco – Ethan Hawke, Noomi Rapace, Mark Strong, Christopher Heyerdahl, Bea Santos, Mark Rendall, Ian Matthews.

Estocolmo, Suécia, 1973. Um sujeito (Ethan Hawke) invade um banco com uma metralhadora e faz três reféns, deixando as demais pessoas saírem. Ele exige uma quantia em dinheiro, um carro e a soltura de um bandido que está na cadeia (Mark Strong), que é levado ao local. A inusitada ação do assaltante fica cada vez mais bizarra com o passar do tempo. Situação que leva os reféns a criarem laços com os sequestradores. 

Inspirado na história real que fez nascer o termo “Síndrome de Estocolmo”, este longa utiliza uma narrativa com toque de comédia para detalhar o absurdo da situação. A atitude da polícia também é confusa por ser um caso que era algo quase inédito naquele país. Destaque para a caprichada reconstituição de época. 

É um filme que vale como curiosidade.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Filmes com Tema Vingança

 


Ajuste de Contas (A Score to Settle, Canadá / EUA, 2019) – Nota 5
Direção – Shawn Ku
Elenco – Nicolas Cage, Benjamin Bratt, Noah Le Gros, Karolina Wydram Mohamed Karim, Ian Tracey.

Após ficar preso por dezenove anos, Frank (Nicolas Cage) ganha a liberdade por sofrer de uma doença sem cura relacionada ao sono. Ao mesmo tempo em que se reaproxima de seu filho (Noah Le Gross), Frank deseja se vingar dos antigos parceiros de crime. 

Pouca coisa se salva em mais um longa ruim protagonizado por Nicolas Cage. Apesar de clichê, a premissa de doença mais vingança poderia render um filme bem melhor. A história é totalmente previsível, com cinco minutos o espectador já descobrirá a surpresa que é revelada na parte final. 

As cenas de violência também são fracas, com destaque mais do que negativo para a vergonhosa sequência de tiroteio em frente ao asilo. Chega a ser inacreditável os vários filmes ruins que Nicolas Cage vem protagonizando na última década.

Justiça Pelas Próprias Mãos (Vengeance: The History of Tony Cimo, EUA, 1986) – Nota 6,5
Direção – Marc Daniels
Elenco – Brad Davis, Roxanne Hart, Brad Dourif, Michael Beach, Wayne Tippet, Frances McDormand, William Conrad.

Um casal dono de uma mercearia é assassinado durante um roubo. O criminoso (Michael Beach) é preso e condenado à morte, porém o sistema judicial da Carolina do Sul oferece várias chances de apelação. Esta situação deixa o filho das vítimas (Brad Davis) revoltado e com sede de vingança. 

Esta produção para tv é baseada em uma história real. O título passa a impressão de ser um filme de ação ou com foco na violência, quando na verdade o ponto principal é o drama, tanto na questão do emaranhado judicial, como no desenvolvimento do ódio no protagonista vivido pelo talentoso e precocemente falecido Brad Davis, que ficou famoso pelo papel no clássico “O Expresso da Meia-Noite”. 

Vingança Tardia (Five Corners, EUA / Inglaterra, 1987) – Nota 6,5
Direção – Tony Bill
Elenco – Jodie Foster, Tim Robbins, Todd Graff, John Turturro, Elizabeth Berridge.

Five Corners, Bronx. Em um dia de 1964, um criminoso psicótico (John Turturro) que foi condenado por agressão e tentativa de estupro ganha a liberdade e volta para o bairro com o objetivo de reencontrar sua vítima (Jodie Foster). Desesperada, a garota procura seu antigo namorado (Tim Robbins) para pedir ajuda. Em meio a esta situação ocorrem tramas paralelas como uma investigação policial referente inusitados ataques com arco e flecha. 

Escrito por John Patrick Shanley, ganhador do Oscar de Roteiro Original por “Feitiço da Lua” que foi produzido no mesmo ano, este longa tem uma ambientação competente e um ótimo elenco. O problema é que a história é estranha, assim como o desenvolvimento das tramas paralelas que parecem um pouco desconexas. O resultado é diferente, razoável e com cara de filme independente.

Inimigo Mortal (Eye of the Tiger, EUA, 1986) – Nota 6
Direção – Richard C. Sarafian
Elenco – Gary Busey, Yaphet Kotto, Seymour Cassel, William Smith, Bert Remsen, Denise Galik, Judith Barsi.

Buck Matthews (Gary Busey) é um veterano do Vietnã que ao voltar para sua cidade natal descobre que o local sofre com as ações de uma gangue de motoqueiros liderada por Blade (William Smith). Quando sua esposa é assassinada e sua filha pequena fica traumatizada, Buck se une a outra veterano do exército (Yaphet Kotto) e parte para buscar justiça com as próprias mãos. 

A premissa clichê da vingança fora da lei é explorada de forma competente pelo diretor Richard C. Sarafian, responsável pelo clássico “Corrida Contra o Destino”. Mesmo canastrão, Gary Busey dá conta do recado como o veterano vingador. As sequências de violência ao estilo anos oitenta também são destaque.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Fuga de Los Angeles

 


Fuga de Los Angeles (Escape from L.A., EUA, 1996) – Nota 6,5
Direção – John Carpenter
Elenco – Kurt Russell, Stacy Keach, Steve Buscemi, Cliff Robertson, A.J. Langer, George Corraface, Valeria Golino, Peter Fonda, Michelle Forbes, Pam Grier, Bruce Campbell, Peter Jason.

Em 2013, Los Angeles se transformou em uma espécie de prisão para onde são enviados criminosos, pessoas à margem da sociedade e inimigos do governo tirânico do presidente vitalício (Cliff Robertson). 

Quando a filha do presidente (A.J. Langer) foge para a cidade carregando uma nova arma de alto poder destruidor, o governo obriga o mercenário Snake Plissken (Kurt Russell) a tentar resgatar o artefato. É injetado em Plissken um vírus que o matará em algumas horas, caso não volte com a missão cumprida para receber o antídoto. 

Esta sequência do sensacional clássico “Fuga da Nova York” perde bastante na comparação. Um dos motivos é a narrativa que passa um pouco do ponto na ironia e no sarcasmo, resvalando quase numa comédia em alguma sequências, como a do sinistro cirurgião plástico e a do surf em plena cidade. 

O original tinha como ponto alto o clima de apocalipse pontuado pela ótima trilha sonora e a seriedade na saga do protagonista em salvar o presidente. Gosto muito dos trabalhos de John Carpenter, mas este longa poderia ser melhor.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Frequência Perdida

 


Frequência Perdida (Lost Transmissions, EUA, 2019) – Nota 6
Direção – Katherine O’Brien
Elenco – Simon Pegg, Juno Temple, Alexandra Daddario, Rebecca Hazlewood, Daisy Bishop, Jamie Harris.

Em Los Angeles, Theo (Simon Pegg) é um produtor musical que vê talento para cantar e compor na jovem insegura Hannah (Juno Temple). A amizade que nasce entre os dois é abalada quando Hannah descobre que Theo sofre de esquizofrenia. Ele deixa de tomar os medicamentos e muda seu comportamento, impactando a vida dos amigos a sua volta. 

O roteiro escrito pela diretora estreante Katharine O’Brien foca na dificuldade e no sofrimento enfrentados por quem tem a doença e pelas pessoas próximas que tentam ajudá-lo. A paranoia é assustadora, a pessoa cria em sua mente um mundo onde ela está sendo perseguida ou que precisa fazer algo maluco para mudar. 

É um filme pesado por causa do tema e até cansativo em alguns momentos. O destaque fica para as dolorosas atuações de Simon Pegg e Juno Temple.

domingo, 10 de janeiro de 2021

Uma Vida Iluminada

 


Uma Vida Iluminada (Everything Is Illuminated, EUA, 2005) – Nota 8
Direção – Liev Schreiber
Elenco – Elijah Wood, Eugene Hutz, Boris Leskin, Laryssa Lauret.

Após a morte de seu avô, Jonathan Safran Foer (Elijah Wood) segue para a Ucrânia com o objetivo de localizar uma mulher através de uma foto e o nome de uma vila. Ela teria salvo a vida de seu avô durante a invasão nazista na Segunda Guerra Mundial. 

Na Ucrânia, Jonathan consegue a ajuda do agitado Alex (Eugene Hutz) e de seu avó Alex Sr. (Boris Leskin), que o levam com a cadela Sammy Davis Jr. Jr. para uma viagem pelo interior do país em busca da mulher da foto. 

Este divertido e ao mesmo tempo sensível longa é até hoje o único trabalho na direção em cinema do ator Liev Schreiber, que provavelmente gostou do livro em que é baseada a história por ser ele também de origem judaica, com sua mãe vindo de uma família com raízes na Polônia e na Rússia. 

A trama é ficcional, mas ao mesmo tempo explora um tema até certo ponto comum sobre judeus que tentam conhecer suas origens. O autor do livro criou o personagem principal com seu nome verdadeiro e provavelmente com características dele mesmo. 

O personagem de Elijah Wood é um colecionador tímido, que se vê em meio a um mundo com hábitos completamente diferentes do seu. Seus diálogos com o personagem de Eugene Hutz são impagáveis, ator que na verdade é um conhecido cantor ucraniano. 

Destaque também para o avô ranzinza vivido por Boris Leskin e para a esperteza da cadelinha que os acompanha na viagem. O estilo road movie da narrativa também agrada, assim como a mensagem sobre o valor da vida. 

É um filme que merecia ser mais conhecido.


sábado, 9 de janeiro de 2021

O Que te Faz Mais Forte

 


O Que te Faz Mais Forte (Stronger, EUA, 2017) – Nota 7
Direção – David Gordon Greeen
Elenco – Jake Gyllenhaal, Tatiana Maslany, Miranda Richardson, Lenny Clarke, Richard Lane Jr., Nate Richman, Clancy Brown, Kate Fitzgerald, Danny McCarthy.

Um atentado terrorista durante a maratona de Boston em 2013 muda para sempre a vida de Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal). Ele perde as duas pernas abaixo do joelho e precisa reaprender a viver com a deficiência. 

Baseado na história real de Jeff Bauman descrita em livro por ele mesmo, este longa segue a cartilha dos filmes sobre superação. O roteiro detalha as consequências físicas e psicológicas na vida de Bauman, seu complicado relacionamento com a namorada (Tatiana Maslany) e com a mãe protetora sem grande noção da realidade (Miranda Richardson). 

Não tem grandes surpresas na história, o foco são os altos e baixos enfrentados pelo protagonista. Destaque para as boas atuações de Jake Gyllenhaal e Miranda Richardson.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Academia de Gênios & Um Talento Muito Especial

 


Academia de Gênios (Real Genius, EUA, 1985) – Nota 6,5
Direção – Martha Coolidge
Elenco – Val Kilmer, Gabe Jarret, Michelle Meyrink, William Atherton, Jonathan Gries, Patti D’Arbanville, Ed Lauter.

Uma universidade monta um curso de física com alunos superdotados. O rebelde Chris (Val Kilmer) utiliza seu talento para experiências engraçadas, sempre buscando festa e diversão, enquanto seus colegas Mitch (Gabe Jarret) e Lazio (Jonathan Gries) levam o estudo a sério. 

Tudo muda quando eles descobrem que o professor responsável pelo curso (Willian Atherton) está explorando seus talentos para criar algo extremamente perigoso. 

A premissa de misturar comédia com aventura adolescente se transformou em febre nos anos oitenta. Este é um longa que fez alguma sucesso, tem sequências divertidas e um final criativo, mas por outro entrega uma narrativa irregular, com algumas situações que envelheceram mal. Destaque para Val Kilmer ainda jovem e a ótima trilha sonora. 

Um Talento Muito Especial (Life with Mikey, EUA, 1993) – Nota 6
Direção – James Lapine
Elenco – Michael J. Fox, Nathan Lane, Cindy Lauper, Christina Vidal, Victor Garber, David Krumholtz, David Huddleston.

Mikey (Michael J. Fox) foi um astro infantil que ao chegar na idade adulta viu sua carreira afundar. Trabalhando como descobridor de talentos junto como o irmão Ed (Natha Lane), Mikey passa por dificuldades financeiras. 

A chance de emplacar uma nova estrela surge quando cruza o caminho da garota batedora de carteiras Angie (Christina Vidal). Ele precisa convencer a garota a aceitar o desafio e ainda enfrentar a personalidade forte da esperta Angie. 

Típico filme da sessão da tarde que foca na tema da mudança de vida mesclando comédia com pitadas de drama familiar que resulta em uma obra que é ao mesmo tempo leve e esquecível. É um filme que vale pela presença de Michael J. Fox.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Sem Retorno

 


Sem Retorno (Sin Retorno, Espanha / Argentina, 2010) – Nota 7,5
Direção – Miguel Cohan
Elenco – Leonardo Sbaraglia, Martin Slipak, Federico Luppi, Bárbara Goenaga, Ana Celentano, Luis Machin.

Em uma madrugada qualquer em Buenos Aires, dois automóveis em momentos distintos se envolvem em acidente com o mesmo homem em uma bicicleta. Um deles tem como motorista o ventríloquo Federico (Leonardo Sbaraglia) e o outro o jovem estudante de engenharia Matias (Martin Slipak). O fato mudará para sempre a vida dos envolvidos. 

Em sua estreia como diretor e roteirista, Miguel Cohan entregou aqui seu melhor trabalho até o momento. Os seguintes “Betibú” e “O Mesmo Sangue” tem o mesmo estilo, porém um desenvolvimento de trama sem a mesma qualidade. 

A história aqui é até previsível durante os dois primeiros terços, tendo como força principal o sofrimento dos personagens, incluindo o pai do acidentado vivido pelo falecido Federico Luppi. No terço final surgem as surpresas, quando o acerto de contas ocorre de uma forma incomum, mas não menos dolorosa. 

O resultado é um ótimo drama policial.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Uma Noite Infernal

 


Uma Noite Infernal (Burn, EUA, 2019) – Nota 6
Direção – Mike Gan
Elenco – Tilda Cobham Hervey, Josh Hutcherson, Suki Waterhouse, Harry Shum Jr., Shiloh Fernandez.

Um jovem com uma arma escondida (Josh Hutcherson) entra em uma loja de conveniência de um posto de gasolina. Enquanto a atendente Sheila (Suki Waterhouse) fica desconfiada com a atitude do rapaz, a outra funcionária chamada Melinda (Tilda Cobham Hervey) demonstra toda sua simpatia de uma forma quase ingênua. É o início de uma noite de surpresas, mentiras e violência. 

Escrito e dirigido pelo estreante Mike Gan, este filme tem alguns positivos. O clima estranho pontuado por personagens incomuns, o suspense, a violência e principalmente a interpretação da desconhecida Tilda Cobham Hervey como a complexa Melinda prendem a atenção do espectador. 

Por outro lado, a trama é previsível para quem acompanha o gênero e o final poderia ser melhor trabalhado.


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Interrogation

 


Interrogation (Interrogation, EUA, 2020) – Nota 8
Direção – Ernest Dickerson & Patrick Cady
Elenco – Peter Sarsgaard, Kyle Gallner, Kodi Smit McPhee, David Strathairn, Andre Royo, Frank Whaley, Vincent D’Onofrio, Joanna Going, Ellen Humphreys, Ebon Moss Bachrach, Eric Roberts, Chad L. Coleman.

Sherman Oaks, Califórnia, 1983. Eric Fisher (Kyle Gallner) é um jovem viciado em drogas que encontra a mãe (Joanna Going) à beira da morte após ser espancada e levar duas facadas. Desesperado, Eric chama a polícia e termina preso como principal suspeito aos olhos do detetive David Russell (Peter Sarsgaard). Enquanto Eric tenta provar sua inocência com a ajuda de seu pai (David Strathairn), o detetive Russell ignora toda e qualquer alegação do jovem. 

Baseado em uma história real que rolou por mais de vinte anos, esta série em dez episódios detalha acontecimentos cruciais na investigação e no desenvolvimento do processo, deixando para o espectador escolher a teoria em que acreditar. 

Uma ótima sacada são os letreiros iniciais citando que o espectador pode ver os episódios na ordem que quiser, pois a narrativa e a sequência da história não são lineares. A ideia é seguir como se fosse a investigação policial de um caso antigo, em que o policial responsável analisa as provas individualmente, sem seguir uma ordem específica. 

Outro ponto positivo é o desenvolvimento dos personagens, principalmente a dupla de protagonistas. A cada episódio fica claro que os dois carregam segredos e utilizam de mentiras para conseguir o que querem. 

Apenas como palpite pessoal, acredito que a teoria que esteja mais próxima do que aconteceu seja a apresentada no episódio final. A ordem aleatória citada vale para os episódios dois a nove, o primeiro e o último são mais interessantes vistos na ordem exata.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O Roubo do Século

 


O Roubo do Século (El Robo del Siglo, Argentina, 2020) – Nota 7,5
Direção – Ariel Winograd
Elenco – Guillermo Francella, Diego Peretti, Luis Luque, Pablo Rago, Rafael Ferro, Mariano Argento.

Em janeiro de 2006, uma quadrilha cometeu o maior roubo a banco da história da Argentina. O roteiro escrito por um dos ladrões verdadeiros descreve em detalhes como foi desenvolvido o minucioso plano. As soluções pensadas pelo grupo foram de uma criatividade impar, com destaque para o excêntrico líder (Diego Peretti) e o ladrão veterano (Guillermo Francella). 

O diretor Ariel Winograd acerta em cheio na narrativa que explora suspense e bom humor ao estilo “Onze Homens e um Segredo” e nos ótimos diálogos valorizados pelo elenco de personagens marcantes. 

É um filme que deixa clara a diferença entre os cinemas argentino e brasileiro, podendo comparar a história deste com o fraco “Assalto ao Banco Central”. Enquanto os argentinos pensam em um cinema com uma linguagem universal, os brasileiros ainda estão presos em parte a um formato televisivo e em outro lado a longas em que o objetivo principal é defender algum tipo de ideologia.


domingo, 3 de janeiro de 2021

Mera Coincidência, Segredos do Poder & Candidato Aloprado

 


Mera Coincidência (Wag the Dog, EUA, 1997) – Nota 7,5
Direção – Barry Levinson
Elenco – Dustin Hoffman, Robert De Niro, Anne Heche, Woody Harrelson, Denis Leary, Willie Nelson, Andrea Martin, Craig T. Nelson, Kirsten Dunst, William H. Macy.

O presidente americano se envolve em um escândalo sexual, fato que tem tudo para destruir sua chance de reeleição. Uma equipe de assessores liderada por Conrad Bean (Robert De Niro) é montada para tentar abafar o caso. No grupo surge uma ideia maluca. Utilizar a imprensa para divulgar uma fictícia guerra na Albânia e contratar um produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) para encenar algumas batalhas. 

Por mais que a premissa seja exagerada, a questão da manipulação da opinião pública através da imprensa é fato muito mais do que atual, quase atemporal. Criar um factoide para tirar o foco de algum escândalo ou corrupção é algo usado diariamente por poderosos e pela imprensa com interesses próprios. 

O filme não é uma comédia rasgada, na verdade o espectador que acompanha política e noticiários vai sorrir de forma constrangedora ao comparar com os absurdos reais que tentam nos empurrar todos os dias. 

O elenco é outro ponto alto, com Robert De Niro perfeito como o estrategista picareta e um Dustin Hoffman cheio de maneirismos, que na época citaram que ele se espelhou no falecido e espalhafatoso produtor Robert Evans, famoso nos anos setenta por bancar clássicos como “Chinatown” e “O Poderoso Chefão I e II”.

Segredos do Poder (Primary Colors, Inglaterra / EUA / França / Alemanha / Japão, 1998) – Nota 6,5
Direção – Mike Nichols
Elenco – John Travolta, Emma Thompson, Billy Bob Thornton, Adrian Lester, Kathy Bates, Maura Tierney, Larry Hagman, Dianne Ladd, Paul Guilfoyle, Caroline Aaron, Rob Reiner, Allison Janney, Robert Klein, Mikelti Williamson, Ned Eisenberg, Larry King, Tony Shalhoub, Stacy Edwards, Chelcie Ross.

Jack Stanton (John Travolta) é o governador de um Estado do sul dos EUA que se lança na campanha a presidência do país. Enquanto tenta passar a imagem de novo político e amigo do povo, Jack não consegue deixar de se envolver com mulheres que cruzam seu caminho, causando um enorme embaraço para sua esposa Susan (Emma Thompson) e para os envolvidos em sua campanha. Para esconder este lado do público, a assessora Libby Holden (Kathy Bates) atua como “limpadora de escândalos”, manipulando a imprensa e as pessoas envolvidas nestas situações. 

O roteiro escrito por Elaine May foi claramente inspirada na trajetória do ex-presidente americano Bill Clinton e sua esposa Hillary, que na época haviam terminado de enfrentar o escândalo com Monica Lewinsky. 

O filme não tem surpresas, o ponto principal é a forma como a imagem de um político é criada e divulgado para o povo, quase sempre bem diferente de como o sujeito é na vida real. 

A atuação de John Travolta funciona como o canalha galanteador, mesmo com alguns exageros, inclusive no sotaque. Outro destaque é a sempre marcante Kathy Bates, com uma personagem que passa por cima de tudo e de todos para conseguir o que deseja. 

Candidato Aloprado (Man of the Year, EUA, 2006) – Nota 6,5
Direção – Barry Levinson
Elenco – Robin Williams, Christopher Walken, Laura Linney, Lewis Black, Jeff Goldblum, David Alpay, Tina Fey, Amy Poehler, Rick Roberts. 

Tom Dobbs (Robin Williams) é um apresentador de talk show que após uma brincadeira da plateia, descobre que muitas pessoas apoiaram uma suposta candidatura a presidente dos EUA. Ele aceita o desafio e inicia uma jornada de comícios e entrevistas, descobrindo aos poucos que se envolveu em algo maior do que imaginava. 

O roteiro escrito pelo diretor Barry Levinson mostrava como as redes sociais se tornariam o maior canal de propagandas políticas em eleições, assim como previa a questão das falhas nas terríveis urnas eletrônicas, suscetíveis a fraudes como vemos atualmente na vida real. 

A transformação da política em show é outra tema explorado pelo roteiro, assim como o assassinato de reputação para desacreditar uma pessoa que está denunciando uma fraude. 

O filme é muito mais um drama político de que uma comédia, mesmo tendo como ponto alto os discursos engraçados do personagem de Robin Williams.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Pânico na Neve

 


Pânico na Neve (Frozen, EUA, 2010) – Nota 6,5
Direção – Adam Green
Elenco – Shawn Ashmore, Kevin Zegers, Emma Bell.

Dan (Kevin Zegers), sua namorada Parker (Emma Bell) e o amigo Joe (Shawn Ahsmore) estão passando o final de semana em uma estação de esqui em New England. Após aproveitarem o domingo, eles perdem o horário de descer a montanha pelo teleférico. Mesmo assim, eles conseguem convencer o operador a fazer uma última viagem. Um mal entendido faz com que o teleférico seja desligado e os três fiquem presos na cadeira no meio da montanha. 

O grande acerto deste longa escrito e dirigido por Adam Green é criar suspense e terror explorando o mesmo cenário durante quase todo o filme. A angústia de enfrentar o frio e de não saber quando alguém os encontraria gera uma tensão crescente que resulta em decisões perigosas, transformando o drama em suspense e na sequência em terror. 

O legal é que o filme não tem grandes absurdos, inclusive sendo bastante cru e realista em algumas sequências. É um longa sem grandes pretensões que cumpre o que promete.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Power

 


Power (Project Power, EUA, 2020) – Nota 6,5
Direção – Henry Joost & Ariel Schulman
Elenco – Jamie Foxx, Joseph Gordon Levitt, Dominique Fishback, Rodrigo Santoro, Courtney B. Vance, Amy Landecker, Colson Baker, Tait Fletcher.

Uma espécie de representante de uma rede de tráfico distribui uma nova droga em formato de pílula que dá poderes especiais por cinco minutos para quem tomar. Cada pessoa ganha um poder diferente e também sofre com efeitos colaterais. 

Neste contexto, a traficante adolescente Robin (Dominique Fishback) vende a droga para o policial Frank (Joseph Gordon Levitt), que utiliza para enfrentar criminosos. A garota se torna alvo do desesperado Art (Jamie Foxx), que por algum motivo deseja chegar até a pessoa que criou a droga. 

Esta agitada ficção policial tem como ponto alto as sequências de ação e os efeitos especiais. A premissa de despertar poderes através de um droga sintética também é criativa. 

Por outro lado, o filme peca no desenvolvimento da história que apresenta situações que são resolvidas facilmente. A participação da garota no meio da ação também não convence. O motivo dela vender drogas chega a ser piegas. 

É basicamente um filme com uma produção caprichada e uma trama genérica.