O Homem do Futuro (Brasil, 2011) – Nota 6,5
Direção – Cláudio Torres
Elenco – Wagner Moura, Alinne Moraes, Maria Luisa Mendonça,
Fernando Ceylão, Gabriel Braga Nunes.
O cientista Zero (Wagner Moura) é um sujeito ressentido com
a vida que fica ainda mais revoltado quando a empresária Sandra (Maria Luisa
Mendonça), que banca seu projeto de desenvolvimento de um novo tipo de energia,
ameaça dispensá-lo por pressão dos investidores. Zero decide então testar sua
máquina antes de perder o projeto, utilizando ele mesmo como cobaia.
Para sua
surpresa, ao invés de gerar energia, a máquina o transporta para vinte anos
antes, em 1991 quando ele era apenas um estudante na universidade. Zero volta
exatamente para o dia que ele considera que mudou sua vida, quando a bela
Helena (Alinne Moraes) o humilhou durante um show para os estudantes. O
surpreendente retorno faz com que Zero imagine que possa mudar seu futuro
alterando o passado, o que causará conseqüências inesperadas.
Esta experiência do
diretor Cláudio Torres em investir numa ficção resulta satisfatória até certo
ponto, falhando principalmente no final apressado onde seu roteiro tenta
encaixar todas as peças à força para chegar a um final feliz. Até este ponto o filme é divertido, mesmo que na verdade a trama
recicle idéias de várias filmes famosos sobre viagens no tempo.
A inspiração
principal vem dos dois primeiros “De Volta Para o Futuro”, com o baile sendo
transformado numa festa à fantasia, o personagem de Wagner Moura cantando assim
como Michael J. Fox que toca guitarra no clássico e até a criação de um futuro
alternativo bizarro é copiado. Posso citar também que a história de amor lembra
“Efeito Borboleta”, a bandagem utilizada por Wagner Moura para tentar se
disfarçar foi tirada do pouco conhecido longa espanhol “Crimes Temporais (Los Cronocrimenes)”
e até a chegada do personagem principal ao passado vestido como astronauta
lembra no estilo “O Exterminador do Futuro”, com a diferença de que
Schwarzenegger chega nu.
Esta salada acaba valorizada pelo bom desempenho de
Wagner Moura, que interpreta o mesmo personagem três vezes, todas de forma
diferente e de maneira convincente.
Minha nota pode parecer baixa, mas a parte
final me desagradou bastante tirando um pouco da qualidade do filme.
2 comentários:
A parte final não me desagradou tanto, apesar de concordar com a pressa em resolver para chegar ao final feliz. Acho que entre erros e acertos, foi uma boa tentativa de ficção científica na nossa filmografia.
bjs
Amanda - A tentativa foi válido, o cinema brasileiro arriscar com os filmes que fujam do lugar comum. O gênero ficção é um que deve ser melhor explorado.
Bjos
Postar um comentário