Homens e Deuses (Des Hommes et des Dieux, França, 2010) –
Nota 7,5
Direção –
Xavier Beauvois
Elenco –
Lambert Wilson, Michael Lonsdale, Olivier Rabourdin, Philippe Laudenbach,
Jacques Herlin, Loic Pichon, Xavier Maly, Jean Marie Frin.
Em 1996, oito monges católicos vivem em um mosteiro no
interior da Argélia, tendo uma tranquila relação com a população
muçulmana de um vilarejo próximo. Passando os dias entre orações e o cultivo de
uma horta, os monges ainda dão assistência médica aos moradores do vilarejo. O
único médico entre os monges é o veterano Luc (Michael Lonsdale), que atende
pacientemente os humildes habitantes do local.
A paz se transforma em
ansiedade e medo quando rebeldes que lutam contra a ditadura militar no país começam a atacar na região. O líder dos monges é Christian (Lambert Wilson),
que mesmo preocupado, não pretende abandonar o local, enquanto os demais monges
se dividem quanto a fugir ou permanecer.
Baseado em fato real, este longa que venceu
o Oscar de Filme Estrangeiro e a Palma de Ouro em Cannes apresenta um ritmo
lento, quase contemplativo em várias passagens. O objetivo do diretor com
certeza era criar uma narrativa no ritmo de vida dos monges, recheado de cenas
de oração e rituais católicos, tudo valorizado por uma bela fotografia.
O
destaque é o desenvolvimento dos personagens, com cada monge enfrentando a
situação de uma forma. Os mais velhos sem medo de morrer e outros se
questionando se realmente teria sentido ficar no local, principalmente o
atormentado personagem de Olivier Rabourdin.
No final, ao mesmo tempo em que
fica a lição de que cada um tem a liberdade de escolher seu caminho, por outro
lado pode-se questionar até que ponto vale se sacrificar por algo que você
acredita.
5 comentários:
Um belo filme, gosto muito da forma como eles vão vendo o tempo passar e pensando nas alternativas.
bjs
Amanda - Mesmo com uma narrativa lenta, o filme prende a atenção.
Bjos
Assisti em janeiro do ano passado, ótimo!
Marcos - Simples, mas como uma interessante história.
Abraço
Marcos - Simples, mas como uma interessante história.
Abraço
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