A Rainha Margot (La Reine
Margot, França, 1994) – Nota 8
Direção – Patrice Chereau
Elenco – Isabelle Adjani, Daniel Auteuil, Jean Hugues Anglade, Vincent
Perez, Virna Lisi, Dominique Blanc, Pascal Greggory, Miguel Bosé, Jean Claude
Brialy, Asia Argento, Thomas Kretschmann.
Em 1572, a França está à
beira de um conflito entre católicos e protestantes. O rei Charles IX (Jean
Hughes Anglade) é um fraco dominado pela mãe Catarina de Médicis (Virna Lisi).
A mãe manipuladora convence Charles a
armar o casamento de sua irmã católica Marguerite “Margot” (Isabelle Adjani)
com o protestante Henri de Navarre (Daniel Auteuil), aparentemente para acalmar
os ânimos entre católicos e protestantes.
O casamento de fachada sequer chega a
se consumar na cama, quando Catarina coloca em prática um violento ataque dos
soldados que assassinam milhares de protestantes, culminando na terrível “Noite
de São Bartolomeu”. O jovem protestante La Mole (Vincent Perez) consegue se
esconder no palácio no quarto de Margot. Margot que era conhecida por seu
apetite sexual, não demora para tornar o jovem fugitivo em seu amante. A partir
daí as várias intrigas palacianas e as consequências do massacre levarão a mais
violência e mortes.
Este épico foi o longa com maior orçamento da história do cinema
na França até aquele ano, tendo sido grande sucesso de bilheteria, mas ao mesmo
tempo dividindo a crítica, com parte dela não gostando do estilo que lembra um pouco os épicos de Hollywood.
Na minha opinião é uma grande bobagem, já que o
longa apresenta um bom roteiro, tem cenas
de ação muito bem filmadas, uma narrativa que prende a atenção e um um elenco competente
recheado de astros europeus, inclusive com a veterana Virna Lisi vencendo o
prêmio de Melhor Atriz em Cannes.
É um ótimo épico, imperdível para quem gosta
do gênero.
4 comentários:
Também gostei do filme, apesar de ele ter ´mudado` alguns fatos históricos, como a quantidade de irmãos que o Rei Charles IX tinha e a própria sucessão do trono, pois dá a entender que quem tava no Trono da França antes dele era a própria Caterina de Médicis, quando na vida real o rei anterior era o irmão dele, o Rei François II.
Mas o filme é um clássico, sem dúvida.
Léo - O filme é livremente baseado na história real, mas como você cita no final, isto não tira a qualidade do resultado.
Abraço
Está aí um filme que pretendo rever. Vi-o na escola, quando ainda estava no ginasial. Mesmo assim, não me recordo de ter ficado incomodado por ser um épico francês. Algumas pessoas simplesmente não conseguem se adaptar a coisas diferentes das que estão acostumadas a consumir. Quem é assim dificilmente ampliará seus horizontes cinematográficos...
Gustavo - Concordo, o cinéfilo e o crítico precisam ter a mente aberta e analisar a qualidade do filme, independente de país, gênero ou estilo.
Abraço
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