quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A Negociação

A Negociação (Arbitrage, EUA, 2012) – Nota 7
Direção – Nicholas Jarecki
Elenco – Richard Gere, Susan Sarandon, Tim Roth, Brit Marling, Laetita Casta, Nate Parker, Stuart Margolin, Chris Eigeman, Graydon Carter, Bruce Altman, Larry Pine, Reg E. Cathey.

O milionário Robert Miller (Richard Gere) aparentemente tem a vida dos sonhos. Dono de uma gigante empresa de investimentos, filantropo, casado há décadas com Ellen (Susan Sarandon) e com um casal de filhos, sendo que a inteligente Brooke (Brit Marling) é seu braço direito na companhia. 

Não demora para o espectador descobrir que Miller tem pressa em vender sua empresa, que na verdade passa por um momento financeiro complicado e para piorar, ele tem como amante a jovem Julie (Laetita Casta), um pintora temperamental. Quando ocorre um acidente, Miller faz de tudo para esconder sua participação no caso, que passa a ser investigado pelo detetive Bryer (Tim Roth), que deseja a todo custo prender o milionário. 

Este drama escrito pelo próprio diretor Nicholas Jarecki (irmão do também diretor Andrew Jarecky de ”Entre Segredos e Mentiras” e “Na Captura dos Friedmans”) tem o objetivo de mostrar os podres por trás da vida dos poderosos. Os personagens sorriem em encontros falsos e eventos de caridade, porém utilizam todo tipo de tática suja para atingir seus objetivos e defender seus interesses. 

O personagem de Gere é o típico hipócrita que diz fazer tudo pela família, mas que na verdade adora satisfazer seus desejos manipulando as pessoas. A esposa interpretada por Susan Sarandon é a madame que fecha os olhos para tudo em troca do dinheiro e das mordomias do marido. Até o policial de Tim Roth joga sujo para tentar acusar o milionário. Resumindo, tudo muito próximo da realidade, onde cada pessoa tenta defender seu lado. 

Mesmo tendo uma trama interessante e bons personagens, a narrativa é fria e não ajuda para o espectador se envolver com a história. O resultado é um drama mediano e nada mais. 

4 comentários:

Gustavo disse...

Realmente, não é um filme que permanece com força na memória. Mas, enquanto dura, dá para aproveitar a bola de neve de amoralidade em que o personagem de Gere vai se metendo. SPOILER!!! E o final com aquele show de falsas aparências entre marido e esposa foi interessante.

Hugo disse...

Gustavo - O final realmente é o clássico exemplo das falsas aparências.

Abraço

O Narrador Subjectivo disse...

Gostei bastante, é um filme moderno e pertinente, mas percebo o que dizes no último parágrafo. Também é um dos melhores papéis do Richard Gere.

Hugo disse...

Narrador - A trama é atual e a interpretação de Gere competente.

Abraço