terça-feira, 3 de agosto de 2021

Rainha de Copas & O Affair

 


Rainha de Copas (Dronningen, Dinamarca / Suécia, 2019) – Nota 7,5
Direção – May El-Toukhy
Elenco – Trine Dyrholm, Gustav Lindh, Magnus Krepper, Liv Esmar Dannemann.

Anne (Trine Dyrholm) é uma advogada de meia-idade que vive um casamento comum com Peter (Magnus Krepper), com quem tem filhas gêmeas pré-adolescentes. Quando Gustav (Gustav Lindh), que é filho de Peter de seu primeiro casamento vem morar com a família, tudo muda. A difícil relação de Gustav com o pai é apenas o início do problema que aumenta quando o jovem se envolve sexualmente com Anne. 

Esta complexa produção com cenas de sexo ousadas explora também a questão do abuso. A protagonista defende casos em que suas clientes sofreram algum tipo de abuso, além do roteiro deixar no ar que ela mesma foi vítima quando jovem. 

A contradição surge quando ela se envolve com o enteado de dezessete anos, situação que vai contra tudo o que a personagem defende no dia a dia. A relação consensual aos poucos se transforma em algo mais complicado, colocando o caráter da protagonista em julgamento. 

É um filme que faz pensar sobre como as pessoas escondem segredos e desejos.

O Affair (En Affaere, Noruega, 2018) – Nota 7
Direção – Henrik Martin Dahlsbakken
Elenco – Andrea Braein Hovig, Tarjei Sandvik Moe, Carsten Bjornlund, Anneke von der Lippe, Agnes Kittelsen.

Anita (Andrea Braein Hovig) inicia em um emprego como professora de educação física em um colégio. Vivendo um casamento frio com Hasse (Carsten Bjornlund) e frustrada sexualmente, Anita termina por se envolver com o aluno Markus (Tarjei Sandvik Moe). O que começa com uma aventura sexual, se torna uma obsessão que afetará a vida de outras pessoas ao redor. 

O roteiro escrito pelo diretor Henrik Martin Dahlsbakken explora a questão da frustração sexual que em um determinado momento explode de uma forma proibida e de como para alguns o sexo é uma arma poderosa de manipulação. 

Destaque para as cenas ousadas e para a interpretação de Andrea Braein Hovig, que navega da insegurança para o risco, passando pela manipulação e o arrependimento.

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