Em Nome da Honra (Catch a Fire, França / Inglaterra / África
do Sul / EUA, 2006) – Nota 7
Direção – Philip Noyce
Elenco – Derek Luke, Tim Robbins, Bonnie Henna, Mncedisi
Shabangu, Tumisho Masha.
África do Sul, 1980. Patrick Chamusso (Derek Luke) nasceu em
Moçambique e migrou ainda criança com sua família para África do Sul. Seu pai o
abandonou e Patrick foi criado pela mãe. Mesmo com dificuldades pela pobreza e
pelo terrível Apartheid, Patrick conseguiu emprego em uma usina e leva uma vida
digna ao lado da esposa (Bonnie Henna) e das duas filhas pequenas. Quando ocorre
um atentado na usina, Patrick e dois amigos são presos como suspeitos e
interrogados sem piedade pelo coronel Nic Vos (Tim Robbins). O fato mudará para
sempre sua vida e a forma dele encarar o mundo.
Baseado em uma história real, este longa dirigido pelo australiano Philip Noyce (“Jogos Patrióticos”, “Perigo Real e Imediato”) foca na injustiças e na opressão sofrida pela população negra na África do Sul durante os anos do Apartheid. Tratados como cidadãos de segunda categoria, as pessoas negras tinham dois caminhos a seguir. Abaixar a cabeça e rezar para não ter problema com a polícia ou revidar através de protestos e até mesmo de atentados.
Analisando como cinema, a quantidade de acontecimentos da história poderia render um filme mais longo. A parte final passa a impressão de ser um pouco corrida, assim a passagem do tempo que também é rápida. Mesmo com algumas falhas, o longa é um forte retrato de uma época de violência e injustiças na África do Sul.
Baseado em uma história real, este longa dirigido pelo australiano Philip Noyce (“Jogos Patrióticos”, “Perigo Real e Imediato”) foca na injustiças e na opressão sofrida pela população negra na África do Sul durante os anos do Apartheid. Tratados como cidadãos de segunda categoria, as pessoas negras tinham dois caminhos a seguir. Abaixar a cabeça e rezar para não ter problema com a polícia ou revidar através de protestos e até mesmo de atentados.
Analisando como cinema, a quantidade de acontecimentos da história poderia render um filme mais longo. A parte final passa a impressão de ser um pouco corrida, assim a passagem do tempo que também é rápida. Mesmo com algumas falhas, o longa é um forte retrato de uma época de violência e injustiças na África do Sul.
Assassinato Sob Custódia (A Dry White Season, EUA, 1989) –
Nota 7
Direção – Euzhan Palcy
Elenco – Donald Sutherland, Janet Suzman, Zakes Mokae,
Jurgen Prochnow, Susan Sarandon, Marlon Brando, Winston Ntshona.
África do Sul, 1976. Ben du Toit (Donald Sutherland) é um
professor de história que leva uma vida tranquila com a família. Quando seu
jardineiro que é negro (Winston Ntshona) pede ajuda para encontrar o filho que
foi preso em uma manifestação escolar, Ben acredita que procurando seus amigos
poderosos conseguirá resolver a situação. Ao descobrir que o garoto está morto
e que as autoridades não se importam com o que ocorreu, Ben procura o advogado especialista
em causas de direitos humanos Ian McKenzie (Marlon Brando) para defender a
família do jardineiro, sem imaginar as consequências.
O regime do Apartheid que separava
brancos e negros é uma terrível mancha na história da África do Sul. Além dos
negros não terem direito algum, o regime também ficou marcado pela violência
utilizada para conter qualquer tipo de manifestação, mesmo sendo pacífica. Uma
das primeiras sequências deste longa mostra este situação ocorrida em Soweto,
local que ficou marcado pela luta da população negra e pelos terríveis
confrontos com a polícia nos anos setenta e oitenta.
O protagonista vivido por Donald
Sutherland e seus familiares principalmente, eram os típicos cidadãos brancos
que fechavam os olhos para a situação. O roteiro mostra como tentar defender o
outro lado transformou a vida da família em um inferno. A força do filme está
na história que é contada de forma crua. A narrativa é um pouco irregular e as
participações de Marlon Brando e Susan Sarandon são pequenas. Brando ainda se
destaca nas sequências do julgamento, enquanto Sarandon é mal explorada como
uma jornalista liberal. O filme é indicado para quem tem curiosidade em saber um pouco
sobre o terrível Apartheid.
Sarafina! O Som da Liberdade (Sarafina! África do Sul /
Inglaterra / França / EUA, 1992) – Nota 7
Direção – Darrell James Roodt
Elenco – Whoopi Goldberg, Miriam Makeba, Leleti Khumalo,
John Kani.
No auge do terrível Apartheid na África do Sul, a professora
de história Mary Masembuko (Whoopi Goldberg) tenta conscientizar seus alunos negros da
forma como eles são discriminados no país. A adolescente Sarafina
(Leleti Khumalo), que sonha em se tornar estrela, aos poucos começa a entender
a difícil situação do seu povo e também a luta de sua mãe (a cantora Miriam
Makeba) em conseguir sustento para família. Ao lado de colegas de colégio,
Sarafina organiza um protesto que terminará em confronto com a polícia.
Baseado
em uma peça teatral, este longa mistura drama, música e violência para mostrar
como a cidade de Soweto se tornou o epicentro dos confrontos entre a população
negra e a polícia durante os anos setenta e oitenta. A luta da protagonista
vivida por Whoopi Goldberg também é pela libertação de Nelson Mandela, que na
vida real havia saída da cadeia dois anos antes e já se preparava politicamente
para tentar chegar a presidência, algo que aconteceria em 1994. A força do
filme está no tema que ainda era atual na época do lançamento do longa e também
nas interpretações de Goldberg e da jovem Leleti Khumalo.
2 comentários:
Interessante todos os filmes para a gente conhecer o que foi o Apartheid.
"Em Nome da Honra" é o que mais me interessa.
Conheci uma única música de Miriam Makeba.
Liliane - Os três filmes são interessantes e mostram como era a situação na África do Sul antes dos anos noventa.
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