terça-feira, 7 de novembro de 2017

Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe

Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe (The Meyerowitz Stories (New and Selected), EUA, 2017) – Nota 7
Direção – Noah Baumbach
Elenco – Adam Sandler, Ben Stiller, Dustin Hoffman, Grace Van Patten, Elizabeth Marvel, Emma Thompson, Judd Hirsch, Rebecca Miller, Sigourney Weaver, Adam Driver, Candice Bergen, Michael Chernus.

Harold Meyerowitz (Dustin Hoffman) é um professor de artes aposentado e também escultor frustrado com a falta de reconhecimento pelo talento que acredita ter. 

Danny (Adam Sandler) e Jean (Elizabeth Marvel) são seus filhos do primeiro casamento, que mesmo carregando traumas pela falta de atenção do pai quando crianças, ainda tentam ajudá-lo na carreira de escultor. Danny sofre também pela separação recente e pela ida da filha Eliza (Grace Van Patten) para universidade. O terceiro filho de Harold e também seu preferido é Matthew (Ben Stiller). Filho de outra esposa, Matthew também guarda mágoas do pai. 

Não sou grande apreciador do cinema de Noah Baumbach, geralmente vejo seus trabalhos como obras que não se aprofundam na proposta de mostrar conflitos pessoais e familiares. Seu estilo lembra bastante Woddy Allen, principalmente nos personagens. Geralmente são pessoas ligadas a arte e de origem judaica. Os diálogos escritos por Baumbach não tem a mesma qualidade de Allen e as vezes são mais amargos. 

Este novo trabalho me agradou um pouco mais, muito por causa da qualidade do elenco. Adam Sandler e Dustin Hoffman tem ótimas atuações, além da garota Grace Van Patten. A inglesa Emma Thompson está caricata como a esposa atual do escultor, uma espécie de hippie alcoólatra e totalmente fora do seu tempo. 

Por mais que seja curiosa a crise familiar, chegam a ser irritantes os diálogos onde cada um fala o que quer e não tem a mínima vontade de ouvir o que outro está falando. Uma cena de briga pastelão também incomoda e não acrescenta nada à história. 

Longe de ser um grande filme, vale a sessão para quem gosta do estilo de Baumbach e de filmes com personagens excêntricos.

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

Esse eu vi por esses dias.
Mas é sempre muito bom ler suas resenhas, porque você entende de cinema, Hugo.
Emma Tompson está num personagem ridículo (achei).

Marília Tasso disse...

As cenas em que um corta o outro, não escuta e fala e fala me irritou também, mas é bem assim mesmo, acontece tanto nas relações familiares como com amigos e etc. O filme me incomodou e depois refletindo sobre acredito que era esse o propósito.

Amanda Aouad disse...

É isso, o filme não é grande coisa, mas o elenco chama a atenção. Adam Sandler merece todo o destaque. E é uma pena que Emma Tompson esteja se repetindo tanto nesse estereótipo.

bjs

Hugo disse...

Liliane - Isso mesmo, o papel de Emma Thompson é constrangedor.

Marília - Perfeito. A proposta era esta mesma e reflete muito do que acontece na vida real, apesar de ser muito irritante.

Amanda - Adam Sandler sempre entrega boas interpretações quando deixa de lado as comédias bobas. É um ator que poderia ter uma carreira bem mais consistente, considerando a questão da qualidade dos filmes.

Bjos