sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Prece Para um Condenado & Agenda Secreta


Prece Para um Condenado (A Prayer for the Dying, Inglaterra, 1987) – Nota 5,5
Direção – Mike Hodges
Elenco – Mickey Rourke, Bob Hoskins, Alan Bates, Sammi Davis, Christopher Fulford, Liam Neeson, Camille Coduri, Alison Doody.

Na Irlanda do Norte, um grupo de terroristas do IRA falha ao tentar explodir um comboio do exército inglês e termina por atingir um ônibus cheio de crianças. Martin Fallon (Mickey Rouke) e Liam Docherty (Liam Neeson) conseguem fugir. Fallon segue para Londres onde deseja conseguir novos documentos e dinheiro para fugir aos Estados Unidos, porém seu contato na cidade faz uma proposta. 

Ele deverá assassinar um sujeito para conseguir o que deseja, senão terá de se virar sozinho para fugir. Fallon aceita a missão e ao matar o homem dentro de um cemitério, percebe em seguida que um padre (Bob Hoskins) testemunhou a execução. Mesmo usando a criatividade para não matar o padre e fazer com que ele não o entregue à polícia, Fallon se torna alvo do mandante do crime (Alan Bates) e de seus antigos parceiros do IRA. 

Por mais incrível que pareça hoje, Mickey Rourke era um dos maiores astro do cinema em 1987. Infelizmente, a derrocada da carreira de Rourke começou com este equivocado trabalho. A premissa de explorar uma trama política que era atual na época parecia interessante, o problema surgiu na execução. A narrativa lenta e irregular, além do roteiro previsível não ajudaram em nada. A situação piora com as péssimas atuações. Com exceção de Bob Hoskins, perfeito como padre, o restante do elenco parece interpretar uma peça de teatro ruim. Rourke com o cabelo pintado quase ruivo para parecer irlandês, com um sotaque falso e exagerando na pose chega a ser patético. 

Finalizando, ainda escolheram para diretor Mike Hodges, que durante anos trabalhou apenas na tv após ter feito o péssimo “Flash Gordon” em 1980. 

Agenda Secreta (Hidden Agenda, Inglaterra, 1990) – Nota 7
Direção – Ken Loach
Elenco – Frances McDormand, Brian Cox, Brad Dourif, Mai Zetterling.

Apesar de serem americanos, a advogada Ingrid Jessner (Frances McDormand) e o ativista político Paul Sullivan (Brad Dourif) lutam para levar a público as provas da ação violenta do governo britânico contra os separatistas da Irlanda da Norte. O trabalho da dupla incomoda o governo e resulta no assassinato de Sullivan. 

Decidido a continuar seu trabalho, Jessner recebe a ajuda de um investigador inglês Peter Kerrigan (Brian Cox), que se mostra inconformado com as atitudes do governo britânico e dos colegas de polícia. 

Neste trabalho, o cinema político de Ken Loach vai além da crítica social. O roteiro explora o ódio entre ingleses e irlandeses separatistas através de uma conspiração que envolve poderosos. É um drama policial que lembra os filmes de espionagem. O ritmo lento e a falta de ação atrapalham um pouco o resultado. O ponto principal termina sendo a própria história.

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