Desafio no Gelo (Miracle, Canadá / EUA, 2004) – Nota 7,5
Direção – Gavin O’Connor
Elenco – Kurt Russell, Patricia Clarkson, Noah Emmerich,
Sean McCann, Kenneth Welsh, Eddie Cahill, Patrick O’Brian Demsey, Michael
Mantenuto, Nathan West, Kenneth Mitchell, Eric Peter Kaiser.
Em 1979, Herb Brooks (Kurt Russell) é escolhido para treinar
a seleção americana de hóquei no gelo que no início de 1980 disputaria a
Olimpíada de Inverno em Lake Placid, Nova York. Na época, era proibido que
jogadores profissionais disputassem a Olimpíada, o que obrigava os americanos a
montarem uma seleção com atletas universitários.
Por outro lado, comunistas alegavam que os esportes em seus países não eram profissionais e por
este motivo convocavam seus melhores atletas para disputar a competição. Neste
contexto, a então União Soviética era praticamente imbatível no hóquei no gelo.
Tratado com desprezo até mesmo pelo comitê olímpico americano, o obcecado Herb
Brooks enfrenta o desafio de tentar vencer os soviéticos. Extremamente exigente
nos treinamentos, Brooks precisa também ganhar a confiança dos jovens
jogadores.
Baseado numa belíssima história real, este longa relata um daqueles
milagres que de tempos em tempos acontece no esporte. A dura jornada em busca
da vitória é detalhada nas discussões, nas contusões e nas eletrizantes
sequências dos jogos, principalmente a partida contra os soviéticos que é
retratada por quase trinta minutos. Mesmo com as cenas de jogos cansando um
pouco, não se pode negar que elas são emocionantes.
É um filme competente na
proposta de emocionar ao retratar um feito fora do comum.
Estrada Para Glória (Glory Road, EUA, 2006) – Nota 7
Direção – James Gartner
Elenco – Josh Lucas, Derek Luke, Austin Nichols, Jon Voight,
Evan Jones, Schin A.S. Kerr, Sam Jones III, Alphonso McAuley, Mehcad Brooks,
Damaine Radcliff, Al Shearer, Emily Deschanel, Red West.
Em 1966, o então treinador de uma equipe feminina de
basquete Don Haskins (Josh Lucas), recebe uma proposta para treinar a equipe
masculina da universidade de Western Texas. Pela falta de tradição da universidade no esporte e com poucos
atletas, Haskins decide enfrentar o preconceito da região e oferece bolsas de
estudo para sete jogadores negros.
A princípio tratados com desprezo pelos
adversários e torcedores rivais, a cada nova vitória a equipe mostra seu valor,
até conseguir um feito inédito que abriu caminho para os jogadores negros se
tornarem os protagonistas do basquete americano.
Baseado em uma surpreendente
história real, o longa segue a fórmula dos filmes sobre esporte. Acompanhamos a
montagem do time, os conflitos entre os jogadores e com o próprio técnico e por
fim a superação. O roteiro não se aprofunda em algumas situações mais
polêmicas, seguindo uma narrativa linear e até previsível. O filme ganha
pontos pelas boas cenas das partidas e pela emoção do clímax.
É um filme
correto, que vale como registro de uma sensacional história real.