Zardoz (Zardoz,
Inglaterra, 1974) – Nota 5,5
Direção –
John Boorman
Elenco –
Sean Connery, Charlotte Rampling, Sara Kestelman, John Alderton.
Num futuro distante, a Terra está dividida em três grupos: Os
Brutais que representam o povo desesperado por alimento para sobreviver, os
Exterminadores que são uma espécie de polícia que obedece ordens de uma enorme cabeça
de pedra voadora (o Zardoz do título) e tem como missão eliminar os Brutais. O
terceiro grupo são os Imortais, que vivem num local secreto onde predomina a
paz. Esta ordem é colocada em cheque quando Zed (Sean Connery), o líder dos
Exterminadores, decide se esconder na cabeça de pedra para descobrir o que
realmente existe na terra dos Imortais.
Para entender esta estranha ficção, é
necessário analisar o contexto de como foi produzido o longa. Consta que o diretor
John Boorman tinha a intenção de adaptar para o cinema “O Senhor dos Anéis”,
porém não conseguiu acordo para a produção e provavelmente por não ter gostado
da situação, decidiu escrever uma ficção sobre um futuro apocalíptico, criando
este estranhíssimo “Zardoz”.
O filme tem cenas surreais, um figurino que lembra
o estilo hippie, com direito a Sean Connery utilizando uma espécie de sunga
vermelha com um rabo de cavalo, interpretando um sinistro personagem, sem
contar com a cabeça de pedra que voa.
O roteiro faz uma crítica a dominação
através da religião e a segregação dos povos, mas é pouco perante ao desenrolar
bizarro da trama.
Vale apenas como curiosidade para os cinéfilos que gostam de filmes
estranhos.
Vítimas do Desconhecido (Impulse,
EUA, 1984) – Nota 7
Direção – Graham Baker
Elenco – Tim Matheson, Meg Tilly, Hume Cronyn, John Karlen, Bill Paxton,
Peter Jason.
Após receber um estranho
telefonema onde uma pessoa relata que sua mãe tentou o suicídio, a jovem filha
(Meg Tilly) e seu namorado (Tim Matheson) partem para a pequena cidade onde a
mulher vive e descobrem que após um tremor de terra, as pessoas começaram a
agir de forma estranha.
Copiando ideias dos ótimos “O Exército do Extermínio”
de George Romero e “Vampiros de Almas” de Don Siegel, o diretor Graham Baker
(“Missão Alien”) desenvolve um interessante suspense misturado com ficção com
uma crescente tensão que prende a atenção do espectador.
Como curiosidade, a
atriz Meg Tilly ficaria famosa no ano seguinte com “Agnes de Deus” e o galã Tim
Matheson revelado em “O Clube dos Cafajestes”, não conseguiria se firmar como astro,
seguindo carreira com coadjuvante em seriados de tv.
Delírios Mortais (Nomads, EUA, 1986) – Nota 6
Direção – John
McTiernan
Elenco –
Pierce Brosnan, Lesley Anne Down, Anna Maria Monticelli, Adam Ant, Mary
Woronov.
O antropólogo francês Pommier (Pierce Brosnan) é um especialista
em estudar civilizações extintas. Durante uma de suas pesquisas de campo, Pommier
desperta espíritos de uma tribo extinta que passam a persegui-lo, até mesmo
quando ele decide se mudar para Los Angeles.
Este estranho suspense marcou a
estreia de John McTiernan na direção e abriu caminho para seus dois trabalhos
seguintes que se tornaram clássicos. Os sensacionais “O Predador” e “Duro de
Matar” transformaram McTiernan em um nome de peso em Hollywood no final dos
anos oitenta.
Mesmo tendo um clima de suspense interessante, este “Delírios
Mortais” vale por algumas outras curiosidades. Na época, Pierce Brosnan era conhecido
por protagonizar a série de tv “Remington Steele”, que passou na tv aberta por
aqui como “Jogo Duplo”, mas ficaria famoso mundialmente apenas em 1995 quando
assumiu o posto de 007 no cinema. Além disso, um dos estranhos espíritos que
perseguem o personagem de Brosnan é o roqueiro inglês Adam Ant, conhecido por
ser o líder da banda “Adam and the Ants”, que teve algum sucesso na época.
Nas Asas do Vento (Slipstream, EUA, 1989) – Nota 6,5
Direção –
Steven M. Lisberger
Elenco –
Mark Hamill, Bill Paxton, Ben Kingsley, F. Murray Abraham, Roshan Seth, Robbie
Coltrane, Bob Peck.
Num futuro em que a Terra foi devastada por catástrofes
naturais, os sobreviventes vivem em pequenas comunidades isoladas. Com as
mudanças climáticas, a Terra sofre com um vento muito forte, o que faz com que
a única forma de viajar seja o avião. Neste cenário, o aventureiro Matt Owens
(Bill Paxton) é um caçador de recompensas que captura Byron (Bob Peck), um
fugitivo procurado pela justiça, porém precisa escapar de outro caçador, Will
Tasker (Mark Hamill) que também tem interesse no sujeito.
Esta ficção B tem
como pontos principais o bom elenco, que além do futuro astro Paxton e do
“eterno Luke Skywalker” Mark Hamill, tem ainda grandes atores como Ben Kingsley
e F. Murray Abraham como coadjuvantes. O baixo orçamento é claro, porém as
cenas de ação são razoáveis e até a trama é interessante.
Como informação, o
filme é um dos pouquíssimos trabalhos na direção de Steven M. Lisberger,
responsável por “Tron – Uma Odisséia Eletrônica”.
Programado Para Esquecer (Timebomb, EUA, 1991) – Nota 6,5
Direção –
Avi Nesher
Elenco –
Michael Biehn, Patsy Kensit, Richard Jordan, Billy Blanks, Robert Culp, Tracy
Scoggins, Raymond St Jacques.
O relojoeiro Eddy Kay (Michael Biehn) sobrevive a uma tentativa
de assassinato, porém o fato desencadeia uma série de alucinações e flashbacks
que o fazem procurar uma psicóloga, a dra. Anna (Patsy Kensit). Uma segunda
tentativa de assassinato faz Eddy acreditar que o problema esteja em seu
passado, e que suas visões podem ser algo que ele realmente viveu e por isso está
sendo perseguido agora.
Com uma premissa interessante, este suspense tem um
ritmo ágil, um boa narrativa e as competentes cenas de suspense, que minimizam
o roteiro cheio de clichês.
Como curiosidade, a bela inglesa Patsky Kensit
interpretou a namorada do personagem do Mel Gibson em “Máquinha Mortífefa II”.
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