segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Zardoz & Quatro Filmes de Ficção B

Zardoz (Zardoz, Inglaterra, 1974) – Nota 5,5
Direção – John Boorman
Elenco – Sean Connery, Charlotte Rampling, Sara Kestelman, John Alderton.

Num futuro distante, a Terra está dividida em três grupos: Os Brutais que representam o povo desesperado por alimento para sobreviver, os Exterminadores que são uma espécie de polícia que obedece ordens de uma enorme cabeça de pedra voadora (o Zardoz do título) e tem como missão eliminar os Brutais. O terceiro grupo são os Imortais, que vivem num local secreto onde predomina a paz. Esta ordem é colocada em cheque quando Zed (Sean Connery), o líder dos Exterminadores, decide se esconder na cabeça de pedra para descobrir o que realmente existe na terra dos Imortais. 

Para entender esta estranha ficção, é necessário analisar o contexto de como foi produzido o longa. Consta que o diretor John Boorman tinha a intenção de adaptar para o cinema “O Senhor dos Anéis”, porém não conseguiu acordo para a produção e provavelmente por não ter gostado da situação, decidiu escrever uma ficção sobre um futuro apocalíptico, criando este estranhíssimo “Zardoz”. 

O filme tem cenas surreais, um figurino que lembra o estilo hippie, com direito a Sean Connery utilizando uma espécie de sunga vermelha com um rabo de cavalo, interpretando um sinistro personagem, sem contar com a cabeça de pedra que voa. 

O roteiro faz uma crítica a dominação através da religião e a segregação dos povos, mas é pouco perante ao desenrolar bizarro da trama. 

Vale apenas como curiosidade para os cinéfilos que gostam de filmes estranhos.

Vítimas do Desconhecido (Impulse, EUA, 1984) – Nota 7
Direção – Graham Baker
Elenco – Tim Matheson, Meg Tilly, Hume Cronyn, John Karlen, Bill Paxton, Peter Jason.

Após receber um estranho telefonema onde uma pessoa relata que sua mãe tentou o suicídio, a jovem filha (Meg Tilly) e seu namorado (Tim Matheson) partem para a pequena cidade onde a mulher vive e descobrem que após um tremor de terra, as pessoas começaram a agir de forma estranha. 

Copiando ideias dos ótimos “O Exército do Extermínio” de George Romero e “Vampiros de Almas” de Don Siegel, o diretor Graham Baker (“Missão Alien”) desenvolve um interessante suspense misturado com ficção com uma crescente tensão que prende a atenção do espectador. 

Como curiosidade, a atriz Meg Tilly ficaria famosa no ano seguinte com “Agnes de Deus” e o galã Tim Matheson revelado em “O Clube dos Cafajestes”, não conseguiria se firmar como astro, seguindo carreira com coadjuvante em seriados de tv. 

Delírios Mortais (Nomads, EUA, 1986) – Nota 6
Direção – John McTiernan
Elenco – Pierce Brosnan, Lesley Anne Down, Anna Maria Monticelli, Adam Ant, Mary Woronov.

O antropólogo francês Pommier (Pierce Brosnan) é um especialista em estudar civilizações extintas. Durante uma de suas pesquisas de campo, Pommier desperta espíritos de uma tribo extinta que passam a persegui-lo, até mesmo quando ele decide se mudar para Los Angeles. 

Este estranho suspense marcou a estreia de John McTiernan na direção e abriu caminho para seus dois trabalhos seguintes que se tornaram clássicos. Os sensacionais “O Predador” e “Duro de Matar” transformaram McTiernan em um nome de peso em Hollywood no final dos anos oitenta. 

Mesmo tendo um clima de suspense interessante, este “Delírios Mortais” vale por algumas outras curiosidades. Na época, Pierce Brosnan era conhecido por protagonizar a série de tv “Remington Steele”, que passou na tv aberta por aqui como “Jogo Duplo”, mas ficaria famoso mundialmente apenas em 1995 quando assumiu o posto de 007 no cinema. Além disso, um dos estranhos espíritos que perseguem o personagem de Brosnan é o roqueiro inglês Adam Ant, conhecido por ser o líder da banda “Adam and the Ants”, que teve algum sucesso na época.

Nas Asas do Vento (Slipstream, EUA, 1989) – Nota 6,5
Direção – Steven M. Lisberger
Elenco – Mark Hamill, Bill Paxton, Ben Kingsley, F. Murray Abraham, Roshan Seth, Robbie Coltrane, Bob Peck.

Num futuro em que a Terra foi devastada por catástrofes naturais, os sobreviventes vivem em pequenas comunidades isoladas. Com as mudanças climáticas, a Terra sofre com um vento muito forte, o que faz com que a única forma de viajar seja o avião. Neste cenário, o aventureiro Matt Owens (Bill Paxton) é um caçador de recompensas que captura Byron (Bob Peck), um fugitivo procurado pela justiça, porém precisa escapar de outro caçador, Will Tasker (Mark Hamill) que também tem interesse no sujeito. 

Esta ficção B tem como pontos principais o bom elenco, que além do futuro astro Paxton e do “eterno Luke Skywalker” Mark Hamill, tem ainda grandes atores como Ben Kingsley e F. Murray Abraham como coadjuvantes. O baixo orçamento é claro, porém as cenas de ação são razoáveis e até a trama é interessante. 

Como informação, o filme é um dos pouquíssimos trabalhos na direção de Steven M. Lisberger, responsável por “Tron – Uma Odisséia Eletrônica”.

Programado Para Esquecer (Timebomb, EUA, 1991) – Nota 6,5
Direção – Avi Nesher
Elenco – Michael Biehn, Patsy Kensit, Richard Jordan, Billy Blanks, Robert Culp, Tracy Scoggins, Raymond St Jacques.

O relojoeiro Eddy Kay (Michael Biehn) sobrevive a uma tentativa de assassinato, porém o fato desencadeia uma série de alucinações e flashbacks que o fazem procurar uma psicóloga, a dra. Anna (Patsy Kensit). Uma segunda tentativa de assassinato faz Eddy acreditar que o problema esteja em seu passado, e que suas visões podem ser algo que ele realmente viveu e por isso está sendo perseguido agora. 

Com uma premissa interessante, este suspense tem um ritmo ágil, um boa narrativa e as competentes cenas de suspense, que minimizam o roteiro cheio de clichês. 

Como curiosidade, a bela inglesa Patsky Kensit interpretou a namorada do personagem do Mel Gibson em “Máquinha Mortífefa II”.

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