As Confissões de Schmidt (About Schmidt, EUA, 2002) –
Nota 8
Direção
– Alexander Payne
Elenco
– Jack Nicholson, Hope Davis, Dermot Mulroney, Kathy Bates, June Squibb, Howard
Hesseman, Len Cariou.
Warren Schmidt (Jack Nicholson) é um sujeito que passou
toda a vida num emprego burocrático, acabou de se aposentar e vive um casamento
tomado pelo tédio. Quando de forma inesperada sua esposa morre, Schmidt decide
mudar sua vida e tentar aproveitar o que deixou de lado. O seu primeiro
objetivo é visitar a filha (Hope Davis) que mora em outro Estado e está prestes
a casar com um vendedor (Dermot Mulroney num personagem muito estranho),
sujeito que Schmidt não considera a altura de sua filha.Para viajar, Schmidt
compra um enorme trailer e inicia sua jornada pelo país.
Pouco antes da viagem,
Schmidt encontra um anúncio que pede para as pessoas ajudarem crianças pobres
na África através de um donativo em dinheiro e de cartas que serviriam como uma
espécie de apoio emocional as crianças. Estas cartas se transformam na terapia
de Schmidt, que descreve longamente sua vida, seus desejos e frustrações,
variando da euforia à melancolia.
Da safra atual de diretores, Alexander Payne
é um dos melhores para contar histórias de pessoas comuns com seus defeitos e
virtudes. Ele mostrou como uma simples disputa pode transformar as pessoas em “Eleição”,
vimos a busca por companhia e o medo da solidão em “Sideways – Entre Umas e Outras”
e a complicada relação entre familiares no drama”Os Descendentes”.
Aqui o foco
é a solidão na terceira idade, misturada com a tristeza do personagem de
Nicholson ao perceber o vazio que foi sua vida e descobrir que suas escolhas
foram erradas, custando até mesmo o amor da filha.
Mesmo com algumas cenas
engraçadas, principalmente a cargo da personagem de Kathy Bates, o que fica ao
final é a melancolia de Warren Schmidt.
Vale destacar ainda os grandes
desempenhos de Jack Nicholson e Kathy Bates que concorrem merecidamente ao
Oscar.
2 comentários:
"Aqui o foco é a solidão na terceira idade"
Isso resume muito bem. Adoro esse filme. Ajuda-nos a refletir sobre o futuro, como talvez estejamos mais à frente.
E, claro, tb traz uma grande lição: nunca deixe seu melhor amigo sozinho com sua esposa! Amigo é tudo da onça!
Kleiton - É um belo filme, com certeza.
Abraço
Postar um comentário