segunda-feira, 19 de agosto de 2013

As Confissões de Schmidt

As Confissões de Schmidt (About Schmidt, EUA, 2002) – Nota 8
Direção – Alexander Payne
Elenco – Jack Nicholson, Hope Davis, Dermot Mulroney, Kathy Bates, June Squibb, Howard Hesseman, Len Cariou.

Warren Schmidt (Jack Nicholson) é um sujeito que passou toda a vida num emprego burocrático, acabou de se aposentar e vive um casamento tomado pelo tédio. Quando de forma inesperada sua esposa morre, Schmidt decide mudar sua vida e tentar aproveitar o que deixou de lado. O seu primeiro objetivo é visitar a filha (Hope Davis) que mora em outro Estado e está prestes a casar com um vendedor (Dermot Mulroney num personagem muito estranho), sujeito que Schmidt não considera a altura de sua filha.Para viajar, Schmidt compra um enorme trailer e inicia sua jornada pelo país.

Pouco antes da viagem, Schmidt encontra um anúncio que pede para as pessoas ajudarem crianças pobres na África através de um donativo em dinheiro e de cartas que serviriam como uma espécie de apoio emocional as crianças. Estas cartas se transformam na terapia de Schmidt, que descreve longamente sua vida, seus desejos e frustrações, variando da euforia à melancolia.

Da safra atual de diretores, Alexander Payne é um dos melhores para contar histórias de pessoas comuns com seus defeitos e virtudes. Ele mostrou como uma simples disputa pode transformar as pessoas em “Eleição”, vimos a busca por companhia e o medo da solidão em “Sideways – Entre Umas e Outras” e a complicada relação entre familiares no drama”Os Descendentes”.

Aqui o foco é a solidão na terceira idade, misturada com a tristeza do personagem de Nicholson ao perceber o vazio que foi sua vida e descobrir que suas escolhas foram erradas, custando até mesmo o amor da filha.

Mesmo com algumas cenas engraçadas, principalmente a cargo da personagem de Kathy Bates, o que fica ao final é a melancolia de Warren Schmidt.

Vale destacar ainda os grandes desempenhos de Jack Nicholson e Kathy Bates que concorrem merecidamente ao Oscar.

2 comentários:

Anônimo disse...

"Aqui o foco é a solidão na terceira idade"

Isso resume muito bem. Adoro esse filme. Ajuda-nos a refletir sobre o futuro, como talvez estejamos mais à frente.

E, claro, tb traz uma grande lição: nunca deixe seu melhor amigo sozinho com sua esposa! Amigo é tudo da onça!

Hugo disse...

Kleiton - É um belo filme, com certeza.

Abraço