Repórteres de Guerra (The Bang Bang Club, África do Sul /
Canadá, 2010) – Nota 7
Direção –
Steven Silver
Elenco –
Ryan Phillipe, Malin Akerman, Taylor Kitsch, Frank Rautenbach, Neels Van
Jaarsveld.
Em 1990, quando Nelson Mandela conseguiu a liberdade após
vinte e sete anos preso, o governo de minoria branca da África do Sul foi
obrigada a iniciar uma negociação para o fim do regime do Apartheid, de modo
que negros e brancos tivessem os mesmos direitos.
Esta transição durou quatro
anos e durante o período foi travada uma guerra civil entre os partidários
de Mandela e o partido Inkatha, que era financiado pelo governo branco e
utilizava homens da etnia Zulu para atacar os oponentes.
Neste contexto, quatro
fotógrafos ficam famosos por cobrir as verdadeiras batalhas in loco,
presenciando assassinatos e linchamentos dos dois lados, fatos que renderam dois
prêmios Pulitzer de Fotografia. Os fotógrafos Greg Marinovich (Ryan Phillipe),
Kevin Carter (Taylor Kitsch), Ken Oosterbroek (Frank Rautenbach) e João Silva (Neels
Van Jaarsveld) formavam o grupo que ficou conhecido como “The Bang Bang Club”.
O
filme é baseado numa história real e conta as aventuras do grupo, as situações
perigosas que enfrentaram e parte da vida pessoal, principalmente de Marinovich
e Carter. A recriação dos conflitos é competente, com algumas cenas que chocam pela violência, porém o roteiro é confuso, em alguns momentos se
perdendo entre contar a história dos personagens ou mostrar a tragédia que
ocorria no país, sem contar que os personagens de Oosterbrook e João Silva são mal
explorados. A curiosidade é que Silva é um dos autores do livro que deu origem
ao filme e mesmo assim seu personagem foi criado como um mero coadjuvante.
Apesar de irregular, o longa vale como relato de uma tragédia e pela história
dos quatro fotógrafos que arriscavam a vida para registrar os fatos.
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