quinta-feira, 28 de julho de 2022

Uma Voz Contra o Poder & Maixabel

 


Uma Voz Contra o Poder (Percy, Canadá, 2020) – Nota 6,5
Direção – Clark Johnson
Elenco – Christopher Walken, Roberta Maxwell, Christina Ricci, Zach Braff, Adam Beach, Luke Kirby, Zoe Fish, Martin Donovan, Peter Stebbings.

Canadá, 1998. O fazendeiro Percy Schmeiser (Christopher Walking) é intimado a comparecer na justiça acusado por uma corporação de utilizar sementes transgênicas em sua plantação sem autorização. É o início de uma disputa jurídica que se estenderá por três anos. 

Este longa é baseado em uma história real sobre obstinação em busca de justiça e também sobre a força das corporações nas relações com os pequenos produtores. 

O roteiro segue o estilo dos filmes do gênero, porém insere alguns detalhes mais profundos como a questão dos ativistas que colocam sua causa à frente de tudo, utilizando pessoas como instrumentos ideológicos. 

Destaque para interpretação de Christopher Walken, sempre marcante com papéis fortes. Não espere surpresas, é um filme produzido como registro da luta do protagonista.

Maixabel (Maixabel, Espanha, 2021) – Nota 6,5
Direção – Iciar Bollain
Elenco – Bianca Portillo, Luis Tosar, Maria Cerezuela, Urko Olazabal, Maria Jesus Hoyos, Tamara Canosa.

Na cidade de Tolosa no País Basco em 2000, o ex-prefeito é assassinado por três terroristas do grupo de separação basca, o ETA. Dez anos depois, a viúva Maixabel Lasa (Bianca Portillo) comanda uma organização de apoio às famílias das vítimas na guerra entre o ETA e o governo espanhol. 

Neste contexto, uma assistente social inicia um programa para reunir terroristas do ETA que estão presos e se arrependeram dos crimes com os familiares das vítimas. Dois assassinos do político (Urko Olazabal e Luis Tosar) desejam se encontrar com Maixabel. 

Baseado em fatos reais, este longa detalha uma história de busca pelo perdão e por uma segunda chance, algo complexo e que sempre fica a dúvida sobre o real motivo do criminoso. 

A história é bastante dolorosa e explica um pouco de como o grupo terrorista ETA utilizava jovens revoltados para transformá-los em soldados, algo que organizações criminosas fazem pelo mundo todo. 

Destaque para as atuações atormentadas de quase todo o elenco, onde somente a protagonista vivida por Bianca Portillo consegue demonstrar sangue frio nos momentos mais duros.

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