sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Matrix

 


Matrix (The Matrix, EUA, 1999) – Nota 10
Direção – Larry & Andy Wachowski
Elenco – Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie Anne Moss, Hugo Weaving, Joe Pantoliano, Gloria Foster, Marcus Chong.

Matrix Reloaded (The Matrix Reloaded, EUA, 2003) – Nota 7
Direção – Larry e Andy Wachoswki
Elenco – Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie Anne Moss, Hugo Weaving, Harold Perrineau, Jada Pinkett Smith, Lambert Wilson, Monica Bellucci, Nona Gaye, Anthony Zerbe, Randall Duk Kim, Harry Lennix, Gloria Foster, Lung Yun Chow, Neil Rayment, Adrian Rayment, Daniel Bernhardt, Matt McColm.

Matrix Revolutions (The Matrix Revolutions, EUA, 2003) – Nota 6
Direção – Larry Wachowski & Andy Wachowski
Elenco – Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie Anne Moss, Hugo Weaving, Harold Perrineau, Jada Pinkett Smith, Lambert Wilson, Monica Bellucci, Nona Gaye, Anthony Zerbe, Harry Lennix, Bruce Spence, Mary Alice, Sing Ngai.

Matrix Resurrections (The Matrix Resurrections, EUA / Inglaterra /Austrália, 2021) – Nota 6
Direção – Lana Wachowski
Elenco – Keanu Reeves, Carrie Anne Moss, Yahia Abdul Mateen II, Jonathan Groff, Jessica Henwick, Neil Patrick Harris, Jada Pinkett Smith, Priyanka Chopra Jonas, Christina Ricci, Lambert Wilson, Max Riemelt. Andrew Lewis Caldwell, Toby Onwumere.

Poucos filmes se transformam em clássicos instantâneos como o original “Matrix” de 1999. Os então irmãos Wachowski buscaram referências em diversos livros e filmes para criar uma história que duas décadas depois se mostra até mais atual no conceito do mundo em que a grande maioria das pessoas não conseguem ver além de sua vida cotidiana, fato expressado pela palavra “redpill” que nasceu da escolha do protagonista vivido por Keanu Reeves pela pílula vermelha da verdade oculta.

O original vai além disso ao explorar a jornada do herói, ou melhor, do escolhido, a história de amor que surge entre Neo e Trinity (Carrie Anne Moss), o duro aprendizado do protagonista através das lições de Morpheus (Laurence Fishburne), o temível vilão (Hugo Weaving) e a sensacional parte técnica.

Outro ponto marcante são as sequências de ação com personagens lutando, voando e desviando de tiros que praticamente criaram um novo gênero repetido a exaustão em outros filmes nos anos seguintes. O estrondoso sucesso levou a duas continuações inferiores que foram lançadas com apenas seis meses de diferença em 2003, além de um quarto episódio produzido em 2021.

Em “Matrix Reloaded” o grande destaque fica para as sequências de ação, em especial a sensacional perseguição em uma autoestrada que foi construída especificamente para o filme. Já “Matrix Revolutions” que até este ano era o final da franquia, a história perde força com uma narrativa irregular intercalando boas cenas de ação com outras cansativas como a sequência da rave.

Este “Matrix Resurrections” é basicamente uma tentativa de recomeçar a franquia através de um roteiro simples que no fundo explora uma história de amor em meio a personagens sem carisma, como a escolha de colocar novos atores interpretando Morpheus e o Agente Smith.

Mesmo longe de terem muito talento, Keanu Reeves e Carrie Anne Moss estavam perfeitos nos filmes anteriores. Aqui eles parecem atuar no piloto automático, inclusive com Reeves lembrando em alguns momentos uma caricatura de seu famoso personagem John Wick da franquia homônima.

Este recomeço sofre do mesmo problema de muitas obras de ação e ficção atuais, em que a parte técnica é o único destaque.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Amor Suspeito

 


Amor Suspeito (La Mustache, França, 2005) – Nota 6
Direção – Emmanuel Carrere
Elenco – Vincent Lindon, Emmanuelle Devos, Mathieu Amalric, Hippolyte Girardot, Cylia Malki, Macha Polikarpova, Denis Ménochet

Um certo dia, Marc (Vincent Lindon) decide raspar o bigode que cultiva faz quinze anos. Sua esposa Agnes (Emmanuelle Devos) e em seguida um casal de amigos não percebe. Quando ele os questiona, tem a resposta de que ninguém se lembra dele ter usado bigode. Incomodado e obcecado, Marc decide buscar provas, dando início a uma viagem surreal a seu passado. 

Este estranho longa francês é considerado cult por alguns críticos e cinéfilos, muito por não entregar respostas concretas, deixando margem para interpretações. A saga do protagonista para provar sua história e também ter certeza que não enlouqueceu é bastante incomum, no início lembrando uma trama de conspiração. Quanto mais ele procura em seu passado, mais maluca fica a história. 

Por mais que eu goste de filmes que fazem pensar, este parece passar um pouco do ponto, além de ter uma narrativa lenta e cansativa, mesmo com menos de uma hora e meia de duração. Eu vejo o longa como uma estranha jornada em busca de algo que o protagonista tenta recuperar em seu passado, mesmo sem saber exatamente o que seria.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Em um Mundo Melhor

 



Em um Mundo Melhor (Haevnen, Dinamarca / Suécia, 2010) – Nota 7,5
Direção – Susanne Bier
Elenco – Mikael Persbrandt, Trine Dyrholm, Ulrich Thomsen, William Johnk Nielsen, Markus Rigaard, Will Johnson.

Anton (Mikael Persbrandt) é um médico que trabalha em um acampamento de refugiados na África. A distância da esposa Marianne (Trine Dyrholm) e do filho Elias (Markus Rigaard) cria no garoto uma enorme insegurança que aumenta ao ter de enfrentar o bullying no colégio. 

Tudo muda para Elias quando ele é defendido por Christian (William Johnk Nielsen), um garoto novo na escola que acabou de perder a mãe e que vive com o pai (Ulrich Thomsen). 

Este drama vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro explora temas como problemas familiares, luto, ódio e vingança diluídos em um roteiro pesado que disseca o pior lado do ser humano. 

A ideia é mostrar que mesmo que a pessoa tenha o objetivo de fazer o bem, em algum momento ela será desafiada a enfrentar uma situação limite, algo que colocará contra a parede seu desejo de viver em paz. 

A dificuldade em educar uma criança, mostrar valores e ao mesmo tempo ensiná-la a se defender cria uma enorme contradição nas próprias atitudes dos adultos. 

Mesmo que o “mundo melhor” do título exista, para se chegar nele é necessário enfrentar diversos obstáculos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O Lavador de Almas

 


O Lavador de Almas (The Last Hangman, Inglaterra / EUA, 2005) – Nota 7,5
Direção – Adrian Shergold
Elenco – Timothy Spall, Juliet Stevenson, Eddie Marsan, Christopher Fulford, James Corden, Nicholas Blane.

Londres, anos trinta. Albert Pierrepoint (Timothy Spall) consegue emprego de carrasco, seguindo assim a carreira de seu falecido pai. Comandando execuções na forca, Pierrepoint se torna um perito, chamando a atenção do governo que logo após a Segunda Guerra o convida a prestar serviço no julgamento de nazistas. 

Baseado em uma história real, este longa detalha episódios importantes na vida de Pierrepoint de uma forma bastante humana. Ele é mostrado como um sujeito integro, que acredita estar cumprindo um dever sem levar para o lado pessoal. O roteiro mostra como seu trabalho afetará sua vida com o passar dos anos e sua relação com algumas pessoas próximas. 

Uma situação curiosa e sinistra são as várias vezes em que a forca é utilizada durante o filme, sempre com o barulho do alçapão abrindo e o corpo desabando. 

Destaque para a sóbria atuação do sempre competente Timothy Spall e ponto negativo para o horroroso título nacional.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Gênio Indomável, Garotos Incríveis & Com Mérito

 


Gênio Indomável (Good Will Hunting, EUA, 1997) – Nota 8
Direção – Gus Van Sant
Elenco – Matt Damon, Robin Williams, Ben Affleck, Minnie Driver, Stellan Skarsgard, Casey Affleck, Cole Hauser.

Will (Matt Damon) é um jovem que trabalha como uma espécie de zelador no famoso M.I.T. (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Com uma infância traumática e uma vida cheia de problemas com passagens pela polícia, o que ninguém sabe é que Will é um gênio da matemática. Sendo obrigado a se consultar com um psicólogo (Robin Williams), aos poucos o jovem consegue encontrar seu caminho em meio aos obstáculos. 

Este história de superação é uma obra diferente na carreira do diretor Gus Van Sant, que costuma entregar longas com tramas incomuns ou polêmicas. O filme deu um surpreendente Oscar de roteiro para Matt Damon e Ben Affleck e o único Oscar da carreira de Robin Williams como melhor ator coadjuvante.

Garotos Incríveis (Wonder Boys, EUA, 2000) – Nota 7,5
Direção – Curtis Hanson
Elenco – Michael Douglas, Tobey Maguire, Frances McDormand, Robert Downey Jr, Richard Thomas, Katie Holmes, Rip Torn, Jane Adams, Philip Bosco, Alan Tudyk, George Grizzard, Kelly Bishop.

Grady Tripp (Michael Douglas) é professor na universidade de Pittsburgh que depois de escrever um livro de sucesso está tentando finalizar o segundo após sete anos de bloqueio criativo. Ele vive com uma aluna bem mais jovem (Katie Holmes), está apaixonado por sua chefe (Frances McDormand), é uma espécie de tutor para um aluno que deseja se tornar escritor (Tobey Maguire), além de ter uma rivalidade com outro escritor (Robert Downey Jr.). 

O roteiro escrito pelo também diretor Steve Kloves é baseado em um livro que coloca o protagonista em meio a várias situações que criam um caos na vida das pessoas ao redor. O personagem de Michael Douglas é o sujeito inteligente e extremamente complicado, algo bem próximo da realidade de muitas pessoas com Q.I. acima da média. Além da atuação de Douglas, vale destacar o ótimo elenco repleto de personagens marcantes, inclusive o falecido escritor Gore Vidal interpretando o agente do protagonista. 

É um filme que merece ser redescoberto.

Com Mérito (With Honors, EUA, 1994) – Nota 7
Direção – Alex Keshishian
Elenco – Brendan Fraser, Joe Pesci, Moira Kelly, Patrick Dempsey, Josh Hamilton, Gore Vidal.

Prestes a ser formar em Harvard, Monty (Brendan Fraser) sofre um pequeno acidente que faz com que seu trabalho final de curso caia nas mãos de um mendigo chamado Simon (Joe Pesci) que vive no porão de um velho edifício. Desesperado, Monty é chantageado por Simon, que exige pequenas coisas como comida, bebida e até mesmo atenção em troca de cada página do trabalho. 

Este longa com uma premissa inusitada brinca com a questão das diferenças entre as pessoas inteligentes que estudaram e aquelas que também são inteligentes mas cresceram e aprenderam através das dificuldades da vida. As atitudes do personagem vivido por Joe Pesci variam de coisas bobas até pequenas lições que jovens ricos inexperientes jamais teriam em seu mundo. 

O resultado é aquela mistura de drama e comédia típica dos anos oitenta e noventa.

domingo, 26 de dezembro de 2021

Um Dia Para Relembrar

 

Um Dia Para Relembrar (Two Bits, EUA, 1995) – Nota 7,5
Direção – James Foley
Elenco – Al Pacino, Mary Elizabeth Mastrantonio, Jerry Barone, Joe Grifasi, Patrick Borriello, Andy Romano, Donna Mitchell, Joanna Merlin.

Nova York, agosto de 1933. O garoto Gennaro (Jerry Barone) fica obcecado em conseguir vinte e cinco centavos para ver um filme na inauguração de um cinema no bairro. 

Como o país vivia a Depressão Econômica e sua mãe (Mary Elizabeth Mastrantonio) era viúva, tendo ainda de cuidar do avô doente (Al Pacino), Gennaro tenta de todas as formas conseguir as moedas que deseja, intercalando momentos de conversa com o avô. 

Este sensível e praticamente esquecido drama explora uma história de descoberta adolescente em meio a um época de pobreza, mas que por outro lado a família tinha importância enorme. 

O diretor James Foley acerta na ótima recriação de época e no estilo da narrativa, em que as sequências na casa da família lembram um teatro filmado da melhor qualidade. 

É curioso que a boa atuação do garoto Jerry Barone seja     seu único trabalho no cinema, tendo dividido a tela com o grande Al Pacino.

sábado, 25 de dezembro de 2021

O Céu Mandou Alguém

 


O Céu Mandou Alguém (3 Godfathers, EUA, 1948) – Nota 7,5
Direção – John Ford
Elenco – John Wayne, Pedro Armendariz, Harry Carey Jr., Ward Bond, Mae Marsh, Mildred Natwick, Guy Kibbe, Ben Johnson.

Após assaltarem um banco, três ladrões (John Wayne, Pedro Armendariz e Harry Carey Jr.) são perseguidos e fogem para o deserto. Com sede, fome e uma enorme distância da próxima cidade, o trio vê a morte de perto até encontrarem uma diligência que foi atacada com uma mulher quase sem vida e um bebê. A promessa de salvar a vida da criança se torna o combustível para o trio lutar pela sobrevivência no deserto. 

Este western diferente é um filme quase esquecido nas filmografias de John Wayne do diretor John Ford. A premissa do assalto ao banco e da fuga se tornam menores quando a trama se volta para o lado humano que vem à tona no trio de bandidos ao encontrarem a criança. O roteiro faz uma analogia com a história dos reis magos, explorando ainda os temas da redenção e da família. 

É um filme que mereceria ser mais conhecido.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

De Ilusão Também Se Vive ou Milagre na Rua 34

 


De Ilusão Também Se Vive ou Milagre na Rua 34 (Miracle on 34th Street, EUA, 1947) – Nota 8
Direção – George Seaton
Elenco – Edmund Gwenn, Maureen O’Hara, John Payne, Natalie Wood, Gene Lockhart, Porter Hall.

Pouco tempo antes do Natal, um velhinho (Edmund Gwenn) diz ser Papai Noel e consegue um emprego na famosa loja de departamentos Macy em Nova York. As atitudes altruístas do velhinho chamam a atenção de todos, mas também a inveja que leva um psicólogo a acusá-lo de ser maluco. Papai Noel é obrigado a se defender na justiça. 

Este simpático clássico de Natal explora temas universais como família, criação de filhos e honestidade. O protagonista vivido por Edmund Gwenn passa a mensagem de que acreditar em algo é escolha pessoal, não interessa se seja real ou apenas um sentimento, o que vale é a pessoa buscar o que deseja de forma honesta e verdadeira. 

Destaque para as atuações de Edmund Gwen, da estrela Maureen O’Hara e de Natalie Wood com apenas nove anos de idade, atriz que ficaria famosa anos sessenta e setenta até sua polêmica morte em 1981. 

Como informação, o longa foi refilmado em 1994 com o diretor Richard Attenborough vivendo Papai Noel.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

O Livro do Amor & Ana

 


O Livro do Amor (The Devil and the Deep Blue Sea ou The Book of Love, EUA, 2016) – Nota 7
Direção – Bill Purple
Elenco – Jason Sudeikis, Maisie Williams, Jessica Biel, Mary Steenburgen, Orlando Jones, Richard Robichaux, Paul Reiser, Jayson Warner Smith, Bryan Batt.

Henry (Jason Sudeikis) é um arquiteto que entra em crise após a morte da esposa que estava grávida (Jessica Biel). Totalmente perdido, ele descobre um novo objetivo ao conhecer a adolescente Millie (Maisie Williams), que coleta madeiras velhas para construir uma jangada. Henry decide ajudar Millie, mesmo não entendendo o porquê da garota desejar uma jangada. 

Este simpático longa explora a inusitada premissa para criar uma química entre a dupla de protagonistas que carregam traumas, ao mesmo tempo em que utiliza simbolismos para colocá-los de volta ao rumo de uma vida quase normal. A ideia seria “construa algo” para reconstruir sua vida. 

O título alternativo original que gerou a tradução nacional engana. Na verdade existe um diário de um personagem que escreve sobre a vida.

Ana (Ana, EUA / Porto Rico, 2020) – Nota 6
Direção – Charles McDougall
Elenco – Andy Garcia, Dafne Keen, Jeanne Tripplehorn, Luna Lauren Velez, Ramon Franco.

Em Porto Rico, Rafa (Andy Garcia) é o dono de uma loja de carros usados à beira da falência. Sua vida fica ainda mais complicada quando uma vizinha é presa e sua filha adolescente Ana (Dafne Keen) utiliza sua esperteza para conseguir ajuda e assim não ser levada pelo serviço social. É o início de uma inusitada amizade. 

O roteiro deste longa explora os clichês comuns de amizades entre adultos e crianças que o cinema tantas vezes levou às telas. A química entre Andy Garcia e a ótima Dafne Keen funciona, rendendo momentos engraçados e alguns dramáticos. 

O grande problema é que na meia-hora final é criada uma nova situação que se transforma em um golpe que resolve os problemas de forma fácil demais. No final, tudo fica com cara de uma sessão da tarde despretensiosa.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Quebrando Regras

 


Quebrando Regras (Never Back Down, EUA, 2008) – Nota 6,5
Direção – Jeff Wadlow
Elenco – Sean Faris, Amber Heard, Cam Gigandet, Evan Peters, Djimon Hounsou, Leslie Hope, Wyatt Smith.

Jake (Sean Faris) é um jovem problemático que não consegue administrar sua raiva quando alguém cita a morte de seu pai. Ao mudar com a mãe Margot (Leslie Hope) e o irmão mais novo Charlie (Wyatt Smith) para Orlando na Flórida, Jake descobre uma espécie de clube da luta clandestino em que o astro é o jovem de família rica Ryan (Cam Gigandet). O ódio entre os dois cresce quando a namorada de Ryan se envolve com Jake. 

Este longa pode ser considerado uma violenta versão de “Karatê Kid” ao estilo MMA. A luta entre o pobre e o rico, a jovem que troca de namorado, o torneio que termina de uma forma inusitada e até o treinador pacifista vivido por Djimon Hounsou são semelhantes ao clássico dos anos oitenta. 

O filme perde alguns pontos pelo inexpressivo Sean Faris como protagonista, mas ganha outros pela violência das brigas. É um filme que agrada quem curte o estilo e que ainda rendeu duas continuações protagonizadas por Michael Jai White.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Vale Tudo & Hooper, o Homem das Mil Façanhas

 


Vale Tudo (Slap Shot, EUA, 1977) – Nota 5,5
Direção – George Roy Hill
Elenco – Paul Newman, Michael Ontkean, Strother Martin, Jennifer Warren, Lindsay Crouse, Jerry Houser, Melinda Dillon, Andrew Duncan.

Reggie (Paul Newman) é um veterano jogador e também treinador de uma decadente equipe de hóquei no gelo que está à beira da falência. O medo de perder o emprego e também de ser o final de sua carreira faz Reggie tomar uma atitude drástica, utilizando três irmãos malucos para jogarem de forma pesada contra os adversários. A violência faz o time vencer vários jogos, abrindo caminho para Reggie manipular a imprensa em busca de um comprador para a equipe. 

O cinema dos anos setenta entregou um número enorme de grandes filmes que hoje são clássicos, mas também obras que envelheceram mal. Este “Vale Tudo” entra no segundo caso. O astro Paul Newman e o diretor George Roy Hill haviam feito pouco tempo antes os ótimos “Butch Cassidy” e “Golpe de Mestre”, tendo ainda Robert Redford como parceiro. 

Este longa que comento foi produzido aparentemente com a ideia de fisgar o público que transformou “Rollerball – Os Gladiadores do Futuro” em sucesso dois anos antes, utilizando aqui a comédia como diferencial, mas pouca coisa funciona. Paul Newman como o protagonista de caráter duvidoso é o destaque. As sequências de jogos são violentas, mas ao mesmo tempo tem os dois pés na comédia. 

É um filme que não me agradou.

Hooper, o Homem das Mil Façanhas (Hooper, EUA, 1978) – Nota 6,5
Direção – Hal Needham
Elenco – Burt Reynolds, Jan Michael Vincent, Sally Field, Brian Keith, John Marley, Robert Klein, Adam West, James Best.

Sonny Hooper (Burt Reynolds) é um famoso dublê que se sente pressionado quando o jovem Ski (Jan Michael Smith) começa a arriscar a vida em manobras extremamente perigosas. Mesmo a contragosto da namorada (Sally Field) e de seu mentor (Brian Keith), Hooper decide competir com o rapaz, também colocando sua vida em risco. 

Aproveitando o grande sucesso de “Agarra-me se Puderes” no ano anterior, o astro Burt Reynolds e o diretor Hal Needham, além da atriz Sally Field voltaram a se reunir nesta mistura de comédia, drama e aventura que fez um sucesso menor, mas mesmo assim resultou em um agradável longa para quem gosta do estilo. 

Se no filme anterior os pontos altos eram as perseguições de automóvel, aqui os destaques são as manobras arriscadas dos dublês. 

É um filme com a cara dos anos setenta.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Flesh and Blood: Um Crime na Vizinhança

 


Flesh and Blood: Um Crime na Vizinhança (Flesh and Blood, Inglaterra, 2020) – Nota 7
Direção – Louis Hooper
Elenco – Imelda Staunton, Francesca Annis, Russell Tovey, Claudie Blakley, Lydia Leonard, Stephen Rea, David Bamber, Keir Charles, Vincent Regan.

No início da minissérie, fica claro que ocorreu um crime envolvendo a família de Vivien (Francesca Annis). Enquanto um detetive (David Bamber) entrevista os filhos desta senhora e sua vizinha Mary (Imelda Stauton), vemos em flashbacks que tudo começou quando Vivien iniciou um romance com o médico Mark (Stephen Rea). Sendo viúva há menos de dois anos, seus filhos Jake (Russell Tovey), Helen (Claudie Blakley) e Natalie (Lydia Leonard) desaprovam o relacionamento, desconfiando das atitudes de Mark. 

O roteiro desta minissérie em quatro episódios tenta esconder quem foi a vítima e como ocorreu o possível crime, porém não é difícil para o espectador descobrir boa parte do mistério. Essa previsibilidade não atrapalha o resultado em virtude do ótimo desenvolvimento dos personagens. 

Os três filhos que tentam ajudar a mãe também enfrentam relacionamentos complicados, além das ótimas atuações de Stephen Rea como o médico com atitudes ambíguas e Imelda Staunton como a vizinha intrometida que acredita fazer parte da família. 

Este emaranhado de problemas pessoais é bastante interessante, levando até um final cheio de cinismo.

domingo, 19 de dezembro de 2021

The Long Road Home

 


The Long Road Home (The Long Road Home, EUA, 2017) – Nota 8
Direção – Mikael Salomon & Phil Abraham
Elenco – Michael Kelly, Jason Ritter, Jeremy Sisto, E.J. Bonilla, John Beavers, Noel Fisher, Darius Homayoun, Kate Bosworth, Sarah Wayne Callies, Jorge Diaz, Ian Quinlan, Patrick Schwarzenegger, Joey Luthman.

Em abril de 2004, um grupo de soldados que jamais esteve em combate é enviado para o Iraque para uma cumprir um ano de trabalho. No quarto dia no país, um comboio com quatro veículos é atraído para uma emboscada. Atacados por rebeldes e acuados em um sobrado, o grupo espera o resgaste, que precisará derrubar barreiras na cidade para chegar até o local. 

Baseada em uma história real descrita em livro, esta minissérie em oito episódios intercala sequências de ação durante o período em que o grupo se defendeu dos inimigos, com outras no Texas mostrando a vida das famílias dos soldados, além de uma terceira narrativa variando entre o antes e o depois da batalha, focando em um personagem de cada vez. 

A minissérie tem como pontos altos as ótimas sequências de ação, os momentos dramáticos e o desenvolvimento dos personagens em que é detalhado o lado humano com as virtudes, os defeitos e os medos de cada um deles. 

Destaque para as atuações de Jeremy Sisto com o sargento veterano e o pouco conhecido John Beavers vivendo o sargento durão que esconde uma vida de sofrimento. 

Para quem gosta de dramas de guerra, esta minissérie é uma ótima opção.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Uma Última Vez

 


Uma Última Vez (The Parting Glass, EUA, 2018) – Nota 6,5
Direção – Stephen Moyer
Elenco – Edward Asner, Denis O’Hare, Rhys Ifans, Melissa Leo, Cynthia Nixon, Anna Paquin, Paul Gross, Kevin Vidal.

Duas irmãs e um irmão (Melissa Leo, Cynthia Nixon e Denis O’Hare) que vivem em cidades diferentes reencontram o pai (Edward Asner) para uma dura viagem até o local onde a irmã mais nova faleceu (Anna Paquin). O ex-marido da jovem (Rhys Ifans) também viaja com a família. 

O roteiro escrito pelo ator Denis O’Hare explora uma história fictícia para fazer uma homenagem a sua falecida  irmã. Este roteiro segue o estilo habitual de reuniões familiares em que alegrias, tristezas, frustrações e pequenos conflitos vem à tona. 

O filme não tem grandes surpresas, tendo como destaque as sequências na estrada e o elenco que entrega boas atuações, entre eles o veteraníssimo Edward Asner, que tinha quase noventa anos na época das filmagens e que faleceu recentemente. 

O resultado é agradável, sensível e mediano.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Filmes com Temática Indígena

 


Homem Morto (Dead Man, EUA, 1995) – Nota 7,5
Direção – Jim Jarmusch
Elenco – Johnny Depp, Gary Farmer, Lance Henriksen, Michael Wincott, Crispin Glover, John Hurt, Gabriel Byrne, Robert Mitchum, Alfred Molina, Mili Avital, Iggy Pop, Billy Bob Thornton, Jared Harris.

Vivendo em Cleveland, William Blake (Johnny Depp) é um contador que decide mudar para outra cidade após receber um convite para trabalhar em uma metalúrgica, mas tudo dá errado. Ele termina acusado de assassinato e foge de um trio de caçadores de recompensa. Ao cruzar o caminho de Nobody (Gary Farmer), que é uma espécie de guia espiritual, William aos poucos tentar descobrir suas origens indígenas. 

Esta estranha mistura de road movie e jornada espiritual segue o inusitado estilo do diretor e roteirista Jim Jarmusch, com narrativa lenta, diálogos profundos e coadjuvantes incomuns.

Passeio da Vingança (Road to Paloma, EUA, 2014) – Nota 6
Direção – Jason Momoa
Elenco – Jason Momoa, Robert Homer Mollohan, Lisa Bonet, Chris Browning, Wes Studi, Timothy V. Murphy, Michael Raymond James, Sara Shahi.

Wolf (Jason Momoa) é um indígena procurado pela polícia por ter assassinado o sujeito que matou sua mãe e que estava em liberdade. Ao lado do amigo Cash (Robert Homer Mollohan), que é músico, ele viaja de moto levando as cinzas da mãe para jogar em um local isolado. No encalço da dupla segue um policial indígena (Chris Browning) e um agente do FBI (Timothy V. Murphy). 

Dirigido e protagonizado pelo ator Jason Momoa, este longa é um road movie que lembra bem de longe o clássico “Sem Destino”. São dois outsiders aproveitando a liberdade da viagem na estrada, como se fosse um mundo paralelo da vida cheia problemas que enfrentam. O desenvolvimento é um pouco irregular, com situações que parecem saídas de filmes dos anos setenta, principalmente as sequências abertas das motos na estrada. Tudo isso resulta em um razoável drama.

Justiça de um Bravo (The Jack Bull, EUA, 1999) – Nota 7
Direção – John Badham
Elenco – John Cusack, John Goodman, L.Q. Jones, Miranda Otto, John C. McGinley, John Savage, Jay O. Sanders, Kurt Fuller, Rodney A. Grant, Scott Wilson, Rex Linn, Brent Briscoe, Ned Bellamy, Glenn Morshower, Duncan Fraser, Ken Pogue.

Myrl Redding (John Cusack) é um negociante de cavalos que sofre quando dois de seus animais, além de seu empregado Billy (Rodney A. Grant) são atacados por homens de um fazendeiro rival (L.Q. Jones). Ao ver seu pedido de justiça negado em corte por um juiz, Myrl decide buscar justiça com as próprias mãos. 

A trama desta interessante produção para tv sobre a busca de vingança por um simples fazendeiro é inspirada no livro “Michael Kohlhass”, que já foi levado às telas algumas vezes, entre eles um longa de 2013 com Mads Mikkelsen.

Sinais de Fumaça (Smoke Signals, EUA, 1998) – Nota 7
Direção – Chris Eyre
Elenco – Adam Beach, Evan Adams, Irene Bedard, Gary Farmer, Tantoo Cardinal, Tom Skerritt, Cody Lightining. 

Quando criança, Thomas (Evan Adams) foi salvo de um incêndio por Arnold (Gary Farmer), que algum tempo depois abandonou sua família que continuou vivendo em uma reserva indígena. Anos depois, Victor (Adam Beach) é o filho adulto de Arnold que odeia o pai por causa do abandono. Quando ele recebe a notícia que o pai faleceu, Thomas o convence a viajar para buscar os restos mortais e trazer de volta para reserva. 

Este sensível road movie explora uma história de frustração e ressentimento, mas também detalha a diferente visão de vida da dupla de protagonistas.

O Bravo (The Brave, EUA, 1997) – Nota 6
Direção – Johnny Depp
Elenco – Johnny Depp, Marlon Brando, Elpidia Carrillo, Marshall Bell, Luís Guzman, Clarence Williams III, Floyd Red Crow Westerman, Frederic Forrest, Max Perlich, Pepe Serna, Cody Lightining, Iggy Popo.

Raphael (Johnny Depp) é um indígena que ao sair da prisão não consegue se recolocar na vida e nem mesmo sustentar sua família. Ele decide aceitar a sinistra proposta de protagonizar um snuff movie, para com isso deixar dinheiro para sua família sobreviver. 

Este filme lento e extremamente depressivo marcou a estreia na direção do ator Johnny Depp. O destaque fica para a participação de Marlon Brando em um dos seus últimos trabalhos.

Uma Estrada sem Limites (Powwow Highway, Inglaterra, 1988) – Nota 7
Direção – Jonathan Wacks
Elenco – A. Martinez, Gary Farmer, Amanda Wyss, Joanelle Nadine Romero, Graham Greene, Wes Studi, Rodney A. Grant.

Ema uma reserva indígena, Buddy Red Bow (A Martinez) é um ativista que luta para manter as terras nas mãos de seus pares. Philbert (Gary Farmer) é um sujeito quase ingênuo que busca manter as tradições de seus antepassados. Quando a irmã de Buddy é presa em Santa Fé, os dois amigos iniciam uma viagem para ajudá-la. 

Este drama explora o dilema entre as questões culturais indígenas e a o avanço da sociedade sobre estes costumes. As diferenças de visão de mundo entre os protagonistas é outro ponto importante.

Fúria Audaciosa ou O Último Guerreiro (Flap, EUA 1970) – Nota 5
Direção – Carol Reed
Elenco – Anthony Quinn, Claude Akins, Tony Bill, Victor Jory.

Flap (Anthiny Quinn) é um indígena alcoólatra que como protesto contra a construção de um estrada de ferro na reserva onde nasceu, decide sequestrar um trem. Esta estranha mistura de drama e comédia que envelheceu mal foi o penúltimo trabalho do diretor inglês Carol Reed, responsável pelo clássico “O Terceiro Homem” e o interessante “Trapézio”.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Deixe-o Partir

 


Deixe-o Partir (Let Him Go, EUA / Canadá, 2020) – Nota 7
Direção – Thomas Bezucha
Elenco – Kevin Costner, Diane Lane, Jeffrey Donovan, Kayli Carter, Will Britain, Lesley Manville, Booboo Stewart.

Montana, anos sessenta. O casal George (Kevin Costner) e Margaret (Diane Lane) sofre com a morte súbita do filho, que deixa sua jovem esposa Lorna (Kayli Carter) e o filho pequeno. Três anos depois, Lorna se casa com Donnie (Will Brittain). 

Logo, Margaret percebe que existe algo de errado com Donnie, que para piorar a situação sai da cidade com Lorna, sem avisar os avós. Obcecada em encontrar o neto, Margaret convence George a iniciar uma busca. 

Este curioso longa começa como uma drama familiar que leva a crer que terminaria em disputa de tribunal ou algo semelhante. Tudo muda na segunda parte quando entram em cena outros personagens e a tensão se torna insustentável. É um filme com algumas sequências que incomodam por causa da angústia e outras pelo ódio. 

Considero o longa uma boa surpresa, que entrega mais do que o esperado.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Jungle Cruise

 


Jungle Cruise (Jungle Cruise, EUA, 2021) – Nota 6,5
Direção – Jaume Collet Serra
Elenco – Dwayne Johnson, Emily Blunt, Jack Whitehall, Edgar Ramirez, Jesse Plemons, Paul Giamatti, Dani Rovira, Quim Gutierrez, Andy Nyman, Veronica Falcon.

Londres, 1916. A dra. Lily Houghton (Emily Blunt) rouba um mapa e um objeto que indicariam o local exato na floresta amazônica onde se encontraria uma flor que seria a cura para todas as doenças. 

Lily viaja para o Brasil com o irmão MacGregor (Jack Whitehall) e contrata o esperto Frank Wolff (Dwayne Johnson) para levá-los de barco até o local. É o início de uma viagem repleta de aventuras. 

Esta produção da Disney mistura ideias de filmes diversos como a franquias “Indiana Jones”, “A Múmia” com Brendan Fraser e “Piratas do Caribe”, além do tema principal da flor ser inspirado no esquecido “O Curandeiro da Selva” com Sean Connery. 

O filme funciona como diversão descompromissada, com algumas sequências exageradas, outras divertidas, piadinhas bobas e efeitos especiais de qualidade.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

A Primeira Noite de Crime & Uma Noite de Crime: A Fronteira

 


A Primeira Noite de Crime (The First Purge, EUA / França, 2018) – Nota 5
Direção – Gerard McMurray
Elenco – Y’lan Noel, Lex Scott Davis, Joivan Wade, Steve Harris, Marisa Tomei, Mugga, Patch Darragh, Luna Lauren Velez, Rotimi Paul, Mo McRae.

Este quarto longa da franquia é um prequel que detalha como foi o a “Primeira Noite do Expurgo”. Diretor dos três filmes anteriores, James DeMonaco aqui assina apenas o roteiro que faz uma crítica social rasa e enviesada. Colocar o governo com vilão é extremamente comum em filmes de conspiração, porém um dos problemas neste longa é transformar traficantes em heróis para defender o povo. 

O elenco ruim é outra bola fora, inclusive com a presença de Marisa Tomei perdida em meio a trama interpretando a socióloga que criou a ideia da “Noite do Expurgo”. 

As sequências de violência são até bem filmadas, mas acaba sendo pouco para uma franquia que se não era ótima, pelo menos mantinha uma qualidade bem superior a este filme.

Uma Noite de Crime: A Fronteira (The Forever Purge, EUA / México, 2021) – Nota 5,5
Direção – Everardo Gout
Elenco – Ana de la Reguera, Tenoch Huerta, Josh Lucas, Leven Rampin, Cassidy Freeman, Alejandro Edda, Will Patton, Will Britain, Sammi Rotibi.

Após novas eleições, o partido que instituiu a lei da “Noite do Expurgo” recria o feriado. Neste contexto, um casal de imigrantes mexicanos (Ana de la Reguera e Tenoch Huerta) trabalha na fazenda da família Tucker e se prepara para passar a noite com um grupo de compatriotas. O que seria uma noite de violência “controlada”, se torna um caos generalizado quando grupos decidem continuar o expurgo sem data para terminar. 

Assim como no filme anterior, o diretor do original James DeMonaco apenas assina o roteiro e novamente insere uma crítica social progressista tentando demonizar os EUA e colocar o México como salvação.. 

Deixando de lado este ponto, as sequências de ação e violência são competentes e melhores do que o filme anterior, mesmo com alguns exageros. Vamos ver qual caminho a franquia tomará no próximo capítulo ou se encerrará por aqui.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

All My Loving

 


All My Loving (Geschwister, Alemanha, 2019) – Nota 7
Direção – Edward Berger
Elenco – Lars Eidinger, Nele Mueller Stofen, Hans Low, Christine Schorn, Manfred Zapatka, Mathilde Berger.

No mesmo período, os irmãos Stefan (Lars Eidinger), Julia (Nele Mueller Stofen) e Tobias (Hans Low) enfrentam problemas que os levarão a mudanças na vida pessoal. 

Stefan é um piloto de avião divorciado sofrendo com uma forte labirintite que o impede de trabalhar. Julia viaja com o marido para Turim em busca de uma paz que parece estar longe de encontrar. Tobias tem esposa e filhos, mas não consegue se firmar na carreira profissional e precisa ainda voltar por alguns dias para a casa dos pais que necessitam de sua ajuda. 

Este sensível drama familiar explora o lado complexo da vida adulta quando esta chega em um ponto em que sonhos e ambições batem de frente com a dura realidade. Os problemas enfrentados pelos protagonistas são variados, mas tendo em comum a questão do inesperado. São as surpresas nem sempre agradáveis que a vida nos apresenta. 

Mesmo longe de entregar um clássico final feliz, a mensagem passada é que a vida é dinâmica e os obstáculos podem ser ultrapassados.

domingo, 12 de dezembro de 2021

American Rust

 


American Rust (American Rust, EUA, 2021)
Criador – Dan Futterman
Elenco – Jeff Daniels, Maura Tierney, Alex Neustaedter, Julia Mayorga, David Alvarez, Bill Camp, Mark Pellegrino, Rob Yang, Emily Davis, Dallas Roberts, Jim True Frost, Gordon Clapp.

Na pequena cidade de Buel na Pensylvânia, o veterano xerife Del Harris (Jeff Daniels) precisa investigar o assassinato de um ex-policial em que um dos envolvidos é o filho (Alex Neustaedter) da mulher (Maura Tierney) que ele está apaixonado. 

Esta série com nove episódios na primeira temporada começa mostrando semelhanças com a recente “Mare of Easttown”, tanto no protagonista policial complicado, quanto na trama que parece envolver vários coadjuvantes e nas locações da pequena cidade. 

Infelizmente tudo isso vai ser perdendo em meio a uma narrativa lenta e várias pequenas tramas inseridas no contexto como uma forma de explorar a temática progressista. Tem situações com moradores de rua, imigrantes, disputa entre funcionárias e patrão, tudo de forma rasa, deixando a questão principal do assassinato e o tema paralelo do tráfico de drogas perdidos em meio a tantas distrações. 

Para piorar, o final é totalmente inconclusivo, deixando praticamente tudo em aberto para uma segunda temporada. Mesmo se sair do papel, eu desisto por aqui.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Pig

 


Pig (Pig, Inglaterra / EUA, 2021) – Nota 7
Direção – Michael Sarnoski
Elenco – Nicolas Cage, Alex Wolff, Adam Arkin, Cassandra Violet, Julia Bray.

Rob (Nicolas Cage) é um estranho solitário que vive em uma cabana na floresta do Oregon. Quando sua porca que o ajuda a encontrar valiosas trufas selvagens é sequestrada por estranhos, ele inicia uma busca pelo animal que o levará até Portland, local em que Rob reencontrará também seu passado. 

Nos últimos dez anos Nicolas Cage tem escolhido papéis normalmente em filmes de diretores estreantes ou desconhecidos, quase sempre com histórias incomuns que resultam em obras ruins em sua maioria. 

No meio destes trabalhos alguns longas estranhos e interessantes se destacam, como o drama “Joe”, o policial “A Sacada” e o violento “Willy’s Wonderland”. Este “Pig” pode ser inserido nesta lista. 

A saga de seu personagem na busca da porquinha é pontuada por uma sinistra narrativa repleta de simbolismos e reflexões sobre a vida. São diálogos bizarros que fazem o espectador pensar. 

É curioso que a premissa leva a crer que seria um violento filme sobre vingança, quando na realidade a história se revela um doloroso drama. 

Vale a sessão para quem gosta de obras incomuns.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Bronx

 


Bronx (Bronx, França, 2020) – Nota 7,5
Direção – Olivier Marchal
Elenco – Lannick Gautry, Stanlistas Merhar, Kaaris, David Belle, Jean Reno, Patrick Catalifo, Moussa Maaskri, Gerard Lanvin, Catherine Marchal, Francis Renaud, Claudia Cardinale.

Marselha, França. O esquadrão especial de polícia liderado por Richard (Lannick Gautry) investiga uma violenta disputa entre gangues rivais de tráfico de drogas, além de enfrentar seus próprios conflitos com outro grupo de policiais. 

A situação é ainda mais complicada quando um novo comissário de polícia é empossado (Jean Reno), além da suspeita de existir policiais corruptos que trabalham para as gangues. 

O diretor, roteirista e ator Olivier Marchal é especialista em filmes policiais que seguem o estilo Hollywoodiano, recheados com cenas de ação e violência intercaladas com dramas pessoais dos protagonistas. 

O roteiro aqui explora diversos personagens em meio a uma rede de corrupção, violência e traições, levando a um final até certo ponto surpreendente. 

Não espere grandes atuações, a proposta é entregar um filme ágil para agradar aos fãs do gênero.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Informer & Segurança em Jogo

 


Informer (Informer, Inglaterra, 2018) – Nota 7,5
Direção – Johny Campbell
Elenco – Paddy Considine, Nabhaan Rizwan, Bel Powley, Jessica Raine, Paul Tylak, Arinzé Kene, Arsher Ali, Sunetra Sarker, Sharon D. Clarke, Reiss Jeram.

Uma série de situações leva o jovem filho de paquistaneses Raza Shar (Nabhaan Rizwan) a passar uma noite na cadeia por conta de comprimidos de ecstasy. O que seria um delito menor se transforma em um inferno em sua vida quando a dupla de policiais Gabe (Paddy Considine) e Holly (Bel Powley) o vê como um potencial informante. Coagido, Raza é obrigado a se infiltrar nos negócios de bandidos da região onde vive em busca de um possível terrorista que planeja um ataque. 

Esta minissérie em oito episódios explora vários clichês do gênero policial de uma forma bastante interessante. A dupla de policiais carrega traumas e enfrenta problemas na vida pessoal, enquanto o protagonista é o cara errado na hora errada que precisa usar sua inteligência para sobreviver em meio ao caos em que foi jogado. 

Ao mesmo tempo em que o roteiro explora este submundo policial e o tema atual do terrorismo urbano, por outro lado falta aquele algo a mais, principalmente um clímax no episódio final. No início de todos os episódios é mostrada uma pequena parte do que ocorreu no final, como se fosse um quebra-cabeças. 

É uma minissérie muito bem produzida, com bons personagens e trama complexa.

Segurança em Jogo (The Bodyguard, Inglaterra, 2018) – Nota 7,5
Direção – John Strickland & Thomas Vincent
Elenco – Richard Madden, Keeley Hawes, Gina McKee, Ash Tandon, Nina Toussaint White, Sophie Rundle, Vincent Franklin, Pippa Haywood, Stuart Bowman, Paul Ready.

David (Richard Madden) é um policial que após evitar um ataque terrorista em um trem, ganha uma promoção para ser guarda-costas de uma Ministra (Keeley Hawes). David é um veterano do exército que esconde os traumas que carrega, situação que destruiu seu casamento. Um novo atentado contra a Ministra dá início a uma investigação envolvendo terroristas, disputas políticas e criminosos comuns. 

Esta minissérie em seis episódios explora uma complexa trama de conspiração e traições em que cada personagem tem um objetivo e que o protagonista sabe que pode estar sendo manipulado. Este emaranhado de situações e personagens é bem desenvolvido, apesar de alguns pequenos furos na trama. As cenas de violência e suspense são competentes, levando até um episódio final extremamente tenso.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Um Lugar Silencioso: Parte II

 


Um Lugar Silencioso: Parte II (A Quiet Place Part II, EUA, 2021) – Nota 7
Direção – John Krasinski
Elenco – Emily Blunt, Cillian Murphy, Millicent Simmonds, Noah Jupe, John Krasinski, Djimon Hounsou, Scoot McNairy.

Após os acontecimentos do filme anterior, a família Abbott tenta superar os traumas e sobreviver no caótico mundo dominado por criaturas assassinas. Buscando um lugar seguro, eles cruzam o caminho de um antigo conhecido (Cillian Murphy) que perdeu a família. 

Esta sequência tem um prólogo extremamente interessante detalhando o dia em que começou o inferno na Terra, na minha opinião sendo uma ideia bem legal para um prequel que poderia ser desenvolvido. 

Quando a trama pula para os dias atuais, mesmo com boas sequências suspense e violência, o filme fica muito parecido com o primeiro, perdendo a originalidade mas mantendo a qualidade. 

O final deixa claro que este longa é apenas uma passagem para um terceiro capítulo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Duna

 


Duna (Dune: Part One, EUA / Canadá, 2021) – Nota 6,5
Direção – Denis Villeneuve
Elenco – Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Zendaya, Oscar Isaac, Jason Momoa, Stellan Skarsgaard, Josh Brolin, Stephen McKinley Henderson, Javier Bardem, Sharon Duncan Brewster, Chang Chen, David Bautista, Charlotte Rampling.

Em um planeta desértico, Paul Atreides (Timothée Chalamet) é o filho do Duque (Oscar Isaac) que lidera a população e o exército local. O que Paul ainda não sabe é que ele pode ser o escolhido para cumprir uma profecia liderando seu povo em meio a uma batalha. 

Por mais que eu goste dos trabalhos do canadense Denis Villeneuve e este longa apresente uma parte técnica sensacional, fica difícil para quem não é fã do livro ter paciência com a narrativa lenta e as interpretações teatrais. 

Reconheço que esta versão tem um desenvolvimento da história mais bem trabalhado do que longa de David Lynch de 1984, principalmente por focar em apenas parte da trama, deixando a finalização para um segundo longa a ser lançado em 2023. 

O filme de Lynch foi cortado na montagem final pelo produtor Dino de Laurentiis. O diretor tinha pensando em um longa de três horas, enquanto Laurentiis preferiu lançar filme com uma versão truncada de duas horas e quinze minutos. 

Sobre o “Duna” atual, entendo que os fãs irão gostar, mas vendo como um cinéfilo sem esta paixão pela história, o resultado é uma sessão cansativa.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Vicious Fun & The Last Matinee

 


Vicious Fun (Vicious Fun, EUA, 2020) – Nota 6,5
Direção – Cody Calahan
Elenco – Evan Marsh, Amber Goldfarb, Ari Millen, Julian Richings, Robert Maillet, Sean Baek, David Koechner, Alexa Rose Steele.

Minnesota, 1983. Joel (Evan Marsh) é um jovem editor de uma pequena revista sobre cinema de terror. Após uma entrevista frustrada e o desprezo de sua colega de quarto, Joel vai até um bar, fica bêbado e desmaia. Ao acordar, percebe que o local está fechado e que está ocorrendo uma sinistra terapia de grupo entre serial killers. 

O roteiro escrito pelo diretor Cody Callahan é uma homenagem aos filmes de terror dos anos oitenta ao criar sequências extremamente violentas e mortes criativas. O protagonista é um nerd que a princípio utiliza seu conhecimento pop para enganar os assassinos, até que em um segundo momento explora a violência. Destaque também para a trilha sonora que lembra os filmes de John Carpenter e os personagens bizarros. 

É um filme indicado para quem gosta de terror dos anos oitenta.

The Last Matinee (Al Morir la Matinée, Uruguai, 2020) – Nota 6
Direção – Maximiliano Contenti
Elenco – Ricardo Islas, Luciana Grasso, Franco Duran, Julieta Spinelli, Bruno Salvatti, Vladimir Knazevs.

Montevidéu, Uruguai, 1993. Uma sessão de um filme de terror B em um decadente cinema de bairro se torna uma caçada sanguinária para um serial killer. Os poucos espectadores, a projecionista e o lanterninha do cinema são os alvos do assassino. 

O roteiro escrito pelo diretor Maximiliano Contenti explora as ideias clássicas dos filmes B de terror e dos chamados gore, tendo como inspiração principal o longa italiano “Demons – Filhos das Trevas” de Lamberto Bava. 

Enquanto na tela do cinema roda um filme de terror vagabundo baseado em Frankenstein, o longa que vemos replica os assassinatos de forma ainda mais violenta, explícita e doentia. O diretor também consegue aumentar o clima sinistro com uma estranha trilha sonora e explorando com competência os espaços do antigo cinema. 

Os fãs do gênero vão gostar e até não se importar com uma certa irregularidade no ritmo da narrativa.

domingo, 5 de dezembro de 2021

Sem Remorso

 


Sem Remorso (Tom Clancy's Without Remorse, EUA, 2021) – Nota 6
Direção – Stefano Sollima
Elenco – Michael B. Jordan, Jamie Bell, Jodie Turner Smith, Guy Pearce, Lauren London, Jacob Scipio, Todd Lasance, Jack Kesy, Cam Gigandet, Brett Gelman, Colman Domingo.

Uma ação em conjunto da CIA com soldados de elite na Síria esconde uma conspiração. Na volta para casa, alguns soldados que participaram da missão são assassinados, enquanto John Kelly (Michael B. Jordan) sobrevive mas perde sua esposa que estava grávida. Ao se recuperar, John fica obcecado em localizar os assassinos para se vingar. 

Baseado em um livro do famoso escritor Tom Clancy, este longa peca pela previsibilidade da trama e o mal desenvolvimento dos personagens. Não é difícil descobrir o vilão, mesmo com o roteiro tentando criar uma dúvida no espectador desde a sequência inicial. 

O melhor são as sequências de ação, mesmo longe de serem espetaculares. A história ainda deixa um gancho enorme para uma sequência ou franquia. 

Este pode ser considerado o trabalho mais fraco do diretor italiano Stefano Sollima, responsável pelos ótimos “Suburra” e “Sicário: Dia do Soldado”, além da sensacional minissérie “ZeroZeroZero”.

sábado, 4 de dezembro de 2021

Iris

 


Iris (Iris, França / Bélgica, 2016) – Nota 6,5
Direção – Jalil Lespert
Elenco – Romain Duris, Charlotte Le Bon, Jalil Lespert, Camille Cottin, Adel Bencherif, Helene Barbry.

O banqueiro Antoine Doirot (Jalil Lespert) fica a princípio preocupado ao perceber que sua esposa Iris (Charlotte Le Bon) foi embora do restaurante em que estavam jantando sem o avisar. Pouco tempo depois seu sentimento se transforma em medo ao receber um telefonema de um sujeito (Romain Duris) pedindo resgate. É o início de uma complexa trama recheada de mentiras e traições. 

Escrito e dirigido pelo ator Jalil Lespert, este longa começa de forma intrigante, seguindo bem até a metade quando ocorre a primeira reviravolta no roteiro. Depois disso, com as cartas na mesa, a trama perde um pouco o impacto ao detalhar as motivações incomuns dos personagens seguindo para um drama até certo ponto estranho. O resultado é apenas mediano.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

The Space Between the Lines

 


The Space Between the Lines (Gut Gegen Nordwind, Alemanha, 2019) – Nota 7,5
Direção – Vanessa Jopp
Elenco – Nora Tschirner, Alexander Fehling, Ulrich Thomsen, Ella Rumpf, Claudia Eisinger.

O professor de linguística Leo (Alexander Fehling) recebe por engano um email de uma mulher chamada Emma (Nora Tschirner) pedindo o cancelamento de um assinatura de revista. O mal entendimento dá início a uma relação virtual através de uma interminável troca de emails que mexe com a vida dos dois desconhecidos. 

Este sensível drama romântico alemão explora ideias que lembram filmes como “Sintonia de Amor” e “Nunca Te Vi, Sempre Te Amei”, em que uma relação a distância se torna tão forte como uma paixão física. 

O roteiro escrito pela diretora Vanessa Jopp detalha em paralelo as vidas individuais dos protagonistas, criando ainda uma pequena surpresa após os quarenta minutos iniciais que deixa a história ainda mais complicada. 

Destaque para as atuações de Nora Tschirner e Alexander Fehling, este último protagonista de outros bons filmes alemães como “À Espera de Turistas” e “Labirinto de Mentiras”.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

A História Pessoal de David Copperfield

 


A História Pessoal de David Copperfield (The Personal History of David Copperfield, Inglaterra / EUA, 2019) – Nota 7
Direção – Armando Iannucci
Elenco – Dev Patel, Hugh Laurie, Tilda Swinton, Aneurin Barnard, Peter Capaldi, Ben Whishaw, Rosalind Eleazar, Nikki Amuka Bird, Paul Whitehouse, Benedict Wong, Fisayo Akinade, Morfydd Clark, Daisy May Cooper.

O escritor David Copperfield (Dev Patel) conta para uma plateia sua história de vida, desde quando foi enviado para o internato por seu padrasto, passando por diversas situações e cruzando o caminho de várias pessoas até chegar naquele momento. 

O roteiro escrito pelo diretor escocês Armando Iannucci foi adaptado de um famoso livro de Charles Dickens que se passa na década de 1840 na Inglaterra. Iannucci escolheu detalhar a saga do protagonista através de uma narrativa que mistura drama e comédia destacando o figurino, a reconstituição de época e personagens peculiares que juntos lembram as obras de Tim Burton. 

Os momentos mais tristes são intercalados com situações engraçadas que beiram o absurdo e com as fantasias criadas pelo protagonista. Tudo isso funciona graças as marcantes interpretações de Hugh Laurie, Tilda Switon e Peter Capaldi, este último como um trambiqueiro que criou o protagonista na adolescência. 

O roteiro foca também na divisão de classes, na ambição e no romance, resultando em uma obra interessante e curiosa, indicada para quem gosta de longas que fogem do lugar comum.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

The Loch & Born to Kill

 


The Loch (The Loch, Inglaterra, 2017) – Nota 7
Direção – Brian Kelly & Cilla Ware
Elenco – Laura Fraser, Siobhan Finneran, Don Gilet, Shona McHugh, John Sessions, Alastari Mackenzie, Gray O’Brien, John Heffernan, Simone Lahbib, William Ash.

Na pequena cidade de Lochnafoy na Escócia, local em que fica o Lago Ness onde supostamente existe um monstro marinho, o assassinato de um professor de piano e em seguida o aparecimento de um coração humano na praia dão início a uma investigação policial que leva a crer que exista um serial killer na região. 

Este minissérie inglesa em quatro capítulos explora o estilo de investigação em que vários personagens são suspeitos, além de esconderem segredos pessoais. São pequenas subtramas para confundir o espectador, levando até o episódio final em que as verdades vem à tona. 

Como normalmente acontece neste tipo de série em que muitas respostas precisam ser dadas, alguns furos no roteiro aparecem, assim também como exageros. O ponto de destaque é a investigação, que prende a atenção de quem curte o gênero.

Born to Kill (Born to Kill, Inglaterra, 2017) – Nota 7
Direção – Bruce Goodison
Elenco – Romola Garai, Jack Rowan, Daniel Mays, Lara Peake, Richard Coyle, Earl Cave, Simon Bubb.

Sam (Jack Rowan) é um jovem de dezesseis anos que vive com a mãe Jenny (Romola Garai) que é enfermeira. Sam tem pensamentos estranhos sobre violência e atitudes que escondem sua falta de empatia pelas pessoas. Ele venera o pai acreditando que esteja morto, quando na verdade o sujeito está na cadeia. Aos poucos a obsessão de Sam pelo pai aumenta e seu lado violento vem à tona. 

Esta minissérie em quatro episódios tem algumas semelhanças com a recente série “Bates Motel” ao colocar como protagonista um psicopata adolescente em desenvolvimento. O roteiro explora bastante também a difícil relação com a sofredora mãe e com a nova namorada (Lara Peake), que se vê totalmente influenciada pelo jovem. Destaque para a atuação de Jack Rowan, que demonstra um sorriso assustador cada vez que mente.