quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Os 7 de Chicago

 


Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7, EUA / Inglaterra / Índia, 2020) – Nota 6,5
Direção – Aaron Sorkin
Elenco – Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Jeremy Strong, Mark Rylance, Frank Langella, Alex Sharp, John Carroll Lynch, Yahya Abdul Matten II, Joseph Gordon Levitt, Ben Shenkman, J.C. MacKenzie, Michael Keaton, John Doman, Danny Flaherty, Noah Robbins, Kelvin Harrison Jr,. Caitlin Fitzgerald, Alice Kremelberg.

Chicago, 1968. Durante a convenção do Partido Democrata para escolha do candidato que disputaria as eleições para presidente contra Richard Nixon, diversos grupos de esquerda protestam contra a Guerra do Vietnã, resultando num sangrento confronto com policiais. Alguns meses depois, com Nixon eleito e empossado, oito líderes destes grupos são levados a julgamento. 

O diretor e roteirista Aaron Sorkin se baseou na história real do julgamento para criar um longa no estilo que a Academia do Oscar adora premiar, mas que ao mesmo tempo se mostra uma obra panfletária em prol da esquerda. 

Analisando os fatos reais, fica claro que os dois lados erraram defendendo interesses próprios. A administração de Nixon foi terrível, dando uma ênfase maior a Guerra do Vietnã que matou milhares de pessoas e terminando com o escândalo de Watergate. 

Por outro lado, os grupos de esquerda na verdade tinham agendas próprias, alguns buscavam espaço na política como Tom Hayden (Eddie Redmayne), outros como os hippies liderados por Abbie Hoffman (Sacha Baron Cohen) e Jerry Rubin (Jeremy Strong) clamavam pela anarquia, confrontos e adoravam os holofotes. 

Na visão de Sorkin, estes ativistas são tratados quase como heróis, assim como o advogado liberal vivido por Mark Rylance, enquanto os personagens do lado do governo e da justiça são insossos como o procurador de Joseph Gordon Levitt ou ridicularizados como o juiz que é interpretado pelo ótimo Frank Langella. 

Pensando apenas como cinema, o filme prende a atenção de quem gosta de dramas de tribunal. Quanto a história de forma mais ampla, vemos aqui apenas a versão de Sorkin alinhada com o pensamento revolucionário da esquerda.


2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Já comecei a ver.
Mas parei.
A Netflix oferece tanta coisa, todos os dias, que me enrolo todo.

Vi um filme muito interessante "Mentira incondicional" com Peter Sarsgaard.
Se puder veja.
Final surpreendente.
Bjs,

Hugo disse...

Liliane - Não conheço este filme, vou procurar.

Bjs