terça-feira, 24 de março de 2020

Carbono

Carbono (Carbone, França / Bélgica, 2017) – Nota 7
Direção – Olivier Marchal
Elenco – Benoit Magimel, Laura Smet, Gerard Depardieu, Michael Youn, Gringe, Idir Chender, Dani, Moussa Maaskri.

Antoine Roca (Benoit Magimel) é um empresário que está à beira da falência e que enfrenta uma crise no casamento por conta das atitudes do arrogante sogro, o milionário Aron Goldstein (Gerard Depardieu). 

Em uma conversa informal com seu advogado (Michael Youn), surge a ideia de vender licenças de carbono para empresas que precisam pagar uma espécie de taxa para produzir materiais que poluem o meio ambiente. 

Percebendo que o negócio virtual da venda de licenças é fácil de ser manipulado, Antoine e seu advogado se unem a dois irmãos trambiqueiros (Gringe e Idir Chender), criando várioas empresas de fachada para lucrar. O negócio acaba envolvendo um perigoso grupo de bandidos árabes. 

O roteiro explora o fato real do golpe da venda de licenças de carbono que ocorreu na França há alguns anos para criar uma trama com personagens fictícios envolvendo o submundo do crime em Paris. 

É interessante notar que o esquema de passar o dinheiro por várias empresas para dificultar o rastreio das autoridades é habitual nos grandes esquemas de golpes milionários. 

Esta ótima premissa se desenvolve bem até pouco mais da metade, para no final o roteiro passar a impressão de que acelerou as situações para não alongar a duração. 

O filme passa longe de ser ruim por causa disso, mas fica claro que uma trama como esta, com os muitos detalhes e vários coadjuvantes interessantes, com certeza renderia uma obra melhor nas mãos de um diretor mais talentoso.

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