Mediterrâneo (Mediterraneo, Itália, 1991) – Nota 8
Direção – Gabriele Salvatores
Elenco – Diego Abatantuono, Claudio Bigagli, Giuseppe
Cederna, Claudio Bisio, Vanna Barba.
Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo de soldados italianos
é enviando para uma isolada ilha grega no Mar Egeu com o objetivo de defender o
local dos inimigos. O tenente Montini (Claudio Bigagli), que também narra a
história, logo comenta que a importância da localização da ilha na guerra é
igual a zero.
Assim que desembarcam na ilha, eles não encontram pessoa alguma,
como se o local fosse deserto. Logo, um acidente causado por um atrapalhado
soldado destrói o rádio, o único meio de comunicação com o resto do mundo. Para
piorar, o navio que estava atracado a poucos metros da praia é atacado por
inimigos e afunda, deixando o grupo de soldados isolados na ilha.
O fato faz
com que os gregos moradores do local resolvam aparecer para conversar. Eles
abandonaram suas casas e estavam escondidos nas montanhas, até perceberem que os
soldados são jovens inofensivos. A interação entre soldados e moradores faz
todos esquecerem a guerra. O tenente aos poucos deixa seus deveres de lado para
ajudar na pintura da igreja da vila, passando o comando para Nicola Lorusso
(Diego Abatantuomo), enquanto o soldado Farina (Giuseppe Cederna) se apaixona por uma prostituta (a bela Vanna Barba).
Esta simpática comédia que venceu
o Oscar de Filme Estrangeiro tem como ponto principal fazer uma crítica à
guerra como extremo bom humor e simplicidade. Os soldados retratados aqui são
jovens que foram jogados para dentro da guerra e que o destino quis que
tivessem uma chance de viver algo diferente longe das batalhas. Esta
convivência com as pessoas humildes da ilha desperta o verdadeiro caráter de
cada um, com a guerra se tornando algo distante.
O roteiro também cria um final
onde cada personagem pode decidir seu destino, seguir a vida naquele paraíso
simples, ou voltar para a Itália e ajudar na reconstrução do país após a
guerra.
Como informação, o diretor Gabrielle Salvatores e o ator Diego
Abatantuono trabalharam juntos em seis filmes, inclusive no trabalho mais
comercial do diretor, a ficção “Nirvana” protagonizada por Christopher Lambert.
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