Clube da Lua (Luna de Avellaneda, Argentina / Espanha,
2004) – Nota 7,5
Direção
– Juan José Campanella
Elenco – Ricardo
Darin, Eduardo Blanco, Mercedes Moran, Valeria Bertuccelli, Silvia Kutika, José
Luís Lopez Vazquez, Daniel Fanego.
Fundado nos anos cinqüenta, o Clube Luna de
Avellaneda teve seus dias de glória com grandes festas e bailes, porém quarenta anos
depois vive uma enorme crise, assim como a economia da Argentina. Com poucos sócios
ainda pagando mensalidades, Roman (Ricardo Darin) e Amadeo (Eduardo Blanco) lutam
para manter o local funcionando e assim dar um pouco de divertimentio para
muitas pessoas do bairro, principalmente idosos e crianças. A crise financeira
do clube é semelhante aos problemas pessoais da dupla, que sofrem com casamentos falidos e o desemprego.
Quando um velho conhecido da dupla, hoje
empresário, surge com a proposta de transformar o clube em um cassino e dar
emprego no local as pessoas do bairro, a complicada situação se transforma num
dilema de consciência. Aceitar o fechamento do clube onde vivem desde criança e
seguir em frente ou ainda lutar por algo que para muitos moradores é como um se
fosse um objeto antigo sem valor algum.
Após o grande sucesso de “O Filho da
Noiva” em 2001, o diretor Juan José Campanella se aventurou nos Estados Unidos
dirigindo alguns episódios de seriados como “Law & Order” e “Ed”, até
retornar a Argentina e reencontrar os atores Ricardo Darin e Eduardo Blanco
para comandar este sensível drama com toques políticos e personagens
sonhadores.
É um longa que se sustenta pelos ótimos personagens e pelo roteiro,
que coloca em choque o presente capitalista contra o sentimentalismo do passado.
Além
dos dois filmes citados, o diretor Campanella e o astro Ricardo Darin trabalharam
juntos ainda em “O Mesmo Amor, a Mesma Chuva” e o premiado “O Segredo dos Seus
Olhos”.
4 comentários:
Gosto do filme.......talvez por me levar a uma viagem com a cidade do meu pai, em Portugal, que passa pela mesma decadência.
Renato - É triste quando coisas legais do passado são engolidas pelo presente, deixando o sentimento de perda em muitas pessoas.
Abraço
Está longe de ser o melhor trabalho de Campanella ou Darin, ou mesmo dos dois juntos. Mas, há uma poesia no filme que encanta, assim como os personagens, como você ressaltou.
bjs
Amanda - Os personagens são cativantes.
Bjos
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