quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Clube da Lua

Clube da Lua (Luna de Avellaneda, Argentina / Espanha, 2004) – Nota 7,5
Direção – Juan José Campanella
Elenco – Ricardo Darin, Eduardo Blanco, Mercedes Moran, Valeria Bertuccelli, Silvia Kutika, José Luís Lopez Vazquez, Daniel Fanego.

Fundado nos anos cinqüenta, o Clube Luna de Avellaneda teve seus dias de glória com grandes festas e bailes, porém quarenta anos depois vive uma enorme crise, assim como a economia da Argentina. Com poucos sócios ainda pagando mensalidades, Roman (Ricardo Darin) e Amadeo (Eduardo Blanco) lutam para manter o local funcionando e assim dar um pouco de divertimentio para muitas pessoas do bairro, principalmente idosos e crianças. A crise financeira do clube é semelhante aos problemas pessoais da dupla, que sofrem com casamentos falidos e o desemprego. 

Quando um velho conhecido da dupla, hoje empresário, surge com a proposta de transformar o clube em um cassino e dar emprego no local as pessoas do bairro, a complicada situação se transforma num dilema de consciência. Aceitar o fechamento do clube onde vivem desde criança e seguir em frente ou ainda lutar por algo que para muitos moradores é como um se fosse um objeto antigo sem valor algum. 

Após o grande sucesso de “O Filho da Noiva” em 2001, o diretor Juan José Campanella se aventurou nos Estados Unidos dirigindo alguns episódios de seriados como “Law & Order” e “Ed”, até retornar a Argentina e reencontrar os atores Ricardo Darin e Eduardo Blanco para comandar este sensível drama com toques políticos e personagens sonhadores. 

É um longa que se sustenta pelos ótimos personagens e pelo roteiro, que coloca em choque o presente capitalista contra o sentimentalismo do passado. 

Além dos dois filmes citados, o diretor Campanella e o astro Ricardo Darin trabalharam juntos ainda em “O Mesmo Amor, a Mesma Chuva” e o premiado “O Segredo dos Seus Olhos”.

4 comentários:

renatocinema disse...

Gosto do filme.......talvez por me levar a uma viagem com a cidade do meu pai, em Portugal, que passa pela mesma decadência.

Hugo disse...

Renato - É triste quando coisas legais do passado são engolidas pelo presente, deixando o sentimento de perda em muitas pessoas.

Abraço

Amanda Aouad disse...

Está longe de ser o melhor trabalho de Campanella ou Darin, ou mesmo dos dois juntos. Mas, há uma poesia no filme que encanta, assim como os personagens, como você ressaltou.

bjs

Hugo disse...

Amanda - Os personagens são cativantes.

Bjos