Kershner dirigiu poucos filmes, como "Resgate Fantástico", "Os Olhos de Laura Mars" e "Robocop II", sendo que não chegou a ser considerado um grande diretor, mas mesmo assim deixou uma carreira interessante.
Aqui escrevo sobre o curioso longa extra-oficial com o personagem 007, que Kershner dirigiu em 1983 e teve Sean Connery de volta ao papel de Bond.
Nunca Mais Outra Vez (Never Say Never Again, Inglaterra / EUA / Alemanha Ocidental, 1983) – Nota 7
Direção – Irvin Kershner
Elenco – Sean Connery, Klaus Maria Brandauer, Max Von Sydow, Barbara Carrera, Kim Basinger, Bernie Casey, Alec McCowen, Edward Fox, Rowan Atkinson.
Doze anos após ter feito “007 – Os Diamantes São Eternos”, Sean Connery aceitou voltar ao papel do famoso agente secreto neste filme que não faz parte da série oficial. O filme existe em virtude de uma briga judicial que levou os direitos do livro “Thunderball” para os mãos de Kevin McClory, que também havia sido o produtor de “007 Contra Chantagem Atômica”, a adaptação original do livro para a série oficial de filmes. Kevin McClory escreveu este novo roteiro e produziu o longa, contratando o diretor Irvin Keshner que vinha do grande sucesso de “O Império Contra-Ataca” para comandar o filme.
Aqui James Bond (Sean Connery) está aposentado e acaba sendo chamado de volta à ativa quando a organização Spectre rouba dois misseis nucleares e ameaça dispará-los caso não receba um grande valor de resgate. Os vilões são Blofeld (Max Von Sydow), figura que aparece em outros longas e Maximilian Largo (Klaus Maria Brandauer), que tem como amante a bela Domino (Kim Basinger em início de carreira) e como ajudante a perigosa Fatima Blush (Barbara Carrera).
O filme é apenas razoável, inclusive inferior ao original e chama mais atenção pela polêmica da briga pelos direitos autorais e pela volta de Sean Connery ao papel. Além disso, ele foi lançado para concorrer diretamente como “007 Contra Octopussy”, penúltimo filme de Roger Moore no papel de Bond e mesmo não sendo dos melhores da série, também é superior a este.
5 comentários:
O Império Contra-Ataca foi sem dúvida seu trabalho de maior destaque. Mas de uma forma geral, nunca gostei do seu estilo. Que ele descanse em paz.
007 é de Respeito
!!!
Legal o resgate de 007, mas só pelo fato de ter dirigido o melhor Star Wars, ele já merece entrar para história.
Grande artesão do cinema este cineasta. Era um cara que dominava a técnica e tomava as decisões certas. Foi graças a ele (e nem tanto Lucas) que Star Wars ganhou outro nível mais dramático na saga.
Deixará saudades, tem poucos trabalhos no cinema, porém necessários.
Ótima release de Kershner Hugo!
Abs.
Rodrigo
Caique - Ele foi um diretor de poucos trabalhos, em sua maioria filmes medianos.
Marcelo - Esta 007 é apenas mediano.
Amanda - Ele será lembrado principalmente pelo "Império Contra-Ataca".
Rodrigo - George Lucas é muito mais um produtor do que diretor, tenho esta impressão.
Abraço a todos
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