quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cidade do Silêncio


Cidade do Silêncio (Bordertown, EUA, 2006) – Nota 6
Direção – Gregory Nava
Elenco – Jennifer Lopes, Antonio Banderas, Martin Sheen, Maya Zapata, Sonia Braga, Juan Diego Botto, Randall Battinkoff, Rene Rivera.

Na década de noventa na cidade de Juarez na divisa do México com os EUA, foi preso um homem conhecido como “O Egípcio” acusado de ser o responsável por diversos estupros seguidos de morte. A questão é que estes crimes não pararam após a prisão do sujeito, por sinal aumentaram e a cidade é considerada o local onde desaparecem mais pessoas na América Latina. 

Conhecedor desta história, o diretor americano de origem latina Gregory Nava, resolveu filmar uma versão baseada em fatos reais sobre o acontecido e convidou Jennifer Lopez e Antonio Banderas para participar deste longa. Nava já havia dirigido Lopez na biografia da falecida cantora Selena e provavelmente por isso conseguiu o sim da atriz, porém as filmagens foram complicadas pelas autoridades mexicanas, inclusive com a dupla principal não podendo filmar em Juarez. 

A história começa quando a jovem Eva Jimenez (Maya Zapata) é seqüestrada por aum motorista de ônibus após sair da fábrica onde trabalhava e em seguida é violentada por ele e um segundo homem. A jovem sobrevive por um milagre e acorda numa cova rasa, onde consegue sair e vai procurar ajuda com o jornalista Alfonso Diaz (Antonio Banderas), que dirige um jornal independente na cidade. Ao mesmo tempo, a jornalista americana Lauren Adrian (Jennifer Lopez) é enviada por seu jornal para cobrir os crimes em Juarez e acaba se envolvendo com o drama da jovem Eva e a luta de Alfonso, um velho conhecido. 

O filme em si é confuso e exagerado em algumas passagens, mesmo dizendo ser baseado em fatos reais, fica difícil acreditar em algumas cenas e atitudes da personagem de Jennifer Lopez, mas o que vale na realidade é a denúnica, que vai além dos crimes, passando pelo rabo preso das autoridades mexicanas que preferem jogar a sujeira debaixo do tapete ao invés de investigar os casos a fundo, com medo de espalhar o medo e entrar em conflito com as multinacionais americanas de eletrônicos que montam suas fábricas na cidade e pagam um salário miserável tratando praticamente como escravos os funcionários, em sua maioria mulheres, ou seja, o problema é muito maior do que parece.

 Como curiosidade, a brasileira Sonia Braga faz o papel de um mulher que tenta ajudar as vítimas dos crimes na cidade, mas que pouca força tem para mudar alguma coisa.

3 comentários:

sebo disse...

Assisti este filme tem algum tempo, em uma exibição no Super Cine, me lembro que na época eu até gostei, mesmo contendo JLo.

Abs,
sebosaukerl.blogspot.com

M. disse...

Esse filme me chamou muito a atenção! É triste a violência contra a mulher, principalmente em locais de pobreza como mostra o filme. É sempre bom chamar atenção para essa problemática. Gostei de revê-lo na Rede Globo e também da participação especial da nossa internacional Sonia Braga,

Hugo disse...

Sebo - O tema é melhor que o filme, que por sinal tenta transformar Jennifer Lopez em heroína.

M - É uma questão séria que dá importância ao filme, mesmo o longa sendo apenas razoável.

Abraço