Cass (Cass, Inglaterra, 2008) – Nota 7,5
Direção – Jon S. Baird
Elenco – Nonso Anozie, Natalie Press, Leo Gregory, Gavin Brocker, Tamer Hassan, Linda Bassett, Geoffre Beevers.
Baseado no livro autobiográfico de Carol “Cass” Pennant, o filme é um relato da vida do primeiro holligan condenado a prisão por violência em jogos de futebol na Inglaterra.
Quando bebê, o negro Cass (Nonso Anozie) é adotado por um casal de brancos com quase cinquenta anos de idade, que o cria com todo o amor possível. Na adolescência ele se envolve com a torcida do West Ham United, tradicional time da Inglaterra e daí por diante se torna líder dos chamados “Inter City Firm”, um grupo de sujeitos que se reúne aos finais de semana em tese para torcer pelo time, mas na verdade para entrar em conflito com torcidas rivais com o objetivo de se transformar no grupo mais temido do país.
A história de Cass com este grupo começa no final dos anos sessenta e vai até o início dos noventa, mostrando a amizade de infância com dois outros sujeitos violentos, Freeman (Leo Gregory) e Prentice (Gavin Brocker), o tempo em que passou na cadeia, o casamento com Elaine (Natalie Press) e até quando ele percebe toda a estupidez daquele mundo em que vive. O desconhecido Nonso Anozie dá conta do recado no papel principal, criando um sujeito que é violento mas não acredita estar fazendo algo errado.
Apesar do tema ser a violência no futebol, em nenhum momento vemos os atores contracenando dentro de um estádio, são mostradas apenas cenas de violência de jogos diversos para ilustrar a narração, feita pelo próprio ator principal.
A fase mais violenta se passa durante os anos oitenta, quando a Inglaterra sobre o comando da Primeire Ministra Margareth Thatcher, passou por uma forte recessão, além das Guerra das Malvinas e isso aumentou o desemprego no país, aliado aos baixos salários, esta união de fatores foi o estopim para o crescimento destes grupos, em sua maioria formados por jovens de classe baixa.
Como curiosidade, o ator Leo Gregory trabalhou também no filme “Hooligans”, que mostrava uma face mais recente da violência e tinha como exemplo outra torcida do West Ham, os “Green Street Holligans”.
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