Viver (Living, Inglaterra / Japão / Suécia, 2022) – Nota 7,5
Direção – Oliver Hermanus
Elenco – Bill Nighy, Aimee Lou Wood, Alex Sharp, Adrian Rawlins.
Após descobrir que está com uma doença terminal, o viúvo Williams (Bill Nighy) decide aproveitar melhor seus últimos meses de vida. Trabalhando como burocrata na prefeitura de Londres, ele percebe como sua vida se tornou monótona e sem sentido.
Este sensível drama é uma versão do clássico “Ikiru” de Akira Kurosawa. Mesmo com menor duração, esta nova versão acerta no tom e nas situações ao mostrar como a vida é um sopro que muitas vezes termina sem que a pessoa tenha vivido o que sonhou.
É interessante que a lição que roteiro cria e que é deixada pelo protagonista para as pessoas ao seu redor tem efeito em um primeiro momento, mas depois se dissipa na apatia e no comodismo da maioria das pessoas.
A atuação sóbria de Bill Nighy é outro destaque. O veterano ator inglês de fala pausada e gestos comedidos está perfeito no papel do sujeito correto, gentil e apático, que descobre uma nova versão de si mesmo somente quando está próximo da própria morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário