sábado, 3 de junho de 2023

O Destino de Haffmann & Uma História de Xadrez

 


O Destino de Haffmann (Adieu Monsieur Haffmann, França / Bélgica, 2021) – Nota 6,5
Direção – Fred Cavayé
Elenco – Daniel Auteuil, Gilles Lellouche, Sara Giraudeau, Nikolai Kinski, Mathile Bisson, Anne Coesens.

França, 1940. Com Paris invadida pelos nazistas, o comerciante de joias judeu Jospeh Haffmann (Daniel Auteuil) consegue fazer com que esposa e filhas saiam da cidade. Ele fica mais dois dias para oficializar a negociação de sua loja para seu empregado François Mercier (Gilles Lellouche), que ficaria responsável pelo local até o final da guerra. A fuga de Haffmann dá errado, ele volta para a casa e fica escondido no porão, enquanto François e sua esposa Blanche (Sara Giraudeau) mantém o segredo e continuam o negócio. 

Baseado em uma peça de teatro, este longa peca um pouco pela ritmo lento e as sequências que se alongam além do necessário. A relação complexa entre o casal de franceses e a forma como o protagonista Haffmann se envolve na vida dos dois é bastante incomum e dramática, até chegar a curiosa reviravolta no final. É um filme que com uns trinta minutos a menos seria bem mais interessante.

Uma História de Xadrez (Schachnovelle, Alemanha / Áustria, 2021) – Nota 6,5
Direção – Philipp Stolzl
Elenco – Oliver Masucci, Albrecht Schuch, Birgit Minichmayr, Samuel Finzi, Rolf Lassgard, Andreas Lust, Lukas Miko.

Viena, Áustria, 1938. Com o país prestes a ser invadido pelos nazistas, o advogado Josef Bartok (Oliver Masucci) reluta em fugir. Ele termina preso e pressionado para liberar informações sobre contas de seus clientes. Ao se recusar a cooperar, os nazistas o prendem em um quarto de hotel para deixá-lo isolado. A tortura psicológica é quebrada em parte quando Bartok encontra um livro sobre xadrez, que o faz mergulhar nas técnicas do jogo para tentar manter sua sanidade. 

Baseado em uma obra de Stefan Zweig, escritor austríaco que por muitos anos viveu no Brasil e morreu aqui, este longa é um pouco diferente em relação aos filmes sobre a Segunda Guerra. Não esperem cenas de ação, o ponto principal é a questão psicológica que transforma o alegre protagonista do início em um sujeito desequilibrado que busca uma fuga no xadrez. 

A produção caprichada e a atuação atormentada de Oliver Masucci são os destaques, mas mesmo assim é um filme que fica abaixo na comparação com outras obras do diretor Philipp Stolzl como “North Face” e “O Físico”.

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