quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

A Livraria & A Escavação

 


A Livraria (The Bookshop, Inglaterra / Espanha / Alemanha / França, 2017) – Nota 6,5
Direção – Isabel Coixet
Elenco – Emily Mortimer, Bill Nighy, Patricia Clarkson, Honor Kneafsey, Michael Fitzgerald, Hunter Tremayne, James Lance, Frances Barber, Jorge Suquet.

Inglaterra, 1959. Em uma pequena cidade litorânea, a viúva Florence Green (Emily Mortimer) decide comprar um antigo casarão abandonado para transformar em moradia e também abrir uma livraria, seu sonho de infância. A decisão de Florence desagrada várias pessoas da cidade, principalmente a rica Violet Galmart (Patricia Clarkson) que tinha outra ideia em relação ao casarão. 

Baseado em um livro, este longa explora temas universais como inveja, poder e também a solidariedade, além é claro do amor pelos livros. Os obstáculos enfrentados pela protagonista é algo comum para a maioria dos empreendedores, em menor ou maior escala. 

A questão aqui é mostrar como em uma cidade pequena em que todos se conhecem, muitos escolhem agradar os poderosos para ter vantagens ou não ser visto como um dissidente. 

Destaque para as atuações do quarteto principal, com a sensibilidade de Emily Mortimer, a arrogância da personagem de Patricia Clarkson, a timidez de Bill Nighy e a vitalidade da garota vivida por Honor Kneafsey. 

É um drama em que a emoção que ele mais desperta é o incômodo.

A Escavação (The Dig, Inglaterra, 2021) – Nota 6
Direção – Simon Stone
Elenco – Carey Mulligan, Ralph Fiennes, Lily James, Johnny Flynn, Ken Stott, Ben Chaplin, Paul Ready, Monica Dolan, Arsher Ali.

Suffolk, Inglaterra, 1939. Edith Pretty (Carey Mulligan) acredita que em sua propriedade rural exista um sítio arqueológico. Ela contrata o escavador Basil Brown (Ralph Fiennes), que rapidamente encontra pistas de que algo importante está enterrado ali, mesmo sem saber exatamente o que seria. 

Baseado em uma história real, este longa por mais que tenha um bom elenco deixa a desejar na narrativa lenta e na falta de emoção, mesmo com algumas situações pessoais mais complexas. A questão arqueológica pode interessar aos fãs da matéria, enquanto que para espectador comum falta algo para criar empatia. 

A trama romântica envolvendo a coadjuvante vivida por Lily James também destoa da proposta inicial, parecendo ter sido inserida na trama apenas para agradar um público mais amplo. 

O resultado é um filme apenas razoável.

Um comentário:

Pedrita disse...

eu amo esses dois filmes. beijos, pedrita