A Força do Mal (Force of Evil, EUA, 1948) – Nota 7,5
Direção – Abraham Polonsky
Elenco – John Garfield, Thomas Gomez, Marie Windsor,
Beatrice Pearson, Howland Chamberlain, Roy Roberts, Paul Fix.
Joe Morse (John Garfield) é um ambicioso advogado que presta
serviços para o empresário corrupto Ben Tucker (Roy Roberts). Para se tornar
sócio do sujeito, Joe precisa executar um meticuloso plano. Fraudar o sorteio
de uma loteria clandestina no Dia da Independência Americana e assim causar a
quebra de bancos clandestinos que aceitam apostas. O problema maior é que um
dos bancos pertence ao seu próprio irmão, Leo Morse (Thomas Gomez), que não aceita
parceria. A ganância e a falta de caráter de Joe resultarão em consequências
trágicas para os envolvidos.
Este competente drama noir é muito mais lembrado
por ser o primeiro trabalho do roteirista Abraham Polonsky como diretor. Logo
em seguida, Polonsky foi perseguido acusado de ser comunista, entrando na lista
negra de Hollywood. Durante vinte e um anos, ele escreveu roteiros sem assumir os
créditos, voltando a dirigir um longa apenas em 1969 com o drama “Willie Boy”
protagonizado por Robert Redford e Robert Blake.
Willie Boy (Tell
Them Willie Boy Is Here, EUA, 1969) – Nota 7
Direção –
Abraham Polonski
Elenco –
Robert Redford, Katharine Ross, Robert Blake, Susan Clark, Barry Sullivan, John
Vernon, Charles McGraw.
Após alguns
anos longe, o índio Willie Boy (Robert Blake) retorna a reserva onde nasceu.
Vestido como homem branco, seu objetivo é reencontrar a bela Lola (Katharine
Ross) e enfrentar o pai da jovem que o odeia. Após uma discussão, Willie mata o
homem para se defender e passa a ser perseguido pelo xerife Cooper (Robert
Redford), que por sua vez tem um caso com a dra. Elizabeth (Susan Clark), que é
uma espécie de líder a favor dos índios da reserva.
Abraham Polonsky escolheu uma
história real ocorrida em 1909 para retornar à direção depois de vinte e um
anos afastado. Mesmo bem diferente, nas entrelinhas o exílio e a posterior perseguição que Willie
Boy sofre pode ser considerada uma parábola do sofrimento de Polonsky durante
os anos em que foi boicotado por Hollywood. O ponto principal do filme é a
história. Como western, o filme perde pontos por causa do ritmo lento. Hoje
vale mais como uma curiosidade cinematográfica.
5 comentários:
Só me interessaria o filme com Robert Redford. Por ele.
Não gosto de histórias de, e com índios.
Atendi tantos indios podre de preguiça, quando morei e trabalhei em Brasília, que de índios quero distância.
Li sobre Abraham Polonsky justamente porque pesquisava sobre a temida blacklist, mas infelizmente ainda não assisti a nenhum filme seu como diretor. Boas dicas!
Abraço.
Liliane - O filme com Redford é apenas razoável, teve maior importância na época do lançamento.
Rodrigo - A perseguição abortou sua carreira. No final foram poucos trabalhos como diretor e roteirista.
Abraço
Também achei o noir de Polonsky competente, nada mais. Já li que ele é 'poético', mas não consegui enxergar essa poesia toda.
Cumps.
Gustavo - Também não vi nada poético, mesmo sendo um bom filme.
Abraço
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