Direção –
Kevin Reynolds
Elenco –
Kevin Costner, Dennis Hopper, Jeannie Tripplehorn, Tina Majorino, Michael
Jeter, Neil Giuntoli, Zaker Mokae, Robert Joy, Jack Kehler, Jack Black.
No futuro, as calotas polares derreteram e a Terra se transformou
num imenso oceano. Os sobreviventes passaram a morar em barcos e ilhas
artificiais, em casas que lembram palafitas. Com esta mudança brusca na
natureza, muitos humanos começaram a nascer com guelras. Um deles é Mariner
(Kevin Costner) que vive negociando objetos, porém é discriminado por ser meio
humano meio anfíbio e por este motivo acaba preso injustamente. Em seguida, Mariner
é vendido para Helen (Jeanne Tripplehorn) que precisa de um guia para encontrar
a “terra seca”, que para os sobreviventes é uma lenda de um local que não foi
invadido pelas águas. Helen leva consigo a menina Enola (Tina Majorino) que tem
um mapa desenhado nas costas, que indicaria o local onde ficaria a “terra seca”.
O mapa chama atenção do pirata Deacon (Dennis Hopper) que junto com seus
capangas também deseja encontrar o local e para isso passa a perseguir Mariner,
Helen e Enola.
Atualmente a rejeição a Kevin Costner é grande, algo parecido ao
que acontece com Nicolas Cage, sendo este filme o grande motivo para a cara
feia do público em relação ao ator. O filme é um daqueles casos (como “Apocalipse
Now” e “O Portal do Paraíso”) em que os bastidores da produção poderiam render
outro longa. Todo o problema começou em virtude da megalomania de Costner, que
estava no auge da carreira após vários sucessos (“Os Intocáveis”, “Dança com
Lobos”, “Wyatt Earp”).
Com todo o poder que tinha época, ele convenceu a
Universal a produzir este longa pós-apocalíptico com as filmagens no oceano, ao
invés de ser em estúdio. Filmar no mar é extremamente complicado por
ele ser imprevisível e aqui grande parte do cenários foram destruídos por uma
tempestade tropical. O problema foi ainda maior em virtude do orçamento que era
alto e que já estava estourado, o que atrasou ainda mais a produção e obrigou a
Universal a colocar mais grana para finalizar o filme, que na mente de Costner
seria um épico de três horas de duração.
No início das filmagens a imprensa já
divulgava problemas com o orçamento e após a destruição dos cenários a crítica cravou
que o filme já era um fracasso, mesmo sem estar finalizado. Além disso, pouco
antes do final das filmagens, Costner e o diretor Kevin Reyndols que eram amigos
de longa data (fizeram “Fandango” e o sucesso “Robin Hood – O Princípe dos Ladrões”),
brigaram e Reynolds abandonou o set (ou foi despedido por Costner, não se sabe ao
certo), com Costner finalizando o longa também como diretor.
Analisando
apenas o filme, o resultado é satisfatório, a história é interessante, os
créditos de abertura que simulam o globo terrestre sendo tomado pelas águas é
criativo, as cenas de ação são bem filmadas e tem ainda um bom vilão, apesar de
que com pelos menos trinta minutos menos o longa com certeza seria melhor.
O
fracasso gigantesco não foi merecido em relação ao filme, o que ocorreu
claramente foi a resposta dos críticos ao ego de Costner, que não soube
administrar a fama e entrou em rota de colisão com estes e com o próprio estúdio que gastou uma fortuna na época.
Quando o filme foi lançado, o público já considerava que seria uma bomba em
virtude das críticas negativas que vinham desde o ano anterior, situação que
levaria para o buraco qualquer produção.
7 comentários:
Esse filme está na minha lista de obras para ver há algum tempo devido à recomendação de um amigo meu. Espero poder vê-lo logo, pelo que você comentou é válido conferi-lo.
Já faz alguns anos que vi esse filme pela última vez. Mas achei muito legal.
Nunca tive coragem de ver esse filme, e nem é por Kevin Costner em si, pois ainda tenho a imagem dele de bons filmes que marcam minha vida como Campo do Sonho e Dança com Lobos. É que a sinopse nunca me atraiu mesmo. Mas, quem sabe um dia.
bjs
Eu gosto do filme. Não é grande coisa mesmo e nem se justifica o vasto orçamento. Coisas da megalomania momentanea de Kevin Costner. O filme é um bom entretenimento.
Luís - Vale ser visto também por toda a controvérsia dos gastos na produção.
Bússola - É um bom filme, o problema é que foi gasto dinheiro demais.
Amanda - Também gosto dos filmes de Costner, mesmo que a maioria dos últimos trabalhos sejam medianos ou fracos.
Celo - O estúdio deu muita liberdade para Costner até que chegou num ponto sem volta, colocava-se mais dinheiro ou a produção não seria finalizada.
Abraço a todos
Apesar de toda a crítica negativa sobre esse filme na época, e em alguns sites agora, admiro os produtores e diretores dele, inclusive a postura de Kevin Costner em assumir o final da produção, pois filmar em estudios sempre foi deveras normal, mas no meio do oceano, e mostrando o que poderá ser uma realidade daqui a alguns séculos, foi muito bom. Tenho o filme gravado, e se tiver uma continuação, com certeza a gravarei também. Filmes que mostram a vastidão do oceano me fascinam.
Melhor de São Vicente - Filmar no oceano é uma loucura e por isso o filme ainda tem seu fãs.
Abraço
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