A Fúria do Protetor (The Protector, EUA, 1985) – Nota 6
Direção –
James Glickenhaus
Elenco –
Jackie Chan, Danny Aiello, Roy Chiao, Al Cerullo, Jesse Cameron Glickenhaus,
Patrick James Clark.
O policial Billy Wong (Jackie Chan) tem seu parceiro
assassinado durante um assalto. Billy ainda consegue perseguir e matar os
assassinos, sem antes deixar muita destruição pelo caminho. Como sua ação
desagrada os superiores, Billy é transferido e ganha um novo parceiro, Danny
Garoni (Danny Aiello). A primeira missão da dupla é investigar o sequestro da
filha de um empresário ligado ao tráfico de drogas, situação em que Bily
novamente deixará um rastro de violência e mortes.
Este típico longa de ação
dos anos oitenta é mais interessante pelos bastidores do que propriamente pelo
filme. Na época, Jackie Chan já era um astro no oriente e cinco anos antes
havia tentado chamar atenção do público ocidental em “O Grande Lutador” de
Robert Clouse e como coadjuvante na comédia repleta de astros “Quem Não Corre,
Voa”, porém acabou não sendo notado.
Com isso, “A Fúria do Protetor” seria sua
nova chance de sucesso, o problema foi a escolha do diretor. James Glickenhaus
se tornou figura cult com um violento longa chamado “O Exterminador”, porém
aqui mostrou que não tinha grande talento. Consta que Chan e Glickenhaus
brigaram durante toda a filmagem, porque enquanto Chan queria inserir cenas de
lutas, sua especialidade, o diretor pensava em um filme policial de ação cheio
de tiroteiros e mortes violentas. Glickenhaus ganhou a disputa e o filme foi
lançado do seu jeito, resultado, fez algum sucesso nas locadoras, mas adiou a
conquista da América que Chan sonhava. Mas como Jackie Chan tinha parte dos direitos, ele não deixou o filme ser lançado na Ásia,
antes disso resolveu filmar novas sequências, a maioria de lutas e remontar o
longa a sua maneira para agradar ao seu público no oriente.
Não tive oportunidade
de assistir esta versão para o oriente, mas a versão de Glickenhaus é curiosa
ao mostrar Jackie Chan como um policial durão, que fala palavrões e distribui
tiros, diferente dos personagens engraçadinhos que ele tem por hábito
interpretar.
No final a disputa foi boa para Chan, que ao remontar o filme
pegou gosto pela direção e logo em seguida comandou “Police Story”, longa que
fez sucesso enorme na Ásia em virtude das sensacionais cenas de ação criadas
por ele.
Police
Story (Gin Chat Goo Si, Hong Kong, 1985) – Nota 7,5
Direção –
Jackie Chan
Elenco –
Jackie Chan, Maggie Cheung, Brigitte Linn, Kwok Hung Lam, Bill Tung, Yuen Chor.
A polícia de Hong Kong organiza uma ação para prender um
chefão do tráfico (Yuen Chor) e sua quadrilha. A situação sai do controle, mas
o policial Chan Ka Kaui (Jackie Chan) consegue prender o sujeito após uma
violenta perseguição. A polícia prende também a secretaria do traficante
(Brigitte Lin) que é obrigada a depor contra o chefe. Como ela deve se tornar
alvo do traficante, o policial Chan é designado para fazer sua segurança, o que
desagradará sua namorada (Maggie Cheung), além é claro do inevitável confronto
com os assassinos da quadrilha.
Este longa foi um sucesso enorme na Ásia,
inclusive pela interpretação de Chan e gerou quatro continuações. A trama é
simples, porém as inacreditáveis cenas de ação criadas pelo próprio astro
explicam o sucesso. É incrível a coragem (ou loucura) de Chan em participar de
sequências extremamente perigosas, como a descida pelos cabos de iluminação do
shopping e a perseguição pela estrada, quando Chan fica pendurado num ônibus em
movimento utilizando um guarda-chuva para se segurar.
A sequência inicial
também é sensacional, além da perseguição e do tiroteio em uma favela
claramente construída para a cena, temos ainda dois carros que descem um morro
derrubando os barracos, para continuarem a perseguição na estrada.
Como é de praxe nos filmes de Jackie Chan, no final vemos os erros de gravação e os acidentes, sendo que nesta sequência da descida dos carros, quatro dublês se feriram.
Como é de praxe nos filmes de Jackie Chan, no final vemos os erros de gravação e os acidentes, sendo que nesta sequência da descida dos carros, quatro dublês se feriram.
3 comentários:
E o Nr. Nice guy?
kkk
Os filmes de Jackie Chan são sempre bem humorados e com muita ação. Vale à pena conferir mesmo os mais antigos.
Marcelo - Ainda farei uma postagem sobre este filme e outros de Chan.
Fábio - Os mais antigos tem as cenas mais perigosas, principalmente suas produções em Hong Kong. Os trabalhos em Hollywood já mais convencionais, sem tantas loucuras.
Abraço
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