Os Assassinos (The Killers, EUA, 1946) – Nota 9
Direção –
Robert Siodmak
Elenco –
Burt Lancaster, Ava Gardner, Edmond O’Brien, Albert Dekker, Sam Levene, Jack
Lambert, Charles McGraw, William Conrad.
Uma dupla de assassinos (Charles McGraw e William Conrad)
chega a pequena cidade de Brentwood com o objetivo de assassinar um sujeito
conhecido como “Sueco” (Burt Lancaster), que trabalha num posto de gasolina
local e por mais estranho que pareça, não reage e acaba executado.
Como o Sueco
deixou uma apólice de seguros, o investigador da seguradora Jim Riordan (Edmond
O”Brien) vai até o local e descobre que o sujeito utilizava um nome falso e que
a beneficiária da apólice é uma camareira de um hotel em Atlantic City, que por
seu lado não imagina porque o homem decidiu deixar o dinheiro para ela. Intrigado,
Riordan decide investigar a fundo a vida do Sueco e aos poucos descobre que a
verdadeira história do homem é bem mais complicada do que aparentava ser.
Baseado
num livro de Ernest Hemingway, este longa é um dos grandes clássicos cinema
noir e tem como destaque o ótimo roteiro, que conta grande parte da história em
flashback, montando aos poucos um quebra-cabeça que envolve vários personagens
do submundo, uma luta de boxe e um assalto milionário.
O elenco também é
destaque, mesmo sendo o nome principal, a importância do personagem de Burt
Lancaster pode ser dividida com o investigador de Edmond O’Brien e a beleza de
Ava Gardner, que interpreta a típica mulher fatal, personagem comum ao gênero.
Os Assassinos (The Killers, EUA, 1964) – Nota 7,5
Direção –
Don Siegel
Elenco –
Lee Marvin, Angie Dickinson, John Cassavetes, Clu Gulager, Claude Akins, Normal
Fell, Ronald Reagan.
Os assassinos Charlie (Lee Marvin) e Lee (Clu Gulager)
invadem uma escola para cegos e assassinam o professor Johnny North (John
Cassavetes), que não tenta reagir ou mesmo fugir. Charlie fica intrigado com a
falta de reação do sujeito e por reconhecê-lo. Johnny era um ex-piloto de
corridas que não teve mais chances na carreira após um grave acidente. Além
disso, Charlie sabia de rumores que Johnny poderia ter participado de um
assalto milionário, o que desperta nele a ambição de descobrir quem o contratou
e onde estaria o dinheiro do roubo.
Diferente do longa de Robert Siodmak que
dividia os papéis principais entre a vítima e um investigador de seguros, esta versão
de Don Siegel coloca como protagonistas a dupla de assassinos, principalmente
Lee Marvin que segue as pistas através da violência para tentar encontrar o dinheiro.
Esta escolha de Siegel ofusca os papéis de John Cassavetes e Angie Dickinson,
que em comparação com o filme anterior, estão bem abaixo de Burt Lancaster e da
belíssima Ava Gardner.
Além disso, a história contada em flashback perde um
pouco de tempo na primeira parte quando exagera no romance entre o
casal. A história melhora na segunda parte, quando entra em cena o canastrão
Ronald Reagan, ele mesmo, o futuro presidente americano interpretando um
personagem sem escrúpulos.
Mesmo sendo um bom filme, perde na comparação com o
clássico de 1946.
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