Panic in the
City (Panic in the City, EUA, 1968) – Nota 6
Direção –
Eddie Davis
Elenco –
Howard Duff, Linda Cristal, Stephen McNally, Nehemiah Persoff, Anne Jeffreys,
Oscar Beregi, Dennis Hopper.
Um homem desmaia na rua e ao ser levado para um hospital morre.
Os médicos atestam que o sujeito faleceu por causa de radiação. Um agente do
governo (Howard Duff) é enviado para investigar o caso e descobre com a ajuda
de uma cientista (Linda Cristal), que a radiação pode ter ocorrido em virtude
do manuseio de um artefato nuclear. O fato dá início a uma corrida contra o
tempo para descobrir onde poderá estar a bomba.
Com cara e premissa de filme B
dos anos cinquenta, o longa tem um bom início, mas se perde no desenvolvimento,
inclusive no romance forçado entre o agente e a cientista. Como curiosidade,
vale destacar a pequena presença de Dennis Hopper um ano antes do clássico “Sem
Destino”.
Chandler (Chandler,
EUA, 1971) – Nota 4,5
Direção –
Paul Magwood
Elenco –
Warren Oates, Leslie Caron, Alex Dreier, Mitchell Ryan, Gordon Pinsent, Charles
McGraw, Gloria Grahame, Scatman Crothers, Royal Dano.
O detetive particular Chandler (Warren Oates) é contratado
pela promotoria para encontrar e proteger a francesa Katherine (Leslie Caron),
uma testemunha importante de um caso que envolve poderosos. A escolha do
detetive ocorre porque a mulher é procurada também por assassinos e por
policiais corruptos.
O roteiro que tenta fazer suspense explicando pouco sobre
o verdadeiro motivo do caso, acaba confundindo o espectador, além disso, as
cenas de ação são poucas e fracas. Consta que o diretor Magwood entrou em
conflito com a produtora MGM e o filme foi montado a sua revelia, inclusive se
tornando o único trabalho do sujeito como diretor de cinema.
Harry O (Harry O, EUA, 1973) – Nota 7
Direção –
Jerry Thorpe
Elenco –
David Janssen, Martin Sheen, Margot Kidder, Will Geer, Marianna Hill, Sal Mineo,
Kathleen Lloyd.
O detetive particular Harry “O” Orwell (David Janssen) é um
ex-policial que se aposentou após ser baleado. Ele vive numa casa de praia onde é
procurado por Harlan Garrison (Martin Sheen), um sujeito que pertencia ao bando
que atirou em Harry anos antes. Harlan deseja contratar o detetive para
encontrar um casal foragido (Sal Mineo e Kathleen Lloyd), sendo que o sujeito
foi quem atirou em Harry. Ele aceita o caso e se envolve numa trama que envolve
violência e tráfico de drogas.
Este telefilme foi produzido como o piloto de
uma série, porém acabou não indo ao ar e a série foi cancelada. Um ano depois
(1974), o produtor Jerry Thorpe conseguiu ressuscitar a ideia e a série foi ao
ar por duas temporadas, com este longa sendo exibido como um episódio especial.
O destaque é o protagonista vivido por David Janssen, famoso pela série “O
Fugitivo” nos anos sessenta e que morreu cedo aos quarenta e oito anos em 1980.
A Cruz dos Executores (Gli Esecutori, Itália, 1976) – Nota 6
Direção – Maurizio Lucidi
Elenco – Roger Moore, Stacy Keach, Ivo Garrani, Franco
Fantasia.
Uma paróquia em San Francisco recebe uma enorme cruz vinda
da Sicília, porém o padre (Ivo Garrani) descobre que o artefato foi utilizado
para transportar heroína. A cruz foi enviada por um mafioso (Franco Fantasia)
que era amigo de infância do padre, porém o bandido diz não saber quem escondeu
as drogas. Para investigar o caso e acalmar outras famílias mafiosas que se
sentiram ofendidas por alguém utilizar uma cruz em um crime, o mafioso pede
ajuda a seu sobrinho, um advogado inglês (Roger Moore) que por seu lado levará
um amigo (Stacy Keach), que é piloto de corridas. A questão é que dupla verá no
fato a chance de lucrar descobrindo onde está o valioso carregamento de
heroína.
Esta produção segue a cartilha de vários filmes italianos da época,
investindo em um ou dois astros como protagonistas e copiando as produções de
Hollywood. A trama deste lembra o clássico “Operação França”, inclusive com
cenas nos Estados Unidos e na Sicília (naquele filme era em Marselha), porém a
qualidade é bem inferior. O resultado é razoável, tem algumas boas perseguições
de carros e muita violência, misturadas com momentos de lentidão durante a
investigação da dupla.
Pânico na Multidão (Two-Minute
Warning, EUA, 1976) – Nota 6,5
Direção – Larry Peerce
Elenco – Charlton Heston, John Cassavetes,
Martin Balsam, Beau Bridges, Gena Rowlands, David Janssen, Jack Klugman,
Marilyn Hassett, Walter Pidgeon, Mitchell Ryan, Brock Peters, Andy Sidaris.
Durante a final do Superbowl no
Coliseu de Los Angeles, um homem se esconde em uma das torres e com rifle
espera o momento exato para agir. Visto pelas câmeras de TV, a polícia e a SWAT
são acionadas e armam um esquema para pegar o possível terrorista, sem que a
multidão presente ao estádio perceba o que pode acontecer.
História
interessante, mas desenvolvida de modo arrastado, com o diretor tentando criar
suspense durante a primeira hora, onde pouco acontece. Seguindo a linha dos
filmes catástrofes da época, ele usa este tempo para nos apresentar a diversos
personagens e seus pequenos dramas, porém sem profundidade alguma, para na meia
hora final mostrar a ação. Surpreendentemente o diretor cria cenas assustadoras
de uma multidão apavorada. O elenco de famosos trabalha no piloto automático,
Heston, Cassavetes e Balsam não comprometem, mas não fazem nada de excepcional. Podemos deixar como destaque apenas Beau Bridges como o pai falido que tenta
agradar esposa e filhos levando-os ao estádio.
Poder de Fogo (Firepower, EUA, 1979) – Nota 7
Direção – Michael
Winner
Elenco –
Sophia Loren, James Coburn, O. J. Simpson, Eli Wallach, Anthony Franciosa,
George Grizzard, Vincent Gardenia, George Touliatos, Victor Mature, Billy
Barty.
A CIA contrata um mercernário (James Coburn) para um missão
clandestina: Capturar um milionário que desapareceu há muitos anos e hoje uma
pista aponta para o Caribe, onde o sujeito estaria vivendo com outro nome. Para
completar a missão, o mercenário leva um parceiro (O. J. Simpson) e pelo
caminho cruza com a bela Adele (Sophia Loren), que também deseja encontrar o
milionário, porém com o objetivo de vingança.
Repleto de cenas de ação, com
várias explosões e tiroteios, este interessante longa que tem ainda um elenco
cheio de nomes famosos à época, falha apenas no roteiro um pouco confuso. A
curiosidade fica por conta da escolha do elenco, consta que o diretor Michael
Winner queria Charles Bronson para o papel principal, para repetir a parceria
de sucesso de “Assassino a Preço Fixo” e “Desejo de Matar”. Os produtores
concordaram, porém Bronson exigiu que sua esposa, a atriz inglesa Jill Ireland
fosse contratanda para ser a protagonista ao seu lado, o que foi negado, já que
o papel estava prometido a estrela italiana Sophia Loren. Sem acordo, os
produtores contrataram James Coburn para o papel principal.
Agência de Assassinos (Agency,
EUA, 1980) – Nota 5,5
Direção – George Kaczender
Elenco – Robert Mitchum, Lee
Majors, Valerie Perrine, Alexandra Stewart, Saul Rubinek, George Touliatos.
Um milionário (Robert
Mitchum) compra uma agência de publicidade e rapidamente passa a substituir os
funcionários por pessoas de sua confiança. O problema é que estas pessoas
parecem não entender nada de publicidade. Um dos funcionários antigos (Saul
Rubinek) descobre que a verdadeira intenção do milionário é inserir mensagens
subliminares nas propagandas de tv, com o objetivo de favorecer políticos e
corporações. O sujeito conta o fato para um amigo (Lee Majors) e os dois passam
a ser perseguidos por assassinos.
A boa premissa utiliza um tema que na época
era praticamente desconhecido do grande público, a questão das mensagens subliminares,
porém o resultado não passa de um filme morno, com coadjuvantes fracos,
lembrando uma produção de tv. Mesmo sendo lançada como uma produção americana,
o longa foi filmado no Canadá e no fundo era uma tentativa de emplacar no
cinema o astro de tv Lee Majors (da série de sucesso “O Homem de Seis Milhões
de Dólares”), mas nem mesmo a presença de Robert Mitchum salvou o filme. Majors
continuou sua carreira basicamente como ator de tv.