domingo, 4 de setembro de 2022

Crimes do Futuro & Mistérios e Paíxões

 


Crimes do Futuro (Crimes of the Future, Canadá / Inglaterra / Grécia, 2022) – Nota 5
Direção – David Cronenberg
Elenco – Viggo Mortensen, Léa Seidoux, Kristen Stewart, Scott Speedman, Lihi Kornowski, Don McKellar.

Em um futuro próximo, Saul Tenser (Viggo Mortensen) é um adepto do transumanismo, utilizando seu corpo como cobaia para criação de novos órgãos e aceitação de objetos sintéticos. Ele demonstra suas mutações como uma espécie de propaganda para uma novo tipo de vida. 

O cinema de David Cronenberg é sempre desconfortável para o espectador ao explorar temas bizarros com sequências violentas e transgressoras. Neste longa fica difícil entender se ele quis fazer uma crítica a forma como muitas pessoas chegam até a mutilar o corpo por causa de modismos ou se seria uma previsão do que pode acontecer daqui a alguns anos, já que existem malucos que apoiam o transumanismo. 

Analisando apenas como cinema, o filme tem uma narrativa lenta e cansativa, personagens estranhos e uma história que parece não sair do lugar. O diretor tem outros filmes melhores e muito mais interessantes do que este.

Mistérios e Paixões (Naked Lunch, Inglaterra / Canadá / Japão, 1991) – Nota 5
Direção – David Cronenberg
Elenco – Peter Weller, Judy Davis, Ian Holm, Julian Sands, Roy Scheider

Nova York, anos 1950. Bill Lee (Peter Weller) deseja se tornar escritor, porém sobrevive trabalhando como exterminador de insetos. Com sua esposa (Judy Davis) viciada em inseticidas, Bill acaba experimentando a “droga” resultando numa sequência absurda de alucinações. 

O diretor David Cronenberg adaptou o livro do escritor maldito William S. Burroughs que era considerado praticamente impossível de se tornar filme. Assistindo o longa fica clara a resposta. A história na verdade é um amontoado de alucinações e sequências bizarras de objetos se transformando em insetos gigantes, de uma perseguição governamental sem explicação e até sequências no que seria um local fictício na África. Como se Cronenberg quisesse jogar na telas todas as loucuras da obra misturadas com outras criadas por sua mente. É difícil ter paciência para ver até o final.

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