Direção – George Tillman Jr.
Elenco – Amandla Stenberg, Regina Hall, Russell Hornsby,
Anthony Mackie, Common, Issa Rae, Algee Smith, Sabrina Carpenter, K.J. Apa,
Dominique Fishback, Lamar Johnson, TJ Wright, Megan Lawless.
Starr (Amandla Stenberg) é uma adolescente que vive com sua
família em um bairro em que toda a população é negra, porém estuda em um
colégio de classe média em que a maioria dos alunos são brancos.
Após sair de
uma festa com o amigo Khalil (Algee Smith) que trabalha para o tráfico, o carro
é parado por um policial e a situação termina na morte do garoto. O fato muda a
vida de Starr, que se vê pressionada por todos os lados para decidir se deve ou
não testemunhar na justiça.
Este filme é um verdadeiro poço de contradições. Começando
pelos acertos, destaco a tentativa de mostrar como é terrível a influência de
um grande traficante no meio de uma comunidade pobre, situação focada no personagem de
Anthony Mackie.
O preconceito dos dois lados é mostrado de forma correta até
certo ponto, o grande erro está em demonizar a polícia no geral. Todos os
personagens policiais são mostrados como racistas, com exceção ao ator negro Common, que é tratado como traidor por parte de sua comunidade.
O roteiro ao
mesmo tempo em que acerta em outro ponto ao destacar que em uma família
estruturada os filhos tendem a seguir o caminho certo independente do poder
aquisitivo, por outro lado, existe uma certa ingenuidade ao desenvolver o
personagem do pai da protagonista vivido por Russell Horsnby como um traficante
que mudou de vida e se tornou comerciante, algo que claramente é uma enorme
exceção.
A sequência da discussão em frente ao restaurante é outra situação em
o diretor escolheu um caminho que beira a ingenuidade, além é claro do estranho
“final feliz”.
O filme e o tema podem ser resumidos em uma fala do personagem
de Common que cita que “é uma situação complicada para todos os lados”.
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